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2006-08-09 12:37:43 · 11 respostas · perguntado por Patrulha 1 em Sociedade e Cultura Religião e Espiritualidade

Pessoal muito obrigado pelas frases de esperança, informações, referências e etc. Mas a resposta que gostaria de obter seria em torno de algum movimento surgido no início da era cristã, que deu origem as TJ. Existe algum relato, manuscrito extra-biblíco, indícios de um movimento anterior ao século XIV, fato indicativo ou documentos de qualquer categoria? Respeito muito as TJ, assim como outras religiões, mas gostaria de algo mais objetivo.
Um abraço

2006-08-10 01:12:36 · update #1

11 respostas

Testemunhas Cristãs de Jeová, movimento religioso conhecido como Testemunhas de Jeová assume-se como uma religião cristã não trinitária. O movimento foi iniciado por Charles Taze Russell, entre 1870 e 1879, num pequeno grupo de estudo não sectário da Bíblia, em Allegheny (hoje integrada na cidade de Pittsburgo, Pensilvânia). As Testemunhas de Jeová são bem conhecidas pela sua regularidade e grande persistência na obra de evangelização de casa em casa e nas ruas. Como parte de seu serviço a Deus, assistem regularmente às suas reuniões congregacionais 3 vezes por semana, no seu local de reuniões chamado de Salão do Reino, para instrução colectiva e edificação mútua. Eram Estudantes da Bíblia, antes de decada de 1930.

2006-08-09 12:51:41 · answer #1 · answered by Invest 2 · 3 0

Nos tempos modernos, as Testemunhas de Jeova tiveram seu desenvolvimento lá em 1884, nos EUA.

Teve um pequeno começo, mas, em pouco tempo, milhares de pessoas freqüentavam suas reuniões.

Em 1914, quando irrompeu a guerra mundial, sobreveio grande perseguição ao povo de Jeová, em toda a terra.

As testemunhas de Jeová viram a importância de pregarem as boas novas mais do que nunca antes. Em 1922 saiu a grande chamada de ‘anunciar, anunciar, anunciar o Rei e o Reino’. Em 1928, o relatório anual da Sociedade Torre de Vigia mostrou que 44.080 pessoas pregavam as boas novas.

Isto foi surpreendente para muitos, visto que a cristandade pensava que havia exterminado as testemunhas de Jeová. Mas as testemunhas cristãs de Jeová amam a Jeová e seu reino, e fazem disso a questão primordial em sua vida.

Nos próximos 20 anos, até 1948, o número dos pregadores aumentou para 260.756, e em 1968, passando mais de 20 anos, houve 1.221.504. Daí, o que aconteceu nos próximos sete anos?

Este número quase que dobrou, e o relatório sobre o ano de 1975 mostra que 2.179.256 pessoas proclamam as boas novas do Reino em todo o mundo. Seu comportamento excelente, sua conduta, sua pacificidade, sua honestidade e fidedignidade, e seu bom exemplo, têm dado brilho à verdade da Palavra de Deus. — Tito 2:10, Nova Bíblia Inglesa.

Hoje, quase 7 milhoes de Testemunhas de Jeova dedicadas fazem um trabalho de evangelizacao.

Cerca de 17 milhoes de Pessoas estiveram presentes esse ano, na reuniao mais importante do ano, chamada de Refeicao Noturna do Senhor.

Outros milhoes tambem compareceram em seus congressos.

So no Brasil mais de 350 congressos foram programados para os meses de julho a setembro de 2006 em diversas cidades do pais.

Nao sse faz coleta. A entrada e franca.

2006-08-09 20:35:44 · answer #2 · answered by Anonymous · 3 0

e uma sociedade cristá mundial de pessoas que dão testemunho sobre jeová Deus e seus propositos para com a humanidade baseiam suas crenças unicamente na Biblia
creem que a Biblia imteira e inspirada palavra de Deus adoram a
jeová como unico deus verdadeiro creem que vivemos atualmente nos ultimos dias deste mundo iniquo e si você quizer si salvar procure a jeová pois jeová vai destruir este mundo mal. igual fez com a quele mundo nos dias de noé

2006-08-09 20:25:13 · answer #3 · answered by Felipe 4 · 3 0

Bom.... tentar explicar como surgiu as TJ... sua historia etc.. seria muito dificil... pois não caberia neste artigo de perguntas e respostas.... Assim... nada melhor que vc procurar uma TJ de vertadde e perguntar para ele tudo o que desejar saber.... a conversa pessoal é melhor que deixar recados (neste caso), pois vc poderia ficar com alguma duvida sobre algum assunto... ou mesmo talvez faça perguntas adicionais ... assim. procure uma TJ de verdade.... (Eu e o David somos TJ)

2006-08-10 14:53:11 · answer #4 · answered by Anonymous · 2 0

Seu desenvolvimento e crescimento nos tempos modernos

A HISTÓRIA moderna das Testemunhas de Jeová começou há mais de um século. No começo da década de 1870, iniciou-se um relativamente pequeno grupo de estudo bíblico em Allegheny, Pensilvânia, EUA, agora parte de Pittsburgh.

Charles Taze Russell foi seu principal promotor. Em julho de 1879, publicou-se o primeiro número da revista A Torre de Vigia de Sião e Arauto da Presença de Cristo (em inglês), agora conhecida em português como A Sentinela.

Por volta de 1880, já se haviam formado inúmeras congregações, nos estados vizinhos, a partir daquele pequeno grupo de estudo bíblico.

Em 1881, formou-se nos Estados Unidos a Sociedade de Tratados da Torre de Vigia de Sião, estatuída em 1884, com Russell por presidente. O nome desta Sociedade foi depois mudado para Watch Tower Bible and Tract Society (Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados).

Muitos davam testemunho de casa em casa, oferecendo publicações bíblicas. Cinqüenta pessoas faziam isso por tempo integral em 1888 — hoje a média mundial é de cerca de 700.000.

Em 1909, a obra já se tornara internacional, e a sede da Sociedade foi mudada para seu local atual, em Brooklyn, Nova York. Publicavam-se sermões simultaneamente em diversos jornais, e, por volta de 1913, estes saíam em quatro idiomas, em 3.000 jornais nos Estados Unidos, no Canadá e na Europa. Distribuíram-se centenas de milhões de livros, folhetos e tratados.

Em 1912 teve início a preparação do “Fotodrama da Criação”. Por meio de diapositivos e de filmes conjugados com som, ele abrangia o período desde a criação da Terra até o fim do Reinado Milenar de Cristo. As exibições começaram em 1914, e diariamente 35.000 pessoas assistiram a elas. Foi um pioneirismo no campo de filmes sonoros.

