A atividade sexual excessiva (definição da ninfomania em sentido restrito) só começou a ser considerada doença no século XIX, marcado pela repressão sexual e a moral vitoriana. O neurologista Richard Krafft Ebing, que viveu em finais desse século, afirmou que os casos mais extremos podiam mesmo conduzir à morte. O psiquiatra Maresch deu-lhe razão ao documentar três exemplos em 1871: dizia que as vítimas morriam de esgotamento por causa dos delírios obscenos.
Mas o que mais inquietava os médicos era perceber as causas do problema. Os adeptos do movimento frenológico pensaram que a origem estava no cérebro e que as vítimas da doença tinham o cerebelo muito desenvolvido. A autópsia a uma ninfomaníaca, contudo, mostrou que tal idéia estava errada. Mais tarde, avançou-se com a teoria do tamanho excessivo do clitóris, mas também se comprovou não fazer sentido. E assim, através do método tentativa-erro, concluiu-se que a ninfomania era causada por distúrbios psíquicos.
“A ninfomania é uma variante do comportamento sexual em que a mulher se sente compelida a mudar constantemente de parceiro, sem estabelecer um relacionamento estável com nenhum deles”, explica o psicólogo Gabriel Frada. Acima de tudo, a ninfomania está inscrita na personalidade da mulher. A sua insegurança profunda não lhe permite ligações afetivas consistentes – o fundo psicológico de base é o medo.
Hoje em dia sobram teorias sobre as causas da ninfomania, mas nenhuma delas é totalmente convincente. Até porque a origem da ninfomania varia conforme os casos. Entre as explicações dadas, as seguintes são as mais comuns: tentativa de compensar a privação sexual sofrida na adolescência; ‘inveja do pênis’ e desejo de vingar-se do pai; necessidade de compensar certas tensões emocionais; negação de tendências homossexuais; medo de frigidez; necessidade de ser amada e aceita.
Uma mulher com bastante apetite sexual não é necessariamente desequilibrada. Como assinala o psiquiatra Stoller, as relações sexuais são relevantes para a mulher ninfomaníaca, não em termos de gratificação erótica, mas como uma maneira de satisfazer a necessidade de auto-afirmação.
A mulher saudável com bastante apetite sexual tem essa dotação de viver com entusiasmo a cada relação e desejo de renovar o prazer alcançado. “Na prática, quando a mulher consegue dominar o seu interesse sexual indiscriminado e dirigi-lo para um único parceiro, considera-se que o seu apetite sexual não chega aos níveis do que é típico da ninfomania”, diz Gabriel Frada.
“A ninfomaníaca, embora experimente excitação, raramente chega a atingir o orgasmo, o que a deixa frustada e a leva a procurar novas experiências eróticas. Uma libido excepcionalmente intensa pode não ser patológica; os dotes superiores aos da média não tornam a pessoa anormal”, acrescenta este psiquiatra. “Quando a mulher com grande apetite sexual leva uma vida satisfatória em termos de afeto, profissão, relacionamento interpessoal e atuação social, não necessita de qualquer tratamento”.
As teorias explicativas da ninfomania não se limitam contudo ao campo da psicologia. Segundo alguns autores, a origem desta patologia reside por vezes em fatores de ordem neurofisiológica. A conduta sexual é regulada pelo sistema límbico, situado no cérebro. Enquanto o núcleo amigdalóide e o hemisfério esquerdo regulam a inibição da sexualidade, o hipotálamo e o hemisfério direito elaboram a estimulação e desenvolvem a organização erótica e o orgasmo. Quando estas duas últimas áreas registram maior atividade, é provável que se produza uma exaltação da conduta sexual. A influência é tal que, se um traumatismo afeta as áreas citadas, pode em determinadas ocasiões, provocar a ninfomania. Os neurotransmissores também influenciam o nosso comportamento erótico. Nas ninfomaníacas, dá-se uma hiperfunção dos sistemas dopaminérgico e noradrenergético (a dopamina e a noradrenalina são ativadoras sexuais, em oposição à serotonina e às endorfinas, que são inibidoras).
