LEIA JUAN JOSE BENNITIS E LEIA O TEXTO ABAIXO:
O Jesus Cristo histórico
"No décimo quinto ano do reinado de Tibério César, sendo Pôncio Pilatos governador da Judéia, Herodes tetrarca da Galiléia, seu irmão Filipe tetrarca da região da Ituréia e Traconites, e Lisânias tetrarca de Abilene..." (Lc 3,1)
Algumas pessoas afirmam que Jesus Cristo nunca existiu. Alegam que a vida de Jesus e os evangelhos são mitos criados pela Igreja. Essa lamentável afirmação se baseia, principalmente, na crença de que não existem registros históricos de Jesus.
Tal carência de registros seculares (isto é, não ligados à esfera religiosa) não deve surpreender os cristãos de hoje. Primeiro, porque apenas uma pequena fração dos registros escritos sobreviveram ao tempo (nada, nada, são 20 séculos!). Segundo, porque existiam poucos - se é que de fato realmente existiam - "jornalistas" na Palestina do tempo de Jesus. Terceiro, porque os romanos viam o povo judeu como apenas mais um dos grupos étnicas que precisavam tolerar; os romanos tinham pouquÃssima consideração para com o povo judeu. Finalmente, porque os lÃderes judeus também anseiavam esquecer Jesus. Assim, os escritores seculares somente começaram a se referir sobre o Cristianismo quando este movimento religioso tornou-se popular e começou a incomodar o estilo de vida que tinham.
Ainda que os testemunhos seculares sobre Jesus sejam raros, existem alguns poucos que sobreviveram ao tempo e faz referências a Ele. Não é de se surpreender que os registros não cristãos mais antigos tenham sido feitos por judeus. Flávio Josefo, que viveu até 98 dC, era um historiador judeu romanizado. Ele escreveu livros sobre a História dos Judeus para o povo romano. Em seu livro, "Antiguidades Judaicas", ele faz algumas referências a Jesus. Em uma delas, ele escreve:
"Por esse tempo apareceu Jesus, um homem sábio, que praticou boas obras e cujas virtudes eram reconhecidas. Muitos judeis e pessoas de outras nações tornaram-se seus discÃpulos. Pilatos o condenou a ser crucificado e morto. Porém, aqueles que se tornaram seus discÃpulos pregaram sua doutrina. Eles afirmam que Jesus apareceu a eles três dias após a sua crucificação e que está vivo. Talvez ele fosse o Messias previsto pelos maravilhosos prognósticos dos profetas" (Josefo, "Antiguidades Judaicas" XVIII,3,2).
Muito embora diversas formas deste texto em particular tenham sobrevivido nestes vinte séculos, todas elas concordam com a versão citada acima. Tal versão é considerada a mais próxima do original - reduzindo as suspeitas de adulteração do texto por mãos cristãs. Em outros lugares de sua obra, Josefo também registra a execução de São João Batista (XVIII,5,2) e o martÃrio de São Tiago o Justo (XX,9,1), referindo-se a este como "o irmão de Jesus que era chamado Cristo". Deve-se notar que o emprego do verbo "ser" no passado, na expressão "Jesus que ERA chamado Cristo" testemunha contra uma possÃvel adulteração cristã já que um cristão certamente escreveria "Jesus que à chamado Cristo".
Uma outra fonte judaica, o Talmude, faz algumas referência históricas a Jesus. De acordo com o Dicionário da American Heritage, o Talmude é "a coleção de antigos escritos rabÃnicos que consiste da Mishná e da Gemara, e que constitui a base da autoridade religiosa para o JudaÃsmo tradicional". Ainda que não faça referência explÃcita ao nome de Jesus, os rabinos identificam a pessoa em questão com Jesus. Essas referências a Jesus não são simpáticas nem a Ele nem à sua Igreja. Esses escritos também foram preservados através dos séculos pelos judeus, de maneira que os cristão não podem ser acusados de terem adulterado o texto.
O Talmude registra os milagres de Jesus; não é feita nenhuma tentativa de negá-los, mas relaciona-os como frutos de artes mágicas do Egito. Também sua crucificação é datada como tendo "ocorrido na véspera da Festa da Páscoa", em concordância com os evangelhos (Luc 22,1ss; Jo 19,31ss). Também de forma semelhante ao evangelho (Mat 27,51), o Talmude registra a ocorrência do terremoto e o véu do templo que se dividiu em dois durante a morte de Jesus. Josefo, em sua obra "A Guerra Judaica" também confirma esses eventos.