O ANO DE 1914

Aproximava-se um tempo crucial. Em 1876, o estudante da Bíblia Charles Taze Russell contribuiu o artigo “Tempos dos Gentios: Quando Terminam?” para o periódico Bible Examiner, publicado em Brooklyn, Nova York, que dizia na página 27 do seu número de outubro: “Os sete tempos terminarão em 1914 a.D.” Os Tempos dos Gentios são o período chamado em outra tradução da Bíblia de “tempos designados das nações”. (Lucas 21:24) Não aconteceu tudo o que se esperava para 1914, mas este ano marcou o fim dos Tempos dos Gentios e foi de significado especial. Muitos historiadores e comentaristas concordam que 1914 foi um ponto decisivo na história humana. Isto é exemplificado pelas seguintes citações:

“O último ano completamente ‘normal’ da história foi 1913, o ano antes de começar a Primeira Guerra Mundial.” — Editorial no Times-Herald, Washington, DC, EUA, 13 de março de 1949.

“Cada vez mais, o período de 75 anos de 1914 a 1989, que abrangeu duas guerras mundiais e a guerra fria, está sendo visto pelos historiadores como uma época única, distinta, um tempo em que boa parte do mundo travava guerras, recobrava-se de uma guerra ou preparava-se para outra.” — The New York Times, 7 de maio de 1995.

“O mundo inteiro realmente explodiu por volta da Primeira Guerra Mundial, e nós ainda não sabemos por quê. Antes disso, os homens pensavam que a utopia estava à vista. Havia paz e prosperidade. Daí, tudo foi pelos ares. Desde então estamos num estado de animação suspensa . . . Mais pessoas foram mortas neste século do que em toda a história.” — Dr. Walter Percy, American Medical News, 21 de novembro de 1977.

Mais de 50 anos após 1914, o estadista alemão Konrad Adenauer escreveu: “Segurança e tranqüilidade desapareceram da vida dos homens desde 1914.” — The West Parker, Cleveland, Ohio, 20 de janeiro de 1966.

O primeiro presidente da Sociedade, C. T. Russell, faleceu em 1916 e foi sucedido, no ano seguinte, por Joseph F. Rutherford. Houve muitas mudanças. Iniciou-se a publicação da revista associada de A Sentinela, chamada The Golden Age (A Idade de Ouro, agora Despertai! em português; esta revista tem agora uma tiragem superior a 20.000.000 de exemplares em mais de 80 idiomas). O testemunho de porta em porta recebeu maior ênfase. Para se diferenciarem das denominações da cristandade, em 1931 esses cristãos adotaram o nome Testemunhas de Jeová. Este nome baseia-se em Isaías 43:10-12.

Usou-se extensivamente o rádio nas décadas de 20 e 30. Por volta de 1933, a Sociedade usava 403 emissoras de rádio para transmitir conferências bíblicas. Mais tarde, o uso do rádio foi na maior parte substituído pela atividade incrementada de visitas de casa em casa por parte das Testemunhas de Jeová, que usavam fonógrafos portáteis e discos com discursos bíblicos gravados. Iniciavam-se estudos bíblicos domiciliares com as pessoas interessadas na verdade da Bíblia.

VITÓRIAS NOS TRIBUNAIS

Nas décadas de 30 e 40, muitas Testemunhas de Jeová foram presas, por fazerem essa obra, e travaram-se batalhas jurídicas com o objetivo de preservar a liberdade de palavra, imprensa, reunião e adoração. Nos Estados Unidos, as apelações das sentenças de tribunais de primeira instância resultaram em as Testemunhas de Jeová obterem ganhos de causa em 43 processos judiciais perante o Supremo Tribunal. De modo similar, obtiveram-se decisões favoráveis de altas cortes em outros países. Sobre essas vitórias em tribunais, o Professor C. S. Braden, em seu livro Estes Também Crêem, em inglês, disse a respeito das Testemunhas de Jeová: “Prestaram um serviço extraordinário à democracia na luta pela preservação de seus direitos civis, pois, ao assim lutarem, muito contribuíram para garantir tais direitos a todo grupo minoritário nos Estados Unidos.”

PROGRAMAS DE TREINAMENTO ESPECIAL

J. F. Rutherford faleceu em 1942 e foi sucedido na presidência por N. H. Knorr. Iniciou-se um concentrado programa de treinamento. Em 1943, fundou-se uma escola de treinamento especial para missionários, chamada de Escola Bíblica de Gileade da Torre de Vigia. Desde então, graduados nesta escola têm sido enviados a países em toda a Terra. Surgiram novas congregações em países onde antes não havia nenhuma, e há agora mais de 100 filiais e congêneres da Sociedade estabelecidas em escala internacional. De tempos em tempos realizam-se cursos especiais para o treinamento de anciãos congregacionais, de voluntários nas filiais e congêneres e dos que se empenham por tempo integral (como pioneiros) na obra de dar testemunho. Vários tipos especializados de instrução para ministros têm sido oferecidos no centro educacional que funciona em Patterson, Nova York, EUA.

N. H. Knorr faleceu em 1977. Uma das últimas mudanças organizacionais em que participou antes de seu falecimento foi a ampliação do Corpo Governante, sediado na matriz mundial, em Brooklyn, Nova York. Em 1976, as responsabilidades administrativas foram divididas e designadas a diversas comissões, compostas de membros do Corpo Governante, todos com muitas décadas de experiência como ministros.

AMPLIAÇÃO DE GRÁFICAS

A história das Testemunhas de Jeová, nos tempos modernos, está repleta de acontecimentos dramáticos. Daquele pequeno grupo de estudo bíblico na Pensilvânia, lá em 1870, as Testemunhas de Jeová aumentaram, até o ano 2000, para cerca de 90.000 congregações em todo o mundo. No começo, todas as publicações eram impressas por firmas comerciais; daí, em 1920, as Testemunhas passaram a produzir parte das publicações em gráficas montadas em prédios alugados. Mas, a partir de 1927, muito mais publicações começaram a ser produzidas na gráfica de oito pavimentos, em Brooklyn, Nova York, de propriedade da Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados de Nova York, Inc. Esta foi ampliada para outros prédios de gráfica e um conjunto de escritórios. Há outros edifícios nas imediações, em Brooklyn, para alojar os ministros voluntários que trabalham nas oficinas gráficas. Além disso, um conjunto de fazenda e gráfica funciona perto de Wallkill, no interior do estado de Nova York. Ali se imprimem as revistas A Sentinela e Despertai! em vários idiomas e se produzem alimentos para os ministros que servem nos diversos locais desse estado. Cada trabalhador voluntário recebe uma pequena ajuda mensal para cobrir eventuais despesas.

CONGRESSOS INTERNACIONAIS

Em 1893, realizou-se o primeiro grande congresso, em Chicago, Illinois, EUA. A assistência foi de 360, e 70 novos foram batizados. O último grande congresso internacional, realizado num único lugar, foi em Nova York, em 1958. Usaram-se tanto o Estádio Ianque como o então existente Campo de Pólo. O auge de assistência foi de 253.922; o total de novos batizados foi de 7.136. Desde então, realizam-se congressos internacionais em série, em muitos países. Ao todo, essas séries podem envolver milhares de congressos em todo o globo.



