Jogos Olímpicos de Verão de 1936
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Jogos da XI Olimpíada
Berlim 1936
Nações Participantes 49
Atletas 3963
Eventos 129 em 19 esportes
Cerimônia de Abertura 1 de agosto
Cerimônia de Encerramento 16 de agosto
Abertura oficial Adolf Hitler
Juramento do Atleta Rudolph Ismayr
Entrada da Tocha Olímpica Fritz Schilgen
Local Estádio Olímpico
Os Jogos Olímpicos de 1936 foram realizados em Berlim, na Alemanha, entre 1 e 16 de agosto, com a participação de 4066 atletas, sendo 328 mulheres, representando 49 países, em 22 modalidades esportivas, tornando-se até então os mais grandiosos, bem realizados, ricos e politicamente explorados Jogos Olímpicos até então.
Abertos com grande pompa no espetacular e moderno Estádio Olímpico de Berlim pelo ditador nazista Adolf Hitler, o Fuehrer do III Reich alemão, os Jogos se propunham, subliminarmente, a demonstrar na prática as teorias de superioridade racial ariana apregoada pelo líder nazista e seus seguidores, que não pouparam tempo, treinamento e recursos para produzir a melhor equipe olímpica nacional já montada para disputar o evento. Infelizmente para o Führer, um pequeno grupo de atletas, os negros norte-americanos, iria demonstrar na prática a falácia das teorias hitleristas, conquistando a maioria das medalhas do atletismo, a modalidade mais importante dos Jogos, liderados por Jesse Owens, um neto de ex-escravos, que ganhou quatro medalhas de ouro nos 100m, 200m, revezamento 4x100 e salto em distância, em pleno estádio de Berlim lotado de arianos loiros e estupefatos, no mais emblemático episódio da história dos Jogos Olímpicos.
Política e desporto
Os Jogos forneceram um palco para a estética nazi e foi utilizado como veículo de propaganda pelo regime hitleriano, como nunca antes acontecera.
Fatos, destaques e curiosidades
Em Berlim foi introduzido o revezamento que transportou a Chama Olímpica de Olímpia na Grécia até o estádio olímpíco de Berlim, na sede dos Jogos, por mais de três mil atletas através da Europa.
Entrada do Estádio Olímpico de Berlim, 1936
foto: Josef Jindřich ŠechtlAlém da melhor tecnologia e conforto existentes na época, providenciados pelo governo nazista de maneira a demonstrar a superioridade da eficiência germânica, um fato que marcaria as comunicações do século XX aconteceu pela primeira vez em Berlim: espalhadas por cinemas e teatros da cidade e com imagens projetadas por circuito interno em enormes panos brancos retangulares pendurados, espectadores privilegiados assistiram à transmissão da abertura e de algumas provas dos Jogos através da recém inventada televisão.
Reza a lenda que, inconformado com o sucesso de Jesse Owens diante de seus olhos, Hitler retirou-se furioso do estádio após a vitória de Owens no salto em distância, quando ele quebrou o recorde mundial derrotando o campeão alemão, Lutz Long. O fato verdadeiro é que Hitler não se encontrava no estádio neste dia, e não pôde assistir pessoalmente a mais uma derrota de suas teorias. Entretanto, como diz o ditado, quando a lenda é muito melhor que o fato, imprima-se a lenda.
Jesse Owens nos Jogos de Berlim 1936Em mais uma faceta da falência das idéias do nazismo, Long, alemão, branco, loiro e de olhos azuis e Owens, negro norte-americano e descendente de escravos, tornaram-se bons amigos e conversavam durante todas as provas nas barbas das autoridades nazistas; Long chegou a orientar e encorajar Owens, quando este quase falhou na tentativa de se classificar nas eliminatórias do salto em distância. O alemão morreu en combate lutando com as tropas da Wehrmacht na Sicília, em 1943, e por seu espírito esportivo foi condecorado postumamente pelo COI com a medalha Pierre de Coubertin.
Os jornais nazistas da Alemanha, controlados por Joseph Goebbels, ministro da propaganda de Hitler, omitiram completamente todas as notícias referentes às vitórias dos negros americanos no Atletismo.
Berlim assistiu à última apresentação pública de um dos maiores heróis olímpicos , o grego Spiridon Louis, campeão da maratona nos I Jogos, em Atenas, quarenta anos antes. Já velho e alquebrado, Louis entregou em cerimônia a Adolf Hitler um ramo de oliveiras colhidas nas montanhas sagradas de Olímpia, ingenuamente, em nome da paz entre os povos.
Apesar de ao fim dos Jogos liderarem o quadro de medalhas com 33 de ouro, pouco acima dos Estados Unidos e bem abaixo de suas expectativas, os alemães ainda tiveram que engolir algumas derrotas nos esportes coletivos para os quais haviam se preparado por anos para vencer. A Índia tornou-se tricampeã do Hóquei sobre a Grama, a Itália ganhou o torneio de futebol e a Hungria sagrou-se bicampeã no pólo aquático. Todavia, o maior constrangimento e humilhação sofridos pelo governo hitlerista aconteceu quando a imprensa internacional escolheu como musa dos Jogos a linda judia holandesa Hendrika Mastenbroek, dezessete anos, campeã olímpica da natação nos 100m, 400m e revezamento 4x100. Anos depois, Rea, o apelido pelo qual era conhecida, integraria a resistência subterrânea neerlandesa contra a ocupação nazista de seu país.