No inÃcio do séc. II, os romanos começaram a escrever sobre os cristãos e Jesus. PlÃnio o Moço, procônsul na Ãsia Menor, em 111 dC escreveu em uma carta dirigida ao imperador Trajano:
"...[os cristãos] têm como hábito reunir-se em uma dia fixo, antes do nascer do sol, e dirigir palavras a Cristo como se este fosse um deus; eles mesmos fazem um juramento, de não cometer qualquer crime, nem cometer roubo ou saque, ou adultério, nem quebrar sua palavra, e nem negar um depósito quando exigido. Após fazerem isto, despedem-se e se encontram novamente para a refeição..." (PlÃnio, EpÃstola 97).
Uma atenção especial deve ser dada à frase "a Cristo como se este fosse um deus"; trata-se de um testemunho secular primitivo atestando a crença na divindade de Cristo (Jo 20,28; Fil 2,6). Também é interessante comparar esta passagem com At 20,7-11, que é uma narração bÃblica sobre a primitiva celebração cristã do domingo.
Um outro historiador romano, Tácito, respeitado pelos modernos pesquisadores por causa de sua precisão histórica, escreveu em 115 dC sobre Cristo e sua Igreja:
"O fundador da seita foi Crestus, executado no tempo de Tibério pelo procurador Pôncio Pilatos. Essa superstição perniciosa, controlada por certo tempo, brotou novamente, não apenas em toda a Judéia... mas também em toda a cidade de Roma..." (Tácito, "Anais" XV,44).
Mesmo desprezando a fé cristã, Tácito tratou a execução de Cristo como fato histórico, fazendo relação com eventos e lÃderes romanos (cf. Luc 3,1ss).
Outros testemunhos seculares ao Jesus histórico incluem Suetônio em sua "Biografia de Cláudio", Phlegan (que registrou o eclipse do sol durante a morte de Jesus) e até mesmo Celso, um filósofo pagão. Precisamos manter em mente que a maioria dessas fontes não eram apenas seculares mas também anti-cristãs. Esses autores seculares, inclusive os escritores judeus, não desejavam ou intencionavam promover o Cristianismo. Eles não tinham motivação alguma para distorcer seus registros em favor do Cristianismo. PlÃnio realmente punia os cristãos pela sua fé. Se Jesus fosse um simples mito ou sua execução uma mentira, Tácito teria relatado tal fato; certamente, ele não teria ligado a execução de Jesus com lÃderes romanos. Esses escritos, portanto, apresentam Jesus como um personagem real e histórico. Negar a confiabilidade dessas fontes que citam Jesus seria negar todo o resto da história antiga.
Não é intenção deste artigo provar que esses antigos escritos seculares testemunham que Jesus seja o Filho de Deus ou o Cristo. Porém, esses registros mostram que um homem virtuoso chamado Jesus viveu nesta Terra no inÃcio do séc. I dC e fundou um movimento religioso que perdura até os nossos dias. Esse Homem foi chamado de Cristo - o Messias. Os cristãos do primeiro século também O consideravam como Deus. Por fim, esses escritos suportam outros fatos encontrados na BÃblia a respeito da vida de Jesus. Logo, afirmar que Jesus nunca existiu e que sua vida é um mero mito compromete a confiabilidade de toda a história antiga.
Documentos que comprovam a existência de Jesus Cristo:
1.Documentos de escritores romanos (110-120):
•Tácito por volta do ano 116, falando do incêndio de Roma que aconteceu no ano 64, apresenta uma notÃcia exata sobre Jesus, embora curta: "Um boato acabrunhador atribuÃa a Nero a ordem de pôr fogo na cidade. Então, para cortar o mal pela raiz, Nero imaginou culpados e entregou à s torturas mais horrÃveis esses homens detestados pelas suas façanhas, que o povo apelidava de cristãos. Este nome vêm-lhes de Cristo, que, sob o reinado de Tibério, foi condenado ao suplÃcio pelo procurador Pôncio Pilatos. Esta seita perniciosa, reprimida a princÃpio, expandiu-se de novo, não somente na Judéia, onde tinha a sua origem, mas na própria cidade de Roma" (Anais XV,44).
•PlÃnio o Jovem, Governador romano da BitÃnia (Asia Menor), escreveu ao imperador Trajano, em 112: "...os cristãos estavam habituados a se reunir em dia determinado, antes do nascer do sol, e cantar um cântico a Cristo, que eles tinham como Deus" (EpÃstolas, I.X 96).