Um serviço extraordinário prestado às liberdades civis



“A Sentinela”, de 6.000 exemplares em um idioma para mais de 22.000.000 em mais de 130 idiomas

2006-08-09 22:19:01 · answer #5 · answered by Pauloyahoo 4 · 2 0

Mesmo depois de ter surgido a apostasia, os cristãos nominais evitavam atividades imorais. W. D. Killen, professor de história eclesiástica, escreveu: “A casa de diversões, nos séculos dois e três, em cada cidade grande, era um centro de atrações, e embora os atores em geral fossem pessoas de muito pouca moral, seus espetáculos dramáticos exploravam perpetuamente os desejos depravados daquele período. . . . Todos os verdadeiros cristãos encaravam o teatro com repugnância. . . . Tinham repugnância de sua obscenidade; e os constantes apelos feitos aos deuses e às deusas do paganismo chocavam as convicções religiosas dos cristãos.” (The Ancient Church [A Igreja Antiga], páginas 318-19) Atualmente, os verdadeiros seguidores de Jesus também evitam diversões obscenas e moralmente degradantes. — Efésios 5:3-5.

é interessante o comentário de Tertuliano sobre as reuniões realizadas por pessoas que se esforçavam em praticar o cristianismo nos seus dias (c. 155–depois de 220 EC). Ele escreveu: “Mesmo que haja alguma espécie de fundo, este não é constituído de dinheiro pago como taxas de admissão, como se religião fosse uma questão de contrato. Todo homem, uma vez por mês, traz algumas moedas modestas — ou quando quiser, e só se quiser e puder; pois ninguém é obrigado; é uma oferta voluntária.” (Apology, XXXIX, 5)

os “quartodecimanos” seguiam o modelo apostólico original. Certo historiador disse: “No que se refere ao dia da celebração da Pascha [a Refeição Noturna do Senhor], o costume das igrejas quartodecimanas da Ásia seguia o da igreja de Jerusalém. No 2.° século, essas igrejas, na sua Pascha no 14 de nisã, comemoravam a redenção realizada pela morte de Cristo.” — Studia Patristica, Volume V, 1962, página 8.

o historiador E. G. Hardy em seu livro Christianity and the Roman Government (Cristianismo e o Governo Romano): “Os cristãos eram estranhos e peregrinos no mundo ao seu redor; sua cidadania era do céu; o reino que aguardavam não era deste mundo. O conseqüente desinteresse pelos assuntos públicos tornou-se assim desde o início uma particularidade notável do cristianismo.”


O professor Robert L. Wilken escreve: “Os cristãos não apenas recusavam o serviço militar [romano], mas tampouco aceitavam cargos públicos nem assumiam responsabilidade alguma pela administração das cidades.” (The Christians as the Romans Saw Them [Os Cristãos Conforme os Romanos os Viam])


Tertuliano escreveu posteriormente: “Considerai aqueles que, com sede cobiçosa, num espetáculo da arena, pegam sangue fresco de criminosos iníquos . . . e o levam correndo para curar sua epilepsia.” Ele os contrastou com os cristãos, que ‘nem mesmo tinham o sangue dos animais em suas refeições . . . Nos julgamentos dos cristãos, oferecei-lhes chouriços cheios de sangue. Estais convictos, naturalmente, de que [isso] . . . lhes é ilícito’.


Os Valdenses da França

Nos lindos vales ao sul da França, vivia um grupo religioso chamado de valdenses. Pouco antes de 1180, destacado membro deste grupo, Pedro Valdo, alegadamente pagou a dois padres para traduzirem partes da Bíblia para o vernáculo. Seus leitores fizeram verdadeiras mudanças em suas vidas. Até mesmo um de seus mais acirrados inimigos reconheceu notável contraste entre a conduta deles e a do povo em geral. Ele disse:

‘Os hereges [os valdenses] são conhecidos por suas boas maneiras e palavras; pois são ordeiros e moderados nos modos e no comportamento. Estão livres da falsidade e do engano. São castos, modestos, sóbrios, e não são dados à ira.’

Animados com zelo por lerem pessoalmente as Escrituras, percorriam de alto a baixo a região rural da França, aos pares, lendo e ensinando as Escrituras aos outros. Tão zelosos eram eles que se relata de um ter “cruzado a nado um rio, à noite e no inverno, para ir até [certa pessoa] para ensiná-la”. O que encontraram nas Escrituras se tornara para eles uma “força viva”!

Cheios de entusiasmo, viajaram para Roma, na Itália, a fim de obter a aprovação oficial do Papa Alexandre III para usarem a Bíblia deles para ensinar outros. Permissão negada! Um dos dignitários religiosos no Terceiro Concílio de Latrão, Walter Map, exclamou:

“Portanto, que a Palavra não seja dada aos incultos, como pérolas aos porcos!”

Imagine isto! Capacitar a pessoa comum a ler a Bíblia numa língua que podia entender era considerado ‘lançar pérolas aos porcos’!

O Papa Inocêncio III organizou uma cruzada para “exterminar” os hereges. Os relatos dos que dirigiram a cruzada indicam que milhares de homens, mulheres e crianças foram cruelmente chacinados e foram queimados exemplares de suas Bíblias porque, como um juiz religioso, ou Inquisidor, daquele tempo expressou:

“Eles traduziram o Velho e o Novo Testamentos para o vernáculo [língua comum], e assim eles o ensinam e aprendem. Ouvi falar e vi certo camponês ignorante recitar Jó, palavra por palavra; e muitos que conheciam perfeitamente todo o Novo Testamento.”

A Bíblia se Espalha na Língua Comum

O fogo e a espada fizeram os valdenses fugir para outros países. Logo em seguida apareceram traduções da Bíblia, que o homem comum podia ler, na Espanha, na Itália, na Alemanha e em outros países. Onde quer que aparecessem, usualmente seguiam-se proscrições e impiedosa perseguição. Na outra página aparecem várias proibições oficiais da Bíblia. Violar estas leis seculares e religiosas amiúde significava morrer queimado!

Na Inglaterra, por volta de 1382, João Wycliffe e seus associados terminaram a primeira Bíblia completa em inglês. Mas muitos do povo comum não sabiam ler. De modo que ele organizou um grupo de homens, chamados de lolardos, para irem e lerem a Bíblia ao povo.

Chocante Perseguição

Estes “homens da Bíblia”, como às vezes eram chamados, fizeram grande sensação. As autoridades religiosas da Inglaterra reagiram com uma perseguição inacreditável. Em 1401, o parlamento inglês decretou que quem possuísse a Bíblia na língua comum deveria ficar “perante o povo, para ser queimado num lugar alto, para que esta punição possa infundir temor na mente dos outros”.

E realmente causou este temor! Um possuidor da Bíblia em inglês, com medo de que isto o incriminasse, comentou que “preferia queimar os livros a deixar que seus livros o queimassem”. Mas muitos não se dissuadiram tão facilmente de ler a Palavra de Deus. Centenas destes foram queimados vivos por simplesmente, como mostram as atas do tribunal, “terem um certo livro pequeno das Escrituras em inglês”. Muitas vezes essas pessoas eram queimadas “com o livro de sua doutrina [as Escrituras] pendurado nelas”.

