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Se ele deixa a maldade existir, então ele não pode ser a bondade suprema, correto? Então ele seria meio bondade e meio maldade? Entao ele não é perfeito? Ou ele seria a maldade suprema?

2006-08-09 08:01:41 · 19 respostas · perguntado por Cláudio Tavares 4 em Sociedade e Cultura Religião e Espiritualidade

que livre arbítrio é esse? Ser bom e ir para o céu ou ser mau e ir para o inferno? Isso não é livre arbítrio, isso é manipulação de carater atraves de um sistema de punições e benefícios para a Sua causa.

2006-08-09 08:17:44 · update #1

Deus, sendo onipotente, e deixando a maldade existir, acaba se tornando negligente. E negligência não deveria ser uma característica de um ser perfeito.

2006-08-09 08:21:42 · update #2

19 respostas

O grande dilema da vida consiste em ser feliz e, concomitantemente, fazer o outro feliz. O que entrava a conquista desse ideal é o egoísmo e a falta de empatia entre nós, seres susceptíveis à perfeição, porém que ainda não assimilamos bem que podemos ser infinitamente mais do que somos, apesar de percebermos em nós a falta de equilíbrio, de constância, de maturidade espiritual, em certas circunstâncias. No caso do ser sensível. Ou somos empedernidos, irredutíveis, movidos pela inexorável fixação pelo pessimismo ou somos piegas, passionais, julgando que somente o que sentimos importa e tudo o que destoa ou contraria esse sentimento deve ser punido pelo seu atrevimento, de qual modo for. Há sempre como conseguir o equilíbrio. Quando somos passionais, somos imprudentes, irreflexivos, e isso suscita desequilíbrio em nós mesmos e ao nosso redor e, conseguintemente, tornamo-nos infelizes e infelicitamos aqueles que nos são próximos ou a quem devíamos respeito, afeto, atenção e carinho. Pense: Aquele que se exaspera, que se exalta, que se excede sabe, amiúde, que está errado. Age de forma arrogante e ofensiva, tão somente para ocultar sua inépcia intelectual e flagrante desvio de conduta. Mas, pela falta de tato intelectual, não percebe que agindo de tal maneira fica às escâncaras, fica claro a sua ignorância. Demonstre sempre, em cada dia, que és alguém que se esforça para superar a própria tendência humana ao desequilíbrio, a própria susceptibilidade a ele, quando algo ocorre em desagrado, quando algo ocorre em desconformidade com o pensamento que acalentamos, egoisticamente, de que tudo tem que ser conforme o que pensamos, o que julgamos certo ou o que é bom para nós, independente de o ser para os outros. Quando aprendermos a ter empatia, a nos colocarmos no lugar do próximo não haverá atrocidades, escândalos, não impingiremos dor ou angústia à ninguém, pois então estaremos cônscios de que tudo se reflete em nós mesmos. Não é apetecível, não é deleitoso, ver um sorriso nos olhos de quem estimamos? Sentimos-nos felizes por isso. Não há felicidade no egoísmo. Há apenas desconfiança e descrença, em qualquer grau das relações humanas. Façamos a nossa parte. Pensemos: Muito do que o mundo é hoje é um reflexo das tendências que ainda latejam em nossas almas. Portanto, se cada um modificar o padrão de pensamento, alijando as más tendências do nosso ser, não mudaremos de supetão o mundo, moldando ao nosso talante, ou à nossa percepção de certo, de bondade e de paz, por mais que sejam corretas e justas, o mundo não irá mudar. Pelo menos mudaremos algo em nós, para melhor. E plantaremos, com nosso exemplo, uma pequena, porém, não ínfima, não insignificante semente, que um dia, certamente, dará bons frutos... O Mundo, realmente, é lindo, a Natureza é harmoniosa e radiante, em toda a sua nuança de cores e formas. O arrebol, os primeiros raios do Sol! A limpidez e o murmurejar das fontes! A suave melifluidade das águas! O méleo perfume das flores, de vivificante alento! Realmente, tudo isso é lindo! Por que, então, não nos embebemos nessas coisas belas e simples da vida ou invés de nos agastarmos, nos impingirmos tormentos desnecessários e sem sentido? É tão simples... A maldade está no espírito humano. Temos todas as condições propícias para sermos felizes e bons. Se escolhemos a maldade devemos arcar com as consequencias e não jultificá-la e não nos eximir, colocando a culpa em Deus ou em um ser eternamente fadado ao mal. A culpa é só nossa. Temos o livre arbítrio. Podemos escolher. Não se pode conceber nada mais justo. A intervenção Divina seria, sim, uma arbitrariedade, uma tirania. E a tirania é própria do ser humano. Não é um atributo Divino. Aliás, num mundo imperfeito, como esse, é necessário contrastes. É necessário que haja o mal para que se dê valor ao bem. Mas quem escolheu esse caminho foi o espírito humano e ele deve aprender com isso, a lidar com isso e a se depurar, se burilar, até chegar a um nível moral tal que a maldade será alijada das sociedades humanas, nesse planeta. Pois a maldade, o mal, não é eterno. O Bem o é. Grande abraço.
“Há uma verdade superior nas entrelinhas dos textos que o tempo colige.”
Pense nisso. Temos um cérebro limitado a esse contexto existencial. A verdade é bem mais ampla e o espírito lúcido consegue intuir ou vislumbrar uma nesga, uma parcela dessa verdade. Não cotejemos, não aquilatemos a universalidade aos conceitos, proposições ou pensamentos limitados que temos das coisas superiores.

