O tempero dos oceanos da Terra
Por que a água do mar é salgada e por que essa salinidade é alta no litoral do Nordeste brasileiro?
Eleomar Crispim
Felizardo, CE
Sérgio Dutti
Salina no Nordeste: resultado da alta evaporação no litoral
Houve um tempo em que se atribuía a salinidade dos oceanos apenas à erosão das rochas, cujos sedimentos são conduzidos pelos rios até o mar. Atualmente, os pesquisadores afirmam que os sais também provêm da poeira cósmica (material do espaço que se desintegra ao entrar em contato com a atmosfera) e das erupções dos vulcões submarinos.
Isso explica a quantidade de sais que os oceanos recebem por ano — cerca de 2,5 milhões de toneladas. Desse total, 96% permanecem na água e 4% retornam ao continente pela evaporação.
Quase todos os elementos químicos da crosta terrestre estão presentes nos oceanos. Os mais comuns são o cloro, que representa 55% do total, e o sódio, com 31%. Combinados, formam o cloreto de sódio ou sal de cozinha, extraído das salinas. Por isso, a água do mar é salgada.
Outros fatores, como profundidade e temperatura, também dão sua pitada no sabor dos oceanos. Os mares tropicais, pouco profundos e de intensa evaporação, são mais salgados que os polares, onde a fusão do gelo e das geleiras libera grandes quantidades de água doce. Também são menos salgados os mares nos quais deságuam muitos rios: isso faz diminuir a proporção de sais em solução na água.
Para calcular essa proporção, os especialistas medem a quantidade de sal dissolvida em mil partes de água (1000 metros cúbicos, por exemplo). Essa relação pode variar de quase 0 em águas continentais para aproximadamente 41 partes por 1000 no Mar Vermelho, região de alta evaporação. A salinidade na costa brasileira é da ordem de 30 a 37 por 1000, devido ao predomínio das altas temperaturas e da influência dos ventos alísios do Sudeste, que intensificam a evaporação da água. No litoral do Nordeste, as condições climáticas, com apenas três meses de chuva em média e baixa umidade na maior parte do ano, provocam um alto índice de evaporação que, aliado à ausência de grandes fluxos de água doce, constituem fator favorável à concentração de sais no oceano.
Gustavo Lourenção
Resposta de Elisabeth Popp, professora de Geografia do Colégio Passalacqua, em São Paulo, SP
OS OCEANOS
As explicações da ciência para a origem dos oceanos são tão complexas como interessantes. Pensa-se que até um certo tempo na história da Terra — muito antes da formação dos atuais continentes — existiria uma grossa, pesada e quentíssima massa de nuvens envolvendo toda a Terra. Dessa forma, todos os materiais que um dia viriam a constituir a hidrosfera de nosso planeta estariam sob a forma gasosa, nessa primeira atmosfera terrestre. Quando o resfriamento da crosta atingiu uma temperatura critica — ainda que muito elevada — tornou-se impossível a manutenção de todos as materiais líquidos sob estado gasoso. Então, grossas chuvas quentes, de grande poder de erosão, iniciaram o primeiro ciclo hidrológico da Terra. Uma parte da água dessas precipitações voltava à atmosfera pôr intensa evaporação. O restante preencheu as depressões primárias da superfície do globo, vindo a formar o primeiro grande oceano de nosso planeta.
Existem razões para se pensar que, por muito tempo, houve um oceano principal (o Paleopacífico) e um gigantesco bloco de terras emersas (o continente de Gondwana), que reunia América, África, Europa, Ásia e Austrália, e que se manteve uno por dezenas de milhões de anos. Sua fragmentação, porém, iniciou-se em meados da Era Mesozóica, há cerca de 180 milhões de anos, originando a divisão do mar único em um mosaico de oceanos e continentes.
As ideias básicas sobre a fragmentação do continente de Gondwana foram estabelecidas pelo gênio do cientista alemão AIfred Wegener (1880-1930).
