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Digo 60/70, porque o início da década de 80 era mais uma transição. Mas quero saber se vcv já procurou se informar como era a segurança, saúde, educação, transportes, etc. Não precisa responder sobre o que não tem conhecimento, esta pergunta é mais para aguçar a sua curiosidade,de vc que não tem opinião própria formada; Veja bem eu disse própria e para que vc a tenha procure informações sobre os assuntos por mim abordados acima. Não se deixe levar por "estórias veja a história" verdadeira de como era a vida de um trabalhador brasileiro naquela época.

2007-08-01 07:52:41 · 12 respostas · perguntado por ๑۩۞۩SYRHAAR۩۞۩๑ 7 em Governo e Política Militares

12 respostas

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Para quem gosta de se aprofundar existem bons livros (quase proibidos), mas que narram muitos fatos.
Uma boa fonte de pesquisa para esse pessoal que é preguiçoso é a WIKIPEDIA.(Mesmo porque poucos livros sobre o assunto são editados, numa tentativa de apagar tudo o que foi realisado).
Leiam a vida de cada um dos presidentes (Castelo Branco, Costa e Silva, Ernesto Geisel, Emílio G. Médice e o J. B. Figueiredo).
Descubram como eram patriotas e que nenhum deles morreu rico.
Nunca se envolveram em roubalheiras e sempre trabalharam pela nação como um todo.
Leiam sobre a administração do governo militar, de como eles tiraram o Brasil do atraso em 1963 e das mãos de povos estrangeiros e políticos desqualificados que queriam implantar a anarquia no Brasil.
O porque do AI-5
Não queiram ler em 10 minutos, pois é muita informação para quem nada conhece.
A Wikipedia trás o gigantismo de Itaipu (que produz 25% da energia que consumimos atualmente no país), o que é uma Sobradinho, O que vem a ser Tucurui, entre outras centenas de grandes obras que tiraram o Brasil do quinto mundo e o colocaram como a 8ª economia mundial.
Observem que de 8ª economia conquistada com os militares, hoje estamos próximo da 50ª colocação.
O que foi o pioneirismo do Projeto Rondon.
As grandes obras contra a maldita seca do Nordeste.
Saibam o que era um Brasil em 1963 que nem eletrificação tinha.
As estradas, os aeroportos e a interiorização que os militares construíram.
Milhares de pontes de madeira que foram substituídas por concreto.
A cultura que chegou com as escolas e as melhorias por milhares de povoados que foram sendo integrados ao Brasil.
A Saúde que entrou pela região Norte do Brasil, que na época era desprovida de tudo.
A segurança do país que estava por perder parte de seu território para diversos interesses estrangeiros.
A Petrobrás, a Embraer, a Embrapa, a Nuclebrás e tantos outros avanços nas pesquisas e na grandeza do Brasil.
Quanto à perseguição política, essas parcialmente vocês já sabem, mas procurem saber também por que esse pessoal era perseguido. Saibam também dos militares que morreram em confronto.
Pelo menos terão uma noção dos dois lados.
Uma semana de leituras intensa e vocês terão uma idéia mais verdadeira do que os militares fizeram pelo país em que vocês vivem.
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A POSTERIOR
Observem que quem postou a primeira resposta não cita um único livro a favor ou narrando os feitos do governo militar.
Veja que ele abre como se um comunista fosse um lindo bailarino com rosas na boca.
Essa realmente não é a verdade.
Entre outras perseba que alguns comentários que ele faz mostra justamente os interesses internacionais que o Brasil despertava em Cuba e outros paises de regime comunista da época.
Todos loucos para dominar o Brasil
Os militares defenderam o Brasil desses ratos.
Foi graças ao governo militar que hoje não somos uma Cuba da vida.
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Giovanni
Você não passa de um anarquista!
Até na sua despedida você bate o cartão.
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2007-08-01 08:56:17 · answer #1 · answered by Anonymous · 0 2

Tempos dourados? Maravilhosos? Essa alienação do povo se deve aos anos amordaçados, sufocados, censurados. Nosso povo esqueceu de pensar, criticar, comparar, buscar. Não aprendeu a votar. Não aprendeu a se informar. Os militares nem podiam mesmo sair do governo mais ricos, pois isso se devia a que eles no governo apenas realizavam mais uma função militar. Nem jamais foram governantes. Não tinham jeito pra isso. Meteram os pés pelas mãos e nos deixaram a herança de uma dívida enormemente aumentada. Isso foi o milagre econômico. Só o que se pode agradecer é que aqui eles não chegaram ao nível de terror, repressão e crueldade assassina da ditadura argentina. Leia "Nunca Mais" de Ernesto Sabatto. Você vai vomitar e nunca mais mesmo vai querer saber de ditadura.

2007-08-01 23:20:05 · answer #2 · answered by Keila 6 · 2 0

O QUE EU SEI SOBRE ESTE ASSUNTO É O SUFICIENTE PARA NÃO QUERER SABER MAIS DISSO NO NOSSO PAÍS. O QUE ACONTECEU NO PERÍODO DE 1964 A 1980 FOI TENEBROSO. MUITA GENTE, ATÉ HOJE, NÃO CONSEGUIU ENCONTRAR O CORPO DO FILHO, DO MARIDO, DO IRMÃO, DO PAI E ETC.

2007-08-02 17:44:23 · answer #3 · answered by amauribarretos 1 · 1 0

Antes de 64 a inflação chegou a 60% ao ano o que era considerada absurdo. Houve uma série de greves e movimentos pra aumento de salário e também porque tinham medo do comunismo porque Jango era amigo de Fidel. Num discurso dois dias antes da revolução Brizola que era cunhado do Jango disse no Rio que o comunismo ia ser implantado. Antes da revolução você gastava muito dinheiro mas o dinheiro entrava. Com a revolução o que era para ser um govermo militar breve se manteve. Foi uma época de muito civismo, tinha a educação, saúde e segurança mantidos em níveis bem razoáveis. O que teve má repercução foi o fechamento da UNE e o Congresso fazia o que os militares mandavam. Gente tida e havida como representantes da democracia estiveram no governo (O povo esquece). Mas, o governo militar respondeu com muita violênciia aos movimentos dos comunistas. As pessoas sofreram muito. Mas, o que nunca é dito é que os pracinhas da época também sofreram pois embrenhavam-se no mato a caça dos revoltosos. Meu primo morreu junto com vários colegas no Mato grosso porque foram pegos em uma emboscada.

2007-08-01 15:14:50 · answer #4 · answered by Anonymous · 1 0

Eu não sou da época, peguei só o respinguelo dele quando criança. Ouvia meus professores valando horrores da violência e arbitrariedade que houve, mas, lembro que, ainda bem adolescente, deu na TV que o cantor Djavan tinha sido preso por vadiagem.

Magina o governo ter poder para prender alguém por vadiagem!!! Hoje não se prende nem por bandidagem!!!

Isso me soa como ordem, como algo positivo do governo militar (eu detesto bagunça, desordem, indisciplina, desrespeito, afronta às autoridades, irreverência criminosa como a que assola o país através mídia).

Então sou suspeita para falar sobre o regime militar, pois só tenho na memória o lado positivo.

