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q fala sob os presidentes do Brasil de 1894 a 1930 e os principais acontecimentos de cada gorveno

2007-05-30 10:03:45 · 4 respostas · perguntado por erykasnype 1 em Ciências Sociais Outras - Ciências Humanas

mas e apartir de1894 a1930

2007-06-01 06:43:25 · update #1

4 respostas

a) 1894 - Prudente de Moraes - terceiro presidente do Brasil e primeiro civil a assumir este cargo. Prudente de Morais representava a ascensão da oligarquia cafeicultora ao poder nacional, após um período em que essa oligarquia mantinha-se dominando apenas o legislativo.

b) 1898 a 1902 - Campos Sales - Julgava que todos os nossos problemas tinham uma única causa: a desvalorização da moeda. Desenvolveu a chamada política dos governadores, através da qual tentou obter o apoio do Congresso através de relações de clientelismo e favorecimento político entre o governo central, representado por si próprio enquanto presidente, estados, representados pelos respectivos governadores, e municípios, representados pelos coronéis.

Na economia, Campos Sales decidiu que a resolução do problema da dívida externa era o primeiro passo a ser tomado. Em Londres, o presidente e os ingleses estabeleceram um acordo, conhecido como "funding-loan". Com esse acordo, suspendeu-se por 3 anos o pagamento dos juros da dívida; suspendeu-se por 13 anos o pagamento da dívida externa existente; o valor dos juros e das prestações não pagas se somariam à existente; a dívida começaria a ser paga em 1911, com o prazo de 63 anos com juros de 5% ao ano; as rendas da alfândega do Rio de Janeiro e Santos ficariam hipotecadas aos banqueiros ingleses, como garantia. Então, livre do pagamento das prestações, Campos Sales pôde levar adiante a sua política de "saneamento" econômico. Combateu a inflação, não emitindo mais dinheiro e retirando uma parte de circulação. Depois combateu os déficits orçamentários, reduzindo a despesa e aumentando a receita. Joaquim Murtinho, Ministro da Fazenda, cortou o orçamento do Governo Federal, elevou todos os impostos existentes e criou outros. Finalmente, dedicou-se à valorização da moeda, elevando o câmbio de uma taxa de 48 mil-réis por libra para 14 mil-réis por libra.

c) 1902 a 1906 - Rodrigo Alves - acontece a Revolta da Vacina; acontece a primeira revolta urbana; Rodrigo Alves fez como seu principal projeto a reurbanização do Rio de Janeiro, quer fazer do Rio uma cidade moderna, similar a Paris. O Rio era o cartão de visita do Brasil e era a capital. O centro do Rio possuía vários cortiços, eram casas de pobres. Rodrigo quer acabar com esses cortiços no centro e levar os seus moradores para fora da cidade, para a periferia, para os morros, surgem as favelas. Os moradores dos cortiços não queriam sair de suas casas, então, Rodrigo Alves cria o projeto “Bota Abaixo”, que expulsava as pessoas de suas casas e as destruía. Rodrigo Alves criou dois projetos: “Bota Abaixo” e “Saneamento”. O projeto de “Saneamento” era para controlar e erradicar doenças como a peste bubônica, a febre amarela e a varíola. Para efetivar esse projeto de “Saneamento” criou-se o Ministério da Saúde e o Ministro foi Oswaldo Cruz. Oswaldo Cruz lançou o projeto para erradicar a peste bubônica e a febre amarela. Criou-se os Soldados da Saúde e lançou-se projetos de saúde, como a destruição de bens, poços, para acabar com a pulga que proliferava a peste bubônica e para acabar ainda com o mosquito transmissor da febre amarela. Foi uma ação violenta.
Para acabar com a varíola importou-se vacina da França, mas importou-se poucas seringas. Importou seringas somente para os ricos, para a elite. Os pobres e a população em geral revoltaram-se com o método de vacinação da varíola, no qual a vacina era inserida num corte na virilha. A vacinação da varíola foi o pretexto da revolta, que durou 3 dias. A revolta da Vacina durou 3 dias;
a população revoltou-se contra a Reurbanização do Rio de Janeiro e contra a falta de respeito e a violência na aplicação do projeto de “Saneamento”; a população revoltou-se contra os projetos de Rodrigo Alves: “Bota Abaixo” e “Saneamento”.