As grande depressões oceânicas
O Atlântico tem a forma aproximada de um "S", que se estende no sentido dos meridianos, e separa a Europa e a África das Américas; ao norte comunica-se com o oceano Glacial Ártico, por meio do mar da Noruega e de vários estreitos; ao sul, confunde-se com o oceano Glacial Antártico; a sudeste liga-se ao Indico, e a sudoeste ao Pacifico, através do estreito de Magalhães. Por sua localização, o Atlântico é o mais importante dos oceanos, por ele transitam navios de todo tipo, interligando os mais importantes centros comerciais, industriais e culturais do mundo, situados na Europa e na América do Norte.
O oceano Pacifico cobre mais de um terço da superfície do globo terrestre. Suas águas se estendem entre as Américas, a Ásia, a Austrália e o continente Antártico. Ao sul, comunica-se com o oceano Glacial Antártico. Une-se ao Índico pelo estreito de Malaca e das ilhas de Sonda. O primeiro europeu a visitá-lo parece ter sido o espanhol Vasco Núñez de Balboa, que, em 1513, atravessou o istmo do Panamá e deparou com as águas do Pacifico.
O oceano Indico, situado na região intertropical ou tórrida, durante muito tempo foi chamado mar das Índias. É o menor dos oceanos. Fechado inteiramente ao norte pela Ásia, a oeste limita-se com a África e a leste com a Austrália e o arquipélago de Sonda. Ao sul, confunde-se com o oceano Glacial Antártico.
Nas regiões polares, há dois oceanos que são, na verdade, prolongamentos do Atlântico, do Pacífico e do Índico. No pólo norte, fica o oceano Glacial Ártico, explorado no século XIX; no sul, está o Glacial Antártica. Ambos permanecem congelados a maior parte do tempo e pouco se sabe de seu relevo submarino.
Oceano Atlântico
OCEANO ATLÂNTICO
Superfície: mais de 106 milhões de km2
Profundidade média: 3 926m
Profundidade máxima (fossa de Porto Rico): 8 742 m
Temperatura máxima: 27ºC
Salinidade média: 35 %
MARES SECUNDÁRIOS:
Oceano Glacial Ártico, Mar Mediterrâneo, Golfo do México, Mar das Antilhas, Mar de Baffin, Mar do Norte, Mar Báltlco, Mar da Mencha, Mar da Irlanda, Baia de Hudson, Mar Negro, Mar da Noruega.
O oceano Atlântico, basicamente, é uma bacia imensa que se estende de norte a sul desde o oceano Glacial Ártico, ao norte, até o oceano Glacial Antártico, ao sul. Ocupa mais de 106 milhões de km2 de superfície total.
O limite entre o Atlântico norte e o oceano Glacial Ártico foi estabelecido de forma arbitrária, com base em cordilheiras submarinas que se estendem entre as massas de terra da ilha de Baffin, Groenlândia e Escócia. Contudo, ficou mais fácil marcar o limite com o mar Mediterrâneo na altura do estreito de Gibraltar, e com o mar do Caribe, ao longo do arco formado pelas ilhas do Caribe. O Atlântico sul está separado de forma arbitrária do oceano Índico pelo meridiano de 20° longitude E, e do Pacífico, a oeste, pela linha de maior profundidade que se estende entre o cabo de Hornos e a península Antártica.
O oceano Atlântico começou a formar-se há 150 milhões de anos, quando se afastou do grande continente de Gondwana como resultado da separação da América do Sul e da África, que ainda continua, com uma progressão de vários centímetros por ano ao longo da dorsal submarina Meso-atlântica, cadeia montanhosa que se estende de norte a sul, com aproximadamente 1.500 km de largura, na qual ocorrem freqüentes erupções vulcânicas e terremotos.
As cadeias submarinas se estendem de forma desigual de leste a oeste entre as plataformas continentais e a dorsal Meso-atlântica, dividindo os fundos oceânicos em uma série de bacias conhecidas como planícies abissais. As quatro bacias do lado americano têm uma profundidade de mais de 5.000 m e são: a bacia Norte-americana, a da Guiana, a do Brasil e a Argentina. O perfil euro-africano está marcado por várias bacias de menor profundidade: a bacia da Europa ocidental, Canárias, Cabo Verde, Serra Leoa, Guiné, Angola, Cabo e Cabo Agulhas. A grande bacia Atlântica-antártica se estende ao longo da área mais meridional da cordilheira Meso-atlântica e da Antártica.
