Diabetes Tipo 1
O diabetes Tipo 1 aparece como resultado de uma destruição das células beta produtoras de insulina por engano, pois o organismo acha que são corpos estranhos. Isso é chamado de resposta auto-imune. Este tipo de reação também ocorre em outras doenças, como esclerose múltipla, Lupus e doenças da tireóide.
Os pesquisadores não sabem exatamente por que isso acontece. No diabetes, porém, encontram-se vários fatores que parecem estar ligados ao diabetes tipo 1. Entre eles incluem-se a genética, os auto-anticorpos, os vírus, o leite de vaca e os radicais livres do oxigênio.
Sinais e Sintomas
Pessoas com níveis altos ou mal controlados de glicose no sangue podem apresentar:
Muita sede;
Vontade de urinar diversas vezes;
Perda de peso (mesmo sentindo mais fome e comendo mais do que o habitual);
Fome exagerada;
Visão embaçada;
Infecções repetidas na pele ou mucosas;
Machucados que demoram a cicatrizar;
Fadiga (cansaço inexplicável);
Dores nas pernas por causa da má circulação.
Em alguns casos não há sintomas. Isto ocorre com maior freqüência no diabetes tipo 2. Neste caso, a pessoa pode passar muitos meses, às vezes anos, para descobrir a doença. Os sintomas muitas vezes são vagos, como formigamento nas mãos e pés. Portanto, é importante pesquisar diabetes em todas as pessoas com mais de 40 anos de idade.
Medicamentos
O tratamento do diabetes tipo 1, na maioria dos casos, consiste na aplicação diária de insulina, dieta e exercícios , uma vez que o organismo não produz mais o hormônio. A quantidade de insulina necessária dependerá do nível glicêmico. Naturalmente, a alimentação também é muito importante, pois ela contribui para a determinação dos níveis glicêmicos. Os exercícios físicos baixam os níveis, diminuindo, assim, a necessidade de insulina.
Existem diferentes tipos de preparação de insulina, que distinguem-se pela velocidade com que é absorvida do tecido subcutâneo para o sangue (início da ação) e pelo tempo necessário para que toda a insulina injetada seja absorvida (duração da ação).
Insulina de ação rápida
Esta é uma solução límpida (transparente) de insulina que possui rápido início e uma curta duração de ação. As insulinas de ação rápida atingem o sangue e começam a reduzir o açúcar sangüíneo aproximadamente ½ hora após a injeção. Porém, como os nutrientes dos alimentos são absorvidos ainda mais rapidamente do intestino para a corrente sangüínea, a insulina deve ser injetada ½ hora antes de uma refeição.
Insulina de ação ultra-rápida
Assemelha-se à água de rocha, cristalina e transparente. Sua ação se inicia em 1 a 5 minutos, atinge o pico em 30 minutos, período máximo de ação persistente até 2,5 horas e dura de 3 a 4 horas. Não contém protamina ou zinco. Age de maneira mais semelhante à produzida pelo pâncreas normal.
Insulina de ação lenta
O conteúdo é leitoso, turvo, em decorrência de substâncias que retardam a absorção e prolongam seus efeitos. A insulina é preparada com zinco. Sua ação inicia-se em 1 a 3 horas, atinge o máximo no sangue (pico) em 8 a 12 horas e dura de 20 a 24 horas. É a insulina que mais se aproxima do ideal no controle rotineiro do diabetes.
Insulina de ação ultralenta
Tem aspecto leitoso e também é preparada com zinco. Sua ação tem início em 4 a 6 horas. Seu pico acontece após 12/16 horas e tem duração de 24 horas, podendo atingir 36 horas.
Insulina de ação intermediária
Esta insulina é obtida pela adição de uma substância que retarda a absorção da insulina. A combinação da insulina com uma substância de retardo geralmente resulta na formação de cristais que dão ao liquido uma aparência turva.
Os cristais de insulina devem ser misturados de forma homogênea no líquido antes de cada injeção. As insulinas de ação intermediária levam aproximadamente 1 ½ hora antes de começarem a produzir um efeito. O maior efeito ocorre entre 4 e 12 horas após a injeção, e aproximadamente após 18 a 24 horas a dose terá sido completamente absorvida.
Insulina pré-mistura
Existem também misturas prontas de insulinas de ação rápida e de ação intermediária. Estas pré-misturas são apresentadas em várias e diferentes combinações pré-misturadas, contendo de 10 - 50% de insulina de ação rápida e de 90 a 50% de insulina de ação intermediária.
Insulina de ação prolongada
Finalmente, há insulinas de ação prolongada, feitas através de técnicas de recombinação genética, que possuem uma duração em torno de 24 horas. São as insulinas mais atuais, e tentam aproximar-se da insulina basal ideal.