•Suetônio, no ano 120, referindo-se ao reinado do imperador romano Cláudio (41-54), afirma que este ?expulsou de Roma os judeus, que, sob o impulso de Chrestós (forma grega equivalente a Christós), se haviam tornado causa frequente de tumultos? (Vita Claudii, XXV). Esta informação coincide com o relato de Atos 18,2 (?Cláudio decretou que todos os judeus saÃssem de Roma?); esta expulsão ocorre por volta do ano 49/50. Suetônio, mal informado, julgava que Cristo estivesse em Roma, provocando as desordens.
2.Documentos Judaicos:
•O Talmud dos judeus apresentam passagens referentes a Jesus. Coletânea de leis e comentários históricos dos rabinos judeus posteriores a Jesus. Combatem Jesus histórico: "Na véspera da Páscoa suspenderam a uma haste Jesus de Nazaré. Durante quarenta dias um arauto, à frente dele, clamava: "Merece ser lapidado, porque exerceu a magia, seduziu Israel e o levou à rebelião. Quem tiver algo para o justificar venha proferÃ-lo!" Nada, porém se encontrou que o justificasse; então suspenderam-no à haste na véspera da Páscoa." (Tratado Sanhedrin 43a do Talmud da Babilônia).
•Flávio Josefo, historiador judeu (37-95), escreveu: "Por essa época apareceu Jesus, homem sábio, se é que há lugar para o chamarmos homem. Porque Ele realizou coisas maravilhosas, foi o mestre daqueles que recebem com júbilo a verdade, e arrastou muitos judeus e gregos. Ele era o Cristo. Por denúncia dos prÃncipes da nossa nação, Pilatos condenou-o ao suplÃcio da Cruz, mas os seus fiéis não renunciaram ao amor por Ele, porque ao terceiro dia ele lhes apareceu ressuscitado, como o anunciaram os divinos profetas juntamente com mil outros prodÃgios a seu respeito. Ainda hoje subsiste o grupo que, por sua causa, recebeu o nome de cristãos" (Antiguidades Judaicas, XVIII, 63a).
3.Documentos Cristãos:
•Os Evangelhos: narram detalhes históricos, geográficos, polÃticos e religiosos da Palestina.
São Lucas, que não era apóstolo e nem judeu, fala dos imperadores Cesar Augusto, Tibério; cita os governadores da Palestina: Pôncio Pilatos, Herodes, Filipe, Lisânias, Anás e Caifás (Lc 2,1;3,1s);
São Mateus e São Marcos falam dos partidos polÃticos dos fariseus, herodianos, saduceus (Mt 22,23; Mc 3,6);
São João cita detalhes do Templo: a piscina de Betesda (Jo 5,2), o Lithóstrotos ou Gábala (Jo 19, 13), e muitas outras coisas reais.
•Outros argumentos:
ï§Os apóstolos e os evangelistas não podiam mentir.
ï§Os apóstolos e evangelistas nunca teriam inventado um Messias do tipo de Jesus: Deus-homem, crucificado (escândalo para os judeus e loucura para os gregos - (1Cor1,23).
ï§Os relatos dos Evangelhos mostram um Jesus bem diferente do modelo do Messias ?libertador polÃtico? que os judeus aguardavam.
ï§Homens rudes da Galiléia não teriam condições de forjar um Jesus tão sábio, santo, inteligente, desconcertante...
ï§A doutrina que Jesus pregava era de dÃficil vivência. O romano Tácito, classificava o cristianismo como "desoladora superstição?, e Minúcio Felix, falava de doutrina indigna dos gregos e romanos.
ï§O zelo da Igreja pela verdade - rejeitou textos apócrifos.
ï§Será que poderia um mito ter vencido o poderosÃssimo Império Romano?
ï§Será que um mito poderia sustentar os cristãos diante de 250 anos de martÃrios e perseguições? Tertuliano (?220), de Cartago : ?o sangue dos mártires era semente de novos cristãos?.
ï§Será que um mito poderia provocar tantas conversões?
ï§No século III já haviam cerca de 1500 sedes episcopais.
ï§Será que um mito poderia sustentar uma Igreja, que começou com doze homens simples, e que já tem 2000 anos; já teve 264 Papas, tem hoje mais de 4000 bispos e 410 mil sacerdotes?
