A albumina humana (AH) é um hemoderivado injetável, extraído do plasma humano, desenvolvido na década de 1940. No mercado brasileiro está disponível nas concentrações de 20 a 25% e há mais de 50 registros do produto no Ministério da Saúde (MS) entre importadores e produtores.
A AH integra o elenco de medicamentos de alto custo e o consumo no Brasil atingiu a mais de 10 t, sendo que a produção nacional atende a menos de 10% do total. Atualmente, o MS desenvolve um projeto de implantação de unidades industriais públicas, que visa atingir auto-suficiência em hemoderivados, utilizando o plasma excedente dos Serviços de Hemoterapia do país.
A partir da coleta de sangue humano, são obtidos os produtos sanguíneos lábeis (hemocomponentes), por fracionamento do sangue total e os produtos sanguíneos estáveis (hemoderivados), que passam por fracionamento e processos de purificação e estabilização industriais. Dessa forma são produzidos os hemoderivados não anti-hemofílicos, como a AH e os hemoderivados anti-hemofílicos. A AH é considerada segura, quanto à transmissão de doenças infecciosas, desde que garantidas as boas práticas de fabricação, armazenamento e administração.
A AH é uma proteína simétrica de baixa viscosidade, com peso molecular entre 66.000 e 69.000. Responde por cerca de 50% do total de proteínas plasmáticas e da síntese protéica hepática. O organismo do adulto saudável contém aproximadamente 360 g de albumina. Distribui-se por todo o corpo, sendo 49% no plasma e 51% no tecido extra-vascular. Todos os órgãos participam da sua degradação, sendo que a mucosa intestinal e o fígado realizam 10% do total do catabolismo. Em organismos sadios a eliminação renal da albumina não atinge níveis importantes e não é influenciada diretamente pelo fígado e pelo volume plasmático ou extra-vascular.
As indicações terapêuticas da AH estão, em sua maioria, relacionadas à reposição de perdas volêmicas agudas e à manutenção da pressão coloidosmótica do plasma em pacientes com hipoalbuminemia por perdas ou redução de síntese. Em muitos casos é possível e até recomendada a substituição por expansores plasmáticos sintéticos, que reduzem a chance de efeitos adversos e os custos de tratamento. Os principais expansores sintéticos são as soluções cristalóides (cloreto de sódio, Ringer) e os colóides não protéicos (dextrana, poligelina, amido hidroxetil).
Desde meados da década de 70, instituições e pesquisadores de diversos países, desenvolvem protocolos práticos para a racionalização de indicação e prescrição da AH. Entretanto, mesmo vários anos após a adoção dos protocolos, o nível de adesão não atinge taxas elevadas, mantendo-se alta a proporção de prescrições em desacordo com as diretrizes. Este problema, que pode afetar todos os tipos de protocolos práticos, está ligado a fatores como, a resistência à interferência na prática clínica, o emprego de estratégias inadequadas ou insuficientes de adesão, a rigidez da condução terapêutica proposta, os conflitos de interesses. A simples divulgação de um protocolo tem baixo impacto e deve vir acompanhada de intervenções educacionais e estudos de avaliação.
Estudos observacionais realizados em diversos países encontraram elevadas proporções de inadequação de uso de AH, com apenas 10 a 30% de prescrições em conformidade com as diretrizes dos protocolos adotados. Em muitos dos casos, não havia contra-indicações para o uso dos substitutos terapêuticos de AH ou ainda, os pacientes não necessitavam de qualquer tipo de expansor. Em todos os estudos ficou evidenciada a repercussão econômica do uso irracional da AH. Além disso, as avaliações de impacto dos protocolos mostraram a importância do envolvimento dos profissionais de saúde, durante o processo de elaboração e implantação, aumentando a aceitabilidade e elevando as proporções de prescrições consideradas adequadas.
No Brasil os estudos de utilização da AH em hospitais são escassos, mas existem iniciativas importantes de adequação e controle, como no Hospital das Clínicas da USP, Hospital Universitário Clementino Fraga Filho da UFRJ, no Hospital Albert Einstein em SP e no Instituto Estadual de Hematologia Arthur Siqueira Cavalcanti (HEMORIO) da SES/RJ.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA/MS) publicou, recentemente, a Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) nº 115 de 10/05/2004, que aprova diretrizes para o uso de AH. Entretanto, para que possa se converter em um instrumento efetivo de racionalização terapêutica, sua implantação deve vir acompanhada por estratégias ativas de disseminação e por estudos de avaliação de efetividade e eficiência.
2006-07-05 03:41:50
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answer #1
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answered by vagnervieitas 4
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A albumina é extraída da clara de ovo,( ajuda no emagrecimento, mas não emagrece) pois ajuda ganhar massa muscular. É importante porque é rica em aminoácidos e proteínas.
2006-07-06 07:08:59
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answer #3
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answered by Anonymous
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É a proteína mais abundante em ovos. Presente também, no músculo e no sangue. Comercialmente extraída da clara do ovo, a albumina é uma proteína de alto valor biológico (que fornece todos os aminoácidos essenciais) sendo muito importante para atletas que desejam realizar um dieta hiperprotéica. Ela é facilmente digerida e absorvida, o que facilita a recuperação do organismo.
Não há uma dose geral. Cada caso deve ser estudado, mas a recomendação é de aproximadamente 1,5g /Kg para o total de proteína da dieta somando-se suplementos e alimentos.
Os problemas à saúde são os mesmos que ocorrem após o uso prolongado de dietas hiperprotéicas: possíveis problemas renais e hepáticos.
Por conter grande quantidade de aminoácidos essenciais, ela é mais importante para recuperar desnutridos do que aumentar a massa muscular de atletas que já se alimentavam de forma correta.
2006-07-05 15:35:59
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answer #5
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answered by Pym 2
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