Vedoin é preso com fita com Alckmin e Serra na Planam
Sex, 15 Set - 18h48
Agência Estado
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O empresário Luiz Antônio Vedoin, acusado de chefiar a quadrilha da máfia dos sanguessugas, e seu primo, Paulo Roberto Trevisan, foram presos hoje à tarde pela Polícia Federal (PF), em Cuiabá. Eles iam embarcar para São Paulo às 23h30 com um vídeo que mostra políticos, entre eles os candidatos tucanos Geraldo Alckmin e José Serra, na sede da Planam, além de uma agenda e várias fotos. Luiz Vedoin é acusado de crime de ocultação e venda de provas. A prisão foi decretada pelo juiz substituto da 2ª vara federal em Mato Grosso, César Augusto Bearsi.
Em outra operação, a PF prendeu hoje num hotel em São Paulo, por volta das 6 horas, o advogado Pereira Passos e o engenheiro civil Valdebran Carlos Padilha da Silva. Com os dois, os policiais apreenderam R$ 1,9 milhão.
A polícia acredita que as provas seriam compradas. "Nós recebemos a informação de que Luiz Antônio estaria negociando provas com a máfia dos sanguessugas. Não sabemos se seriam partidos ou não", disse o delegado substituto da superintendência da PF em Mato Grosso, Geraldo Pereira.
O delegado informou que chegou ao grupo em São Paulo e ao embarque de Luiz Vedoin de Cuiabá para a capital paulista com base em informações. O material apreendido - imagens de vídeo e fotos - mostram os candidatos à Presidência e ao governo de São Paulo, Geraldo Alckmin e José Serra, respectivamente, o senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT), o ex-governador Dante de Oliveira, os deputados federais Lino Rossi (PP-MT), Pedro Henry (PP-MT), e Thelma de Oliveira (PSDB-MT).
As imagens teriam sido feitas em 2001 na empresa Planam, acusada de vender as ambulâncias superfaturadas, após aprovação de emendas dos deputados. De acordo com o delegado, nos 23 minutos do DVD, as autoridades fazem discursos num ato de entrega de 40 ambulâncias para municípios de Mato Grosso. Todo o material teria sido produzido dentro própria empresa.
A documentação apreendida em Cuiabá será enviada para São Paulo. Com engenheiro Valdebran Padilha a PF apreendeu 109,8 mil dólares e R$ 758 mil. O advogado Gedimar Passos foi preso com 139 mil dólares e R$ 410 mil. "Já sabemos que eles não souberam comprovar a origem lícita desse dinheiro", disse o delegado Geraldo Pereira.
A PF não descarta a hipótese de que o material seria utilizado durante a campanha eleitoral. No mandado de prisão, o juiz César Bearsi sustentou que a prisão é para garantir a ordem pública e "impedir o réu de continuar chantageando pessoas envolvidas vendendo provas". No depoimento prestado na PF, Paulo Roberto disse que foi a primeira vez que seu primo de Luiz Vedoin, pediu para ele embarcar para São Paulo com a documentação. Disse ainda que é funcionário há três anos da Planam. Ele foi liberado após o depoimento.
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2006-09-15
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