Seu relevo submarino tem sido explorado desde o princípio do século XX. O traço dominante é uma cordilheira — a Dorsal Mediana ou cadeia Meso-atlântica — que se estende, semelhante a um S, desde a Islândia até a ilha Bouvet, na Antártida. Tem de 2 000 a 2 500 m de profundidade e divide o Atlântico em duas depressões: oriental e ocidental. Na zona do equador, a Dorsal é interrompida pelo estreito de Romanche, uma depressão que chega a atingir 6 000 m abaixo do nível do mar. Em alguns trechos, a cordilheira expande-se e forma planaltos, como o do Telégrafo, entre a Europa e a América do Norte. É uma área de vulcanismo que, ao emergir, formou ilhas como as de Açores. As ilhas Ascensão, Santa Helena e Tristão da Cunha, entre a África e a América do Sul, são também partes emersas da cordilheira.
Da Dorsal partem soleiras, ou seja, elevações alongadas, algumas das quais limitam depressões (bacias oceânicas), que se alinham de um e outro lado da cordilheira. Na região equatorial originam-se a soleira do Pará, em direção ao Brasil, e a soleira de Serra Leoa, em direção à África, dividindo o Atlântico em duas porções: setentrional e meridional. Na primeira encontram-se duas bacias principais: a Norte-Americana e a Euro-Africana. São duas também as bacias do Atlântico Sul: a Brasileira e a Argentina. As formas do relevo submarino são cobertas por uma camada mais ou menos espessa de sedimentos, exceto nos locais onde as correntes marinhas são muito fortes, ou as formas do relevo muito acentuadas.
Os recortes do litoral continental e as ilhas formam mares mais ou menos fechados, com algumas características próprias, porém dependentes do oceano. Um exemplo é o Mediterrâneo, entre Eurásia e África.
As ilhas mais extensas situadas em sua totalidade no oceano Atlântico constituem um prolongamento das plataformas continentais, como Terranova, ilhas Britânicas, arquipélago das Malvinas e ilhas Sandwich do Sul, na plataforma da Antártida. As ilhas oceânicas de origem vulcânica são menos comuns do que no Pacífico; entre elas se encontram as do arco insular do Caribe, Madeira, Canárias, Cabo Verde, o grupo de São Tomé e Príncipe, Açores, Penedo de São Pedro e São Paulo, Ascensão e o arquipélago de Tristão da Cunha. A ilha maior é a Islândia.
O sistema de circulação superficial das águas do Atlântico pode ser representado como dois grandes vórtices ou remoinhos, ou sistemas de corrente circular: uma no Atlântico norte e outra no Atlântico sul. Estas correntes são provocadas pela ação dos ventos alísios e também pela rotação da Terra. As do Atlântico norte, entre as quais se encontram as correntes Norte-equatoriais, a das Canárias e a corrente do Golfo, movem-se no sentido horário. As do Atlântico sul, entre as quais se destacam a do Brasil, a de Benguela e a corrente Sul-equatorial, se orientam no sentido anti-horário.
O Atlântico recebe águas da maioria dos rios mais importantes do mundo, como o São Lourenço, Mississippi, Orinoco, Amazonas, Paraná, Congo, Níger e Loire.
O oceano Atlântico conta com alguns dos bancos pesqueiros mais produtivos do mundo. As áreas com afloramento, nas quais as águas profundas do oceano ricas em nutrientes sobem para a superfície, possuem abundante fauna marítima. O oceano é rico em recursos minerais, e as plataformas e taludes continentais possuem abundantes combustíveis fósseis.
Oceano Pacifico
OCEANO PACÍFICO
Superfície: 165 000 000 km2
Profundidade média: 4 282 m
Profundidade máxima (fossa das Marianas): 11 033 m
Temperatura máxima: 32ºC
Salinidade média: 32,5 %
MARES SECUNDÁRIOS
Oceano Glacial Antártico, Mar de Bering, Mar de Okhotsk, Mar do Japão, Mar da china Oriental, Mar da China Meridional, Mar de Java, Mar de Arafura, Mar de Corais, Mar da Taemfinia, Mar de Sonda, Golfo da Califórnia.