Eis agora a conclusão de grande importância:
Se tudo isto que Jesus disse e acreditou, fosse mentira, então ele seria um paranóico, um visionário, um farsante, um delirante como tantos que já houve. Se Jesus não acreditou no que dizia, ameaçando até de perda eterna quem não cresse nele, então ele seria o mais refinado vigarista, embusteiro e impostor, digno de cadeia, pois o que ele ensinava e exigia era sério demais para a vida das pessoas. Das duas uma, então, ou Jesus era Deus, ou era um impostor, um louco varrido.
Logo, Jesus não se enganou e nem enganou ninguém; era de fato Deus encarnado, perante a lógica da própria ciência racionalista.
?Quem dizem os homens que eu sou?...E vós, quem dizeis quem eu sou?...Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo!? (Mt 16,14-16) .
Meu caro Marcelo, salve Maria.
Sobre a existência histórica de Jesus, há vários documentos históricos além dos Evangelhos que são também documentos históricos de valor insuperável.
Por exemplo, o historiador judeu Flávio Josefo que viveu ainda no primeiro século (nasceu no ano 37 ou 38 e participou da guerra contra os romanos no ano 70, escreveu em seu livro Antigüidades Judaicas:
"(O sumo sacerdote) Hanan reúne o Sinedrim em conselho judiciário e faz comparecer perante ele o irmão de Jesus cognominado Cristo (Tiago era o nome dele) com alguns outros" (Flavio Josefo, Antiguidades Judaicas, XX, p.1, apud Suma Católica contra os sem Deus, dirigida por Ivan Kologrivof. Ed José Olympio, Rio de Janeiro 1939, p. 254).
E mais adiante, no mesmo livro, escreveu Flávio Josefo:
"Foi naquele tempo (por ocasião da sublevação contra Pilatos que queria servir-se do tesouro do Templo para aduzir a Jerusalém a água de um manancial longÃnquo), que apareceu Jesus, homem sábio, se é que, falando dele, podemos usar este termo -- homem. Pois ele fez coisas maravilhosas, e, para os que aceitam a verdade com prazer, foi um mestre. Atraiu a si muitos judeus, e também muitos gregos. Foi ele o Messias esperado; e quando Pilatos, por denúncia dos notáveis de nossa nação, o condenou a ser crucificado, os que antes o haviam amado durante a vida persistiram nesse amor, pois Ele lhes apareceu vivo de novo no terceiro dia, tal como haviam predito os divinos profetas, que tinham predito também outras coisas maravilhosas a respeito dele; e a espécie de gente que tira dele o nome de cristãos susiste ainda em nosos dias". (Flávio Josefo, História dos Hebreus, Antigüidades Judaicas, XVIII, III, 3 , ed. cit. p. 254).
Tácito, historiador romano, também fala de Jesus.
"Para destruir o boato (que o acusava do incêndio de Roma), Nero supôs culpados e inflingiu tormentos requintadÃssimos à queles cujas abominações os faziam detestar, e a quem a multidão chamava cristãos. Este nome lhes vem de Cristo, que, sob o principado de Tibério, o procurador Pôncio Pilatos entregara ao suplÃcio. Reprimida incontinenti, essa detestável superstição repontava de novo, não mais somente na Judéia, onde nascera o mal, mas anda em Roma, pra onde tudo quanto há de horroroso e de vergonhoso no mundo aflue e acha numerosa clientela" (Tácito, Anais , XV, 44 trad, Gaelzer na Coleção Budé, apud Suma Católica contra os sem Deus p. 256).
Suetônio na Vida dos Doze Césares, publicada nos anos 119-122, diz que que o imperador Cláudio "expulsou os judeus de Roma, tornados sob o impulso de Chrestos, uma causa de desordem"; e, na vida de Nero, que sucedeu a Cláudio, acrescenta: "Os cristãos, espécie de gente dada a uma superstição nova e perigosa, foram destinados ao suplÃcio" (Suetônio, Vida dos doze Césares, n. 25, apud Suma Católica contra os sem Deus, p. 256-257).
PlÃnio, o moço, em carta ao imperador Trajano (Epist. lib. X, 96), nos anos 111 - 113, pede instrução a respeito dos cristãos, que se reuniam de manhã para cantar louvores a Cristo (Cfr, Suma Católica contra os sem Deus,p. 257)
Esperando tê-lo ajudado, despeço-me aguardando sua resposta,
in Corde Jesu, semper,
Orlando Fedeli.
