CLARIVIDÃNCIA
A palavra clarividência significa "visão clara" ou a habilidade de ver nos mundos invisÃveis (para a visão fÃsica). à uma faculdade latente em todos e será eventualmente possuÃda por todo ser humano no curso de seu desenvolvimento espiritual, a pessoa poderá, por si mesma, investigar assuntos como o estado do EspÃrito humano antes do nascimento, depois da morte, e a vida nos mundos invisÃveis.
Embora cada um de nós possua esta faculdade, é necessário um esforço persistente para desenvolvê-la de uma maneira positiva, e isto parece ser um poderoso fator intimidativo. Se pudesse ser comprada, muitas pessoas pagariam um alto preço por ela. Poucas pessoas, porém, parecem desejosas de viver a vida que é requerida para despertá-la. Esse despertar somente vem através de um esforço paciente e muita persistência. Não pode ser comprado: não existe caminho fácil para sua aquisição.
Existem dois tipos de clarividência. A clarividência positiva, voluntária, é quando o indivÃduo é capaz, à sua vontade, de ver e investigar os mundos internos, onde é senhor de si mesmo e sabe o que está fazendo. Este tipo de clarividência é desenvolvida através de uma vida pura e de serviço, e a pessoa precisa ser cuidadosamente treinada para saber usá-la, para que ela seja verdadeiramente eficaz e útil. Clarividência involuntária, negativa, é quando as visões dos mundos internos são apresentadas a uma pessoa independente de sua vontade; ela vê o que lhe é dado ver e não pode, de maneira alguma, controlar esta visão. Esta clarividência é perigosa, deixando a pessoa aberta para ser dominada por entidades desencarnadas que, se puderem, fazem com que a vida da pessoa, neste mundo e no próximo, não lhe pertença inteiramente.
No cérebro existem dois pequenos órgãos chamados corpo pituitário e glândula pineal. A ciência médica conhece muito pouco sobre eles, e chama a glândula pineal de "terceiro olho atrofiado", embora nem ela nem o corpo pituitário estejam atrofiados. Isto é muito desconcertante para os cientistas, pois a Natureza nada retém de inútil. Por todo o corpo encontramos órgãos que estão em processo de atrofia ou de desenvolvimento.
O corpo pituitário e a glândula pineal pertencem, no entanto, a uma outra classe de órgãos que, presentemente, não estão nem evoluindo nem degenerando, mas estão dormentes. No passado longÃnquo, quando o homem estava em contato com os mundos internos, estes órgãos eram o meio de ingressar neles, e novamente servirão para este fim em um estágio mais adiante. Eles estavam ligados ao sistema nervoso simpático ou involuntário. Antigamente - durante o PerÃodo Lunar, e na última parte da Ãpoca Lemúrica e inÃcio da Ãpoca Atlante - o homem podia ver os mundos internos; quadros apresentavam-se a ele totalmente independentes da sua vontade. Os centros sensÃveis do seu corpo de desejos giravam em sentido inverso ao movimento dos ponteiros do relógio, (seguindo negativamente o movimento da Terra que gira sobre seu eixo naquela direção) como os centros sensitivos dos médiuns fazem hoje. Na maior parte das pessoas, estes centros sensitivos estão inativos, mas o verdadeiro desenvolvimento os fará girar no sentido dos ponteiros do relógio. Esta é a caracterÃstica principal no desenvolvimento da clarividência positiva.
O desenvolvimento da clarividência negativa ou mediunidade é muito mais fácil, pois é meramente uma revivificação da função igual a do espelho, que o homem possuÃa no passado distante, pela qual o mundo externo era refletido involuntariamente nele. Esta função foi, mais tarde, retida pela procriação. Com médiuns atuais este poder é intermitente, isto é, algumas vezes podem "ver" e outras vezes, sem nenhuma razão aparente, falham totalmente.
No corpo de desejos do clarividente voluntário e adequadamente treinado, as correntes de desejos giram no sentido dos ponteiros do relógio, brilhando com extraordinário esplendor, superando, em muito, a brilhante luminosidade do corpo de desejos comum. Os centros de percepção no corpo de desejos, ao redor do qual estas correntes giram, suprem o clarividente voluntário com os meios de percepção no Mundo do Desejo, e ele vê e investiga à vontade. A pessoa cujos centros giram em sentido inverso ao movimento dos ponteiros do relógio, é como um espelho, refletindo somente o que se passa diante dela. Tal pessoa é incapaz de alcançar alguma informação.