Mas, como sempre dou crédito a meus professores, deve tb ter sido barra pesada mesmo, deve tb ter havido muita injustiça.

Hoje estou confusa, não tenho certeza se a DEMOCRACIA é mesmo melhor. Não me sinto bem na desordem, no desrespeito.

Sinto pelo governo Lula, tão decidido a melhorar o país, e tem mesmo feito isso em muitas aéreas, mas a liberdade que ele permite à mídia e ao país é que está gerando caos.

A sa.ca.na.gem (ou única alternativa) de compra de deputados era uma prática tranqüilia de FHC e de governos anteriores a ele, que, como convinha à mídia, ela (mídia) nunca atacou.

A Rede Globo é uma beneficiada do Regime Militar, que recebeu concessão de transmissão para favorecer o dito governo militar. FDP essa rede, cujas almas dos donos, diretores e da maioria dos jornalistas e funcionários já estão vendidas ao diabo há anos.

...

2007-08-01 15:10:30 · answer #5 · answered by Anita 5 · 1 0

O que eu sei é que foi melhor do que esta bagunça que está aí. Muita coisas que falam do período é exagero desta mídia que puxa o saco de quem está no poder, como a chapa-branca Rede Globo.

2007-08-01 15:08:52 · answer #6 · answered by Anonymous · 1 0

Até Hitler escreveu livros, leia quem desejar, siga seus exemplos quem quiser.
A ditadura foi tão forte que trucidou todos os que falavam mau do governo, trucidou de tal forma que hoje todos estão no poder e de bolsos cheios de indenizações distribuídas por seus companheiros e pagas pelo povo.
Houve erros e acertos, de ambos os lados, o que eu acho que não daria para suportar era o regime comunista, o mesmo que levou a URSS a falência e que faz com que vários atletas abandonem um país da forma que vemos hoje em Cuba.
Amigo, pode ter certeza, os guerrilheiros "também" torturavam, eles diziam que era por uma boa causa, os bandidos sequestravam, matavam, estupravam, há tantas histórias não divulgadas do Araguaia.
Muitos "inocentes" morreram, da mesma forma como morrem inocentes hoje nos morros do Rio de Janeiro. Coitadinhos que só estão ali soltando bombinhas de São João quando os policiais chegam ou carregando pequenas mochilas com grandes cargas. Inocentes úteis. Desejo deixar bem claro que há casos em que inocentes sofrem realmente por culpa de situações que poderiam não existir se uma corja de bandidos não as provocassem, um estimável drama.

2007-08-02 10:24:42 · answer #7 · answered by vagner v 4 · 0 0

Antes de responder observei todas as resposta sobre a sua pergunta e muitos ainda acreditam nos livros onde até o Carlos Lacerda foi estampado.
Muitas vezes o q tem nos livros são fantasias de algum anarquista ou terrorista. Eu sei o q é sofrimento tanto para os civis quantos aos militares, pois senti na pele.

2007-08-01 18:42:50 · answer #8 · answered by Anonymous · 0 0

Era época de ditadura e repressão. Os direitos humanos eram aviltados., principalmente depois do famigerado AI5 em 1968, uma desgraça para esta nação.

Com relação à parte econômica, havia uma situação internacional mais favorável, e o governo, principalmente o do Médici, sob a orientação de Delfim Neto, aproveitara-se da situação. Em alguns aspectos houve melhorias temporárias, principalmente na época do chamado milagre brasileiro, hoje de lamentável memória mas que, na época, a muitos empologou. Houve progresso, não há como negar, como houve em outros regimes como ode Pinochet. Mas não se construiu uma sólida base para o futuro.

Com o passar dos anos e a mudança nas relações internacionais, viu-se que o gigante que o governo dizia ter contruído, imagem muito divulgada com base na censura (aquele chavão Brasil, ame-o ou deixe-o) tinha calcanhar de Aquiles. Aí veoi a conta, os cheques emitidos contra as futuras geração começaram a ser cobrados e não tinham fundos. Veio a verdade, infelizmente muito diferente do que o que se divulgava falsamente nos anos 70 à luz do AI5.

O assunto é extenso. Vivi a ditadura em toda minha adolescência e parte e início da idade adulta. Estou certo que grande parte dos problemas econômicos e sociais que enfrentamos depois foram fruto da ditadura, da falta de verdadeiros líderes, do imediatismo irresponsável que caracterizou aquela época.

O trabalhador dos anos 60 e início dos anos 70 talvez tivesse um padrão de vida um pouco melhor do que muitos hoje, mas não por conta de uma ditadura ou de competência dos governantes, mas por que era uma época de crescimento mundial global, era fácil conseguir US$ para financiar o déficit público. Depois veio a conta para os adultos dos anos 80, a década perdida. Figueiredo já herdou esta conta.

De modo geral, foi uma época negativa, de crescimento econômico imediatista. Faltaram bases sólidas. Isso permitiu a corrupção desenfreada que se viu depois, e que já exista, só que censurada, de 64 a 79. Pemitiu lamentáveis "fenômenos" como ode Collor.

Apesar de tudo, apesar das mazelas deste governo que não apoio, embora reconheça méritos, acho muito melhor a situação de hoje do que a da época do regime militar. Não há como progredir em ditaduras. A história mostra os exemplos, deste Roma antiga, como Nero, passando por Hitler, Mussolini, Franco, Fidel Castro, pelos ditadores sul americanos. Não importa se de direita ou esquerda, ditadura sempre leva ao fracasso.

Este é o pensamento de alguém que viveu aquela época, como adolescente, vendo a preocupação de meus já falecidos pais com nosso futuro, e como adulto, tendo que pagar a conta dos falsos milagres.

Não creio que se deva atribuir a culpa do que aconteceu apenas aos militares da época. Muitos civis se aproveitaram da situação, se fizeram na sombra dos desmandos. Muitos políticos se fartaram, mestres que foram na arte da bajulação.

Foi uma época para lembramos sempre como algo a não ser jamais repetido.

2007-08-01 15:28:49 · answer #9 · answered by Steiner 7 · 1 1

21 CONTOS INÉDITOS, de Carlos Lacerda. Brasília, DF, Ed. UnB, 2003. 245p. ISBN 85-70601-56-5
Estas ficções foram escritas em fases distintas, na ditadura Vargas, décadas de 30 e 40 e na ditadura militar dos anos 60. Alguns textos trazem preocupações políticas e sociais do autor.

ADORÁVEL COMUNISTA; HISTÓRIA, POLÍTICA, CHARME E CONFIDÊNCIAS DE FERNANDO SANT’ANNA, de Antonio Risério. Rio de Janeiro, Versal, 2002. 356p. ISBN 85-89309-01-0
Vida do líder comunista Fernando Sant’Anna, um “camarada” que sempre colocou a camaradagem em primeiro lugar. As principais movimentações políticas no Brasil dos últimos 100 anos. Mais que uma biografia, é uma aula de história e da cultura brasileira.