2006-08-09 10:55:52
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answer #9
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answered by Pax Domine 3
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A The New Encyclopædia Britannica (Nova Enciclopédia Britânica, 1987) declara: “Relatos independentes provam que nos tempos antigos até mesmo os oponentes do cristianismo jamais duvidaram da historicidade de Jesus.” Quais são alguns desses relatos independentes? Segundo o erudito judeu Joseph Klausner, há o testemunho dos primitivos escritos talmúdicos. (Jesus of Nazareth, página 20) Há também o testemunho do historiador judeu Josefo, do primeiro século. Por exemplo, ele relata o apedrejamento de Tiago, identificando-o como “irmão de Jesus, que era chamado o Cristo”. — Jewish Antiquities, XX, [ix, 1].
6 Há também o testemunho de primitivos historiadores romanos, especialmente o do altamente conceituado Tácito. Ele escreveu cedo no segundo século sobre “uma classe odiada por suas abominações, chamada de cristãos pela populaça. Christus [Cristo], de quem se origina o nome [cristão] sofreu a pena máxima durante o reinado de Tibério à s mãos de um de nossos procuradores”. (The Annals, XV, XLIV) Considerando sobrepujante a evidência de que Jesus é um personagem histórico, Jean-Jacques Rousseau, filósofo moralista francês do século 18, atestou: “A história de Sócrates, que ninguém ousa duvidar, não é tão bem documentada como o é a de Jesus Cristo.
O verdadeiro Jesus pode ser encontrado na BÃblia pelos que querem achá-lo. Luke Johnson, professor do Novo Testamento e de origens cristãs, da Escola de Teologia Candler, na Universidade Emory, argumenta que a maioria das pesquisas a respeito do Jesus histórico despercebe o objetivo bÃblico. Ele diz que seria interessante examinar o contexto social, polÃtico, antropológico e cultural da vida e da era de Jesus. Todavia, ele acrescenta que descobrir aquele a quem os eruditos chamam de Jesus histórico “dificilmente é o objetivo das Escrituras”, estando essas “mais preocupadas em descrever o caráter de Jesus”, sua mensagem e seu papel como Redentor. Então, qual era o verdadeiro caráter e a verdadeira mensagem de Jesus?
O verdadeiro Jesus
Os Evangelhos — os quatro relatos bÃblicos da vida de Jesus — retratam um homem de muita empatia. A piedade e a compaixão induziram Jesus a ajudar pessoas doentes, cegas e com outros padecimentos. (Mateus 9:36; 14:14; 20:34) Jesus ‘gemeu e entregou-se ao choro’ por causa da morte do amigo Lázaro e do pesar que isso causou à s suas irmãs. (João 11:32-36) Na realidade, os Evangelhos revelam a amplitude dos sentimentos de Jesus — pena de um leproso, alegria com o êxito dos seus discÃpulos, indignação contra os legalistas insensÃveis e tristeza pela rejeição do Messias por Jerusalém.
Quando Jesus realizava um milagre, ele muitas vezes enfocava a participação do beneficiado: “A tua fé te fez ficar boa.” (Mateus 9:22) Elogiou Natanael como “um verdadeiro israelita, no qual não [havia] falsidade”. (João 1:47, BÃblia Mensagem de Deus) Quando alguns acharam que a dádiva de apreço feita por uma mulher era exorbitante, Jesus a defendeu e disse que o relato da generosidade dela seria lembrado por muito tempo. (Mateus 26:6-13) Mostrou ser verdadeiro amigo e companheiro afetuoso dos seus seguidores, ‘amando-os até o fim’. — João 13:1; 15:11-15.
Os Evangelhos mostram também que Jesus discernia logo as necessidades da maioria das pessoas com que se encontrava. Quer conversando com uma mulher junto a uma fonte, quer com um instrutor religioso num jardim ou com um pescador junto a um lago, ele tocava o coração deles. Depois das palavras iniciais de Jesus, muitas dessas pessoas lhe revelaram seus pensamentos mais Ãntimos. Ele as fazia corresponder ao que dizia. Embora as pessoas no seu tempo talvez mantivessem distância dos homens de autoridade, a Jesus elas rodeavam. Gostavam de estar com ele; sentiam-se bem na sua companhia. Crianças sentiam-se à vontade com ele, e quando usou uma criancinha como exemplo, ele não apenas fez a criança ficar de pé diante dos discÃpulos, mas também ‘pôs os braços em volta dela’. (Marcos 9:36; 10:13-16) Deveras, os Evangelhos retratam Jesus como homem de tanto carisma, que houve algumas pessoas que ficaram três dias com ele só para ouvir as suas palavras cativantes. — Mateus 15:32.