2006-08-10 00:36:07 · answer #1 · answered by Dileto Aedo dos Anjos 3 · 0 0

É preciso nos lembrar que Deus é justiça. Ele de maneira alguma se contradiz. Nós e que nos afastamos dele e não seguimos seus ensinamentos.

2006-08-09 17:24:24 · answer #2 · answered by racaquel 2 · 0 0

E queridinho vc realmente não sabe muita coisa do nosso Criador, ele não manipula ninguém pois se ele manipulasse todos nos seriamos bom , cada um é quem quer ser, temos livre arbítrio, porem como vc escolhe no que vc quer acreditar e no que vc quer fazer, vc sofre as conseqüências do que faz, como pode uma pessoa que matou varias pessoas inocentes se morrer sem pedir perdão ir para o céu? Só para te dar um toque Deus é tão bom que se esse assassino pedir perdão e se arrepender de coração minutos antes da morte ele recebera o perdão de Deus e irá para o céu, ele só não terá uma grande galardão no céu pois não fez nada para Deus.

2006-08-09 16:38:42 · answer #3 · answered by Apaixonada 2 · 0 0

Saiba que Deus é amor mas é justiça também.O livre arbítrio quer dizer livre escolha, quem escolhe o bem ou o mal é o prório homem que é mau por natureza pecaminosa, observe a lei da semeadura o que você planta você colhe, se plantares espinhos é obvio que colherás espinhos ou quereres colher trigo? Deus é tão bom que através da sua vida e existência você teve a oportunidade de fazer esta pergunta, e saiba de uma coisa que se ele fosse tão mau assim já teria te punido por esta pergunta néscia. Deus te ama abra teu coração para ele entrar e poder mostar-lhe sua bondade, Ele não é mau educado para entrar em teu coração ele pede licença. deixe Ele dirigir sua vida. um abraço se quiseres posso te ajudar a entender o grande Amor de Deus.

2006-08-09 15:40:36 · answer #4 · answered by J.F.L 4 · 0 0

Antes de responder propriamente a sua pergunta, achei que seria bom esclarecer alguns pontos a respeito da existência de Deus e quais são os atributos Divinos:

O que é Deus?
– Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas.

O que devemos entender por infinito?
– O que não tem começo nem fim; o desconhecido; tudo o que é
desconhecido é infinito.

Poderíamos dizer que Deus é infinito?
– Definição incompleta. Pobreza da linguagem dos homens, que é insuficiente para definir as coisas que estão acima de sua inteligência. Deus é infinito em suas perfeições, mas o infinito é uma abstração. Dizer que Deus é infinito é tomar o atributo de uma coisa por ela própria, é definir uma coisa que não é conhecida por uma outra igualmente desconhecida.

Onde podemos encontrar a prova da existência de Deus?
– Num axioma que aplicais às vossas ciências: não há efeito sem causa. Procurai a causa de tudo o que não é obra do homem, e a vossa razão vos responderá. Para acreditar em Deus, basta ao homem lançar os olhos sobre as obras da criação. O universo existe, portanto ele tem uma causa. Duvi-
dar da existência de Deus seria negar que todo efeito tem uma causa e admitir que o nada pôde fazer alguma coisa.

Que conclusão podemos tirar do sentimento intuitivo que todos
os homens trazem em si mesmos da existência de Deus?
– A de que Deus existe; de onde lhes viria esse sentimento se repousasse sobre o nada? É ainda uma conseqüência do princípio de que não há efeito sem causa.

O sentimento íntimo que temos em nós da existência de Deus
não seria o efeito da educação e das idéias adquiridas?
– Se fosse assim, por que vossos selvagens teriam também esse sentimento? Se o sentimento da existência de um ser supremo fosse o produto de um ensinamento, não seria universal. Somente existiria naqueles que tivessem recebido esse ensinamento, como acontece com os conhecimentos científicos.