O governo nazista não poupou recursos para produzir o mais impressionante documentário já realizado sobre as Olimpíadas, Os Deuses dos Estádios (Olympia) , dirigido pela cineasta Leni Riefenstahl, famosa no cinema alemão daqueles idos e protegida do ditador, e feito mais para valorizar as idéias nazistas do que a competição esportiva em si, que mostra num preto e branco contrastado, ao gosto de Hitler, a eficiência e o rigor estético da suntuosidade fria e apavorante do que poderia ser a sociedade de hoje caso o nazismo tivesse vencido.
O Basquete, a canoagem e o handebol fizeram sua primeira aparição nos Jogos Olímpicos e o Pólo se despediu deles.
Na Maratona, venceu o coreano Sohn Kee-chung correndo com as cores japonesas e sob o nome de Kitei Son, por estar seu país ocupado pelo Japão, um dos aliados da Alemanha nazista, desde 1910. Ídolo em sua Coréia natal e fervoroso nacionalista, Sohn, obrigado a competir pelos dominadores, passou o tempo todo dos Jogos explicando pacientemente aos jornalistas que seu país era uma nação independente ocupada pelo Japão, sem medo de represálias, pois os japoneses estavam mais interessados na sua vitória do que na diplomacia. Constrangido, Sohn recebeu sua medalha de ouro no pódio olímpico ouvindo o hino nacional japonês sob o hasteamento da bandeira do sol nascente, olhando para o chão. Nos anos 80, o COI reconheceu oficialmente sua nacionalidade e cassou a medalha referendada ao Japão. Em 1988, aos 75 anos, cabelos brancos e avô, Sohn Kee-chung, o Kitei Son de Berlim em 1936, um dos maiores heróis esportivos da história, entrava no estádio olímpico de Seul carregando a tocha olímpica, debaixo do choro do locutor oficial e da ovação emocionada de seu verdadeiro povo, anfitrião daqueles Jogos.
Modalidades disputadas
Atletismo (detalhes)
Basquetebol (detalhes)
Boxe (detalhes)
Canoagem (detalhes)
Ciclismo (detalhes)
Esgrima (detalhes)
Futebol (detalhes)
Ginástica (detalhes)
Halterofilismo (detalhes)
Handebol (detalhes)
Hipismo (detalhes)
Hóquei sobre a grama (detalhes)
Natação (detalhes)
Pentatlo moderno (detalhes)
Pólo (detalhes)
Pólo aquático (detalhes)
Remo (detalhes)
Saltos ornamentais (detalhes)
Tiro (detalhes)
Vela (detalhes)
Wrestling (detalhes)
Países participantes
ParticipantesUm total de 49 nações participou nas Olímpiadas de Berlim, mais do que as 37 de 1932. Seis nações estrearam-se nestes Jogos: Afeganistão, Bermuda, Bolívia, Costa Rica, Liechtenstein e Peru.
Afeganistão
África do Sul
Alemanha
Argentina
Austrália
Áustria
Bélgica
Bermuda
Bolívia
Brasil
Bulgária
Canadá
Checoslováquia
Chile
Colômbia
Costa Rica
Dinamarca
Egipto (Egito)
Estados Unidos
Estónia
Filipinas
Finlândia
França
Grã-Bretanha
Grécia
Hungria
Índia
Islândia
Itália
Japão
Jugoslávia (Iugoslávia)
Letónia
Liechtenstein
Luxemburgo
Malta
México
Mónaco
Noruega
Nova Zelândia
Países Baixos
Peru
Polónia
Portugal
República da China
Roménia
Suécia
Suíça
Turquia
Uruguai
Quadro de Medalhas / Berlim 1936
Posição País Ouro Prata Bronze Total
1 Alemanha 33 26 30 89
2 Estados Unidos 24 20 12 56
3 Hungria 10 1 5 16 41
4 Itália 8 9 5 22
5 Finlândia 7 6 6 19
Ver também
Olympia - Filme da realizadora Leni Riefenstahl, que documenta os Jogos Olímpicos de 1936, utilizando técnicas de realização inéditas para a época e que se tornariam o padrão na filmagem de eventos desportivos.
É copiar e colar... mas espero te matado sua curiosidade
2007-11-02 20:49:37
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answer #2
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answered by viviane martins 3
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foi a alemanha, p/ alegria do pintor de paredes q colocou o pincel como bigode. ganharam tto no nº de medalas de ouro (33, contra 24 dos usa e 10 da hungria), qto no total de medalhas (89, contra 56 dos usa e 22 do parceido de eixo, a itália).
mas ñ pense q os chucrutes se deram bem. eles foram derrotados nas provas de velocidade do atletismo.
os alemães perderam medalhas consideradas fáceis de ganhar, como no hóquei e no futebol. E Hitler ainda teve de assistir e engolir o domínio dos negros norte-americanos, que ganharam sete medalhas de ouro, três de prata e três de bronze.
O único esporte que teve um domínio completo dos alemães foi a ginástica. O maior destaque dos anfitriões foi Konrad Frey, ganhador de seis medalhas.
apesar da liderança nos quadros de medalha, os próprios alemães consideraram o resultado catastrófico, pq perderam nos chamados esportes principais, tto individualmente, qto em equipe.
espero ter ajudado
abçs
2007-11-03 19:39:56
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answer #3
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answered by Alexandre l 3
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