Acontece a morte cerebral, ou comunmente conhecida no meio médico como morte encefálica. Trata-se de ausência total e irreversível da função da córtex e do tronco cerebral.
A morte encefálica é caracterizada através da realização de exames clínicos e complementares durante intervalos de tempo variáveis, próprios para determinadas faixas etárias. Os parâmetros clínicos a serem observados para constatação de morte encefálica são: coma aperceptivo com ausência de atividade motora supra-espinal e apnéia. Os intervalos mínimos entre duas avaliações clínicas para a caracterização da morte encefálica serão definidos por faixa etária, conforme o abaixo especificado
a) de 7 dias a 2 meses incompletos 48 horas
b) de 2 meses a 1 ano incompleto 24 horas
c) de 1 ano a 2 anos incompletos 12 horas
c) acima de 2 anos 6 horas
Os exames complementares a serem observados para constatação de morte encefálica deverão demonstrar de forma inequívoca:
a) ausência de atividade elétrica cerebral ou,
b) ausência de atividade metabólica cerebral ou,
c) ausência de perfusão sangüínea cerebral
Com a morte cerebral ocorrem diversas modificações no meio interno, sendo as mais importantes:
Hemodinâmicas e Eletrocardiografia:
Na fase inicial de agressão cerebral ocorre uma elevação da pressão intracraniana, com conseqüente elevação da pressão arterial sistêmica e bradicardia, podendo ocorrer parada sinusal e dissociação atrio-ventricular. Em virtude do progressivo aumento da pressão intracraniana, a pressão do átrio esquerdo, a pressão capilar pulmonar e a resistência vascular periférica se elevam., podendo ocorrer hipertensão arterial extrema. O fluxo sangüíneo para aorta sofre importante redução, possivelmente secundário, a falência cardíaca aguda, decorrente da resistência sistêmica acentuadamente aumentada.
O sangue é redistribuído para circulação pulmonar, podendo produzir quebra da barreira alveolo-capilar e surgimento de edema agudo de pulmão não hidrostático. O ECG pode mostrar taquicardias supraventriculares e ectopias ventriculares e sinais isquêmicos, decorrentes do espasmo coronariano secundário aos altos níveis circulantes de catecolaminas.
Após a destruição da ponte e das estruturas vasomotoras existe uma queda abrupta da pressão arterial, da pressão capilar pulmonar e da resistência vascular periférica, quadro semelhante a uma secção medular alta. A hipotensão tende a ser agravada pela queda do volume intravascular, secundário a vários mecanismos: diabetes insipidus central, hemorragias, uso de diuréticos e hiperglicemia. Nesta fase o débito cardíaco e a pressão arterial podem ser mantidos artificialmente por infusão de líquidos e drogas vasoativas.
Modificações hormonais
Na morte cerebral ocorrem alterações hormonais, possivelmente secundárias a destruição do eixo hipotálamo-hipófise.
Os níveis dos hormônios tireoidianos estão diminuídos: T4, T3, T3 reverso e TSH. A diminuição dos hormônios tireoidianos pode ser a causa de desenvolvimento da falência de múltiplos órgãos e sistemas.
O infarto da neurohipófise está relacionado com a queda dos níveis do ADH (hormônio anti-diurético) e desenvolvimento de diabetes insipidus central, que tem sua exteriorização mascarada pela falência renal. A deficiência do ADH diminui o tônus vasomotor e agrava a hipotermia. Os níveis de cortisol e insulina circulantes sofrem redução. A queda da insulina produz uma síndrome caracterizada por hiperglicemia severa.
Regulação térmica
Alterações de temperatura corporal podem ocorrer quando as estruturas hipotalâmicas e mesencefálicas são destruídas. A compressão mesencefálica produz hipertermia e a destruição cerebral acarreta o aparecimento de hipotermia com completa poiquilotermia, podendo a temperatura situar-se tipicamente entre 31,5 a 34 °C. A hipotermia pode agravar as funções cardíaca, renal e hepática.
Presença de hipertermia em pacientes com morte cerebral é indicativo de processo infeccioso.
Alterações Hidroeletrolíticas e acido-básicas
Diversos distúrbios hidroeletrolíticos são encontrados em pacientes com morte cerebral em suporte de vida: Hipocalemia (mais freqüente), Hipernatremia, Hipercalemia, Hipomagnesemia (raro) e Hipofosfatemia (raro)
O distúrbio acido-básico mais freqüentemente encontrado é a acidose metabólica, com níveis de lactato sangüíneo invariavelmente elevado. A acidose láctica pode ser decorrente da redução do débito cardíaco, da hipotermia, da hipovolemia ou da alcalose respiratória ou até da queda do T3
2006-07-28 08:31:48
·
answer #1
·
answered by TFX 2
·
1⤊
0⤋
Você vira loira, grava um DVD, fica milionária e casa com um gay.
2006-07-28 16:23:30
·
answer #2
·
answered by O Grande Coisa 4
·
0⤊
0⤋
Morte cerebral
2006-07-28 15:50:52
·
answer #3
·
answered by Mico 1
·
0⤊
0⤋
Oi Mariana!
acho que é morte cerebral.
2006-07-28 15:43:38
·
answer #4
·
answered by igoreletro 3
·
0⤊
0⤋
Quando uma pessoa tem um tramuatismo craniano muito grave pode afetar o cérebro de tal maneira que toda a atividade elétrica cessa. É a morte cerebral, e nesses casos a pessoa está clinicamente morta.
O coração pode continuar batento indefinidamente pelo fato do os batimento dele não seram regulados pelo cérebro.. E se o coração continuar batendo ele estará mandando sangue e oxigênio para todos os orgão, mantendo eles em perfeito estado de funcionamento
Então mesmo a pessoa estando morte cerebral e ser considerada morta, todos os orgãos funcionam;
Geralmente são essas pessoas que os médicos usam para retirar os orgãos para transplante.
2006-07-28 15:28:48
·
answer #5
·
answered by Gil 5
·
0⤊
0⤋
o coraçao nao precisa de ordem do cerebro p funcionar ele tem um sistema de autonomo
2006-07-28 15:28:09
·
answer #6
·
answered by marcelo 1
·
0⤊
0⤋
Este e um estagio clinico chamado morte cerebral( ou encefálica).A pessoa que esta passando por esta fase se for doadora de orgao sera retirado dela os orgaos que ainda estajam vivos como por exemplo o coração.
2006-07-28 15:27:34
·
answer #7
·
answered by Glaucia B 2
·
0⤊
0⤋
A morte cerebral, o que pode salvar a vida de outras pessoas se o paciente for doador de órgãos, já que não voltará a viver e possivelmente seus órgãos se encontram em condições de transplante.
2006-07-28 15:27:06
·
answer #8
·
answered by Verizinha 2
·
0⤊
0⤋
morte cerebral
2006-07-28 15:26:49
·
answer #9
·
answered by Estevão Pires 3
·
0⤊
0⤋
morte celebral
2006-07-28 15:26:26
·
answer #10
·
answered by demetrio 2
·
0⤊
0⤋