É importante observar que os tempos de duração e absorção aqui descritos são apenas aproximados. A absorção da insulina sempre depende de fatores individuais. O tamanho da dose é outro fator: quanto maior a dose, maior a duração.
Monitorização
Após ter o diabetes diagnosticado e iniciado o tratamento, é importante considerar alguns assuntos:
* Manter-se livre das internações;
* Manter-se em boa saúde e sentindo-se bem;
* Permitir-se fazer coisas que pessoas de sua idade usualmente fazem;
* Permitir-se viver uma vida longa, operante e feliz;
* Permitir-se crescer e desenvolver-se normalmente.
Para conseguir atingir esses objetivos é preciso aprender a cuidar de seu diabetes. E a automonitorização (controle domiciliar), que são testes simples e rápidos para a avaliação dos níveis de glicemia (glicose no sangue), glicosúria (glicose na urina) e cetonúria (cetonas na urina), tem papel fundamental neste processo.
As tiras reagentes para glicosúria baseiam-se na quantidade de glicose existente na urina com a variação da cor na área reagente. Esses testes avaliam indiretamente a glicemia, não existe necessariamente uma correlação definida entre os níveis de glicemia e da glicosúria.
A glicose só é detectada na urina quando os níveis de glicemia atingem 160 a 180 mg/dl ou mais. Os testes de glicosúria não detectam uma possível hipoglicemia. Portanto, recomenda-se a substituição dos testes de glicosúria pelos de glicemia, que são bem mais precisos e confiáveis, principalmente para o diabetes tipo 1.
A cetonúria serve para indicar que, quando o paciente não está tendo insulina suficiente, o organismo lança mão da queima de gorduras para tentar obter a energia que não foi conseguida com a utilização de glicose. Formam-se, então, os corpos cetônicos (o que dá o hálito cetônico ou de maçã passada), que passam para a urina e sinalizam que o diabetes já está bastante descontrolado.
A presença de cetonas na urina é um sinal de alarme de que a situação metabólica está fora de controle. Por isso é preciso procurar um médico para descobrir o que está acontecendo de errado no controle glicêmico, pois a situação geralmente exige correções de conduta terapêutica.
Os testes de cetonúria são indicados sempre que os níveis glicêmicos estiverem mais altos (glicemia acima de 250 mg/dl) e em todas as situações que possam afetar o controle glicêmico (doenças, estresse físico e emocional etc).
A medida da glicemia é o teste mais importante, pois reflete o nível exato de glicose sangüínea em um momento específico. Esse teste é muito simples de ser realizado. Primeiro é preciso furar o dedo com uma lanceta, a fim de se obter uma gota de sangue, que será colocada na área de reação da fita reagente.
A glicose contida no sangue reage com os produtos químicos da área reagente desenvolvendo uma coloração (método de refletância) ou uma intensidade de corrente elétrica (método de sensor), a qual é proporcional à quantidade de glicose existente no sangue. No entanto, ainda é preciso saber adaptar o tratamento aos resultados.
A pessoa com diabetes bem orientada quanto à monitorização certamente não entrará em coma, seja hipoglicêmico ou hiperglicêmico, além de aprender diariamente como melhor lidar com seu diabetes. A monitorização laboratorial é importante para ver como anda o controle.
A hemoglobina glicada traduz a média das glicemias dos três últimos meses, e a frutosamina das três últimas semanas. A hemoglobina glicada deve ser realizada a cada três meses e deve ficar, idealmente, no máximo 1 ponto percentual acima do limite superior de referência do laboratório.
Cátia, o sucesso do tratamento do diabetes, depende muito do paciente, que deve seguir à risca as orientações do médico, principalmente sobre a dieta que deve ser seguida. Muitos doentes acabam sofrendo complicações, decorrentes da inobservância das orientações médicas. Espero ter ajudado com algumas informações sobre o diabetes tipo1. Um abraço e até mais.
2006-07-20 09:37:46
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answer #1
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answered by Júnior 4
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O diabetes tipo I é típico da juventude, iniciando geralmente ainda na infância. Tem início repentino, causando intensa poliúria (urinar em excesso), perda de peso, sede excessiva e desidratação, podendo levar ao choque, coma e morte. Torna o organismo susceptívela infecções. Requer o uso definitivo e diário de insulina, sob risco de os sintomas retornarem. A hipoglicemia (glicose baixa) dependendo do nível, pode causar tonturas, fome excessiva, alucinações e desorientação, sonolência e coma, sudorese fria.
2006-07-19 23:05:45
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answer #2
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answered by Falco 7
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