Circuncisão é a extirpação (retirada) do prepúcio, aquela pele que recobre a glande (a "cabeça" do pênis).
Ela é feita por um religioso especialmente preparado para isso, chamado "Mohel". O mohel tem tanto formação religiosa quanto cirurgica para poder realizar o Bris (circuncisão).
Como fica, depende muito da habilidade do mohel.
Embora algumas pessoas discursem sobre motivos higiênicos, a circuncisão no judaísmo é feita por motivos rituais.
Atualmente várias sinagogas adotaram o chamado "Shalon Bris" ("Circuncisão da Paz") onde ao invez da circuncisão propriamente dita, apenas retira-se uma gota de sangue do prepúcio do bebê, apenas para cumprir simbolicamente o ritual.
2006-08-07 03:43:22
·
answer #2
·
answered by Naturista 7
·
3⤊
0⤋
CIRCUNCISÃO
A circuncisão é a mais antiga operação do mundo e a que, seguramente, mais vezes já foi executada. É uma operação que frequentemente é realizada por motivos familiares, culturais e religiosos, na ausência de qualquer problema peniano ou prepucial.
Embora as suas origens sejam desconhecidas pensa-se que ela teve inicio no antigo Egipto, por volta do ano 2300 A.C. A prática da circuncisão tem, portanto, cerca de 15000 anos de idade. E era usada pelos egípcios como forma de punição de guerreiros capturados ou de escravos. Como um ritual, foi praticada por astecas, aborígenes australianos e polinésios. A circuncisão em judeus tem a sua origem na Bíblia, quando Abrahão foi circuncisado aos 99 anos, como um pacto com Deus. Luís XVI da França não consumou o casamento com Maria Antonieta por causa da sua fimose, devido á qual tinha erecções dolorosas, até que foi circuncisado 4 anos depois.
Ela consiste, muito sucintamente, na remoção cirurgica do prepúcio(no homem porque na mulher a circuncisão leva á remoção do prepúcio clitorial).A técnica mais comum da circuncisão neonatal inclui o uso do plastibell ou o clamp de Gomco. A circuncisão consiste na ressecção do capuz de pele redundante seguida de sutura entrecortada da pele peniana com o folheto interno restante de mucosa prepucial. É provavelmente o procedimento cirúrgico mais comum em crianças e como tal o mais frequente na pediatria cirurgica.
Calcula-se que em todo o mundo, 1 em cada 7 homens é circuncisado. No universo islâmico e judaico a circuncisão é ritualmente executada em todos os recém-nascidos masculinos, sendo também utilizada em várias outras culturas.
No mundo ocidental, a taxa de homens circuncisados varia muito de país para país. Na Europa a taxa varia entre 4 e 10%. Contudo, na Austrália e Canadá atinge 40% e, nos Estados Unidos da América, 80% dos homens. Essa elevada taxa de circuncisados deve-se a ter sido, nesses países, fortemente advogada a circuncisão para todos os recém-nascidos masculinos, a exemplo do que algumas religiões tradicionais impõem.
Hoje em dia defende-se uma posição muito mais conservadora, mesmo nos Estados Unidos, estando a circuncisão sem razões médicas ou religiosas, a ser fortemente desencorajada. De facto, uma melhor higiene peniana oferece todas as vantagens da circuncisão de rotina, sem os inconvenientes funcionais e sexuais inerentes ao procedimento cirúrgico. Na verdade, a maior parte dos rapazes aos quais não é removida a pele prepucial, não irá ter qualquer problema futuro.
As razões médicas em que a circuncisão pode ser indicada reduzem-se aquelas situações em que existe fimose verdadeira e balanite recorrente. Sendo a pele prepucial pode ser a sede de infecções urinárias, a circuncisão também pode ter indicação nos rapazes e homens que tenham refluxo vesico-ureteral e anomalias renais significativas. No adulto e no velho, ainda existe outra indicação, que é a balanite xerótica obliterante.