Esta é uma das diferenças fundamentais entre um médium e um clarividente adequadamente treinado. à impossÃvel para a maioria das pessoas diferenciar os dois; porém, existe uma regra infalÃvel que pode ser seguida por qualquer um: nenhum vidente genuinamente desenvolvido exercerá esta faculdade por dinheiro ou algo equivalente: nunca usará isto para satisfazer a curiosidade, mas somente para ajudar a humanidade.
O grande perigo para a sociedade poderia advir do uso indiscriminado do indivÃduo que, indigno do poder de um clarividente voluntário, quisesse investigar e "ver’ à vontade, e isto pode ser facilmente compreendido. Ele seria capaz de ler o pensamento mais secreto. Portanto, o aspirante à verdadeira visão e introspecção espiritual deve, antes de tudo, dar provas de altruÃsmo. O Iniciado está obrigado pelos votos mais solenes a nunca usar este poder para servir seu interesse individual, por menor que este seja.
A clarividência treinada é usada para investigar fatos ocultos e é a única que serve para este propósito. Portanto, o aspirante precisa sentir, não um desejo de satisfazer uma simples curiosidade, mas um desejo santo e altruÃsta de ajudar a humanidade. Enquanto não existir este desejo, nenhum progresso pode ser feito para a obtenção de uma clarividência positiva.
Para readquirir o contato com os mundos internos é necessário estabelecer a conexão da glândula pineal e do corpo pituitário com o sistema nervoso cérebro-espinhal, e despertar novamente essas glândulas. Quando isto for conseguido, o homem possuirá de novo a faculdade de percepção nos mundos superiores, mas em uma escala maior do que no passado distante, porque estará em conexão com o sistema nervoso voluntário e, portanto, sob o controle de sua vontade. Através desta faculdade perceptiva interna, todos os caminhos de conhecimento estarão abertos para ele e terá a seu favor um meio para adquirir informações, e isto fará com que todos os outros métodos de investigação pareçam brincadeiras infantis.
O despertar destes órgãos é conseguido pelo treinamento esotérico. Na maioria das pessoas, grande parte da força sexual que pode ser usada legitimamente através dos órgãos criadores, é gasta para satisfação dos sentidos. Quando o aspirante à vida superior começa a moderar estes excessos e a dedicar atenção a pensamentos e esforços espirituais, a força sexual não usada começa a se elevar. Sobe, em volume cada vez maior, atravessa o coração e a laringe, ou a medula espinhal e a laringe, ou ambas, e depois passa diretamente entre o corpo pituitário e a glândula pineal em direção ao ponto da raiz do nariz onde o EspÃrito tem seu assento.
Esta corrente, não importa o quanto seja volumosa, deve ser cultivada antes que o verdadeiro treinamento esotérico possa começar, o que corresponde a um pré-requisito para o trabalho auto-consciente nos mundos internos. Assim, uma vida dentro da moralidade e devotada ao pensamento espiritual, deve ser vivida pelo aspirante antes que comece o trabalho que lhe dará conhecimento dos reinos supra-fÃsicos e o capacitará a tornar-se, no sentido mais amplo, um auxiliar da humanidade.
Quando o candidato viveu tal vida durante um tempo suficiente para estabelecer a corrente da força espiritual e é considerado digno e está qualificado para receber instrução esotérica, certos exercÃcios ser-lhe-ão ensinados para colocar o corpo pituitário em vibração. Esta vibração fará com que o corpo pituitário se choque com a linha de força mais próxima e, ao desviar-se ligeiramente dela, choca-se, por sua vez, sobre a linha seguinte e assim o processo continuará até que a força de vibração tenha sido gasta.
Quando estas linhas de força forem suficientemente desviadas para alcançar a glândula pineal, o objetivo foi alcançado: a distância entre os dois órgãos foi eliminada, existe agora uma ponte entre o Mundo do Sentido e o Mundo do Desejo. A partir do momento em que ela é construÃda, o homem torna-se clarividente e é capaz de dirigir seu olhar para onde desejar. Objetos sólidos são vistos tanto interna quanto externamente. Espaço e Solidez, como obstáculos à observação, cessaram de existir.