Esta perseguição grassava em um país após outro. Em algumas terras, onde as pessoas persistiam em ler a Bíblia no vernáculo, vilas inteiras eram massacradas. Homem algum estava a salvo de seus vizinhos, de seus empregados ou mesmo de seus próprios filhos, já que todos, sob o temor de severas represálias, eram incentivados a delatar quem quer que vissem lendo a Bíblia em sua própria língua. Nem é preciso dizer que, para evitarem ser descobertas, havia muitas leituras da Bíblia à meia-noite.

O que teria feito sob tais circunstâncias? Prezaria tanto a mensagem da Bíblia que arriscaria sua vida para lê-la?



Os anabatistas e o “modelo de palavras salutares”

O APÓSTOLO Paulo alertou que após a sua morte, cristãos apóstatas, semelhantes a “lobos opressivos”, penetrariam no rebanho de Deus e tentariam “atrair a si os discípulos”. Como fariam isso? Por introduzir tradições e ensinos falsos para torcer a verdade das Escrituras. — Atos 20:29, 30; 1 Timóteo 4:1.

Por esta razão, Paulo exortou o jovem Timóteo: “[Persiste em apegar-te] ao modelo de palavras salutares que ouviste de mim com a fé e o amor que há em conexão com Cristo Jesus. Guarda, por intermédio do espírito santo que mora em nós, o que de excelente te foi confiado.” O que era este “modelo de palavras salutares”? — 2 Timóteo 1:13, 14.

O “Modelo” Estabelecido

Todos os livros das Escrituras Gregas Cristãs foram completados no primeiro século de nossa Era Comum. Embora tivessem sido escritos por diferentes escritores, o espírito santo, ou força ativa, de Deus, garantiu que fossem harmoniosos, não apenas entre si, como também com relação às anteriores Escrituras Hebraicas. Neste sentido, criou-se um “modelo” de sólido ensino bíblico que os cristãos tinham de seguir, assim como Jesus Cristo se tornara o “modelo” para eles seguirem. — 1 Pedro 2:21; João 16:12, 13.

O que aconteceu ao “modelo de palavras salutares” durante os séculos de escuridão espiritual posteriores à morte dos apóstolos? Muitas pessoas sinceras tentaram redescobri-lo, ainda que a plena restauração tivesse de esperar até “o tempo do fim”. (Daniel 12:4) Às vezes erguia-se uma voz solitária, e em outras ocasiões era um pequeno grupo de pessoas que andava à procura do “modelo”.

Os valdenses aparentemente constituíam uma minoria assim. Viviam na França, na Itália e em outras regiões da Europa nos séculos 12 a 14. Deste movimento surgiram, mais tarde, os anabatistas. Quem eram eles, e em que criam?

Ensinos Básicos

Os anabatistas começaram a se tornar conhecidos por volta do ano 1525, em Zurique, Suíça. A partir dessa cidade as suas crenças se espalharam rapidamente a muitas partes da Europa. A Reforma do início do século 16 fizera algumas mudanças, mas, para os anabatistas, ela não fora suficientemente longe.

Ansiando voltar aos ensinos cristãos do primeiro século, eles rejeitaram mais coisas do dogma católico-romano do que Martinho Lutero e outros reformadores haviam rejeitado. Por exemplo, os anabatistas sustentavam que a dedicação a Cristo se restringia aos adultos. Por praticarem o batismo de adultos, mesmo quando alguém já tivesse sido batizado quando bebê, deu-se-lhes o nome de “anabatistas”, que significa “rebatizadores”. — Mateus 28:19; Atos 2:41; 8:12; 10:44-48.

“Para os anabatistas, a verdadeira Igreja era uma associação de crentes”, escreveu o Dr. R. J. Smithson, em seu livro Os Anabatistas — Sua Contribuição Para a Nossa Herança Protestante (em inglês). Como tal, eles se consideravam uma sociedade de crentes dentro da comunidade como um todo, e, de início, não tinham um ministério especialmente treinado, ou pago. Semelhantes aos discípulos de Jesus, eles eram pregadores itinerantes que visitavam cidades e vilarejos, falando com as pessoas em mercados, locais de trabalho e lares. — Mateus 9:35; 10:5-7, 11-13; Lucas 10:1-3.

Todo anabatista era tido como pessoalmente responsável perante Deus, tinha livre-arbítrio e mostrava a sua fé por meio de suas obras, todavia, reconhecia que a salvação não resultaria apenas de obras. Se alguém violasse a fé, poderia ser expulso da congregação. A readmissão era feita apenas à base de evidência de devido arrependimento. — 1 Coríntios 5:11-13; veja 2 Coríntios 12:21.

O Conceito Deles Sobre o Mundo

Os anabatistas sabiam que não podiam reformar o mundo. Embora a Igreja se tivesse aliado ao Estado desde a época do imperador romano Constantino, no quarto século EC, isso para eles não significava que o Estado se tornara cristão. À base do que Jesus dissera, eles sabiam que o cristão não devia ‘fazer parte do mundo’, mesmo que isso resultasse em perseguição. — João 17:15, 16; 18:36.

Onde não houvesse conflito entre a consciência cristã e os interesses seculares, os anabatistas reconheciam que o Estado devia ser de direito respeitado e obedecido. No entanto, um anabatista não se envolvia em política, não exercia cargo público, não servia como magistrado e não fazia juramentos. Rejeitando toda forma de violência e de força, também não participava na guerra ou no serviço militar. — Marcos 12:17; Atos 5:29; Romanos 13:1-7; 2 Coríntios 10:3, 4.

Os anabatistas mantinham uma elevada norma moral, numa sóbria simplicidade de vida, basicamente sem bens e ambições materiais. Por causa de seu amor entre si, em muitos casos estabeleceram comunidades, embora a maioria deles rejeitasse a vida comunal como estilo de vida. Contudo, à base da premissa de que tudo pertence a Deus, sempre se dispunham a usar seus bens materiais em favor dos pobres. — Atos 2:42-45.

Com base em minucioso estudo da Bíblia, especialmente das Escrituras Gregas Cristãs, alguns anabatistas se recusaram a aceitar a doutrina da Trindade, de três pessoas em um só Deus, conforme atestam alguns de seus escritos. Em geral, o modo de adoração deles era bastante simples, e a Ceia do Senhor ocupava um lugar de destaque. Rejeitando os tradicionais conceitos católico-romanos, luteranos e calvinistas, eles encaravam tal ato como Comemoração da morte de Cristo. “Para eles”, escreveu R. J. Smithson, “era o mais solene ato em que o cristão pode participar, significando a renovação do pacto feito pelo crente de devotar a sua vida sem reservas ao serviço de Cristo”.

A Perseguição — E Depois

Os anabatistas foram mal entendidos, como se dera com os cristãos primitivos. Como estes, os anabatistas eram encarados como pessoas que perturbavam a ordem estabelecida da sociedade, ‘subvertendo a terra habitada’. (Atos 17:6) As autoridades em Zurique, na Suíça, ligadas ao reformador Huldrych Zwingli, contestaram os anabatistas em especial devido à sua recusa de batizar bebês. Em 1527, elas cruelmente afogaram Felix Manz, um dos líderes anabatistas, e perseguiram tão duramente os anabatistas suíços a ponto de quase exterminá-los.