É o mais extenso e profundo dos oceanos do mundo. Abarca mais de um terço da superfície da Terra e contém mais da metade do seu volume de água. Costuma-se fazer, de forma artificial, uma divisão a partir do equador: o Pacífico norte e o Pacífico sul. Foi descoberto em 1513 pelo espanhol Vasco Nunes de Balboa, que o chamou de mar do Sul.
O oceano Pacífico confina em sua parte oriental com os continentes da América do Norte e do Sul, ao norte com o estreito de Bering, a oeste com a Ásia, o arquipélago da Indonésia e a Austrália, e ao sul com a Antártida. Ao sudeste, é dividido do oceano Atlântico de forma arbitrária pela passagem de Drake, aos 68° longitude O. Ao sudoeste, a linha divisória que o separa do oceano Índico ainda não foi estabelecida de forma oficial. Além dos mares limítrofes que se prolongam por sua irregular orla ocidental, o Pacífico conta com uma área de cerca de 165 milhões de km2 e tem uma profundidade média de 4.282 m, embora o ponto máximo conhecido se encontre na Fossa das Marianas a 11.033 m de profundidade.
O Pacífico é a bacia oceânica mais antiga. Segundo as rochas datadas, têm cerca de 200 milhões de anos. As características mais importantes, tanto da bacia quanto do talude continental, foram configuradas de acordo com fenômenos associados com a tectônica de placas. A plataforma oceânica, que se estende até profundidades de 200 m, é bastante estreita em toda a América do Norte e do Sul; contudo, é relativamente larga na Ásia e na Austrália.
Vizinha à América, há uma cordilheira submarina, a Dorsal do Pacifico Oriental ou da ilha da Páscoa, que se estende por cerca de 8.700 km desde o golfo da Califórnia até um ponto a cerca de 3.600 km a oeste do extremo meridional da América do Sul. Alarga-se na região equatorial, para formar o planalto de Albatroz, onde se erguem as ilhas dos Cocos e Galápagos. Mais ao sul, na latitude da ilha da Páscoa, encontra-se outro planalto, que se aproxima da América do Sul e inclui as ilhas de S. Félix e João Fernandes. Esses planaltos compõem, juntamente com a Dorsal, duas bacias: de Guatemala e do Peru. A sudoeste da Dorsal abre-se uma terceira bacia, a do Pacífico Sul. Na região central, uma fossa alongada divide o oceano em duas zonas: setentrional e meridional. E ainda nesta região as ilhas Havaí são os picos da cordilheira submarina que emergem.
As ilhas maiores da região ocidental formam arcos insulares vulcânicos que se elevam desde a extensa plataforma continental ao longo do extremo oriental da placa euro-asiática. Compreende o Japão, Taiwan, Filipinas, Indonésia, Nova Guiné e Nova Zelândia. As ilhas oceânicas, denominadas em conjunto Oceania, são os picos das montanhas que surgiram na bacia oceânica por extrusão de rochas magmáticas. O oceano Pacífico conta com mais de 30.000 ilhas deste tipo. Em muitas regiões, em especial no Pacífico sul, os acidentes básicos da topografia da superfície marinha são constituídos pelas acumulações de recifes de coral. Ao longo da orla oriental do Pacífico, a plataforma continental é estreita e escarpada, com poucas ilhas; os grupos mais importantes são as ilhas Galápagos, Aleutas e Havaí.
As forças motrizes das correntes oceânicas são a rotação da Terra, o atrito do ar com a superfície da água e as variações da densidade da água do mar.
Além dos atóis, são típicos do Pacífico os guyots (montanhas submarinas semelhantes a cones truncados) e a estreita plataforma continental, cuja largura média é de 70 km.
As maiores profundidades situam-se em geral próximas às costas dos continentes ou a grupos de ilhas. A fossa mais profunda é a das ilhas Marianas; 11 022 m. As outras são as das ilhas Kennadec (9 476 m), das ilhas Filipinas (fossa de Mindanao, 10 830 m), da ilha de Tonga (9 184 m), das ilhas Kurilas (9 144 m’). Por isso, o oceano Pacífico detém o recorde. de maior média de profundidade.
Junto às profundas fossas, desde o Alasca até o sul da Índia, estendem-se as "guirlandas" insulares, ou cordões de ilhas vulcânicas. Nessa área, o Pacifico é convulsionado por fortes terremotos e maremotos.
