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Legalização do aborto reduzirá a violência, diz Cabral

Do portal G1:



"O governador Sérgio Cabral Filho (PMDB), 44 anos, propõe a legalização do aborto como forma de conter a violência no Rio de Janeiro.



Em entrevista ao G1 na última segunda (22), ele se valeu das teses dos autores de "Freakonomics", livro dos norte-americanos Steven Levitt e Stephen J. Dubner, que estabelece relação entre a legalização do aborto e a redução da violência nos EUA.



"Tem tudo a ver com violência. Você pega o número de filhos por mãe na Lagoa Rodrigo de Freitas, Tijuca, Méier e Copacabana, é padrão sueco. Agora, pega na Rocinha. É padrão Zâmbia, Gabão. Isso é uma fábrica de produzir marginal", declarou.



Gostaria de saber a opinião de vocês.
Mas por favor...quero opniões sériase concreas, sem apelo religioso.

2007-10-24 14:32:19 · 2 respostas · perguntado por Miguel G 5 em Ciências Sociais Sociologia

2 respostas

Acho que ele tem razão. Pesquisas indicam que crianças que são criadas em orfanatos, ou são criadas por mães solteiras, principalmente se as tiveram muito jovens, ou por pais que as negligenciam, porque não as desejavam quando nasceram, são mais propensas a cair na criminalidade. Existe um livro, muito vendido no Brasil há pouco tempo, e que recomendo, Freakonomics, que mostram estatísticas interessantes feitas nos EUA que revelam uma correlação interessante entre queda da criminalidade no meio dos anos anos noventa com a liberação do aborto na década de 70. O livro é muito convincente, e causou grande polêmica. Acho que o autor foi muito convincente com seus dados. Esta é uma das razões que me fazem ser a favor do aborto. Nenhuma mulher deveria ser obrigada a ter um filho que não quer. Ela deveria ter a liberdade de deixar o momento de ser mãe para uma ocasião mais oportuna, se assim o desejasse. este assunto precisa ser mais debatido na sociedade, de modo racional, sem os apelos à emoção e sem a histeria dos religiosos.

2007-10-24 14:45:41 · answer #1 · answered by Falco 7 · 0 0

Seria melhor comparar o aborto com a pena de morte, seria mais justificável... já que é para combater os possíveis "focos" de criminalidade, comecemos com os encarcerados então ...

No séc. XIII, na Inglaterra, todo aborto era punido com a morte. Mesmo rigor no tempo de Carlos V (1553). Na Suíça a mulher que abortava era enterrada viva. No Brabante (1230), a mulher que abortava era queimada viva. Na França a pena de morte reunia todos os cúmplices de um aborto. O rei Henrique II da França decretou a pena de morte para a mulher que abortasse. A mesma pena foi renovada por Henrique III (1580), Luís XIV (1701) e Luís XV (1731). O Código penal francês, 1791, determina que todos os cúmplices de aborto fossem flagelados e condenados a 20 anos de prisão. O Código penal francês de 1810 prevê a pena de morte para o aborto e o infanticídio. Depois, a pena de morte foi substituída pela prisão perpétua, além disso os médicos, farmacêuticos e cirurgiões eram condenados a trabalhos forçados.

Já que ter um filho está sendo um estorvo na vida das pessoas, façamos uma politica de "castração" a nivel nacional então... assim fica fácil de controlar a natalidade sem influenciar na mortalidade infantil.

Está o artigo 5º, caput, da Constituição federal, assim redigido: "Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes...

O próprio "direito à Vida" é que está assegurado, de tal maneira que os chamados abortos legais deixaram de ser legais por serem "inconstitucionais", visto que implicam "pena de morte" para um ser humano, e o direito à vida de todos os seres humanos está garantido pela Constituição.

O aborto é homicídio. É assassinato.

O líder do PSOL na Câmara, Chico Alencar (RJ) criticou a teoria defendida por Cabral. Alencar classificou como nazi-fascista e racista o fato de o governador ter afirmado que, enquanto a Zona Sul do Rio tem um padrão de natalidade sueco, a Rocinha, com um padrão "Zâmbia, Gabão", "é uma fábrica de produzir marginal".

- Opor "padrão Suécia" contra "padrão Zâmbia" é eurocentrismo neocolonialista. Defender aborto como meio de controle da natalidade dos pobres, por serem estes potenciais criminosos, é justificar políticas de extermínio, inclusive na segurança pública - afirmou Alencar.

Aqueles que defendem o assassinato institucionalizado no Brasil contemporâneo não querem comprometer-se, mas é preciso demonstrar, por mais chocante que isto possa parecer que cada vez que alguém comete o simples ato de erguer a mão para votar a favor da implantação desta excrescência em nossa legislação está sendo cúmplice em potencial de um assassinato a ser cometido pelo Estado.

Em relação ao livro de Levitt, 4 fatores contribui para a diminuição da criminalidade:

1. Aumento do efetivo policial
2. Aumento da população carcerária
3. Término da onde epidêmica do crack
4. Legalização do aborto

O ponto 4 é o menos citado no estudo mas o mais comentado. A liberação do aborto como causa da redução
da criminalidade. Estranhamente sobre este ponto não há
nenhum gráfico mostrando por exemplo o número de
abortos ilegais pré e pós 1973. Nada disso. Apenas isso é citado:

“A teoria se baseia em duas premissas:
1) crianças não desejadas são mais propensas ao crime e 2) o aborto legalizado leva a uma redução no número de filhos não desejados”

Trata simplesmente não de redução
no crime, mas de não contabilização deles,
afinal o aborto não é um crime contra uma criança
(ainda não nascida)?

"A maioria dos criminologistas acredita que a dramática redução do crime nos Estados Unidos se deve à combinação de alguns fatores: o grande aumento no encarceramento de criminosos, a ação mais rigorosa da polícia e as vitórias na luta contra o problema do crack e da cocaína", diz o sociólogo Jens Ludwig, da Escola de Políticas Públicas da Universidade Georgetown.

2007-10-25 08:29:41 · answer #2 · answered by Anonymous · 0 0

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