Poderemos encontrar a causa primária da formação das coisas
nas propriedades íntimas da matéria?
– Mas, então, qual teria sido a causa dessas propriedades? Sempre é preciso uma causa primária. Atribuir a formação primária das coisas às propriedades íntimas da matéria seria tomar o efeito pela causa, porque essas propriedades são elas mesmas um efeito que deve ter uma causa.

O que pensar da opinião que atribui a formação primária a uma
combinação acidental e imprevista da matéria, ou seja, ao acaso?
– Outro absurdo! Que homem de bom senso pode conceber o acaso como um ser inteligente? E, além de tudo, o que é o acaso? Nada.
A harmonia que regula as atividades do universo revela combinações e objetivos determinados e, por isso mesmo, um poder inteligente. Atribuir a formação primária ao acaso seria um contra-senso, porque o acaso é cego e não pode produzir os efeitos que a inteligência produz. Um acaso inteligente não seria mais um acaso.

Onde é que se vê na causa primária a manifestação de uma
inteligência suprema e superior a todas as inteligências?
– Tendes um provérbio que diz: “Pela obra reconhece-se o autor.” Pois bem: olhai a obra e procurai o autor. É o orgulho que causa a incredulidade. O homem orgulhoso não admite nada acima dele; é por isso que se julga um espírito forte. Pobre ser, que um sopro de Deus pode abater! Julga-se o poder de uma inteligência por suas obras. Como nenhum ser humano pode criar o que a natureza produz, a causa primária é, portanto, uma inteligência superior à humanidade. Quaisquer que sejam os prodígios realizados pela inteligência humana, essa inteligência tem ela mesma uma causa e, quanto mais grandioso for o que ela realize, maior deve ser a causa primária. É essa inteligência superior que é a causa primária de todas as coisas, qualquer que seja o nome que o homem lhe queira dar.

A inferioridade das faculdades do homem não lhe permite compreender a natureza íntima de Deus. Na infância da humanidade, o homem O confunde muitas vezes com a criatura, da qual lhe atribui as imperfeições; mas, à medida que o senso moral nele se desenvolve, seu pensamento compreende melhor o fundo das coisas e ele faz uma idéia de Deus mais justa e mais conforme ao seu entendimento, embora sempre incompleta.

Se não podemos compreender a natureza íntima de Deus,
podemos ter idéia de algumas de suas perfeições?
– Sim, de algumas. O homem as compreende melhor à medida que se eleva acima da matéria. Ele as pressente pelo pensamento.

Quando dizemos que Deus é eterno, infinito, imutável, imaterial, único, todo-poderoso, soberanamente justo e bom, não temos
uma idéia completa de seus atributos?
– Do vosso ponto de vista, sim, porque acreditais abranger tudo. Mas ficai sabendo bem que há coisas acima da inteligência do homem mais inteligente e que a vossa linguagem, limitada às vossas idéias e sensações, não tem condições de explicar. A razão vos diz, de fato, que Deus deve ter essas perfeições em grau supremo, porque se tivesse uma só de menos, ou que não fosse de um grau infinito, não seria superior a tudo e, por conseguinte, não seria Deus. Por estar acima de todas as coisas, Ele não pode estar sujeito a qualquer instabilidade e não pode ter nenhuma das imperfeições que a imaginação possa conceber.
Deus é eterno. Se Ele tivesse tido um começo teria saído do nada, ou teria sido criado por um ser anterior. É assim que, de degrau em degrau, remontamos ao infinito e à eternidade.
É imutável; se estivesse sujeito a mudanças, as leis que regem o universo não teriam nenhuma estabilidade.
É imaterial, ou seja, sua natureza difere de tudo o que chamamos matéria; de outro modo não seria imutável, porque estaria sujeito às transformações da matéria.
É único; se houvesse vários deuses, não haveria unidade de desígnios, nem unidade de poder na ordenação do universo.
É todo-poderoso, porque é único. Se não tivesse o soberano poder, haveria alguma coisa mais ou tão poderosa quanto Ele; não teria feito todas as coisas e as que não tivesse feito seriam obras de um outro Deus.
É soberanamente justo e bom. A sabedoria providencial das Leis
Divinas se revela nas menores como nas maiores coisas, e essa sabedoria não permite duvidar de sua justiça nem de sua bondade. (O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec)

A Origem do Bem e do Mal

1 – Sendo Deus o princípio de todas as coisas, e sendo este princípio todo sabedoria, todo bondade, todo justiça, tudo o que dele procede deve participar de seus atributos, por que é infinitamente sábio, justo e bom, nada pode produzir de insensato, de mau e de injusto. O mal que observamos não deve, pois, ter a sua fonte nele.