d) 1906 a 1909 - Affonso Penna - Presidiu a Assembléia Consituinte de Minas Gerais, nos primeiros anos da república. Apesar de ter sido eleito com base na chamada política do café-com-leite, Pena realizou uma administração que não se prendeu de tudo a interesses regionais. Incentivou a criação de ferrovias, e interligou a Amazônia ao Rio de Janeiro pelo fio telegráfico, por meio da expedição de Cândido Rondon).

Fez a primeira compra estatal de estoques de café, transferindo assim, os encargos da valorização do café para o Governo Federal, que antes era praticada regionalmente, apenas por São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, que haviam assinado o Convênio de Taubaté. Modernizou o Exército e a Marinha por meio do general Hermes da Fonseca, e incentivou a imigração.

Seus ministérios eram ocupados por políticos jovens e que respeitavam muito a autoridade de Afonso Pena. Chegou mesmo a declarar, em carta a Ruy Barbosa, que a função dos ministros era executar seu pensamento: "Na distribuição das pastas não me preocupei com a política, pois essa direção me cabe, segundo as boas normas do regime. Os ministros executarão meu pensamento. Quem faz a política sou eu."

Em virtude de seu afastamento dos interesses tradicionais das oligarquias, Pena enfrentou uma crise por ocasião da sucessão. David Campista, indicado pelo presidente, foi rejeitado pelos grupos de apoio a Hermes da Fonseca (principalmente por Pinheiro Machado, mais influente congressista daquela época). Afonso Pena ainda tentou indicar os nomes de Campos Sales e Rodrigues Alves, sem sucesso. Em meio a tudo isso, iniciou-se também a campanha civilista, lançada por Ruy Barbosa.

e) 1909 a 1910 - Nilo Peçanha - Seu governo foi marcado pela agitação política em razão de suas divergências com Pinheiro Machado, líder do Partido Republicano Conservador. Graças à campanha civilista, os conflitos entre as oligarquias estaduais se intensificaram, sobretudo Minas Gerais e São Paulo. Nilo Peçanha criou o Ministério da Agricultura, Comércio e Indústria, o Serviço de Proteção aos Índios (SPI) e inaugurou no Brasil o ensino técnico. Passou pela crise da Primeira Guerra Mundial e iniciou o saneamento básico da Baixada Fluminense.

f) Hermes Fonseca - 1910 a 1914 - Apesar de ser bastante popular quando eleito, ao ter de lidar com o primeiro problema grave de sua gestão, a Revolta da Chibata, sua imagem ficou abalada rapidamente. Para conter o movimento ordenou o bombardeio aos portos. Logo outra revolta veio conturbar o seu governo, a Guerra do Contestado, que não chegou a ser debelada até o fim de seu governo. O mandato de Hermes da Fonseca, que terminou em 1914, caracterizou-se no quadro político principalmente pela Política das Salvações. Além disso, o governo teve que negociar outro "funding-loan" (negociado antes por Campos Sales), pois a situação financeira do Brasil não andava bem.

g) 1914 a 1918 - Wenceslau Braz - Promulgou o primeiro Código Civil brasileiro, que entrou em vigor em 1 de janeiro de 1916.

O torpedeamento de navios brasileiros, em 26 de outubro de 1917, por submarinos alemães, levou o Brasil a entrar na Primeira Guerra Mundial. Os navios brasileiros à procura de submarinos alemães travaram a Sangrenta Batalha do Toninhos, confundindo essa espécie de boto como seus inimigos, mataram dezenas deles.