Na Alemanha, os anabatistas foram amargamente perseguidos, tanto por católicos como por protestantes. Um decreto imperial, baixado em 1528, impôs a pena de morte a quem quer que se tornasse anabatista — e isso sem nenhum tipo de julgamento. A perseguição na Áustria fez com que a maioria dos anabatistas ali buscassem refúgio na Morávia, na Boêmia e na Polônia, e mais tarde na Hungria e na Rússia.

Com a morte de tantos dos líderes originais, era inevitável que se projetassem elementos extremistas. Eles traziam consigo um desequilíbrio que levou a muita confusão e a um subseqüente desvio dos padrões que haviam marcado os primórdios. Isto ficou tragicamente evidente no ano de 1534, quando tais extremistas tomaram a força o governo municipal de Münster, Vestfália. No ano seguinte, a cidade foi recapturada em meio a muito derramamento de sangue e tortura. Este episódio contrariava o verdadeiro ensino dos anabatistas e contribuiu muito para desacreditá-los. Alguns seguidores tentaram repudiar o nome anabatistas em favor do título “batistas”. Mas, independente do nome que escolheram, ainda assim se tornaram vítimas de oposição e da Inquisição católica em especial.

Por fim, grupos de anabatistas emigraram em busca de maior liberdade e paz. Hoje, encontramo-los na América do Norte e do Sul, bem como na Europa. Muitas denominações foram influenciadas pelos seus ensinos originais, incluindo os quacres, os modernos batistas, e a Irmandade de Plymouth. Os quacres compartilham com os anabatistas o ódio pela guerra e a idéia de ser guiado por uma ‘luz interior’.

A sobrevivência dos anabatistas é hoje bem observável através de dois grupos em particular. O primeiro é a Irmandade Huterita, que leva o nome de seu líder do século 16, Jacob Hutter. Eles fundaram comunidades na Inglaterra, no oeste do Canadá, no Paraguai e em Dakota do Sul, nos Estados Unidos. Outro grupo são os menonitas. Seu nome se deriva de Menno Simons, que fez muito para apagar o mau registro deixado nos Países-Baixos após o caso Münster. Simons faleceu em 1561. Hoje, há menonitas na Europa e na América do Norte, além dos menonitas amish.

O “Modelo” Atual

Embora os anabatistas talvez tivessem tentado encontrar o “modelo de palavras salutares”, eles não foram bem-sucedidos nisso. Ademais, em seu livro História do Cristianismo (em inglês), K. S. Latourette diz: “Originalmente de caráter vigorosamente missionário, a perseguição fez com que em grande parte se recolhessem dentro de si mesmos e se perpetuassem por nascimento, em vez de por conversão.” E o mesmo se dá ainda hoje com aqueles pequenos grupos que têm raízes no movimento anabatista. O desejo deles de se manterem separados do mundo e de seus costumes levou-os a usar roupas distintivas, incentivado, em muitos casos, por sua vida comunitária separada.

Portanto, pode-se realmente encontrar hoje o “modelo de palavras salutares”? Sim, mas isso exige tempo e amor à verdade. Por que não verifica se aquilo em que você crê se harmoniza com o divinamente revelado “modelo”? Não é difícil determinar o que é tradição de origem humana e o que é fato bíblico. As Testemunhas de Jeová em sua localidade prazerosamente o ajudarão, pois elas mesmas apreciam a maneira que têm sido ajudadas a entender o “modelo de palavras salutares”.




Os socinianos — por que rejeitavam a trindade?

“O Pai é Deus o Filho é Deus, e o Espírito Santo é Deus; e, no entanto, não são três deuses, mas Deus é um só.” Foi assim que o Credo Atanasiano definiu a Trindade. As igrejas da cristandade a têm ensinado por mais de 16 séculos, e até os dias de hoje ela é chamada de “doutrina central da religião cristã”. Mas é deveras? No decorrer dos anos, alguns homens e mulheres corajosos ousaram argumentar que a Bíblia ensina outra coisa − o que muitas vezes lhes custou a vida.

MIGUEL SERVET foi um deles. Teve de fugir para salvar a pele. Ao romper dum dia primaveril em 1553, o respeitado médico conseguiu escapar da prisão, vestindo um roupão e uma touca de dormir, e fugiu pela região campestre da França. Seu julgamento, realizado pelas autoridades católicas em Vienne, tomava um rumo bem ruim. Elas sabiam quem ele era. O próprio grande inimigo delas, o líder protestante de Genebra, João Calvino, ajudara a entregar Servet em suas mãos.

Por mais que protestantes e católicos odiassem uns aos outros nestes anos iniciais da Reforma, eles se uniam num ódio ainda maior a este homem. Qual era o crime dele? Heresia. Miguel Servet escrevera alguns livros provando ser antibíblico o ensino da Trindade por parte das igrejas. Disse ele: “A Trindade papista, o batismo de bebês, e os outros sacramentos do Papado, são doutrinas dos demônios.”

Para onde poderia ele ir? Servet talvez soubesse que tinha pequeno número de seguidores no norte da Itália. Sempre às ocultas, começou a dirigir-se para lá. Ao passar por Genebra, porém, foi identificado, apesar do disfarce. Calvino denunciou-o às autoridades e fez pressão para que fosse executado. Em 27 de outubro de 1553, ele foi queimado vivo na estaca, com um de seus livros atado à coxa. Ele morreu orando a favor de seus inimigos e recusando retratar-se. Alguns observadores, impressionados com isso, voltaram-se contra a Trindade!

Lélio Socini, um dos italianos que já tinham sido influenciados pelos escritos de Servet, sentiu-se movido, pela brutal execução dele, a examinar a doutrina da Trindade. Ele também concluiu que esta não tinha base na Bíblia. Partilhou suas convicções com seu jovem sobrinho, Fausto. Até chegou a deixar com Fausto todos seus documentos e escritos. Muitíssimo sensibilizado, Fausto gradualmente decidiu deixar para trás sua vida confortável como homem da corte, e, em vez disso, partilhar as verdades que ele aprendera da Bíblia.

Caçado pela Inquisição católica, Socini viajou para o norte. Na Polônia, encontrou pequeno grupo de anabatistas que se chamavam de “Os irmãos. . . que rejeitaram a Trindade”. Para Socini, esta religião era claramente a que mais se aproximava da verdade da Bíblia. Assim, ele fixou residência em Cracóvia e começou a escrever em defesa da causa deles.

Em Que Criam?

Estes socinianos, como mais tarde vieram a ser chamados, desejavam acima de tudo restaurar o puro cristianismo ensinado na Bíblia. Achavam que a Reforma protestante tinha apenas removido superficialmente parte da corrupção e dos rituais da Igreja Católica, ao passo que deixava bem intactos o seu âmago podre e seus ensinos antibíblicos.