2 – Se o mal, estando nos atributos de um ser especial que se chama Arimane ou Satã, de duas coisas uma: ou esse ser seria igual a Deus e, conseqüentemente, tão poderoso quanto ele, e de toda a eternidade igual a ele, ou lhe seria inferior. No primeiro caso, haveria duas potências rivais, lutando sem cessar, cada uma procurando desfazer o que a outra faz, e se opondo mutuamente. Esta hipótese é inconciliável com a unidade de vistas que se revela na disposição do Universo. No segundo caso, esse ser, sendo inferior a Deus, ser-lhe-ia subordinado; não podendo ter sido igual a ele, de toda a eternidade, sem ser seu igual, teria um começo; se foi criado, não pode tê-lo sido senão por Deus; Deus teria, assim, criado o Espírito do mal, o que seria negação da infinita bondade.

3 – Entretanto, o mal existe e tem uma causa. Os males de todas as espécies, físicos ou morais, que afligem a Humanidade, apresentam duas categorias que importa distinguir: são os males que o homem pode evitar, e aqueles que independem da sua vontade. Entre estes últimos, é preciso colocar os flagelos naturais. O homem, cujas faculdades são limitadas, não pode penetrar, nem abarcar, o conjunto dos objetivos do Criador; julga as coisas sob o ponto de vista da sua personalidade, dos interesses factícios e da convenção que se criou, e que não estão na ordem da Natureza; por isso é que ele acha, freqüentemente, mau e injusto, o que acharia justo e admirável se lhe visse a causa, o fim e o resultado definitivo. Procurando a razão de ser e a utilidade de cada coisa, reconhecerá que tudo leva a marca da sabedoria infinita, e se inclinará diante dessa sabedoria, mesmo para as coisas que não compreende.

4 – O homem recebeu, em herança, uma inteligência com a ajuda da qual pode conjurar, ou pelo menos grandemente atenuar os efeitos de todos os flagelos naturais; quanto mais ele adquire saber e avance em civilização, menos esses flagelos são desastrosos; com uma organização social sabiamente previdente, poderá mesmo neutralizar-lhes as conseqüências, quando não puderem ser inteiramente evitadas. Assim, para esses mesmos flagelos, que têm a sua utilidade na ordem da Natureza e para o futuro, que ferem no presente, Deus deu ao homem, pelas faculdades com as quais dotou o seu Espírito, os meios de paralizár-lhes os efeitos. Assim é que ele saneia os continentes insalubres, neutraliza os miasmas pestilentos, fertiliza as terras incultas e se esforça por preservá-las das inundações; que construiu habitações mais sadias, mais sólidas para resistirem aos ventos, tão necessários para a depuração da atmosfera, que se coloca ao abrigo das intempéries; foi assim, enfim, que, pouco a pouco, a necessidade fé-lo criar as ciências, com a ajuda das quais melhora a habitabilidade do globo, e aumenta a soma do seu bem-estar.

5 . – Devendo o homem progredir, os males, aos quais está exposto, são um estimulante para o exercício da sua inteligência, de todas as suas faculdades, físicas e morais, iniciando-o na pesquisa dos meios para deles subtrair-se. Se não tivesse nada a temer, nenhuma necessidade o levaria à procura dos meios, seu espírito se entorpeceria na inatividade; não inventaria nada e não descobriria nada. A dor é o aguilhão que impele o homem para a frente, no caminho do progresso.

6 . – Mas os mais numerosos males são aqueles que o homem cria para si mesmo, pelos seus próprios vícios, aqueles que provêm de seu orgulho, de seu egoísmo, de sua ambição, de sua cupidez, de seus excessos em todas as coisas; aí está a causa das guerras e das calamidades que elas arrastam, dissenções, injustiças, opressão do fraco pelo forte, enfim, a maioria das doenças. Deus estabeleceu leis, plenas de sabedoria, que não têm por objetivo senão o bem; o homem encontra, em si mesmo, tudo o que é necessário para segui-las; sua rota estás traçada pela sua consciência; a lei divina está gravada no seu coração; e, além disso, Deus o chama, sem cessar, através dos seus messias e profetas, por todos os Espíritos encarnados que receberam a missão de esclarecê-lo, moralizá-lo, melhora-lo, e, nestes últimos tempos, pela multidão de Espíritos desencarnados que se manifestam por toda a parte. Se o homem se conformasse, rigorosamente, com as leis divinas, não há dúvida de que evitaria os mais pungentes males, e que viveria feliz sobre a Terra. Se não o faz, é em virtude do seu livre-arbítrio e, disso sofre as conseqüências.