Devido às dificuldades em importar produtos manufaturados da Europa durante o seu mandato, causadas pela guerra, Venceslau Brás incentivou a industrialização nacional, porém de forma inadequada, já que o país ainda era essencialmente agrícola, e o governo necessitava de armamentos bélicos que requeriam uma indústria mais sofisticada que a do Brasil de 1914.

h) 1918 a 1919 - Delfim Moreira - Seu curto mandato (que ficou conhecido como regência republicana) foi um período assinalado por vários problemas sociais, especialmente um grande número greves gerais. O presidente, no entanto, tendia a menosprezar essa crise, dizendo que as greves "não passavam de casos de polícia".

i) 1919 a 1922 - Epitácio Pessoa - Eleito Presidente da República, cargo que assumiu em 28 de julho de 1919, enfrentou um dos períodos políticos mais conturbados da Primeira República, com a Revolta do Forte de Copacabana, a crise das cartas falsas e a revolta do clube militar. Foi também uma época de problemas financeiros, sendo contratado um empréstimo com a Inglaterra para fazer frente a uma terceira desvalorização do café.

Seus principais atos como presidente foram :

- a construção de mais de 200 açudes no Nordeste(considerada a maior obra de seu governo);
- a criação da Universidade do Rio de Janeiro - erradamente considerada pelos historiadores oficiais da época como a primeira do Brasil, embora a Universidade do Paraná tenha sido criada quase uma década antes, em 1912 ;
- a comemoração do primeiro Centenário da Independência;
- a inauguração da primeira estação de rádio;
- a substituição da libra pelo dólar que passou a ser nosso padrão monetário;
- a construção de mais de 1000 km de ferrovias no sul do Brasil;


j) 1922 a 1926 - Arthur Bernardes - Participou da chamada Revolução de 1930, que deslocou a oligarquia paulista do domínio federal; no entanto, a seguir participou da Revolução Constitucionalista de 1932. Fracassado esse último movimento, Artur Bernardes foi obrigado a retirar-se para o exílio em Portugal.

l) 1926 a 1930 - Washington Luís - Enfrentou a crise internacional do café e a crise financeira internacional, em 1929, mas mesmo assim, com grandes dificuldades, tentou estabilizar a taxa de câmbio e equilibrar o orçamento nacional.

Uma de suas realizações foi a rodovia Rio-Petrópolis que, inaugurada em 1928, mais tarde receberia seu nome, considerada na época como uma grande obra da engenharia civil brasileira; um marco (muitos populares pensavam que as obras foram realizadas por norte-americanos ou outros estrangeiros). Terminou a Rodovia São Paulo-Rio, iniciada no seu mandato como presidente do Estado de São Paulo. Washington Luís foi exilado, vivendo muitos anos nos Estados Unidos da América e posteriormente na Europa.

m) 1930 - Menna Barreto - foi um militar brasileiro, um dos líderes da junta governativa que governou o país durante o periodo em que Washington Luís foi deposto, e Júlio Prestes impedido de assumir. Foi ainda nomeado interventor no Estado do Rio de Janeiro no ano de 1931.

n) 1930 - Isaías de Noronha - Tendo alcançado a patente de Almirante, foi um dos integrantes da junta governativa que governou o país quando da eclosão da Revolução de 1930, constituída assim que Washington Luís foi deposto e Júlio Prestes impedido de assumir.

o) 1930 - Augusto Fragoso - foi um militar brasileiro, chefe da Junta Governativa Provisória de 1930, que assumiu o governo do Brasil depois que Washington Luís foi deposto e o presidente eleito Júlio Prestes impedido de assumir.

A junta coordenada por Augusto Tasso Fragoso também era composta por Isaías de Noronha e Mena Barreto.

p) 1930 a 1934 - Getúlio Vargas - Às 3 horas da tarde de 3 de novembro de 1930, a junta militar passou o poder, no Palácio do Catete, a Getúlio Vargas, (que vestia farda militar pela última vez na vida), encerrando a chamada República Velha.

Getúlio Vargas cumpriu as principais promessas da Revolução de 1930:

1) Anistiou os revolucionários dos anos 1920 (Levante do Forte de Copacabana de 1922, Revolução de 1924 e da Coluna Prestes}.
2) Criou o voto secreto e o voto feminino, o Código Eleitoral e a Justiça Eleitoral, o que fez diminuir muito a fraude eleitoral.
3) Ampliou os direitos trabalhistas, formalizando-os pela CLT, instituída mais tarde em 1943.
4) Criou o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio (1930) e o Ministério da Educação e Saúde.