Como as religiões ao redor, eles eram culpados de muitos erros. Ainda assim, dentre todas as religiões da Reforma, esta pequena corrente de socinianismo aderia mais de perto à Bíblia que a maioria. Eis aqui alguns exemplos. Por que não os compara com os versículos citados, em sua Bíblia?

Como os anabatistas, eles ensinavam que o batismo de bebês era antibíblico; segundo consta da Bíblia, apenas adultos eram batizados. Os socinianos também eram firmes a favor da ordem bíblica de amar o próximo e de abandonar as armas de guerra. Ao passo que os católicos e os protestantes avidamente mergulhavam toda a Europa num banho de sangue, os socinianos se recusaram a guerrear, em qualquer base. Muitos deles morreram por causa desta posição bíblica. Ademais, eles não aceitavam altos cargos públicos, visto que isto poderia envolvê-los em culpa pela guerra.

O espírito de nacionalismo, que tanto grassava naqueles dias, não os dominava. Eles achavam que os verdadeiros cristãos eram estrangeiros em qualquer país deste mundo. (João 17:16; 18:36) Bem conhecidos por seus elevados padrões morais, eles excomungavam, ou desassociavam, a quaisquer pessoas dentre eles que se recusassem a viver segundo as explicações socinianas da Palavra de Deus, ou a aceitá-las. − 2 João 10; 1 Coríntios 5:11.

Os socinianos não hesitavam em empregar o nome pessoal de Deus, Jeová. Eles prezavam especialmente as palavras de João 17:3, que diz que assimilar conhecimento dele e de seu Filho significa vida eterna. Eles encaravam a vida eterna como a grande esperança de todos os verdadeiros cristãos. Negavam expressamente a doutrina da imortalidade da alma humana. Ao invés, ensinavam, como faz a Bíblia, que a alma morre, com a esperança de vida sendo baseada numa futura ressurreição. − Ezequiel 18:4; João 5:28, 29.

O ensino do inferno de fogo também era por eles rejeitado como antibíblico. Socini discernia claramente o absurdo de se dizer que Deus torturaria uma pessoa no fogo por toda a eternidade, a fim de castigá-la por pecados que tinham sido cometidos por meros 70 ou 80 anos! Alguns dos líderes socinianos iniciais até ensinavam sobre o Reinado Milenar de Cristo sobre a Terra. − Eclesiastes 9: 5; Revelação 20: 4.

Por Que Rejeitavam a Trindade?

O que mais tornou famosos os socinianos, porém, como tornara a Servet antes deles, foi rejeitarem eles o ensino da Trindade, por parte das igrejas. Por que a rejeitavam? Seu raciocínio seguia duas linhas. A primeira, e a principal, era que eles discerniam que ela é antibíblica.

Até os dias atuais, os peritos prontamente admitem que a Bíblia não contém referência alguma a qualquer Trindade, que esta foi resultado de ‘teologia criativa’, numa tentativa de fundir o “cristianismo” do quarto século com a filosofia grega. Que lugar poderia tal ensino ocupar num movimento para restaurar o puro cristianismo? Nenhum.

Como disse certo historiador a respeito de Servet: “Em lugar duma doutrina cujos próprios termos − Trindade, hipóstase, pessoa, substância, essência − não foram tirados da Bíblia, mas inventados por filósofos, e cujo Cristo era pouco mais do que uma abstração filosófica, ele queria fazer com que os homens tivessem fé num Deus vivo, num divino Cristo que era uma realidade histórica, e num Espírito Santo que para sempre operaria nos corações dos homens.” Ele acreditava que os três eram um apenas no sentido de João 17:21, e considerava o espírito santo como a força ativa de Deus, e não uma pessoa.

Ademais, os socinianos verificaram ser fraquíssimas as chamadas bases bíblicas dessa doutrina. O texto favorito dos trinitaristas, 1 João 5:7, já era bem conhecido como uma corruptela, um acréscimo posterior e não-inspirado da Bíblia. O outro, João 1:1, só faz sentido quando se entende que chama a Cristo de “divino”, ou “um deus”, em vez de torná-lo o mesmo que o Deus todo-poderoso.

O golpe mais devastador contra a Trindade, porém, era que a própria descrição que a Bíblia dá de Deus, de Jesus, e do espírito santo, torna bem impossível que qualquer um deles faça parte de qualquer trindade. Como assim? Bem, primeiro de tudo, a Bíblia apresenta o espírito santo, não como pessoa, de forma alguma, mas como a força ativa de Deus. (Lucas 1:41; Atos 10:38) Em segundo lugar, Cristo não poderia ser “coigual e coeterno” com o Pai, visto que a Bíblia o descreve como subordinado ao Pai e tendo sido criado por Ele. (João 14:28; Colossenses 1:15) Por fim, como poderia Jeová, tantas vezes descrito como o um só Deus, ser realmente parte duma deidade tríplice − Deuteronômio 6:4; Isaías 44: 6.

Assim, em bases bíblicas, os socinianos refutaram a Trindade. Mas, também a rejeitaram à base do simples raciocínio. De acordo com um certo historiador da Reforma: “Socini sustentava que. . . embora [a Bíblia] possa conter muitas coisas além da razão. . ., ela não contém nada que seja contrário à razão.” A Trindade, com suas noções contraditórias sobre um deus único que é, ao mesmo tempo, três pessoas, claramente se enquadrava nesta última categoria. Como um historiador descreve os sentimentos de Servet a respeito dessa doutrina: “Ela confundia-lhe a cabeça, e deixava de acalentar-lhe o coração ou inspirar-lhe a vontade.”

No entanto, os socinianos deveras caíram em alguns clamorosos erros doutrinais. Socini e seus seguidores negavam o princípio do resgate de Cristo. Todavia, a Bíblia claramente ensina que Cristo, com sua morte, pagou o preço de redenção da humanidade de sua condição pecaminosa. (Romanos 5: 12; 1 Timóteo 2:5, 6) Havia outros erros, também. Por exemplo, Socini ensinava contrário à existência pré-humana de Cristo, outro claro ensino da Bíblia. − João 8: 58.

Uma Breve História Trágica

A Igreja Reformada Menor (como os socinianos foram oficialmente chamados) floresceu na Polônia por quase cem anos. No seu auge, chegaram a ter até 300 congregações. Estabeleceram uma colônia em Racóvia, ao nordeste de Cracóvia, puseram em operação uma máquina impressora, e fundaram uma universidade que atraiu respeitáveis mestres e estudantes de toda a parte. De sua prensa fluíram cerca de 500 diferentes panfletos, livros e tratados, em cerca de 20 idiomas. Missionários e estudantes que viajavam espalharam secretamente todos estes pela Europa. Tem-se dito que as publicações anti-socinianas que estas obras inspiraram, no decorrer dos dois próximos séculos, dariam para encher uma biblioteca!

Odiados tanto pelos católicos como pelos protestantes, porém, os socinianos não deveriam ficar em paz por muito tempo. O próprio Socini foi atacado, espancado, tornou-se vítima de motins, e quase foi afogado por suas crenças. Mesmo antes de sua morte, em 1604, os jesuítas, decididos a restabelecer a supremacia da Igreja Católica na Polônia, tinham lentamente começado a insinuar-se em posições de influência junto ao rei.