Ele não é ainda um clarividente treinado, mas é um clarividente à sua vontade, um clarividente voluntário. Sua faculdade é muito diferente daquela possuÃda pelo médium. A pessoa na qual esta ponte é uma vez construÃda, estará sempre em contato seguro com os mundos internos, pois a conexão é feita e desfeita à sua vontade. Aos poucos, o observador aprende a controlar a vibração do corpo pituitário, de forma a capacitá-lo a entrar em contato com qualquer das regiões dos mundos internos que deseje visitar. A faculdade está completamente sob o controle de sua vontade. Não é necessário entrar em transe ou fazer algo anormal para elevar sua consciência ao Mundo do Desejo. Simplesmente quer ver e vê.
Tendo alcançado esta faculdade, o neófito precisa agora aprender a compreender o que ele vê no Mundo do Desejo. Muitos pensam que, uma vez que a pessoa é clarividente, toda a verdade abre-se para ela e porque pode "ver", logo "sabe tudo" sobre os mundos superiores. Este é um grande erro. Sabemos que nós, que somos capazes de ver coisas no Mundo FÃsico, estamos longe de ter um conhecimento universal sobre tudo o que existe. Muito estudo e dedicação são necessários para conhecer até mesmo uma pequena parte das coisas fÃsicas com as quais lidamos em nossas vidas diárias.
No Mundo FÃsico, os objetos são densos, sólidos e não mudam num piscar de olhos. No Mundo do Desejo, eles mudam da maneira mais estranha. Isto é uma fonte de confusão interminável para o clarividente negativo, involuntário, e mesmo para o neófito que está sob a orientação de um mestre. Porém, o ensinamento que o neófito recebe, leva-o logo a um ponto onde pode perceber a Vida que causa a mudança da Forma e passa a conhecer isso pelo que isso é realmente, apesar de todas as mudanças possÃveis e embaraçosas.
Dessa maneira os clarividentes são treinados antes que suas observações tenham algum valor real, e quanto mais hábeis eles se tornam, mais modestos são em contar o que vêem. Muitas vezes, divergem das versões dos outros, sabendo o quanto há para aprender, percebendo o pouco que um investigador, sozinho, pode entender de todos os detalhes referentes às suas investigações.
Isto também diz respeito à s variadas versões dos mundos superiores que são, para pessoas superficiais, um argumento contra a existência destes mundos. Eles afirmam que se estes mundos existem, os investigadores devem necessariamente trazer até nós descrições idênticas. Mas da mesma forma que no Mundo FÃsico, se vinte pessoas partissem para descrever uma cidade, haveriam vinte versões diferentes, assim também acontece quanto aos relatos feitos pelos investigadores dos mundos superiores. Cada um tem seu próprio modo de ver as coisas e pode descrever o que vê a partir de seu ponto de vista particular. O relato que ele faz pode diferir do dos outros, embora todos possam ser igualmente verdadeiros, de acordo com a visão e o ângulo de cada observador.
Há, também, outra importante distinção a ser feita. O poder que capacita uma pessoa a perceber os objetos em um mundo, não é idêntico ao poder de entrar naquele mundo e funcionar lá. O clarividente voluntário, embora tenha recebido algum treinamento e esteja apto a distinguir o verdadeiro do falso no Mundo do Desejo, está praticamente na mesma relação com esse mundo como um prisioneiro atrás das grades de uma janela - ele pode ver o mundo exterior mas não pode funcionar nele. Portanto, no momento oportuno, exercÃcios adicionais são dados ao aspirante para provê-lo com um veÃculo no qual ele possa funcionar nos mundos internos de uma maneira perfeitamente auto-consciente.
A faculdade da clarividência indica uma conexão frouxa entre os corpos vital e o denso. Nas várias épocas de nossa Terra, quando todos os homens eram clarividentes involuntários, foi o afrouxamento desta conexão que os tornou clarividentes. Desde aqueles tempos, o corpo vital tornou-se mais firmemente entrelaçado com o corpo denso na maioria das pessoas, mas em todos os sensitivos esta ligação é frouxa. Este afrouxamento constitui a diferença entre o médium e a pessoa comum que está inconsciente de tudo, e que só sente as vibrações por meio dos cinco sentidos. Todos os seres humanos têm que passar por este perÃodo de Ãntima conexão dos veÃculos e experimentar a conseqüente limitação da consciência.