Durante o Governo provisório, Getúlio Vargas deu início à modernização do Estado brasileiro. Criou o código das águas, o código florestal, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a propaganda comercial nas rádios e a lei da usura (na verdade, um decreto) que proíbe os juros abusivos, não revogada até hoje.

Em 19 de março de 1931, foi editada a Lei de Sindicalização, tornando obrigatória a aprovação dos estatutos dos sindicatos trabalhistas e patronais pelo Ministério do Trabalho.

Em 1933 estabeleu junto à Igreja, a religão católica como a oficial do Brasil.

Entre 1937 e 1945, duração do Estado Novo, Getúlio Vargas deu continuidade à reestruturação do estado e profissionalização do serviço público, criando o DASP (Departamento Administrativo do Serviço Público) e o IBGE. Foram abolidos os impostos nas fronteiras interestaduais, já em 1931, e foi modernizado e ampliado o imposto de renda.

Foram criadas ainda a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), a Companhia Vale do Rio Doce, a Companhia Hidrelétrica do São Francisco e a Fábrica Nacional de Motores (FNM), dentre outros.

Foi criada uma nova moeda nacional, o cruzeiro, idealizado quando Getúlio fora ministro da Fazenda. Foi feita uma reforma ortográfica, em 1943, simplificando a grafia da língua portuguesa.

Decretou o Código Penal e o Código de Processo Penal e a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), todos até hoje em vigor.

Vargas criou a carteira de trabalho, a Justiça do Trabalho, o salário mínimo, a estabilidade do emprego depois de dez anos de serviço (revogada em 1965), substituída pelo FGTS, e o descanso semanal remunerado.

Regulamentou o trabalho dos menores de idade, da mulher e o trabalho noturno. Fixou a jornada de trabalho em oito horas diárias de serviço e ampliou o direito à aposentadoria a todos os trabalhadores urbanos.

2007-05-30 10:56:32 · answer #1 · answered by Mauricio 7 · 0 0

Prudente de Morais (1894-1898)Porém, o maior problema com que se deparou o governo de Prudente de Morais, foi a sangrenta campanha de Canudos. Antônio Conselheiro, líder messiânico, pregava entre jagunços a restauração da monarquia no Brasil. Canudos não representava um reduto monarquista, mas sim um modelo de sociedade alternativo ao que vinha se impondo à população. Ao invés da exclusão e das desigualdades, surgiu o modelo canudense, mais eqüitativo. A atração provocada nas populações dos arredores levou o governo a não aceitar tal sociedade alternativa. Na verdade a guerra ocorrida em Canudos poderia ter sido evitada com um mínimo de assistência social. Mas o governo preferiu causar um longo extermínio da cidade, povoada com pessoas que em verdade desconheciam a diferença entre Monarquia e República.
Sob a proteção do estado de sítio, rapidamente autorizado pelo Congresso, pôde então Prudente de Morais, com razoável energia, dedicar seu último ano de governo aos problemas da Administração Pública.


Rodrigues Alves(1902-1906)Durante o governo de Rodrigues Alves libertou-se o Rio da febre amarela, que todos os verões ceifava vidas. O grande plano de erradicação do terrível mal foi executado pelo médico e cientista brasileiro Osvaldo Cruz. Aperfeiçoando os processos usados pelos americanos em Cuba e nas Filipinas, Osvaldo Cruz conseguiu em1906, praticamente, livrar a cidade da doença, muito embora mais uma vez fossem utilizados métodos opressivos contra a população.
Revolta da Vacina (1904) - Houve também, durante o Governo de Rodrigues Alves, uma campanha pela obrigatoriedade da vacina de varíola. A população, manipulada pela oposição, revoltou-se contra a lei da vacinação obrigatória proposta por Osvaldo Cruz. Na verdade, a revolta deveu-se muito mais à desinformação da população e ao medo que esta tinha do governo, uma vez que estava acostumada a ser sempre agredida. Pensou-se que, em vez de vacina, o governo estaria injetando um vírus ou uma bactéria com o fito de matar os miseráveis. O governo, contudo, ao invés de esclarecer tais fatos, preferiu atacar violentamente os líderes do movimento.