As razões religiosas e culturais podem, naturalmente, ser também uma indicação para a circuncisão. Geralmente ela é solicitada pelos pais ou outros familiares. Embora a circuncisão seja, nesses casos, quase sempre realizada logo depois do nascimento, pode ser adiada ou não realizada por várias razões, nomeadamente por haver qualquer anomalia do pénis, como hipospadia ou corda, em que o prepúcio se deve manter para posterior utilização em cirurgia reconstrutiva.
As maiores complicações da circuncisão incluem 1% de hemorragias significativas e menos de 1% de outras complicações, que incluem complicações anestésicas, lesão peniana por electrocauterização e amputação parcial peniana. As complicações menores podem atingir 5-10% dos operados, compreendendo hemorragia ligeira, infecção local, úlcera do meato, remoção de excessiva ou inadequada de pele, deiscência de sutura.
O pós-operatório é geralmente fácil. Pode utilizar-se um creme ou pomada antibiótica, ou simplesmente vaselina aplicada na glande, após limpeza diária. O doente é geralmente visto pelo cirurgião no dia seguinte e cerca de 2-4 semanas depois.
Indicações comuns para a execução da circuncisão:
- Balanite recorrente
- Fraca higiene
- Infecções no tracto urinário
- Razões sociais ou religiosas
- Fimose
- Parafimose
Estudos realizados demonstram que as razões para a circuncisão são: 80% fimose, sendo que 42.8% tinham fimose congénita, 10% apresentavam parafimose, 27% tinha fimose adquirida e 5% BXO. Cerca de 10% das circuncisões são feitas por motivos religiosos.
Complicações da cirurgia
- Vómitos
- Infecções
- Hemorregias
- Úlcera de meato
- Estenose de meato
- Fístula uretro-cutânea
- Linfedema
- Retenção urinária
- Fimose pós-circuncisão
- Morte
- Complicações da anestesia
- Erros cirúrgicos que podem levar á perda da glande ou do pénis inteiro
Muitos homens circuncisados sofrem de:
-Cicatrizes extensas
-Sangramento no local da cicatriz
-Curvatura do pénis
-Erecção dolorosa
-Dificuldades na ejaculação
-Impotência
-Sentimentos de terem sido mutilados
Todos os homens circuncisados perdem alguma ou a maior parte da sensibilidade da glande e toda a sensibilidade do prepúcio, que lhe foi amputado.
Contra-indicações
-Na vigência de infecção urinária, balanopostite ou dermatite amoniacal
-Durante o uso de fraldas, para se evitar, com o meato uretral exposto, após a cirurgia, as úlceras de meato.
CIRCUNCISÃO E RELAÇÕES COM OUTRAS DOENÇAS
Alguns trabalhos recentes apontam para uma possível relação entre a circuncisão e as doenças sexualmente transmissíveis, como herpes genital, sífilis e condiloma acuminato. A presença do prepúcio é tida como uma fonte de doenças, chegando alguns investigadores a mostrar um maior risco de transmissão do vírus HIV na população heterossexual de homens não circuncisados, sem terem em conta outros factores e outras variáveis importantes, o que levou a Academia Americana de Pediatria a considerá-los como inconclusivos. Outros trabalhos mostraram que a incidência do carcinoma seria mais elevada entre homens não circuncisados e que a circuncisão seria realmente protectora, quando realizada nos primeiros anos de vida, evitando assim as postites repetidas e qualquer outro tipo de infecções( a colonização pelo papiloma vírus e o desenvolvimento de líquen escleroso atrófico). Só que estudos realizados demonstram que cerca de 42 % dos homens com carcinoma eram circuncisados, colocando em causa o papel profilático da circuncisão sistemática.
A circuncisão é vista como uma fácil resolução de problemas futuros mas tal teoria pode ser facilmente posta em causa pelos seguintes números: um estudo realizado na Nova Zelândia com 500 rapazes mostra que os problemas no pénis ocorrem em 11.1% dos não circuncisados e 18.8% dos circuncisados.
2006-08-07 04:40:03
·
answer #3
·
answered by Anonymous
·
1⤊
1⤋