Existem, portanto, duas classes de sensitivos: aqueles que não foram envolvidos no assunto ( como as raças menos evoluÃdas e aqueles que praticam a endogamia ) e aqueles que estão emergindo do ponto mais alto da materialidade e são novamente divisÃveis em dois tipos: voluntários e involuntários.
Quando a conexão entre o corpo vital e o corpo denso de um homem está um pouco frouxa, ele será sensÃvel à s vibrações espirituais, e, se é positivo, ele desenvolverá por sua própria vontade, suas faculdades espirituais. Viverá uma vida espiritual e, com o tempo, receberá o ensinamento necessário para tornar-se um clarividente treinado e senhor de sua faculdade em todos os momentos, livre para exercê-la ou não, como quiser.
Se uma pessoa possui este leve afrouxamento entre os corpos vital e o de desejos e é de um temperamento negativo, ela está sujeita a tornar-se vÃtima de espÃritos desencarnados, como médium.
Quando a conexão entre os corpos vital e denso está muito frouxa, e o homem é positivo, ele pode tornar-se um Auxiliar InvisÃvel, capaz de levar os dois éteres superiores para fora de seu corpo denso quando quiser e usá-los como veÃculos para a percepção sensorial e a memória. Então, pode funcionar conscientemente no Mundo Espiritual e recordar-se de tudo que fez lá. Quando ele deixa seu corpo à noite, orienta-se nos Mundos InvisÃveis de maneira totalmente consciente, como fazemos aqui ou quando acabamos de desempenhar nossos deveres mundanos.
Quando uma pessoa tem esta conexão frouxa entre o corpo vital e o corpo denso, e é de um temperamento negativo, entidades que estão apegadas à Terra e procuram manifestar-se aqui, podem retirar o corpo vital do médium por meio do baço e usar temporariamente o éter do qual é composto para materializar formas de espÃritos, retornando o éter para o médium depois que a sessão acaba.
Uma vez que o corpo vital é o veÃculo por onde as correntes solares, que dão-nos vitalidade, são especializadas, o corpo do médium, no momento da materialização, algumas vezes encolhe até quase a metade de seu tamanho normal porque foi privado do princÃpio vitalizante. Sua carne torna-se flácida e a centelha de vida queima fracamente. Quando a sessão termina, o médium é despertado para a consciência normal e experimenta um sentimento da mais terrÃvel exaustão.
O perigo da mediunidade foi tratado, em detalhe, em outra literatura da Fraternidade Rosacruz. Repetimos aqui, que é extremamente maléfico para qualquer indivÃduo permitir tornar-se tão negativo que seus veÃculos e suas faculdades possam ser possuÃdas por uma entidade desencarnada. A entidade pode exercer tal controle sobre a pessoa, que esta não consegue mais exercer a livre escolha sobre nenhum assunto, mas vive somente como a entidade deseja que ela viva. Este controle pode continuar até depois da morte, quando seu corpo de desejos pode ser possuÃdo pela entidade. à extremamente difÃcil desligar-se da entidade, uma vez isto acontecido.
Todas as crianças são clarividentes, pelo menos durante o primeiro ano de vida. Por quanto tempo a criança vai manter esta faculdade, dependerá da sua espiritualidade e também de seu meio-ambiente, pois a maioria das crianças comunica aos mais velhos tudo o que elas vêem e a faculdade de clarividência é afetada pela atitude destes. Freqüentemente as crianças são ridicularizadas por contarem coisas que, segundo os mais velhos, só podem ser o resultado de "imaginação". Assim, elas aprendem a calar-se para não gerar aborrecimentos ou, no mÃnimo, guardam estas coisas para elas mesmas.
Embora existam tanto clarividentes positivos como negativos, sabemos que é somente com a clarividência positiva que um indivÃduo pode ver e investigar acuradamente os mundos internos e adiantar-se no caminho evolutivo. A clarividência negativa não pode ser vista como um instrumento confiável de investigação. Muitas vezes causa a indesejável situação de controle pessoal vindo de uma fonte exterior, e pode, pelo menos entre povos do Mundo Ocidental, causar à pessoa, uma regressão evolucionária.
2006-08-12 09:59:29
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answer #2
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answered by Space Ghost 2
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