O modelo de correntes do Pacífico norte consiste em um movimento, o sistema circular de dois vórtices. O Pacífico norte está dominado pela célula central norte, que circula no sentido horário e compreende a corrente do Pacífico norte, a corrente da Califórnia e a corrente de Kuroshio. A corrente da Califórnia é fria, extensa e lenta, enquanto a de Kuroshio é quente, estreita, rápida e parecida com a do Golfo. Perto do equador, a 5° latitude N, o fluxo para o leste da contracorrente Equatorial separa os sistemas de correntes do Pacífico norte e sul. O Pacífico sul encontra-se dominado pelo movimento no sentido anti-horário da célula central sul, que compreende a corrente Sul-equatorial, a corrente do Pacífico sul e a corrente de Humboldt. No extremo sul está localizada a corrente Antártica Circumpolar; é a fonte mais importante de circulação oceânica em profundidade. Ali nasce a extensa e fria corrente do Peru, ou de Humboldt.
O importante sistema de ventos do oceano Pacífico é formado por dois cinturões iguais de correntes que se dirigem para oeste e que sopram de oeste a leste entre 30° e 60° de latitude, um no hemisfério norte e outro no sul. Os constantes alísios se encontram ladeados pelos ventos de oeste, sopram desde leste no hemisfério norte e desde oeste no sul. As fortes tormentas tropicais, denominadas tufões no Pacífico ocidental e furacões no Pacífico meridional e oriental, originam-se no cinturão dos alísios no fim da estação estival e nos primeiros meses do outono.
As águas ricas em nutrientes procedentes da corrente Circumpolar Antártica sobem à superfície na corrente de Humboldt ao longo da costa do Chile e do Peru, e toda a região possui bancos de anchovas de grande importância mundial como recurso alimentício. As aves marinhas se alimentam desses bancos de anchova, do que resulta grande quantidade de guano (excremento dessas aves), utilizado entre outras coisas como fonte energética. O Pacífico noroeste, que compreende o mar do Japão e o mar de Okhotsk, por outro lado, é uma das maiores reservas pesqueiras do mundo. Os recifes de coral, ricos em fauna marinha, alcançam sua maior representatividade na Grande Barreira de Coral. Também o Pacífico tem começado a ser explorado por seus imensos recursos minerais, tais como as grandes reservas de petróleo. Ver também Oceanos e oceanografia; Terra (planeta).
Oceano Indico
OCEANO INDICO
Superfície: 73,4 milhões de km2
Profundidade média: 4 210 m
Profundidade máxima (fossa de Amirantes): 9 074m
Temperatura máxima: 30ºC
Salinidade média: 34,5 %
MARES SECUNDÁRIOS
Mar Vermelho, Golfo de Aden, Mar da Arábia, Golfo de Bengala, Mar de Andaman, Golfo Pérsico, Golfo de Oman.
Menor dos três grandes oceanos da Terra, limitado a oeste pela África, ao norte pela Ásia, a leste pela Austrália e pelas ilhas australianas, e ao sul pela Antártida. Não existem limites naturais entre o oceano Índico e o oceano Atlântico. Uma linha de 4.020 km ao longo do meridiano 20 °E, que liga o cabo Agulhas, no extremo sul da África, à Antártida, costuma ser considerado o limite.
Seu relevo é menos conhecido que o do Atlântico, embora se saiba que 60% correspondem a profundidades entre 4000 e 6 000 m. Em média, é mais profundo que o Atlântico e menos
que o Pacifico. A plataforma continental é estreita, exceto no litoral norte. Das regiões mais profundas, na parte mediana, ergue-se uma lombada, a Dorsal Central ou Indiana, que se estende desde a Índia até o sul da ilha Rodrigues (arquipélago de Mascarene). Passa pelas ilhas Laquedivas, Maldivas e Chagos, no mar da Arábia. Essas ilhas, bem como numerosos atóis são pontos emersos da Dorsal. Mais ao sul, ela se alarga, formando extenso planalto submarino, que serve de base às ilhas Kerguelen.