ALÉM DO GOLPE – VERSÕES E CONTROVÉRSIAS SOBRE 1964 E A DITADURA, de Carlos Fico. Rio de Janeiro, Record, 2004. 394p. ISBN 85-01069-03-5
O autor oferece uma espécie de guia para a compreensão do golpe e da ditadura militar de 1964. Reuniu documentos históricos esclarecedores em 75 textos, muitos dos quais desconhecidos. Apresenta a agitada conjuntura pré-1964, com os personagens da cena política como Carlos Lacerda e Juscelino Kubitschek e discursos marcantes de como os de Leonel Brizola na Cinelândia e Central do Brasil e o de João Goulart no Automóvel Club.

O APOIO DE CUBA À LUTA ARMADA NO BRASIL: O TREINAMENTO GUERRILHEIRO, de Denise Rollemberg. Rio de Janeiro, Mauad, 2001. 100p. ISBN 85-74780-32-4
Mestre em História Social pela Universidade Federal Fluminense e professora universitária produz detalhado estudo sobre uma das tramas mais misteriosas da história recente do Brasil, em pesquisa de 2 anos em arquivos do Departamento de Ordem Política e Social (DOPS), ouviu opiniões sobre o massacre do Grupo Primavera, que resultou na morte de 22 dos 26 militantes que o compunham.

AS ARMAS DE AURORA, de Marco Antonio Gay. São Paulo, 7 Letras, 2000. 91p.
Romance urbano ambientado nos "anos de chumbo" (época da ditadura militar) que narra a história de uma mulher politizada e de uma geração desiludida.

AUTÓPSIA DO MEDO: VIDA E MORTE DO DELEGADO SÉRGIO PARANHOS FLEURY, de Percival de Souza. Rio de Janeiro, Globo, 2000. 650p. ilust.
O autor, repórter policial, consumiu 10 anos de pesquisa para traçar um retrato fiel do homem que personificou a imagem da truculência no regime militar ditatorial, com fatos, fotos, documentos e bilhetes da vida profissional e pessoal do delegado de polícia que foi considerado o carrasco da repressão. Também é narrado o mundo da luta armada que entre 1969 e 1973 vitimou cerca de 500 pessoas. Fartamente ilustrado. Um best seller.

BAR DON JUAN, de Antonio Callado. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 2001. 254p. ISBN 85-20911-82-X
Reedição do romance de 1971- escrito 3 anos após a decretação do Ato Institucional # 5 (AI 5) – que narra a vida da juventude classe média carioca durante o período mais violento do regime militar ditatorial.

O BAÚ DO GUERRILHEIRO, de Ottoni Fernandes Junior. Rio de Janeiro, Record, 2004. 304p.
ISBN 85-01068047-0
Jornalista que ficou preso durante anos pela repressão e protagonizou o primeiro tribunal de pena de morte durante a ditadura militar, revela suas memórias de ex-militante político, resgatando as práticas mais obscuras do regime, como a polícia política, a espionagem, a censura e a propaganda.

O BEIJO NÃO VEM DA BOCA, de Ignácio de Loyola Brandão. São Paulo; Global, 2000. 376p.
Reedição do romance do festejado autor paulista, um best seller na época do seu lançamento, sobre um casal em crise durante a ditadura militar no Brasil.

O BRASIL DE 1945 AO GOLPE MILITAR, de José Ênio Casalecchi. São Paulo, Contexto, 2002. 124p. ISBN 85-72442-10-3
Vai do período de Vargas até a ditadura militar – período conhecido como República Liberal – e cobre os governos de Dutra, Vargas, Café Filho, Juscelino, Jânio e Jango. Um tempo de renúncias, deposições e morte de presidentes, mas também da urbanização, industrialização, mudança da capital do país e formação de uma classe média poderosa.

O BRASIL QUE NÓS SOMOS – DO IMPÉRIO AOS GOVERNOS MILITARES, de Armando dos Santos Pereira. Petrópolis, RJ, Vozes, 2002. 304p. (Coleção Identidade Brasileira). ISBN 85-32627-89-7
Reconstrução da identidade brasileira a partir da visão dos melhores escritores que atuaram no final do período imperial até os governos militares, elegendo os mais destacados de cada período e colocando sua visão ideológica dentro do contexto social e histórico do país.

CABEÇA DE PEIXE, de Álvaro Caldas. Rio de Janeiro, Garamond, 2002. 152p. ISBN 85-86435-86-4
Sete histórias que integram a primeira obra de contos de ex-militante político, escritor e jornalista.

CADERNOS AEL, Campinas, n. 14-15, 2001. 296p. ISSN 14136597 Título: Tempo de ditadura.
Cadernos do “Arquivo Edgard Leuenroth”, da Universidade Estadual de Campinas, editado por Marcelo Ridenti, famoso historiador especializado no período ditatorial militar 1964-1979. Em 6 artigos, de diversos autores e extensa bibliografia sobre o tema, preparada pelo editor, traça um panorama dessa fase negra da história brasileira.

CÃES DE GUARDA – JORNALISTAS E CENSORES; DO AI-5 À CONSTITUIÇÃO DE 1988, de Beatriz Kushnir. São Paulo, Boitempo, 2004. 410p. ISBN 85-75590-44-8
Doutora em História Social, a autora aborda um dos aspectos fundamentais do regime militar: sua relação com os órgãos de imprensa, da censura à colaboração, com a existência de jornalistas que foram censores e agiram como policiais nas redações dos jornais.

CALE-SE, de Caio Túlio Costa. São Paulo, Girafa, 2003. 368p. ISBN 85-89876-06-3
Um mergulho na movimentação social e política ocorrida em São Paulo no início dos anos 70, quando a ditadura militar comandava a repressão. Fala sobre a morte do estudante da USP Alexandre Vannucchi Leme e do show proibido, feito na USP, pelo cantor Gilberto Gil, recém-chegado de Londres, para denunciar as prisões de estudantes ocorridas dias antes.

A CASA DOS ESPELHOS, de Sérgio Kokis. Rio de Janeiro, Record, 2000. 304p.
Lançado no Canadá em 1994, conta a vida de um pintor brasileiro exilado em um país gelado e saudoso dos trópicos, nos anos vividos durante sua infância e juventude na terra natal. Indiciado em processo durante a ditadura militar, o autor fugiu para o Canadá e doutorou-se em psicologia clínica, dedicando-se também as artes plásticas e literatura. Recebeu os quatro maiores prêmios literários de Quebec e em 1997 foi homenageado pelo governo que batizou uma ilha, ao norte do país, com o nome de "Le pavillon des mirois".

CASTELLO – A MARCHA PARA A DITADURA, de Lira Neto. São Paulo, Contexto, 2004. 432p. ISBN 85-72442-57-X
O autor, cearense (como o ex-presidente Castello Branco), esteve durante 6 anos vasculhando o passado de seu ilustre conterrâneo e compilou 300 entrevistas para mostrar como esse militar pretendia sair como mártir do movimento de março de 1964.

CENSURA NO REGIME MILITAR E MILITARIZAÇÃO DAS ARTES, de Alexandre Ayub Stephanou. Porto Alegre, Ed. da PUCRS, 2001. (Coleção História, V. 44)
Originalmente Dissertação de Mestrado , apresenta uma análise da censura instalada em 1964, num debate sobre o seu conceito, história objetos de trabalho presentes na arte e na imprensa, abrangendo também cinema, teatro, literatura e música.

