O autismo é uma desordem global do desenvolvimento neurológico.
Histórico
Foi descrito pela primeira vez em 1943, pelo médico austríaco Leo Kanner, trabalhando no Johns Hopkins Hospital, em seu artigo Autistic disturbance of affective contact, na revista "Nervous Child", vol. 2, p. 217-250. No mesmo ano, o também austríaco Hans Asperger descreveu, em sua tese de doutorado, a psicopatia autista da infância. Embora ambos fossem austríacos, devido à II Guerra Mundial, não se conheciam.
A palavra "autismo" foi cunhada por Eugene Bleuler, em 1912, para descrever um sintoma da esquizofrenia, que definiu como sendo uma "fuga da realidade". Kanner e Asperger usaram a palavra para dar nome aos sintomas que observavam em seus pacientes.
O trabalho de Asperger só veio a se tornar conhecido nos anos 1970, quando a médica inglesa Lorna Wing traduziu seu trabalho para o inglês. Foi a partir daí que um tipo de autismo de alto desempenho passou a ser denominado síndrome de Asperger.
Nos anos 1950 e 1960, o psicólogo Bruno Bettelheim afirmou que a causa do autismo seria a indiferença da mãe, que denominou de "mãe-geladeira'". Nos anos 1970 essa teoria foi posta por terra e passou-se a pesquisar as causas do autismo. Hoje, acredita-se que o autismo esteja ligado a causas genéticas associadas a causas ambientais. Dentre possíveis causas ambientais, a contaminação por mercúrio tem sido apontada por militantes da causa do autismo como forte candidata, assim como problemas na gestação.
Características do autismo
Dificuldade na interação social:
Dificuldade acentuada no uso de comportamentos não-verbais (contato visual, expressão facial, gestos);
Dificuldade em fazer amigos;
Apresenta dificuldade em compartilhar suas emoções;
Dificuldade em demonstrar reciprocidade social ou emocional.
Prejuízos na comunicação:
Atraso ou falta de linguagem verbal;
Para aqueles onde a fala é presente, verifica-se uma grande dificuldade em iniciar ou manter uma conversa;
Uso estereotipado e repetitivo da linguagem;
Falta ou dificuldade em bricadeiras de "faz de conta".
Padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses e atividades:
Preocupação insistente com um ou mais padrões estereotipados;
assumir de forma inflexível rotinas ou rituais (ter "manias" ou focalizar-se em um único assunto de interesse);
maneirismos motores estereotipados (agitar ou torcer as mãos, por exemplo);
preocupação insistente com partes de objetos, em vez do todo (fixação na roda de um carrinho, por exemplo).
Ver
Rain Man - filme de 1988, com Dustin Hoffman e Tom Cruise, dirigido por Barry Levinson, que trata sobre autismo
2006-07-24 09:38:57
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answer #1
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answered by Mr.Morfell 4
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