ECAD X FESTA JUNINA. Até qdo paga-se direitos autorais ? E para quem ?

Question

ECAD impede que escola de periferia, do interior, apresente quadrilha, em festa junina, para a arrecadação de fundos, para melhorias na escola!
Motivo: a escola não teria os 1.200,00 reais necessários para a apresentação das músicas.
Alguém pode fazer algum comentário?
Obrigada.
Bjs...

JÜRGEN: eu sei a música até "de cor", de tanto que tocava (Elis e Jair..)... Tens razão.
Bjs...

MÚSICA DE DOMÍNIO PÚBLICO NÃO PAGA O ECAD??????

Answer 1

A música é considerada de domínio público quando já se passaram 70 anos de morte do compositor.

Vc poderia optar pelas canções folclóricas que não determina o autor. Talvez fosse uma opção.

Uma amiga minha fez um programa com canções medievais e queriam que ela pagasse o ECAD. Eles não entendem nada. Só querem receber....

Answer 2

O ECAD não existe para defender os interesses dos músicos, existe para defender os interesses dele mesmo. Esses direitos que arrecada nunca vão para os músicos.
Lembro do Edu Lobo dizendo: Quando 'Upa Neguinho na Estrada' estourou nas rádios e a música tocava o dia todo, ele não recebeu direitos nenhuns. O ECAD alegou que a música dele nunca tocara nas rádios ...

Answer 3

Sabe Kaka, para mim falta uma verdadeira ‘faxina’ no Ecad, estabelecendo esses parâmetros de cobrança. Eu até concordo com a cobrança nos casos em que haja um "nítido fim lucrativo", como os Mega Eventos ou "grandes espetáculos públicos" quando a música é utilizada especificamente como um “atrativo para o consumidor”. Agora, Festa Junia das escolas não se encaixa dentro desses parâmetros visto que a "Festa Junina" em si, faz parte do currículum escolar como estudo da arte e do folclore brasileiro. Agora, quer saber de mais uma situação ridícula. Isto também ocorreu em plena uma festa da Paróquia que eu frequentava, sendo invadida por um fiscal do ECAD, solicitando do nosso pároco ou o pagamento dos tais direitos autorais ou que se parasse de tocar as músicas que animavam aquela festa, que estava acontecendo com o único intúito de Koinonia. Por mais que o Padre e os coordenadores tentaram mostrar os fins exclusivos de comunhão daquele evento, o cético e ignorante fiscal manteve-se irrevoável diante de uma meia dúzia de barraquinhas montadas pela própria comunidade para servir ao evento. Conclusão...O Padre mandou parar a música. Muito mais da metade do povo foi embora mesmo porque a maioria era de jovens, adolescentes e crianças. Nunca mais, nem mesmo festas juninas aconteceram naquela Paróquia. Esse é o ECAD.

As escolas deveriam se calçar na legitimidade da obrigatoriedade dessas festas em seus currículuns escolares.

Abração e um Bom Domingo!