CIDADANIA PROIBIDA: O CASO HERZOG ATRAVÉS DA IMPRENSA, de Lílian Maria Farias de Lima Perosa. São Paulo, IMESP/Sind. Dos Jornalistas Profissionais do Est. de São Paulo, 2002. 220p. Não tem ISBN
Pesquisa sobre o comportamento de parte da imprensa de São Paulo na cobertura do assassinato do jornalista Vladimir Herzog nas dependências do DOI-CODI, em outubro de 1975. O caso chocou a opinião pública mundial, pois Vlado (como era conhecido) era professor de jornalismo na Universidade de São Paulo e esse absurdo acontecimento deu origem ao inicio da abertura no regime militar ditatorial.

O CLAMOR – A VITÓRIA DE UMA CONSPIRAÇÃO BRASILEIRA, de Samarone Lima. Rio de Janeiro, Objetiva, 2003. 272p. ISBN 85-73025-59-X
A trajetória de uma conspiração brasileira vitoriosa, surgida numa minúscula sala da Cúria de São Paulo, em 1977, e que em 10 anos de luta estendeu da América do Sul à Europa uma fantástica rede de solidariedade em apoio aos presos políticos.

COMO ELES AGIAM: OS SUBTERRÂNEOS DA DITADURA MILITAR, de Carlos Fico. Rio de Janeiro, Record, 2001. 275p.
Resultado de minuciosa pesquisa do autor, descreve como a comunidade de informações, Divisão de Segurança e Informações (DSI) trabalhava, agia e avaliava a atividade de todo e qualquer pessoa que poderia ser contrária ao regime militar, como estudantes, intelectuais e clero, revelando, neste relato inédito, como o DSI possuía informações sobre qualquer questão que poderia preocupar ou incomodar a ditadura.

CONFISSÕES DE UM CAPITÃO, de Carlito Lima. Rio de Janeiro, Garamond, 2002. 224p. ISBN 85-86435-61-9
O autor era capitão do Exército durante a ditadura militar, tendo sido carcereiro de líderes políticos como Paulo Freire, Miguel Arraes, Francisco Julião, Gregório Bezerra e outros. A convivência com tais personagens, aliada à frustração, levaram-no a abandonar o Exército e dar declarações incisivas à imprensa, na época, que tiveram influência no processo de abertura. Aqui rememora sua vida, a começar pelos seus amigos de juventude, hoje quase todos sobressaindo-se na política e sociedade, em uma prosa pra lá de sedutora.

A CONSTRUÇÃO INTELECTUAL DO BRASIL CONTEMPORÂNEO; DA RESISTÊNCIA À DITADURA MILITAR AO GOVERNO FERNANDO HENRIQUE CARDOSO, de Bernardo Sorj. Rio De Janeiro, Jorge Zahar, 2001. 135p. biblio.
Responde a questões importantes, como a sobrevivência dos cientistas sociais durante a ditadura militar, a transição do regime autoritário para a democracia, a oposição ao governo, etc., enfocando o Centro Brasileiro de Análise e Pesquisa (CEBRAP), que formou uma brilhante geração de cientistas sociais brasileiros, entre eles o atual presidente Fernando Henrique Cardoso.

CONTRA OS INIMIGOS DA ORDEM – A REPRESSÃO POLÍTICA DO REGIME MILITAR BRASILEIRO (1964-1985), de Marco Aurélio Vannucchi Leme de Mattos e Walter Cruz Swensson Jr. São Paulo, DP&A, 2003. 120p. ISBN 85-74902-35-7
O regime militar, iniciado em 1964, sofreu oposição de diversos setores da sociedade civil e para fazer frente às contestações montou estratégias repressivas que foram se adaptando à conjuntura política (como os Atos Institucionais e as Leis de Segurança Nacional), a tortura e o extermínio.

CORAÇÕES VERMELHOS – OS COMUNISTAS BRASILEIROS NO SÉCULO XX, org. de Antonio Carlos Mazzeo e Maria Izabel Lagoa. São Paulo, Cortez, 2003. 312p. ISBN 85-24909-41-2
Livro resultante do Seminário “80 Anos do Movimento Comunista no Brasil”, realizado em maio de 2002 na Universidade Estadual Paulista (UNESP).

O CORONEL ROMPE DO SILÊNCIO, de Luiz Maklouf Carvalho. São Paulo, Objetiva, 2004. 224p. ISBN 85-73026-06-5
Lício Augusto Ribeiro Maciel era major-adjunto do Centro de Informações do Exército, quando atuou na linha de frente do combate à guerrilha do Araguaia. Depois de 30 anos rompe o silêncio e conta sua história ao jornalista Luiz Maklouf, ajudando a reconstruir um dos períodos mais sombrio de nossa história.

CULTURA E PODER NO BRASIL, de Marcos Napolitano. Curitiba, PR, Juruá, 2002.
Análise dos vários sentidos públicos da “questão democrática” que emergiu ao longo da resistência civil contra o regime militar, tendo como foco a região operária da Grande São Paulo, que concentrava todos os contrastes da “modernização conservadora” imposta pela ditadura, no período entre 1977 e 1984, desde as primeiras manifestações populares, protestos de rua, etc.

DA TRIBUNA AO EXÍLIO, de Almino Affonso. São Paulo, Letras & Letras, 2003. 276p. ISBN 85-75270-13-3
Famoso jurista e político de esquerda escreve suas memórias, contando suas façanhas no tribunal e na política, inclusive quando viveu no exílio, por ocasião da ditadura militar.

DIÁLOGOS NA SOMBRA: BISPOS E MILITARES, TORTURAS E JUSTIÇA SOCIAL NA DITADURA, de Kenneth Serbin. São Paulo, Companhia das Letras, 2001. 632p. ISBN 85-35901-86-8
“Brazilianist”, graduado em Yale e professor da University of Califórnia San Diego, viveu 6 anos no Brasil e é casado com uma brasileira. Discute aqui as pouco conhecidas conversas entre religiosos e militares no auge do regime militar ditatorial. Um canal de negociação foi criado entre bispos e generais, a Comissão Bipartite (1970-74), para entendimentos sobre direitos humanos.

DIÁSPORA: OS LONGOS CAMINHOS DO EXÍLIO, de José Maria Rabêlo e Thereza Rabelo. São Paulo, Geração, 2001. 262p. ilust. fotos. ISBN 85-75090-19-4
Focaliza o dia-a-dia dos exilados em ritmo dramático, as dificuldades de adaptação, a realidade diferente, a educação dos filhos de um casal de exilados que passou pela Bolívia, Chile e França durante a ditadura militar no Brasil.

A DITADURA ENVERGONHADA, de Elio Gaspari. São Paulo, Companhia das Letras, 2002. 424p. ilust. (Coleção As Ilusões Armadas, v.1). ISBN 85-35902-77-5
Faz a reconstituição de um período crucial da história brasileira – de março de 64 a dezembro de 1968. Minucioso relato do golpe com todos os detalhes que se referem a luta pelo poder nos primeiros anos do governo militar, a criação do SNI e a elaboração dos Atos Institucionais.