Afonso Pena (1906-1909)Afonso Pena recebou o governo numa época de relativa prosperidade econômica, conquanto persistissem velhos problemas nacionais como a miséria das classes proletárias, a corrupção política e a formação de oligarquias provinciais. A antiga aristocracia rural da cana-de-açúcar decaíra completamente; os patriarcais fazendeiros de café começaram a sofrer a concorrência das novas classes urbanas e industriais que procuravam afirmar-se na direção política. Realizou-se em 1908 a grande Exposição Nacional, que, comemorando o centenário da lei da abertura dos portos do Brasil, procurava propagandear o "progresso" do país

Nilo Peçanha (1909-1910)Durante o curto período de seu governo, foi criado o Serviço Nacional de Proteção ao Índio, cuja direção foi entregue ao então coronel Cândido Rondon, a quem tanto deve o país na obra de integração do selvagem brasileiro na civilização. Os silvícolas haviam sido esquecidos pelo governo desde a invasão portuguesa na América. Em 1967, o Serviço mudou de nome para FUNAI.

1a Crise do Café-com-Leite - No seu governo desenvolveu-se a campanha eleitoral do período seguinte, surgindo a primeira crise do café-com-leite. Os estados de São Paulo e Minas Gerais, que se alternavam no poder, não chegaram a um acordo acerca da sucessão presidencial. Isso ensejou o surgimento de uma oposição um pouco mais consistente. Dois candidatos se apresentaram: Rui Barbosa, defendendo o civilismo, isto é, a predominância civil no governo da República; e o marechal Hermes da Fonseca, elemento de prestígio no seio das classes armadas. Venceu o candidato militar. A República do Café-com-Leite (a alternância entre MG e SP) atravessaria dias difíceis.

Hermes da Fonseca (1910-1914)Revolta da Chibata (1910) - Logo nas primeiras semanas do governo Hermes da Fonseca, os marinheiros dos maiores navios da esquadra amotinaram-se revoltados contra o regime de castigos corporais ainda vigente na Marinha. Ameaçando bombardear a cidade foram anistiados pelo governo, que, escarmentado, puniu, posteriormente, com excessiva severidade, os implicados em uma nova revolta surgida a 9 de dezembro entre os fuzileiros do quartel da Ilha das Cobras e a tripulação do "scout" Rio Grande do Sul.
A Revolta do Contestado - O governo Hermes da Fonseca teve de enfrentar um problema semelhante ao de Canudos. Nas regiões limítrofes do Paraná e Santa Catarina, o fanático João Maria, apelidado o Monge, instalara-se na região do Contestado, zona disputada pelos dois Estados. Em pouco tempo milhares de sertanejos sulinos congregaram-se em torno do Monge, repetindo-se o drama dos sertões da Bahia. Diversas expedições militares foram enviadas, sem resultado, para combater os fanáticos. Somente no quadriênio seguinte é que uma divisão composta de mais de 6 000 soldados, sob o comando do general Setembrino de Carvalho, conseguiria dispersar, matando ou expulsando, os seguidores de João Maria. A área era cobiçada por empresas estrangeiras, devido à riqueza em madeira e em erva-mate.
Economia e Política - O desenvolvimento econômico do país sofreu seriamente os efeitos da instabilidade política. Retraíram-se os capitais europeus. O Norte sofreria, impotente, a concorrência da borracha asiática, encerrando-se a efêmera fase do progresso que vivera a Amazônia. Com suas receitas diminuídas, sem exportações, viu-se o governo na contingência de negociar um novo "funding loan", empréstimo que comprometeria ainda mais as abaladas possibilidades financeiras do país. Pacto de Ouro Fino - Os paulistas e os mineiros, que se haviam confrontado na eleição presidencial anterior, pactuam um novo acordo, superando a primeira crise da política do Café-com-Leite.