A perseguição contra os socinianos começou a aumentar. Em 1611, um sociniano abastado foi despojado de suas propriedades e sentenciado a ter a língua decepada, a ser decapitado, a ter uma das mãos e um pé decepados, e então ser queimado. Naturalmente, poderia continuar vivendo em paz se apenas mudasse de religião. Ele não se curvou. Enfrentou a execução sem vacilar, na praça do mercado de Varsóvia.

Em 1658, os jesuítas por fim conseguiram alcançar seu alvo. Instado por eles, o rei decretou que todos os membros da Igreja Reformada Menor saíssem da Polônia dentro de três anos ou enfrentariam a execução. Centenas preferiram o exílio. Afloraram perseguições brutais. Algumas congregações diminutas de exilados sobreviveram por algum tempo na Transilvânia, na Rússia e nos Países-Baixos, mas estes grupos isolados gradualmente desapareceram também.

O Legado dos Socinianos

Ainda assim, os escritos socinianos continuaram a exercer influência. O Catecismo Racoviano, baseado nos escritos de Socini e editado pouco depois de sua morte, foi traduzido para o inglês por John Biddle, em 1652. O Parlamento mandou recolher seus exemplares e os queimou, e encarcerou Biddle. Embora liberto por certo tempo, foi novamente preso e acabou morrendo ali.

Mas os argumentos contra a Trindade não morreriam com tanta facilidade na Inglaterra, onde muitos homens eruditos e razoáveis discerniram que eram uma verdade bíblica. Sir Isaac Newton, um dos maiores cientistas de toda a História, refutou a Trindade em seus escritos, e é, às vezes, chamado de sociniano. Joseph Priestley, famoso químico e descobridor do oxigênio, era também chamado de sociniano. John Milton, o grande poeta, renegou também a Trindade. Com efeito, Voltaire, o filósofo francês, achou engraçado que Lutero, Calvino e Zwingli, cujos escritos Voltaire chamava de “intragáveis”, conquistassem grande parte da Europa, ao passo que “os maiores filósofos e os melhores escritores do tempo deles”, tais como Newton e outros socinianos, só tivessem granjeado um rebanho diminuto e decrescente.

Tais homens, como Socini antes deles, sublinharam a importância do emprego da razão na religião. É assim que deveria ser. A própria Bíblia nos insta a servir a Deus ‘com a nossa faculdade de raciocínio’. (Romanos 12:1) Todavia, no movimento unitário que cresceu na Inglaterra, tendo por base as raízes socinianas, o raciocínio humano começou a ter precedência sobre a Bíblia. Já em meados dos 1800, os unitários na Inglaterra e na América “começaram a abandonar a escritura como a fonte primária da verdade religiosa”, segundo uma história do seu movimento.

Ainda assim, os primeiros socinianos deram um exemplo do qual muitas religiões modernas bem que poderiam aprender. Por exemplo, um ministro presbiteriano louvou a posição deles quanto à guerra em comparação com a “impotência [das igrejas modernas] em face da Guerra Mundial”. Ele expressou esperanças de que, dentro em breve, todas as igrejas da cristandade tomassem uma posição firme contra a guerra. Mas ele escreveu estas palavras em 1932. A II Guerra Mundial irrompeu apenas alguns anos depois, e as igrejas de novo apoiaram o derramamento de sangue. Hoje em dia, a guerra grassa em grande parte do globo. A religião provoca mais guerras do que as que consegue impedir.

Que dizer de sua igreja? Tem a sua igreja, como tantas hoje em dia, perdido o respeito pela Bíblia? Em vez de ensiná-la, ensina idéias dos homens? Qual é aposição dela em assuntos doutrinais tais como a imortalidade da alma, o inferno de fogo, ou a Trindade? Já comparou alguma vez tais ensinos com aquilo que a Bíblia diz? Os socinianos o fizeram. Instamos com o leitor a fazer o mesmo.


Em diversos países, , as Testemunhas de Jeová foram vítimas de propaganda agressiva e falsa, promovida com o objetivo aparente de uma possível ação legal contra elas.

Mas elas se mantêm firmes! (Salmo 112:7, 8)

Lembram-se da oração do salmista: “Os presunçosos besuntaram-me com falsidade. Quanto a mim, observarei as tuas ordens de todo o coração.” (Salmo 119:69)

Tal publicidade mentirosa apenas evidencia que os verdadeiros cristãos são odiados conforme Jesus profetizou. (Mateus 24:9)

Um homem na Bélgica leu num diário bem conhecido um artigo depreciativo sobre as Testemunhas de Jeová.

Chocado com as observações caluniosas, ele assistiu a uma reunião no Salão do Reino no domingo seguinte. Providenciou estudar a Bíblia com as Testemunhas e fez rapidamente progresso. Anteriormente, este homem fora membro duma gangue. Seu estudo bíblico lhe ajudou a endireitar a vida, algo que foi notado pelas pessoas em sua volta.

É certo que o escritor daquele artigo calunioso não quis produzir tal resultado!

Por exemplo: Algumas pessoas sinceras, na Bélgica, se expressaram contra a propaganda mentirosa.

Entre elas estava um ex-primeiro ministro, que admitiu estar cheio de admiração por aquilo que as Testemunhas de Jeová têm realizado.

E um deputado escreveu: “Contrário às insinuações difundidas em certa ocasiões, [as Testemunhas de Jeová] não me parecem representar o menor perigo para as instituições do Estado. São cidadãos amantes da paz, conscienciosos e respeitosos para com as autoridades.”

As palavras do apóstolo Pedro sãos sábias: “Mantende a vossa conduta excelente entre as nações, para que, naquilo em que falam de vós como de malfeitores, eles, em resultado das vossas obras excelentes, das quais são testemunhas oculares, glorifiquem a Deus no dia da sua inspeção.” — 1 Pedro 2:12.


Realizam sua obra em obediência fiel ao mandamento de Jesus Cristo aos seus discípulos: “Sereis testemunhas de mim . . . até à parte mais distante da terra.” (Atos 1:8)

Sua obra focaliza única e exclusivamente as boas novas do Reino celestial, o instrumento de Deus para trazer paz à Terra inteira. — Mateus 6:10; 24:14.

Os que observam as Testemunhas de Jeová não encontram nenhuma prova de que essa comunidade cristã já tenha agido como força corrompedora da boa ordem em algum país.

Muitos jornalistas, juízes e outros comentam sobre a contribuição positiva das Testemunhas de Jeová para as comunidades em que vivem.

Analise alguns exemplos.

Depois de assistir a um congresso das Testemunhas de Jeová, uma repórter do sul da Europa comentou: “São pessoas com fortes laços familiares. São ensinadas a amar e a viver segundo sua consciência de forma a não prejudicar os outros.”

Outro jornalista, que antes tinha um conceito negativo sobre as Testemunhas, declarou: “Elas têm uma vida exemplar. Não violam as normas de moral e do que é correto.”