A DITADURA ESCANCARADA, de Elio Gaspari. São Paulo, Companhia das Letras, 2002. 512p. ilust. (Coleção As Ilusões Armadas, v.2). ISBN 85-35902-99-6
Trata do per+iodo que vai de 1969, logo depois do AI-5, ao extermínio da guerrilha do Partido Comunista do Brasil. Foi o mais duro período da mais duradoura das ditaduras brasileiras. Mas foi também o período do crescimento econômico e de pleno emprego. Aqui vão relatados o “Milagre Brasileiro” e “Os Anos de Chumbo”.

A DITADURA MILITAR NO BRASIL – REPRESSÃO E PRETENSÃO DE LEGITIMIDADE (1964-1984), de Maria José de Rezende. Londrina, PR, Ed. UEL, 2001. 387p. ISBN 85-72161-75-9
A autora analisa as estratégias política, econômica, militar e psicossocial do regime militar, que revelam o quanto ditatorial era o seu projeto de sociedade.

DOIS ESTUDOS PARA A MÃO ESQUERDA, por Renato Guimarães. Rio de Janeiro, Revan, 2000. 110p.
Reúne um ensaio sobre a Cabanagem e outro sobre a Guerrilha ou luta de massas, um debate que se desenrolou sobre o tema nos anos 60.

DOM ALBERTO RAMOS MANDOU PRENDER SEUS PADRES – A DENÚNCIA DE FREI BETTO CONTRA O ARCEBISPO DO PARÁ, EM 1964, de Oswaldo Coimbra. Belém, PA, Paka-Tatu, 2003. 282p. ilust. fotos, 2003. ISBN 85-87945-48-3
O arcebispo do Pará desceu da dignidade de seu cargo para se tornar um aliado na repressão militar nos dias seguintes ao Golpe de 1964, delatando os padres da arquidiocese. Apresenta as provas do fato.

DOSSIÊ DEOPS/SP: RADIOGRAFIAS DO AUTORITARISMO REPUBLICANO BRASILEIRO – VOLUME 2 – A CONSTÂNCIA DO OLHAR VIGILANTE; A PREOCUPAÇÃO COM O CRIME POLÍTICO, org. de Maria Aparecida de Aquino e outros. São Paulo, Arquivo do Estado e Imprensa Oficial do Estado, 2002. 224p. ilust. imagens, catálogo e bibliografia 17x24cm capa flexível. ISBN 85-86726-42-7
Divulga o conteúdo dos fichários da polícia política paulista. Consta de 4 artigos: 1) A constância do olhar vigilante; 2) o DEOPS/SP, centro da mentalidade autoritária; 3) Estrangeiros e movimentos sociais; 4) Adhemar de Barros, o líder populista.

DOSSIÊ DEOPS/SP: RADIOGRAFIAS DO AUTORITARISMO REPUBLICANO BRASILEIRO – VOLUME 3 – O DISSECAR DA ESTRUTURA ADMINISTRATIVA DO DEOPS/SP – O ANTICOMUNISMO: DOENÇA DO APARATO REPRESSIVO BRASILEIRO, org. de Maria Aparecida Aquino. São Paulo, Arquivo do Estado/Imprensa Oficial do Estado, 2002. 176p. ISBN 85-86726-43-5
Traz os catálogos sobre a documentação dos militantes comunistas, socialistas e anarquistas. Há ainda um artigo sobre o movimento feminista, baseado nos relatórios dos agentes nele infiltrados, a partir da década de 70.

DOSSIE DEOPS/SP – RADIOGRAFIA DO AUTORITARISMO REPUBLICANO BRASILEIRO – VOLUME 5 - A ALIMENTAÇÃO DO LEVIATÃ NOS PLANOS REGIONAL E NACIONAL: MUDANÇAS NO DEOPS/SP NO PÓS-1964, org. Maria Aparecida Aquino e outros. São Paulo, Arquivo do Estado e Imprensa Oficial do Estado, 2002. 200p ISBN 85-86726-44-3
Abrange todo período estudado, de 1940 a 1980. Especialmente para esse volume foi preparado o artigo sobre Vigilância na OBAN (Operação Bandeirante) e no seu sucessor, o DOI-CODI, organismos da maior importância na repressão às atividades políticas e sociais durante o regime militar instaurado em 1964.

DOSSIÊ GEISEL, org. de Celso Castro e Maria Celina d’Araújo. Rio de Janeiro, Ed. FGV, 2002. ISBN 85-22503-83-4
Examina um acervo documental inédito sobre a história recente do Brasil: o arquivo pessoal do ex-presidente Ernesto Geisel, doado ao CPDOC da Fundação Getúlio Vargas por sua filha e professora universitária de História, Amália Lucy Geisel. Os textos, classificados como “confidenciais” foram produzidos no período em que Geisel ocupou a Presidência da República, durante a ditadura militar. Os autores fazem uma avaliação dos dossiês dos Ministérios da Justiça, Fazenda, Relações Exteriores, Educação, Previdência, Trabalho e Comunicações, além de relatórios do Serviço Nacional de Informações (SNI).

DRIBLANDO A CENSURA: DE COMO O CUTELO INVADIU A CULTURA, de Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro, Gryphus, 2002. 286p. ISBN 85-75100-14-9
De Chico Buarque e Raul Seixas até Dias Gomes e as novelas da TV, quais os critérios utilizados pela ditadura militar dos anos de chumbo do Brasil para censurar ou não determinadas canções populares, filmes, peças de teatro, rádio e TV? O autor responde e esclarece isso com autoridade, pois autuou diretamente nos bastidores dessa guerra entre a liberdade de expressão e o medo e paranóia da ditadura.

EDUCAÇÃO POPULAR: DO SISTEMA PAULO FREIRE AOS IMPS DA DITADURA. São Paulo, Cortez; João Pessoa (Paraíba), Instituto Paulo Freire, 2001. 206p.
De que forma os dispositivos discursivos contidos nos Inquéritos Policiais Militares (IPMs) acerca da Educação e dos educadores se prestaram para efetuar uma justificação racional do Estado de Segurança Nacional? Mostra também o pioneirismo da CEPLAR (Campanha de Educação Popular da Paraíba) ao empregar o método Paulo Freire em 1962 e no pós-1964, na Cruzada ABC - Ação Básica Cristã.

ESPELHO CEGO, de Robert Menasse, trad, de George Sperber. São Paulo, Companhia das Letras, 2000. 384p.
O autor, professor universitário, nascido em Viena, viveu no Brasil entre 1981 e 1986 e daqui tirou a ambientação para seus 2 romances, O protagonista de "Espelho Cego" é Léo Singer, aspirante a filósofo que vice com sua musa e companheira Judith, ambos filhos de fugitivos do regime nazista e têm a infância passada no Brasil. Voltam para cá no período pós-1964, encontrando o país mergulhado na ditadura militar.

O EXECUTANTE, de Rubem Mauro Machado. Rio de Janeiro, Record, 2000. 144p.
Em três histórias policiais, narra a vinda de um agente norte-americano ao Rio de Janeiro para investigar a morte de um torturador no período da ditadura militar.