Wenceslau Brás (1914-1918)Industrialização - Perturbado o comércio internacional, nossas exportações haviam caído assustadoramente. O prolongamento do conflito daria entretanto ao Brasil algumas oportunidades comerciais; gêneros alimentícios e matérias primas encontrariam sempre compradores dispostos a pagar altos preços. Além disso, a impossibilidade de importar produtos fabris gerou um surto industrial significativo. Muito embora acidental e não planificado, o avanço industrial representou uma mudança importante em nossa estrutura tradicionalmente agrícola. Ainda no quadriênio de Venceslau Brás deve ser registrada a pacificação do Contestado, região nos limites entre os Estados do Paraná e Santa Catarina. Conseguiria o Presidente dirimir a pendência entre as duas unidades da Federação. A 20 de outubro de 1916 foi assinado no Rio de Janeiro um tratado que encerrava definitivamente a questão.

Lamentavelmente, nos últimos meses do governo de Venceslau Brás, o país foi atingido pela terrível epidemia conhecida pelo nome de "gripe espanhola". Mataria cerca de 15 000 pessoas. Era uma das lastimáveis conseqüências dos gases oriundos da 1a Guerra Mundial.

Código Civil Brasileiro - É de se assinalar a promulgação do Código Civil Brasileiro. Após mais de 15 anos em tramitação no Congresso, o Código redigido por Clóvis Beviláqua foi promulgado em 1916, entrando em vigor em 1o de janeiro de 1917. De lá pra cá, porém, já houve inúmeras tentativas de criar-se um novo código, mas até o momento foram tentativas frustradas.

Epitácio Pessoa (1919-1922)Nordeste - Por ser nordestino, levou a cabo algumas obras contra a seca. Foram construídos 205 açudes e 220 poços e acrescidas de 500 quilômetros as vias férreas locais. Isso, no entanto, não bastou para satisfazer a insustentável situação de penúria da população local.

Cuidou também da economia cafeeira, conseguindo manter em nível compensador os preços do nosso principal produto. No início de seu governo, compreendendo que a prosperidade decorrente dos negócios efetuados durante a guerra tinha bases acidentais e transitórias, empreendeu uma severa política financeira, chegando mesmo a vetar leis de aumento de soldo às Forças Armadas.
Semana de Arte Moderna (1922) - Seu governo foi marcado por intensa agitação política. No campo artístico, destacou-se a Semana de Arte Moderna, ocorrida em São Paulo, que buscava instituir novo modo de fazer arte neste país. Pretendiam fugir das concepções puramente européias e criar um movimento tipicamente nacional. O radicalismo da fase inicial do movimento chocou inúmeros setores conservadores, que se viram ridicularizados pelos novos artistas. Lideravam o movimento modernista Oswald de Andrade, Mário de Andrade, Manuel Bandeira, entre outros. No governo de Epitácio Pessoa, as comemorações do centenário de nossa Independência foram marcadas pela realização de uma grande Exposição Internacional, visitando nessa ocasião o Brasil o presidente da República Portuguesa, Antônio José de Almeida. Pouco antes, havíamos recebido a visita do Rei dos belgas, Alberto I. Em relação à família imperial brasileira, teve Epitácio Pessoa um gesto simpático, revogando a lei de banimento.
Partido Comunista Brasileiro - No campo político, válido é assinalar a fundação do Partido Comunista Brasileiro (PCB) em 1922. Trouxe grande repercussão o novo partido, já que deu nova orientação e organização ao movimento operário. Os trabalhadores, influenciados pelos ideais da Revolução Russa de 1917, superaram o anarquismo, partindo para um opção mais palpável: o socialismo. As oligarquias, naturalmente, não viam com bons olhos a organização proletária, buscando dificultar ao máximo sua atuação.

Reação Republicana - O final de sua administração, politicamente, foi agitadíssimo. A campanha do futuro presidente Artur Bernardes foi desenvolvida em meio a permanente ameaça revolucionária. Os Estados do Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Bahia e Pernambuco não concordam com a candidatura oficial de Artur Bernardes e lançam a candidatura de Nilo Peçanha, caracterizando uma segunda crise na política das oligarquias.

