=== Solução ===
A prova pedida é "se e somente se", ou seja equivalência.
Seja S a seqüencia:
S = { a(1), a(2), ... , a(n-1), a(n), a(n+1), ... }
Pede-se provar que:
S(PA) e S(PG) ↔ S(constante),
onde
S(PA) denota "S é uma PA",
S(PG) denota "S é uma PG" e
S(constante) denota "S é uma seqüencia constante".
A prova de S(constante) → S(PA) e S(PG) é trivial. Resta, portanto, provar que S(PA) e S(PG) → S(constante). Segue a prova:
O termo geral de uma PA, a(n), pode ser escrito como a média aritmética - e daí o nome da seqüencia - dos termos vizinhos (de fato, pode até ser escrito como a média aritmética dos termos equidistantes):
(1) a(n) = [a(n - 1) + a(n + 1)] / 2
O termo geral de uma PG, a(n), pode ser escrito como a média geométrica - e daí o nome da seqüencia - dos termos vizinhos (de fato, pode até ser escrito como a média geométrica dos termos equidistantes):
(2) a(n) = √[a(n - 1) • a(n + 1)]
Então, para uma seqüencia que é, ao mesmo tempo, uma PA e uma PG, vale a seguinte relação, obtida de (1) e (2):
(3) [a(n - 1) + a(n + 1)] / 2 = √[a(n - 1) • a(n + 1)]
Para simplificar a notação, faremos:
(4) a(n - 1) = x
(5) a(n + 1) = y
Aplicando (4) e (5) em (3), obtemos:
(6) (x + y) / 2 = √(xy)
Elevando (6) ao quadrado, simplificando e fatorando, obtemos:
(x + y)² / 4 = xy
(x + y)² = 4xy
x² + 2xy + y² = 4xy
x² - 2xy + y² = 0
(x - y)² = 0
x - y = 0
(7) x = y
Aplicando (4) e (5) de volta em (7), e calculando a(n) tanto por (2) quanto por (3) obtemos:
a(n - 1) = a(n) = a(n + 1)
Como se vê, para que a seqüencia seja simultaneamente uma PA e uma PG, é necessário que, para cada grupo de três termos subseqüentes, eles sejam iguais entre si.
Aplicando isto para (a1, a2, a3), depois para (a2, a3, a4) e assim sucessivamente, concluimos que a seqüencia inteira é formada de termos iguais.
Ou seja, S(PA) e S(PG) → S(constante).
q. e. d.
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Mestre Steiner:
Eu nunca havia me deparado com este problema. Tive a idéia do caminho para a prova lendo a página citada abaixo. Sua capacidade de fazer perguntas interessantes parece inesgotável!
Assim como numa progressão aritmética cada termo é a média aritmética de seus vizinhos e numa progressão geométrica cada termo é a média geométrica de seus vizinhos, o texto define uma progressão harmônica, onde, é claro, cada termo é a média harmônica de seus vizinhos.
Como as médias aritmética, geométrica e harmônica de dois números só coincidem se eles forem iguais, seus teorema pode ser extendido da seguinte forma:
Uma seqüencia é simultaneamente uma PA, uma PG e uma PH (progressão harmônica) se e somente se for uma seqüencia constante não-nula (pois a média harmônica exclui nulos).
2007-06-30 01:29:40
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answer #1
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answered by Alberto 7
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a1 a2 ....an
é PA e PG
Logo existe uma razão r tal que ela é uma PA e uma razão q tal que ela é uma PG.
Sabemos que:
a2 = a1+r
a2 = a1*q
Logo:
a1+r = a1*q
r = a1*q - a1
r = a1(q-1) (1)
a3 = a1+2r = a1 + 2(a1(q-1)) = a1 + 2a1q - 2a1 = 2a1q - a1
a3 = a1*q²
Igualando:
a1*q² = 2a1q - a1
a1*q² - 2a1q + a1 = 0
Resolvendo a equação de 2º grau na variável q:
delta = b² - 4 a c = 4a1² - 4*a1*a1 = 0
q = -b/2a = 2a1/2a1 = 1
Logo temos que q deve ser 1.
Substituindo em (1)
r = a1(q-1) = a1 (1-1) = 0
Logo q deve ser 1 e r = 0 para satisfazer a condição da sequência ser uma PA e uma PG, sendo portanto uma sequência constante.
Kisses
=**
2007-06-28 10:44:12
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answer #2
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answered by Math Girl 7
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