EXÍLIO, TESTEMUNHO DE VIDA, de Yolanda Avena Pires. São Paulo, Casa Amarela, 2001. 352p. ilust. fotos p/b ISBN 85-86821-14-4
Ao narrar os caminhos que a autora percorreu com os 5 filhos, acompanhando o marido, o Consultor Geral da República Waldir Pires, em 1964, que teve que fugir para o exílio. Emotiva narrativa que não turva a realidade dos fatos.

A FESTA, de Ivan Ângelo. Reedição. São Paulo, Geração, 2003. 240p. ISBN 85-86028-15-0
Reedição de violento, erótico e implacável romance do autor, cheio de emoção, passado no Brasil dos anos 70, com jovens estudantes e jornalistas lutando pela liberdade.

O FIM DA DITADURA MILITAR, por Bernardo Kucinski. São Paulo, Contexto, 2001. (Repensando a história) 144p. bibliogr.
Professor da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP) registra o colapso do "milagre econômico", a volta dos militares aos quartéis e a luta pela democracia, num dos mais importantes períodos do história do Brasil.

AS GARRAS DO CONDOR – COMO A DITADURA MILITAR DA ARGENTINA, DO CHILE, DO URUGUAI, DO BRASIL, DA BOLÍVIA E DO PARAGUAI SE ASSOCIARAM PARA ELIMINAR OS ADVERSÁRIOS POLÍTICOS, de Nilson Navarro. Petrópolis, RJ, Vozes, 2003. 330p. ilust fotos. ISBN 85-32628-49-4
Livro publicado com o apoio do Fund for Investigative Journalism, que financiou as pesquisas nos países do Cone Sul. Reconstitui os fatos com a intenção de ajudar a preservar a memória do genocídio que enlutou o Cone Sul, provando que a Operação Condor existiu, secreta e clandestinamente.

GAVETAS VAZIAS, de Tânia Pelegrini Gavetas vazias: ficção e política nos anos 70. Campinas, Mercado de Letras/Ed. da UFSCAR, 1996. 192p.
Analisa as relações entre ficção e política no período marcado pela ditadura militar, pela repressão e censura.

GOVERNOS MILITARES NA AMÉRICA LATINA, de Osvaldo Coggiola. São Paulo, Contexto, 2001. 130p. ISBN 85-72441-83-2
Relato corajoso e preciso da história do período que vai de meados dos anos 60 até os 80, dos países latino-americanos que viveram dominados por regimes militares ditatoriais. Apresenta uma análise histórica do conjunto, revelando a trama de interesses, contradições e até cumplicidade existentes nesses governos militares.

A GUERRILHA DO ARAGUAIA – A ESQUERDA EM ARMAS, de Romualdo Pessoa Campos Filho. Goiânia, GO, Ed. UFG, 2003. 245p. bibliogr. Ilust. mapas.
ISBN 85-72740-79-1
O autor, professor universitário, apresenta a guerra surda desencadeada no sul do estado do Pará, no começo da década de 70, em plena ditadura militar, mostrando a violência que teve como vítima não somente os guerrilheiros de esquerda, mas também inúmeras pessoas da região.

HERANÇA DE UM SONHO: AS MEMÓRIAS DE UM COMUNISTA, de Marco Antonio Tavares Coelho. Rio de Janeiro, Record, 2000. 528p. Glossário, índice, ilust.
História pessoal e política de uma vida marcada pela dedicação á luta por um mundo melhor, em funções legais ou clandestinas.

HISTÓRIA DE LENÇOS E VENTOS, de Ilo Krugli. Rio de Janeiro, Didática e Científica, 2000.
Texto de teatro, fala da liberdade nos anos 70 (na ditadura militar), período em que a produção artística estava cerceada. O autor tem mais de 50 anos de carreira, é autor, artista plástico, criador de grupo teatral e arte-educador conhecido internacionalmente.

HOMENS PARTIDOS: COMUNISTAS E SINDICATOS NO BRASIL, de Marco Aurélio Santana. São Paulo, Boitempo, 2001. 311p.
Conta a história do Partido Comunista Brasileiro (PCB) e sua atuação durante o regime militar ditatorial, discutindo também o dilema das relações do partido com o movimento sindical. Comentados também o declínio do partido a partir de 1980, a atuação do Partidos dos Trabalhadores (PT) e da Central Única dos Trabalhadores (CUT).

JORNALISTAS E REVOLUCIONÁRIOS - NOS TEMPOS DA IMPRENSA ALTERNATIVA, de Bernardo Kucinski. 2.ed.ver. e ampl. São Paulo, Ed. USP, 2003. 450p.
ISBN 85-31407-41-9
Recupera a memória de importante e rico período da imprensa brasileira, a dos jornais ditos “alternativos”, que circularam durante e ditadura militar.

JUSTIÇA FARDADA, org. de Renato Lemos. Rio de Janeiro, Bom Texto, 2004. 368p. ISBN 85-87723-40-5
Documentos do período do regime militar estão reunidos neste livro, principalmente àqueles ligados ao general Peri Bevilaqua, que teve em suas mãos os processos contra as mais diversas personalidades da época, como dos Professores Fernando Henrique Cardoso e Florestan Fernandes.

LIBERALISMO E DITADURA NO CONE SUL, de João Quartim de Moraes. Campinas, SP, IFCH-UNICAMP, 2001. (Coleção Trajetórias) 490p.
Professor da UNICAMP trata de temas como desenvolvimento e legitimidade na ideologia militar, o poder moderador, golpes de estado e ditadura, desde a década de 60 até a de 90.

MANOBRAS DA INFORMAÇÃO. Por João Batista Abreu. Rio de Janeiro, Mauad e EDUFF, 2000. 270p.
Exibe, por dentro, como se fazia jornal nos "anos de chumbo" (tempo da ditadura militar).

MECANISMOS DO SILÊNCIO: EXPRESSÕES ARTÍSTICAS E CENSURA NO REGIME MILITAR (1964-1984), de Creusa de Oliveira Berg. São Carlos, SC, Ed. UFSCAR/FAPESP, 2002. 170p. ISBN 85-85173-67-X
A autora, mestra em História pela Universidade de São Paulo e professora na Universidade de Santo Amaro, em São Paulo (UNISA), penetra no obscuro período da ditadura militar no Brasil e reconstitui os mecanismos que impuseram o “cale-se” às expressões artísticas nesse período.

MINORIAS SILENCIADAS: HISTÓRIA DA CENSURA NO BRASIL, org. de Maria Luiza Tucci Carneiro. São Paulo, EDUSP/FAPESP/Imprensa Oficial de São Paulo, 2002. 616p. ISBN 8531405599
Aqui estão as palestras e debates acontecidos no seminário Direitos Humanos no Limiar do Século 21, no módulo “Minorias Silenciadas”. Conjunto de estudos para o conhecimento da história da repressão à liberdade de pensamento e de expressão ao longo da história do Brasil.