7. – Mas Deus, cheio de bondade, colocou o remédio ao lado do mal, quer dizer, do próprio mal faz sair o bem. Chega um momento em que o excesso do mal moral se torna intolerável, e faz o homem sentir o desejo de mudar de caminho; instruído pela experiência, é compelido a procurar um remédio no bem, sempre por efeito do seu livre-arbítrio; quando entra num caminho melhor, é pelo fato da sua vontade e porque reconheceu os inconvenientes do outro caminho. A necessidade o constrange, pois, a se melhorar moralmente, para ser mais feliz, como esta mesma necessidade o constrange a melhorar as condições materiais da sua existência.

8. – Pode-se dizer que o mal é a ausência do bem, como o frio é ausência do calor. O mal não é mais um atributo distinto do que o frio não é um fluido especial; um é o negativo do outro. Aí, onde o bem não existe, existe forçosamente o mal; não fazer o mal, já é o começo do bem. Deus não quer senão o bem; só do homem vem o mal. Se houvesse, na criação, um ser predisposto ao mal, nada poderia evitá-lo; mas o homem sendo a causa do mal em si mesmo, e tendo, ao mesmo tempo, seu livre-arbítrio e, por guia, as leis divinas, evitá-lo-ia quando quisesse. Tomemos um fato vulgar por comparação. Um proprietário sabe que, na extremidade do seu campo, há um lugar perigoso, onde poderia perecer ou se ferir aquele que ali se aventurasse. O que faz, para prevenir os acidentes? Coloca perto do local, um aviso tornando proibido ir mais longe, por causa do perigo. Eis a lei; ela é sábia e previdente. Se, malgrado isso, um imprudente não o tem em conta, e passa além, se lhe ocorrer algo mal, a quem pode imputar senão a si mesmo? Assim ocorre com todo o mal; o homem o evitaria, se observasse as leis divinas. Deus, por exemplo, colocou um limite à satisfação das necessidades; o homem é advertido pela saciedade; se ultrapassa esse limite, o faz voluntariamente. As doenças, as enfermidades, a morte, que lhe podem ser conseqüentes, são, pois, o fato da sua imprevidência, e não de Deus.

9. – O mal, sendo o resultado das imperfeições do homem, e o homem, sendo criado por Deus, Deus, dir-se-á, se não criou o mal, pelo menos a causa do mal; se houvesse feito o homem perfeito, o mal não existiria. Se o homem tivesse sido criado perfeito, seria levado, fatalmente, ao bem; ora, em virtude do seu livre-arbítrio, ele não é levado, fatalmente, nem ao bem nem ao mal. Deus quis que fosse submetido à lei do progresso, e que, esse progresso fosse o fruto do seu próprio trabalho, a fim de que, dele tivesse o mérito, do mesmo modo que carrega a responsabilidade do mal que é o fato da sua vontade. A questão, pois, é saber qual é no homem, a fonte da propensão para o mal.(1)



(1) O erro esta em pretender -se que a alma haja saído perfeita das mãos do Criador, quando este, ao contrario, quis que a perfeição resulte da depuração gradual do Espírito e seja obra sua. Houve Deus por bem que a alma, dotada de livre-arbítrio, pudesse optar entre o bem e o mal e chegasse a suas finalidades últimas de forma militante e resistindo ao mal. Se houvera criado a alma tão perfeita quanto ele e, ao sair-lhe ela das mãos, a houvesse associado à sua beatitude eterna, Deus tê-la-ia feito, não à sua imagem, mas semelhante a si próprio. (Bonnamy, A Razão do Espiritismo, cap. VI.)