Um cientista político, de modo similar, comentou sobre as Testemunhas: “Elas demonstram profunda bondade, amor e gentileza para com outras pessoas.”

As Testemunhas de Jeová ensinam que é correto se submeter às autoridades. Como cidadãos acatadores das leis, seguem as normas bíblicas de honestidade, veracidade e limpeza. Edificam famílias de boa moral e ajudam outros a fazer o mesmo.

Vivem pacificamente com todos, não se envolvendo em protestos anárquicos nem em revoluções políticas. As Testemunhas de Jeová procuram ser exemplares em obedecer às leis das autoridades humanas superiores, enquanto esperam pacientemente que a Autoridade Suprema, o Soberano Senhor Jeová, restaure a paz perfeita e o governo justo sobre a Terra.

Ao mesmo tempo, a obra das Testemunhas de Jeová é educacional. Usando a Bíblia como base, elas ensinam pessoas em todo o mundo a raciocinar sobre princípios bíblicos e assim desenvolver normas corretas de conduta e integridade moral.

Elas promovem valores que melhoram a vida familiar e ajudam os jovens a lidar com problemas característicos de sua idade. Também ajudam as pessoas a ter forças para superar maus hábitos e a desenvolver a habilidade de se dar bem com outros.


As publicações das Testemunhas de Jeová promovem valores familiares e normas elevadas de moral

2006-08-09 20:11:44 · answer #6 · answered by David 4 · 2 0

Testemunharam !

2006-08-09 19:41:45 · answer #7 · answered by Claudio Luis 3 · 1 2

Os TJ teve como fundador um homem chamado Charles Taze Russel, nascido em 1852 e falecido em 1916. Depois, vieram Joseph F. Rutherford, Nathan Knorr e Fred Franzs.

Começaram na Pensilvânia, Estados Unidos, em 1879. A sede se encontra no Brooklyn, Nova York. EUA.

Segundo os TJ, Deus é uma pessoa, cujo nome exclusivo é Jeová. Não crêem na Trindade. Jesus foi o primeiro ser criado por Jeová. O Espírito Santo é a força ativa invisível de Jeová, ou seja, não é pessoal.

2006-08-14 21:28:17 · answer #8 · answered by TUITI 2 · 0 3

Histórico da Seita

Sobre a história das Testemunhas de Jeová, recomendo a leitura dos livros Como Responder às Testemunhas de Jeová, Testemunhas de Jeová - Comentário Exegético e Explicativo, e Provas Documentais, ambos os três publicados pela Editora Candeia, e de autoria de Esequias Soares da Silva. Também recomendo Desmascarando as Seitas, da Editora CPAD, de autoria de Paulo Romeiro/Natanael Rinaldi, O Império das Seitas Vol I, de Walter Martim, Editora Betânia e Deve-se Crer na Trindade, de Robert Browman Jr, editora Candeia. Todos são excelentes livros, e a maioria pode ser comprada em uma livraria evangélica, ou pela internet. Clique aqui, para ir à página da Livraria virtual.


Mas acima destes livros, o melhor de todos, o qual você não pode perder, sabe qual é? A Bíblia! Nós, como seguidores de Cristo, temos de dar uma maior atenção ao conhecimento das Escrituras, observação e crítica de valores em desacordo com a Bíblia, e leitura de livros. O povo evangélico é o que menos lê. Será que se nós fôssemos Judeus ná época em que Cristo veio, não seríamos nós que o crucificaríamos por falta de conhecimento das Escrituras? Hoje, por falta de conhecimento das Escrituras, muitos cristãos são levados ao engano pelas seitas. Que Deus possa nos capacitar, e nos fortalecer, como corpo, para em Nome de Jesus, ser a luz do mundo, o sal da terra, e poder dar mais gosto à vida daqueles que trilham a vida sem sentido que é estar separado do Criador.


A ênfase maior na minha página darei à contestação das doutrinas, e da história comentarei brevemente as fases de Russel e de Rutherford.


O fundador da seita que conhecemos hoje como Testemunhas de Jeová, foi Charles Taze Russel. Russel nasceu em 1852, e teve ensinamento religioso em uma Igreja Congregacional. Russel porém, ainda bem jovem, rejeitou a doutrina do castigo eterno, e talvez por esse motivo se sentiu atraido pelas doutrinas adventistas. Russel mais tarde também abandonou o adventismo, e em 1870 fundou uma classe de estudos bíblicos, em Pittsburgh, Pensilvânia, EUA, da qual, em 1876, elegeu-se "pastor".

Russel passou a fazer discípulos e a publicar, em julho de 1879, uma revista chamada A Torre de Vigia de Sião e Arauto da Presença de Cristo, com uma tiragem de 6.000 exemplares. Em 1884, Russel registrou a organização Zion´s Watch Tower Tract Society, que em 1886 publicou o primeiro de uma série de livros, cujo autor dos primeiros seis foi o próprio Russel. Hoje estes livros têm o nome de Estudos das Escrituras, mas primeiramente foram chamados de Aurora do Milênio. Para que você tenha uma idéia dos ensinamentos de Russel, observe este trecho da revista Watctower, de setembro de 1910, p. 298:


"Os seis tomos de Estudos das Escrituras constituem praticamente a Biblia. Não são meramente um comentário acerca da Bíblia, mas praticamente a própria Bíblia... Não se pode descobrir o plano divino estudando a Bíblia. Se Alguém coloca de lado os Estudos, mesmo depois de familiarizar-se com eles e se dirige apenas à. Biblia, dentro de dois anos volta às trevas. Ao contrário, se lê os Estudos das Escrituras com as suas citações, ainda que não tenha lido sequer uma página da Bíblia, ao cabo de dois anos estará na luz"

Aqui nós vemos a afirmação assombrosa de que não se pode ser salvo lendo a Bíblia. Os livros de Russel são postos acima da Bíblia. Hoje em dia não é muito diferente, pois as Testemunhas de Jeová (todas elas) lêem A Sentinela, e Despertai!, e aqueles que não fazem parte da Organização de Deus, segundo ela própria, serão destruídos. Esta é uma característica típica de seita exclusivista.

Neste contexto, surgiu o mito de 1914.

2006-08-10 06:14:35 · answer #9 · answered by Anonymous · 0 3

vc sabia q Charles Russel (fundador desta seita) profetizou q em 1914 Cristo voltaria do ceu?como ele nao veio Russel mudou a data para 1915...
seu sucessor Joseph F. disse q Jesus viria em 1918, mudou para 1920 depois para 1925 e 1942.. o sucessor de joseph disse q Jesus viria em 1975... Todos falharam!sabe porque?
a Biblia tem a resposta:
Mateus cap.24. versos35-37
35-Passará o céu e a terra, mas as minhas palavras jamais passarão.
36-Daquele dia e hora, porém, ninguém sabe, nem os anjos do céu, nem o Filho, senão só o Pai.
37-Pois como foi dito nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do homem(Jesus).

Ninguem sabe o dia ou o ano q Cristo voltará!
ESTEJA PREPARADO!

2006-08-10 00:22:01 · answer #10 · answered by R............ 2 · 0 4

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