A MISÉRIA BRASILEIRA: 1964-1994 - DO GOLPE MILITAR À CRISE SOCIAL, de José Chasin. Santo André, SP, Ad Hominen, 2000. 490p.
Reúne artigos extensos sobre a vida nacional que analisa o período compreendido entre o golpe militar de 64 e o Plano Real, com temas que vão da economia à política, do perfil ideológico da burguesia brasileira ao fracasso das esquerdas no âmbito prático e ideológico.

NESTA TERRA, NESTE INSTANTE, de Marília Guimarães. São Paulo, Ebendinger, 2001. 170p.
A hoje empresária Marília Guimarães relembra seu passado de guerrilheira na ditadura dos anos 70. Descoberta pelos militares, ela e seu grupo fugiram para Cuba seqüestrando um avião comercial, numa aventura marcada por vários lances de terror e de humor, onde ela estava acompanhada de seus 2 filhos, na época com 2 e 3 anos e lá viveram por 10 anos.

NO CORAÇÃO DAS TREVAS: O DEOPS / SP VISTO POR DENTRO, org. de Maria Aparecida de Aquino, Marco Aurélio Vannucchi Lemos de Mattos e Walter Cruz Swensson Junior. São Paulo, Imprensa Oficial do Estado / Arquivo do Estado, 2001. 208p. (Coleção Dossiês DEOPS / SP: Radiografias do Autoritarismo Republicano Brasileiro). ISBN 85-86726-35-4
Dois estudos sobre o trabalho de vigilância e repressão das atividades políticas e sociais no Estado, desde a fundação do DEOPS (Departamento de Ordem Política e Social) em 1924, até sua extinção em 1983.

NO OLHO DO FURACÃO; AMÉRICA LATINA NOS ANOS 60/70, de Paulo Cannabrava Filho. São Paulo, Cortez, 2003. 336p. ISBN 85-24909-02-1
Passa em revista os acontecimentos da América Latina nas tumultuadas décadas de 1960 e 70.

NOSSOS COMERCIAIS, POR FAVOR!, de Lúcia Maciel Barbosa de Oliveira. Rio de Janeiro, Beca, 2001. 144p. ISBN 85-87256-20-3
Historiadora mergulhou nos arquivos da Escola Superior de Guerra e vasculhou cerca de 1.200 revistas para revelar que o apresentador de TV Flávio Cavalcanti ajudou a difundir a ideologia da ditadura militar. Ele, um conservador, usou a TV para consolidar o regime, expondo o papel que a TV passaria a ter no Brasil após a decisão da ditadura militar de formular uma política pública oficial.

OUSAR LUTAR; MEMÓRIAS DA GUERRILHA QUE VIVI, de José Roberto Rezende. Rio de Janeiro, Ed. Viramundo, 2001. 230p. ISBN 85-87767-02-X
Reúne as traumáticas histórias ocorridas nos bastidores da tortura e nos porões da ditadura militar do ex-preso político José Roberto Rezende. Conta também dos mais de 8 anos de clandestinidade, punições e greves de fome até a liberdade.

PÁGINAS DE RESISTÊNCIA: A IMPRENSA COMUNISTA ATÉ O GOLPE MILITAR DE 1964, de Francisco Ribeiro do Nascimento. São Paulo, IMESP/Sind.Jornalistas Profis. Est. São Paulo, 2004. 220p. ISBN 85-85-70602-26-X
Fala de jornais que eram documentos contra as barbaridades cometidas pela ditadura, como os mortos e desaparecidos.

PEABIRU: OS INCAS NO BRASIL, de Luiz Galdino. Belo Horizonte, MG, Estrada Real, 2002. 192p. ilust. fotos p/b e desenhos. ISBN 85-87946-04-8
Através de descobertas e dados de pesquisas, o livro tenta comprovar a rede de caminhos conhecidos por Peabiru que, nos tempos coloniais, representou antigas incursões, como o propósito de estender o domínio incaico até as margens do Oceano Atlântico, hipótese já defendida, no século passado pelo Barão de Capanema.

PERFIS CRUZADOS: TRAJETÓRIAS E MILITÂNCIA POLÍTICA NO BRASIL, org. de Beatriz Kushnir. São Paulo, Imago, 2002. 260p. ISBN 85-31207-73-8
Revela a mil e uma facetas das lutas políticas no período da recente ditadura civil-militar no Brasil, fazendo um paralelo com aquela ocorrida nos anos de 1937 a 1945. Em dez textos permite-se fazer um cruzamento de trajetórias, construídas não só por ex-militantes, como também por sociólogos, historiadores e jornalistas.

PISA NA FULÔ MAS NÃO MALTRATA O CARCARÁ: VIDA E OBRA DE JOÃO DO VALE, o poeta do povo. Rio de Janeiro, Lumiar, 2000. 295 p. ilust.
Célebre autor da música Carcará (Pega! Mata! E come!), grito de guerra no início da ditadura militar que incendiava o país em 1964, contava do carcará, pássaro malvado que sobrevive à seca do Nordeste e representava o poder, o capitalismo. O livro contém mais de 40 fotos, cópias de contratos, partituras musicais, discografia, musicografia (mais de 200 títulos) e depoimentos de gente diversa do meio artístico e intelectual.

A REBELIÃO DA LEGALIDADE, de Vivaldo Barbosa. Rio de Janeiro, Ed. FGV, 2002. 368p. ilust. fotos ISBN 85-22503-84-2
Detalha o impasse político que se seguiu à renúncia de Jânio Quadros, quando os ministros militares tentaram impedir que o vice-presidente, João Goulart, assumisse a presidência. Reúne os principais documentos produzidos no episódio.

REMINISCÊNCIAS DO SOL QUADRADO, de Mário Lago. São Paulo, Cosac & Naify, 2001. 122p.
Consagrado ator de TV, teatro e cinema conta suas prisões por razões políticas, num livro que surpreenderá por mostrar o autoritarismo brasileiro no início do regime militar.

REVOLUCIONOU E ACABOU? BREVE ETNOGRAFIA DO GINÁSIO VOCACIONAL DE AMERICANA – GEVA, de Ary Meirelles Jacobucci. São Paulo, SP, Compacta, 2001. 174p. ilust. bibliogr. ISBN 85-87837-01-X
Originalmente Dissertação de Mestrado em Educação. O autor, ex-aluno do Ginásio Vocacional da cidade de Americana, interior do estado de São Paulo, conta da proposta educacional inovadora no Brasil, que foi violentamente exterminada pelo golpe militar de 1964.

O SONHADOR QUE FAZ: A VIDA E A TRAJETÓRIA POLÍTICA DE JOSÉ SERRA, de Teodomiro Braga. Rio de Janeiro, Record, 308p. ISBN 85-01065-06-4
Biografia escrita por premiado jornalista faz uma viagem completa pela vida de José Serra, político e professor universitário e candidato à presidência da República. Desde sua infância no bairro da Mooca, na cidade de São Paulo, sua fuga para o exterior na época da ditadura militar, a volta ao país e a carreira política e de administrador federal.

TRATE-ME LEÃO, de Hamilton Vaz Pereira. Rio de Janeiro, Objetiva, 2003. 184p. ISBN 85-73025-58-1
Traz a íntegra do texto de teatro “Trate-me Leão”, que se tornou um marco na dramaturgia brasileira nos anos 70, época da ditadura e da censura.