10. – Si se estudam todas as paixões, e mesmo todos os vícios, vê-se que têm seu princípio no instinto de conservação. Este instinto está, com toda a sua força, nos animais e nos seres primitivos que mais se aproximam da animalidade; aí só ele domina, porque, neles, não há ainda, por contrapeso, o senso moral; o ser ainda não nasceu para a vida intelectual. O instinto se enfraquece, ao contrário, à medida que a inteligência se desenvolve, porque esta domina a matéria. O destino do homem é a vida espiritual; mas, nas primeiras fases as sua existência corpórea, não há senão necessidades materiais a satisfazer, e, para esse fim, o exercício das paixões é uma necessidade para a conservação da espécie e dos indivíduos, materialmente falando. Mas, saindo desse período, há outras necessidades, necessidades primeiro semi-morais, depois, exclusivamente morais. É, então, quando o Espírito domina a matéria; se lhe sacode o jugo, avança no caminho providencial, e se aproxima da sua destinação final. Se, ao contrário, se deixa dominar por ela, se atrasa assimilando-se ao animal. Nessa situação, o que, outrora, era um bem, porque era uma necessidade da sua natureza, torna-se um mal, não somente por não ser mais uma necessidade, mas porque isso se torna nocivo à espiritualização do ser. Tal o que é qualidade na criança e se torna defeito no adulto. O mal, assim, é relativo, e a responsabilidade proporcionada ao grau de adiantamento. Todas as paixões têm, pois, a sua utilidade providencial; sem isso, Deus teria feito algo inútil e nocivo. É o abuso que constitui o mal, e o homem abusa em virtude do seu livre-arbítrio. Mais tarde, esclarecido pelo seu próprio interesse, escolherá, livremente, entre o bem e o mal. (A GÊNESE, de Allan Kardec)

Deus é eterno, imutável, imaterial, único, todo-poderoso, soberanamente justo e bom.

Criou o Universo que compreende todos os seres animados e inanimados, materiais e imateriais. Os seres materiais constituem o mundo visível ou corporal e os seres imateriais o mundo invisível ou espírita, ou seja, dos Espíritos.

O mundo espírita é o mundo normal, primitivo, eterno, preexistente e sobrevivente a tudo. O mundo corporal não é senão secundário; poderia cessar de existir, ou não ter jamais existido, sem alterar a essência do mundo espírita.

Os Espíritos revestem, temporariamente, um envoltório material perecível, cuja destruição, pela morte, os torna livres.

Entre as diferentes espécies de seres corpóreos, Deus escolheu a espécie humana para a encarnação dos Espíritos que atingiram um certo grau de desenvolvimento, o que lhes dá a superioridade moral e intelectual sobre outros.

A alma é um Espírito encarnado, do qual o corpo não é senão um envoltório.

Há no homem três coisas: 1o – o corpo ou ser material análogo aos dos animais e animado pelo mesmo princípio vital; 2o – a alma ou ser imaterial, Espírito encarnado no corpo; 3o – o laço que une a alma ao corpo, princípio intermediário entre a matéria e o Espírito.

O homem tem assim duas naturezas: pelo corpo, participa da natureza dos animais, dos quais tem o instinto; pela alma, participa da natureza dos Espíritos.

O laço ou perispírito que une o corpo e o Espírito é uma espécie de envoltório semi-material. A morte é a destruição do envoltório mais grosseiro, o Espírito conserva o segundo, que constitui para ele um corpo etéreo, invisível para nós no estado normal, mas que pode, acidentalmente, tornar-se visível e mesmo tangível, como ocorre no fenômeno das aparições.-

O Espírito não é assim um ser abstrato, indefinido, que só o pensamento pode conceber; é um ser real, circunscrito, que, em certos casos, é apreciado pelos sentidos da visão, audição e tato.

Os Espíritos pertencem a diferentes classes e não são iguais nem em força, nem em inteligência, nem em saber, nem em moralidade.

Os da primeira ordem são os Espíritos superiores, que se distinguem dos outros pela sua perfeição, seus conhecimentos, sua aproximação de Deus, a pureza de seus sentimentos e seu amor ao bem; são os anjos ou Espíritos puros. As outras classes se distanciam cada vez mais dessa perfeição; os das classes inferiores são inclinados à maioria das nossas paixões: o ódio, a inveja, o ciúme, o orgulho, etc.; eles se comprazem no mal. Entre eles há os que não são muito bons nem muito maus, mais trapalhões e importunos que maus, a malícia e as inconseqüências parecem ser sua diversão: são os Espíritos estouvados ou levianos.

Os Espíritos não pertencem perpetuamente à mesma ordem. Todos progridem, passando por diferentes graus de hierarquia espírita.

Esse progresso ocorre pela encarnação, que é imposta a uns como expiação e a outros como missão. A vida material é uma prova que devem suportar por várias vezes, até que hajam alcançado a perfeição absoluta. É uma espécie de exame severo ou depurador, de onde eles saem mais ou menos purificados.

Deixando o corpo, a alma reentra no mundo dos Espíritos, de onde havia saído, para retomar uma nova existência material, depois de um lapso de tempo mais ou menos longo, durante o qual permanece no estado de Espírito errante.

O Espírito, devendo passar por várias encarnações, disso resulta que tivemos várias existências e que teremos ainda outras, mais ou menos aperfeiçoadas, seja sobre a Terra, seja em outros mundos.

A encarnação dos Espíritos ocorre sempre na espécie humana: seria um erro acreditar que a alma ou Espírito possa se encarnar no corpo de um animal.