Nos tratamentos feitos atualmente, a psicoterapia está na primeira linha, uma vez que a doença é quase sempre de origem psicológica. Procura-se que a paciente aprenda a vincular sexo e afeto, assim como a eliminar alterações psicológicas que costumam acompanhar a ninfomania – paranóia, ansiedade e depressão. Quando se suspeita de problemas de ordem neurofisiológica, recorre-se a estimulantes da serotonina, para inibir o sistema dopaminérgico, tranquilizantes e antidrôgenos para reduzir a testosterona, o hormônio que faz aumentar o desejo. Segundo Gabriel Frada, porém, “as tentativas para tratar a ninfomania com hormônios não resultaram bem até aos dias de hoje.” Mas não deve existir a mínima hesitação em recorrer ao tratamento, caso a mulher suspeite sofrer do problema: “quando não há esse sentido de realização e a mulher se autoculpabiliza, é aconselhável a consulta a um especialista em psicologia profunda. A resolução dos conflitos internos permitirá depois um desenvolvimento mais produtivo das potencialidades da paciente.” E, daí, um final feliz
2006-07-21 05:47:34
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answer #1
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answered by TFX 2
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olá, ter desejo de fezer amor continuamente para uma mulher pode ser normal, o que não pode ser feito é vc ficar cobrando isso do seu parceiro, pois os organismos funcionam diferente e vc pode acaber traumatizando-o...
2006-07-21 14:12:24
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answer #2
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answered by Aldo R 1
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Claro que não! isso é um sinal de que você é saudável e gosta dos prazeres do corpo.
2006-07-21 12:31:38
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answer #3
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answered by Xibiu 2
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Já que você fica no vai-e-vem a noite toda, aproveite o dia para estudar um pouco a língua portuguesa!
2006-07-21 12:01:12
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answer #4
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answered by Euseidetudo 5
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Não necessáriamente...
Você se enquadraria na condição de ninfomania acaso seus impulsos sexuais fossem incontroláveis e você precisasse fazer a todo momento, prejudicando assim sua vida pessoal, familiar, profissional etc... - Como num vício qualquer, como drogas, álcool, INTERNET, etc...
2006-07-21 11:59:01
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answer #5
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answered by Miss L 3
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Perfeitamente normal, minha namorada tbm gosta, não pode ser é obcessão, não pode influenciar no seu cotidiano, lembre-se amar é muito bom, mas tudo que é demais, pode tornar-se problema, aparentemente vc é muito normal, divirta-se. Bj
2006-07-21 10:57:29
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answer #6
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answered by beto 3
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Parabéns pela sua forma física..se depender de mim tb faço...rsssssssss
Eu acho normal..principlamente se está com quem ama...
2006-07-21 10:49:44
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answer #7
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answered by Anninha 3
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Vc só seria ninfomaniaca se quisesse fazer sexo toda hora, pensasse em sexo toda hora, sentisse atração por varios homens, se quiser fazer orgias, etc!!!
Qto a isso que vc relatou, relaxe, é saudavel!!!
2006-07-21 10:49:25
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answer #8
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answered by bruno_fa85 4
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Não... é sinal de que tem gente feliz por aí! Rs...
Eu tive a sorte de ter tido algumas namoradas que tem esse tipo de ritmo, que combina com o meu...
Eu me sinto assim:
Tenho sempre o poder de querer, não a força de executar.
Quando me entrego às tentações, ajo conforme o impulso dos objetos externos.
Quando me censuro por tal fraqueza, só ouço a minha vontade; sou escravo por meus vícios e livre por meus remorsos; o sentimento de minha liberdade só se apaga em mim quando me depravo e enfim impeço a voz da alma de se elevar contra a lei do corpo.
Beijos
2006-07-21 10:13:53
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answer #9
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answered by Rodolfo Ligier 3
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Gata isso não quer dizer que vc é ninfomaniaca e sim que vc é um mulherão e tanto,ue todo homem desejaria ter,alias se vc fosse minha namorada vc faria amor a noite toda e se sobrar um tempo durante um dia também.Um montão de beijos.(dannycunhacruz@yahoo.com.br)
2006-07-21 10:11:37
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answer #10
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answered by guto 1
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