A Dorsal divide as regiões profundas do Índico em duas áreas: ocidental e oriental. A região ocidental assemelha-se, pelas formas do relevo, ao Atlântico: é menos profunda e apresenta várias ramificações. Uma destas é a de Carsberg ou Indo-Arábica, que se origina ao sul do arquipélago Chagos e toma a direção das ilhas Socotorá, no mar da Arábia. Paralelamente, estendem-se formações coralígenas das ilhas Maurício às Seychelles. E nas ilhas Comores, ao norte de Madagáscar, está a Dorsal de Madagáscar, da qual esta ilha é uma parte emersa.
A região oriental é muito profunda e ocupada por uma vasta bacia, onde as profundidades médias ultrapassam 5 000 m. No leste, limitando o oceano, erguem-se os planaltos submarinos que sustentam a Austrália, Tasmânia, Nova Guiné e o arquipélago de Sonda.
Suas maiores ilhas são Madagascar e Sri Lanka. Recebe as águas dos rios Limpopo, Zambeze, Irawadi, Brahmaputra, Ganges, Indo e Shatt al-Arab.
Oceano Glacial Ártico
Massa de água que constitui o menor dos quatro oceanos do mundo, ou braço, rodeado de terra, do oceano Atlântico. O oceano Ártico se estende ao sul do pólo norte até as costas da Europa, Ásia e América do Norte.
As águas superficiais do oceano Ártico se misturam com as do oceano Pacífico através do estreito de Bering, mediante um canal apertado e pouco profundo, e também com as do oceano Atlântico através de um sistema de sills submarinos (elevações suaves) que se estendem desde a Escócia até a Groenlândia e, dali, até a Terra de Baffin. No oceano Ártico desembocam os rios Obi, Ienissei, Lena, Mackenzie, Coppermine e Back. A superfície total do oceano Ártico é de 14 milhões de km2, incluindo suas principais subdivisões, o mar do Pólo Norte, o mar da Noruega, o mar do Norte e o mar de Barents.
Aproximadamente um terço do fundo do oceano Ártico está coberto pela plataforma continental, que inclui uma extensa plataforma ao norte da Eurásia e outras mais estreitas da América do Norte e da Groenlândia. Em frente às plataformas continentais está a bacia do Ártico propriamente dita, subdividida em uma série de três elevações paralelas e quatro bacias (também chamadas de fossas oceânicas). A profundidade média do oceano Ártico é de 1.500 m e o ponto mais profundo está a 5.450 m de profundidade.
As ilhas do oceano Ártico se assentam sobre as plataformas continentais. Ao nordeste da Noruega se encontra o arquipélago de Svalbard; a leste estão a Terra de Francisco José, Novaia Zemlia, Severnaia Zemlia, o arquipélago de Nova Sibéria e a ilha de Wrangel, todas elas situadas ao norte da Rússia. As numerosas ilhas canadenses, inclusive o arquipélago Rainha Elizabeth, a ilha Vitoria e a Terra de Baffin, se encontram ao norte e a leste da terra firme do Canadá até a Groenlândia.
No oceano Ártico aparecem três tipos de gelo: gelo de terra, gelo de rio e gelo de mar. O gelo de terra entra no oceano sob a forma de icebergs, criados quando se rompem pedaços de geleiras. O congelamento da água doce e sua posterior condução até o oceano pelos rios produz o gelo de rio em pequenas áreas das plataformas da Sibéria e da América do Norte. O gelo de mar se forma pelo congelamento da água marinha.
A pesca só existe em quantidades comercialmente exploráveis nas zonas costeiras mais temperadas do oceano Ártico, em particular no mar do Norte e no mar de Barents.
Links:
Expo 98: Site oficial da Expo 98, a última exposição mundial do século XX, realizada em Lisboa, com o tema "Os Oceanos, um Patrimônio para o Futuro". Contém informações sobre os participantes, os pavilhões e as atividades programadas para os visitantes da mostra.
Instituto Oceonográfico: Site oficial do Instituto Oceonográfico da Universidade de São Paulo. Divulga os eventos promovidos, contém informações sobre o Museu Oceonográfico e permite o acesso às bases de pesquisa de Cananéia/Ubatuba.
Natureza e Homem: Site da fundação Nicolas Hulot para a natureza e o homem; principais temas: oceano e atmosfera, derivados da pesca, a cidade e os espaços naturais.
2007-05-31 02:46:21
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answer #1
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answered by Anonymous
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