A perfeição de Jesus não o tornou supercrÃtico, nem arrogante e dominador, das pessoas imperfeitas e cheias de pecado entre as quais vivia e pregava. (Mateus 9:10-13; 21:31, 32; Lucas 7:36-48; 15:1-32; 18:9-14) Jesus nunca foi exigente. Não aumentava o fardo das pessoas. Antes, ele disse: “Vinde a mim, todos os que estais labutando . . . e eu vos reanimarei.” Seus discÃpulos achavam que ele era “de temperamento brando e humilde de coração”; o jugo dele era benévolo e sua carga era leve. — Mateus 11:28-30.
O caráter de Jesus é revelado nos relatos evangélicos com incontestável veracidade. Não seria fácil para quatro pessoas diferentes inventarem um personagem extraordinário e depois apresentarem um retrato coerente dele em quatro narrativas distintas. Seria quase impossÃvel que quatro escritores diferentes descrevessem e coerentemente apresentassem o mesmo quadro de um personagem que realmente nunca existiu.
O historiador Michael Grant propõe uma pergunta que faz refletir: “Como é que, em todas as tradições evangélicas, sem exceção, surge um quadro de traços notavelmente firmes de um atraente jovem, que andava livremente no meio de todo tipo de mulheres, inclusive as decididamente mal-afamadas, sem qualquer traço de sentimentalismo, falta de naturalidade, ou melindre, e que, no entanto, em todo momento, mantinha uma integridade simples de caráter?” A resposta razoável é que tal homem existiu mesmo e agia do modo como a BÃblia diz que agia.
O verdadeiro Jesus e o seu futuro
Além de oferecer um quadro da vida real de Jesus enquanto estava na Terra, a BÃblia mostra que ele teve uma existência pré-humana como unigênito Filho de Deus, “o primogênito de toda a criação”. (Colossenses 1:15) Vinte séculos atrás, Deus transferiu a vida do seu Filho celestial para o ventre duma virgem judia, a fim de que ele nascesse como humano. (Mateus 1:18) Durante o seu ministério terrestre, Jesus proclamava o Reino de Deus como a única esperança da humanidade aflita, e treinava seus discÃpulos para continuarem esta pregação. — Mateus 4:17; 10:5-7; 28:19, 20.
Em 14 de nisã (cerca de 1.° de abril) de 33 EC, Jesus foi preso, julgado, sentenciado e executado sob a acusação falsa de sedição. (Mateus 26:18-20, 48–27:50) A morte de Jesus serve de resgate, livrando a humanidade crente da sua condição pecaminosa e assim abrindo o caminho para uma vida eterna para todos os que exercem fé nele. (Romanos 3:23, 24; 1 João 2:2) No dia 16 de nisã, Jesus foi ressuscitado, e pouco depois ele ascendeu de volta para o céu. (Marcos 16:1-8; Lucas 24:50-53; Atos 1:6-9) Como Rei designado por Jeová, o ressuscitado Jesus tem plena autoridade para cumprir o propósito original de Deus para com o homem. (IsaÃas 9:6, 7; Lucas 1:32, 33) Deveras, a BÃblia apresenta Jesus como a figura principal na realização dos propósitos de Deus.
No primeiro século, multidões aceitaram Jesus pelo que era — o prometido Messias, ou Cristo, enviado à Terra para vindicar a soberania de Jeová e para morrer como resgate para a humanidade. (Mateus 20:28; Lucas 2:25-32; João 17:25, 26; 18:37) Em vista da feroz perseguição, dificilmente alguém teria ficado motivado a se tornar discÃpulo de Jesus se não tivesse certeza da identidade dele. Os que o fizeram, assumiram corajosa e zelosamente a comissão que ele lhes deu, de ‘fazer discÃpulos de pessoas de todas as nações’. — Mateus 28:19.
Atualmente, milhões de cristãos sinceros e informados sabem que Jesus não é um personagem lendário.
Eles o aceitam como o entronizado Rei do Reino de Deus estabelecido no céu, que está prestes a assumir o pleno controle da Terra e dos assuntos dela.
Este governo divino é uma notÃcia bem-vinda, porque promete alÃvio dos problemas do mundo. Os verdadeiros cristãos manifestam seu apoio leal ao Rei por proclamarem “estas boas novas do reino” a outros. — Mateus 24:14.
Aqueles que apóiam o arranjo do Reino nas mãos de Cristo, o Filho do Deus vivente, viverão para usufruir bênçãos eternas. Você também pode receber estas bênçãos!
2006-08-09 10:41:44
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answer #10
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answered by Pauloyahoo 4
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