UMA TEMPESTADE COMO SUA MEMÓRIA – A HISTÓRIA DE LIA, de Martha Vianna. Rio de Janeiro, Record, 2002. 182p. ISBN 85-01064-01-7
Conta a história de Maria do Carmo Brito, de codinome Lia, única mulher a assumir um posto de comando no movimento guerrilheiro de resistência ao regime militar no Brasil. Era ela o braço direito na Vanguarda Popular Revolucionária, assumindo a direção dessa organização após a morte de Carlos Lamarca. Nascida em tradicional e conservadora família de barões do leite de Minas Gerais, foi capaz de manter um olhar humano sobre a vida, mesmo nas duras circunstâncias políticas daqueles momentos.

A UTOPIA FRAGMENTADA; AS NOVAS ESQUERDAS NO BRASIL E NO MUNDO NA DÉCADA DE 1970, de Maria Paula Nascimento Araújo. Rio de Janeiro, Ed. da FGV, 2000. 264p.
Historiadora pesquisou grupos independentes, organizações dissidentes e movimentos sociais vinculados a "minorias políticas" (mulheres, homossexuais, negros, etc.) com o objetivo de resgatar a experiência política da chamada "esquerda alternativa" durante os anos 70.

VIANINHA: CÚMPLICE DA PAIXÃO, de Dênis de Moraes. Edição rev. e ampl. Rio de Janeiro, Record, 2000. 420p.
A biografia do dramaturgo ganha nova edição revista e ampliada, agora que o autor teve acesso aos documentos inéditos do Departamento Estadual de Ordem Política e Social (DOPS), que revelam porque algumas peças de Vianinha foram censuradas durante os "anos de chumbo". Militante do teatro e da política, Vianinha teve passagens nos Teatros de Arena e Opinião e pertenceu ao Partido Comunista Brasileiro.

VIDA E MORTE DO PARTIDO FARDADO, de Oliveiros Ferreira. São Paulo, SENAC, 2000. (Série Livre Pensar) 100p.
Aborda a ditadura militar no Brasil.

VOLTAR A PALERMO, de Luzilá Gonçalves Ferreira. Rio de Janeiro, Rocco, 2002. 220p. ISBN 85-32513-31-X
Professora Doutora em Literatura feminista do século 19, na Universidade Federal de Pernambuco, tem seu primeiro romance publicado. Conta de uma professora brasileira que volta a Buenos Aires, ao elegante bairro de Palermo, 20 anos após sua estada na capital, para alcançar Nino, o amado, no difícil amargo das ditaduras militares sul-americanas.

VOZES DO GOLPE, de Luís Fernando Veríssimo, Moacyr Scliar, Carlos Heitor Cony e Zuenir Ventura. São Paulo, Companhia das Letras, 2004. 4 volumes.
ISBN 85-35904-75-1
Dois relatos pessoais e duas histórias de ficção sobre o golpe militar de 1964, relembrando o clima da época, na reconstituição dos últimos momentos do governo João Goulart, com os olhos de hoje e a experiência de quem viu surgir e viveu a ditadura, um dos períodos mais terríveis da história brasileira.

VOZES DO MAR – O MOVIMENTO DOS MARINHEIROS E O GOLPE DE 64, de Flávio Luis Rodrigues. São Paulo, Cortez, 2004. 210p. ISBN 85-24910-12-7
Procura reconstruir a trajetória da Associação dos Marinheiros e Fuzileiros Navais do Brasil (AMFNB), incluindo-a no contexto histórico do golpe militar de 1964, considerado por muitos uma conseqüência direta da revolta dos marinheiros. Enquanto isso na educação.
Alguma coisa acontecia na educação brasileira. Pensava-se em erradicar definitivamente o analfabetismo através de um programa nacional, levando-se em conta as diferenças sociais, econômicas e culturais de cada região.
A criação da Universidade de Brasília, em 1961, permitiu vislumbrar uma nova proposta universitária, com o planejamento, inclusive, do fim do exame vestibular, valendo, para o ingresso na Universidade, o rendimento do aluno durante o curso de 2o grau.(ex-Colegial e atual Ensino Médio)
O período anterior, de 1946 ao princípio do ano de 1964, talvez tenha sido o mais fértil da história da educação brasileira. Neste período atuaram educadores que deixaram seus nomes na história da educação por suas realizações. Neste período atuaram educadores do porte de Anísio Teixeira, Fernando de Azevedo, Lourenço Filho, Carneiro Leão, Armando Hildebrand, Pachoal Leme, Paulo Freire, Lauro de Oliveira Lima, Durmeval Trigueiro, entre outros.
Depois do golpe militar de 1964 muito educadores passaram a ser perseguidos em função de posicionamentos ideológicos. Muito foram calados para sempre, alguns outros se exilaram, outros se recolheram a vida privada e outros, demitidos, trocaram de função.
O Regime Militar espelhou na educação o caráter anti-democrático de sua proposta ideológica de governo: professores foram presos e demitidos; universidades foram invadidas; estudantes foram presos, feridos, nos confronto com a polícia, e alguns foram mortos; os estudantes foram calados e a União Nacional dos Estudantes proibida de funcionar; o Decreto-Lei 477 calou a boca de alunos e professores; o Ministro da Justiça declarou que "estudantes tem que estudar" e "não podem fazer baderna". Esta era a prática do Regime.
Neste período deu-se a grande expansão das universidades no Brasil. E, para acabar com os "excedentes" (aqueles que tiravam notas suficientes para mas não conseguiam vaga para estudar), foi criado o vestibular classificatório.
Para erradicar o analfabetismo foi criado o Movimento Brasileiro de Alfabetização - MOBRAL. Aproveitando-se, em sua didática, no expurgado Método Paulo Freire, o MOBRAL propunha erradicar o analfabetismo no Brasil... não conseguiu. E entre denúncias de corrupção... foi extinto.
É no período mais cruel da ditadura militar, onde qualquer expressão popular contrária aos interesses do governo era abafada, muitas vezes pela violência física, que é instituída a Lei 4.024, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, em 1971. A característica mais marcante desta Lei era tentar dar a formação educacional um cunho profissionalizante. Dentro do espírito dos "slogans" propostos pelo governo, como "Brasil grande", "ame-o ou deixe-o", "milagre econômico", etc., planejava-se fazer com que a educação contribuísse, de forma decisiva, para o aumento da produção brasileira.
A ditadura militar se desfez por si só. Tamanha era a pressão popular, de vários setores da sociedade, que o processo de abertura política tornou-se inevitável. Mesmo assim, os militares deixaram o governo através de uma eleição indireta, mesmo que concorressem somente dois civis (Paulo Maluf e Tancredo Neves).

2007-08-01 15:04:26 · answer #10 · answered by Silencio_dos_inocentes 4 · 1 1

COMO VOCÊ SABE, FORAM OS TEMPOS DOURADOS DO BRASIL.
O BRASILEIRO VIVIA TRANQÜILO, SOSSEGADO, SEM VIOLÊNCIA.
MARAVILHOSO!

2007-08-01 20:37:58 · answer #11 · answered by Agata L 5 · 1 2

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