As diferentes existências corporais dos Espíritos são sempre progressivas e jamais retrógradas; mas a rapidez do progresso depende dos esforços que fazemos para atingir a perfeição.

As qualidades da alma são a do Espírito que está encarnado em nós; assim, o homem de bem é a encarnação do bom Espírito, e o homem perverso a de um Espírito impuro.

A alma tinha sua individualidade antes da sua encarnação e a conserva depois da sua separação do corpo.

Na sua reentrada no mundo dos Espíritos, a alma aí reencontra todos aqueles que conheceu sobre a Terra, e todas as suas existências anteriores se retratam em sua memória com a lembrança de todo o bem e de todo o mal que fez.

O Espírito encarnado está sob a influência da matéria; o homem que supera essa influência pela elevação e depuração de sua alma, se aproxima dos bons Espíritos com os quais estará um dia. Àquele que se deixa dominar pelas más paixões e coloca toda a sua alegria na satisfação dos apetites grosseiros, se aproxima dos Espíritos impuros, dando preponderância à natureza animal.

Os Espíritos encarnados habitam os diferentes globos do Universo.

Os Espíritos não encarnados ou errantes não ocupam uma região determinada e circunscrita; estão por toda a parte, no espaço e ao nosso lado, nos vendo e nos acotovelando sem cessar; é toda uma população invisível que se agita em torno de nós.

Os Espíritos exercem, sobre o mundo moral e mesmo sobre o mundo físico, uma ação incessante. Agem sobre a matéria e sobre o pensamento, e constituem uma das forças da Natureza, causa eficiente de uma multidão de fenômenos, até agora inexplicados, ou mal explicados, e que não encontram uma solução racional senão no Espiritismo.

As relações dos Espíritos com os homens são constantes. Os bons Espíritos nos solicitam para o bem, nos sustentam nas provas da vida e nos ajudam a suporta-las com coragem e resignação; os maus nos solicitam ao mal: é para eles uma alegria nos ver sucumbir e nos assemelharmos a eles.

As comunicações dos Espíritos com os homens são ocultas ou ostensivas. As ocultas ocorrem pela influência, boa ou má, que eles exercem sobre nós com o nosso desconhecimento; cabe ao nosso julgamento discernir as boas e más inspirações. As comunicações ostensivas ocorrem por meio da escrita, da palavra, ou outras manifestações materiais, e mais freqüentemente por intermédio dos médiuns que lhes servem de instrumento.

Os Espíritos se manifestam espontaneamente ou por evocação. Podem-se evocar todos os Espíritos: aqueles que animaram homens obscuros, como aqueles de personagens mais ilustres, qualquer que seja a época na qual tenham vivido; os de nossos parentes, de nossos amigos ou de nossos inimigos, e com isso obter, por comunicações escritas ou verbais, conselhos, informações sobre a sua situação no além-túmulo, sobre seus pensamentos a nosso respeito, assim como as revelações que lhes são permitidas nos fazer.

Os Espíritos são atraídos em razão de sua simpatia pela natureza moral do meio que os evoca. Os Espíritos superiores se alegram nas reuniões sérias onde dominem o amor do bem e o desejo sincero de se instruir e se melhorar. Sua presença afasta os Espíritos inferiores que aí encontram, ao contrário, um livre acesso, e podem agir com toda liberdade entre as pessoas frívolas ou guiadas só pela curiosidade, e por toda parte onde se encontrem os maus instintos. Longe de deles obter bons avisos ou ensinamentos úteis, não se deve esperar senão futilidades, mentiras, maus gracejos ou mistificações, porque eles tomam emprestado, freqüentemente, nomes venerados para melhor induzir ao erro.

A distinção dos bons e dos maus Espíritos é extremamente fácil. A linguagem dos Espíritos superiores é constantemente digna, nobre, marcada pela mais alta moralidade, livre de toda paixão inferior; seus conselhos exaltam a mais pura sabedoria, e têm sempre por objetivo nosso progresso e o bem da Humanidade. A dos Espíritos inferiores, ao contrário, é inconseqüente, freqüentemente trivial e mesmo grosseira; se dizem por vezes coisas boas e verdadeiras, mais freqüentemente, dizem coisas falsas e absurdas, por malícia ou por ignorância. Eles se divertem com a credulidade e se distraem às custas daqueles que os interrogam, se vangloriando da sua vaidade, embalando seus desejos com falsas esperanças. Em resumo, as comunicações sérias, na total acepção da palavra, não ocorrem senão nos centros sérios, naqueles cujos membros estão unidos por uma comunhão de pensamentos para o bem.

A moral dos Espíritos superiores se resume, como a do Cristo, nesta máxima evangélica: “Agir para com os outros como quereríamos que os outros agissem para conosco”; quer dizer, fazer o bem e não fazer o mal. O homem encontra neste princípio a regra universal de conduta para as suas menores ações.

Eles nos ensinam que o egoísmo, o orgulho, a sensualidade, são paixões que nos aproximam da natureza animal e nos prendem à matéria; que o homem que, desde este mundo, se desliga da matéria pelo desprezo das futilidades mundanas, e pelo amor ao próximo, se aproxima da natureza espiritual; que cada um de nós deve se tornar útil segundo suas faculdades e os meios que Deus colocou entre suas mãos para o provar; que o Forte e o Poderoso devem apoio e proteção ao Fraco, porque aquele que abusa de sua força e do seu poder, para oprimir seu semelhante, viola a lei de Deus. Ensinam, enfim, que, no mundo dos Espíritos, nada podendo ser oculto, o hipócrita será desmascarado e todas as suas torpezas descobertas; que a presença inevitável, e de todos os instantes, daqueles para com os quais agimos mal, é um dos castigos que nos estão reservados; que ao estado de inferioridade e de superioridade dos Espíritos são fixados penas e gozos que nos são desconhecidos sobre a Terra.
Mas eles nos ensinam também que não há faltas irremissíveis, e que não possam ser apagadas pela expiação. O homem encontra o meio, nas diferentes existências, que lhe permite avançar, segundo seu desejo e seus esforços, na senda do progresso e na direção da perfeição que é seu objetivo final.

2006-08-09 15:26:38 · answer #5 · answered by Antonio Vieira Sobrinho 7 · 0 0

Deus deixa a maldade existir?Deus mandou seu filho pra Terra, seu filho Jesus morrer pelos nosso pecados, Jesus deixou uma história, uma lição para nós "pobres" seres, mas mesmo assim agimos de forma imoral!!!Deus é perfeito, como que não existe outro Deus no mundo, só que somos seres humanos, imperfeitos, uns numa escala de espirito mais evoluído, outros não.


Abraços.

2006-08-09 15:20:44 · answer #6 · answered by karla 2 · 0 0

porque nós possuímos o livre arbítrio para fazermos o que bem entendermos.....

2006-08-09 15:17:53 · answer #7 · answered by Joel Paris 2 · 0 0

Na verdade Deus jamais compactuará com a maldade. O problema é que existem algumas questões da espiritualidade que não estão reveladas nas Sagradas Escrituras (Dt 29.29), mas nem por isso não podemos chegar a um conclusão. Eu mesmo já fiz essa pergunta para mim mesmo e levou muito tempo para que o Espirito Santo me levasse a uma compreensão. Quando Deus criou todas as coisas, inclusive nós os seres humanos, Ele criou tudo debaixo de um condição: LIBERDADE. O princípio, a base, o sustentáculo de toda a criação está debaixo da égide da LIBERDADE. Por que? Porque sem liberdade, não há possibilidade de se fazer nada. Quem por exemplo obrigou você a fazer parte de Perguntas e respostas do Yahoo? Ninguém, não é mesmo? Então, Deus sendo oniciente, onipotente e onipresente, sabia o que ia acontecer. Sabia que a maldade haveria de se implantar em sua criação. Então para poder exterminar a maldade, o pecado, e tudo de ruim que existe, Ele teria antes permitir que a maldade, no caso, viesse a existência, pois de que outra forma acabaria Deus com a maldade se ela não tivesse a oportunidade de existir. Entendeu? Continue buscando esclarecimentos. Você está indo muito bem. Leia a Bíblia Sagrada.

2006-08-09 15:17:31 · answer #8 · answered by jvcrdb 7 · 0 0

não diga absurdos. Deus nao é mal, mal é o homem. Deus é amor, perfeiçao, vida... e tudo d bom q existe.
Me diga: quem é q arranca a cabeça d um semelhante por 10 R$? Quem nao consegue entender q somos todos iguais?
quem criou a bomba nuclear? Quem faz guerras? R: É O HOMEM. SOU EU, VC, SOMOS NÓS.
Ele é tao bom q nos deu op livre arbitrio( direito d escolha). + a maioria dos homens escolhem o caminho do mal.
Reflita sobre isso. Se aprofund + nisso. E fique com Deus.

2006-08-09 15:16:33 · answer #9 · answered by naninha 2 · 0 0

" Deus nos deu a vida para que fizessemos o nosso destino!!"

2006-08-09 15:14:02 · answer #10 · answered by Mazinha¬¬ 3 · 0 0

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