Revolta dos 18 do Forte de Copacabana - A 5 de julho de 1922, uma revolta irrompeu no Forte de Copacabana, com a adesão do Forte do Vigia e dos alunos da Escola Militar. Foi o primeiro levante tenentista da História brasileira. Visavam os revoltosos a derrubar o governo de Epitácio Pessoa e a impedir a posse de Artur Bernardes. A maior parte dos inúmeros oficiais que haviam acordado a revolta, no entanto, desistiu. Apenas dezessete oficiais optaram por manter a rebelião, obtendo o apoio de um civil. Os dezoito amotinados, com um idealismo inacreditável, saíram pela praia de Copacabana em busca de seus objetivos, o que resultou no enfrentamento com o restante do exército. Foram metralhados. Dezesseis morreram; os outros dois, muito embora baleados, sobreviveram

Artur Bernardes (1922-1926)A revolução gaúcha de 1923

Desta vez, a reeleição não foi assimilada pacificamente. Estourou uma revolução, com Assis Brasil ao centro, mas retirando de suas tocas as velhas raposas que dominavam em várias regiões do Estado, muitas delas vindas da Revolução Federalista de 1893. Destaca-se o general Honório de Lemes. Ignorante, semi-analfabeto, mas com uma habilidade inata para a guerra, conhecedor da topografia como nenhum outro, o general tinha seu próprio exército, formado principalmente de lanceiros, homens que ninguém vencia no combate corpo a corpo ou à pequena distância, até onde alcançassem suas longas e poderosas lanças. E depois, a degola dos feridos, conforme tradição gaúcha, para que estes não lhes viesse interceptar o caminho mais tarde.

O grito de guerra partiu de Passo Fundo, dado pelo deputado Artur Caetano que, em 24 de janeiro de 1923, enviou um telegrama ao presidente da República, informando que estava se movimentando com 4.000 revolucionários os quais só deixariam as armas quando Borges, por sua vez, deixasse o poder.

Essa guerra civil, como conta Batista Luzardo, "alimentada a churrasco, fumo e mate, e cuja característica foi a mobilidade das unidades em campanha, teve como chefes supremos Borges de Medeiros, do lado governista, assessorado pelo comandante da Brigada Militar, Cel. Afonso Emilio Massot, e por vários oficiais de Exército, instrutores; e do lado revolucionário, Assis Brasil, na liderança teórica, e os caudilhos Honório de Lemes (fronteira do sudoeste), Leonel Rocha (região norte), Estácio Azambuja (região centro-sul), José Antônio Neto (Zeca Neto, região sul). Os comandantes republicanos foram Firmino de Paula, Flores da Cunha, Juvêncio Lemos, Firmino Paim Filho e Claudino Nunes Pereira."

Washington Luís (1926 -1930) O racha das oligarquias - Politicamente também não ia bem o regime. A representação popular havia sempre sido uma farsa. As fraudulentas eleições, feitas pelos chefes políticos ou "coronéis", se por um lado mantinham no poder seus representantes, por outro provocavam um natural desejo de reformas, que encontraria eco, sobretudo, entre a oficialidade mais jovem. Gerou-se assim o "tenentismo" que admitia ser a corrupção o vício fundamental do regime, contra o qual, aliás, estruturalmente nada de especial tinha a opor. Só posteriormente é que os líderes tenentistas aderiram a propostas mais concretas, tanto comunistas como nazi-fascistas.

A escolha dos candidatos à sucessão presidencial funcionará como um estopim para a mais importante revolução da História republicana. Apresentavam-se como prováveis candidatos Júlio Prestes, Getúlio Vargas e Antônio Carlos de Andrada.
A Crise de 1929 - Ao chegarem ao Brasil os efeitos do colapso da Bolsa de Nova York (outubro de 1929), aumentaram as possibilidades de uma solução armada. A crise de 1929 alastrara-se pela Europa, atingindo também São Paulo, como tradicional fornecedor de café aos países estrangeiros conturbados financeiramente pela grande depressão. O Brasil perdeu o seu maior mercado consumidor: Os EE.UU. Enfraquecera-se, pois, o Estado no qual o governo federal depositava suas esperanças. Os créditos internacionais foram suspensos. A política de valorização do café entrou em colapso, afundando o restante da economia nacional.

Espero muito ter ajudado é o pouco que sei, portanto leia antes para ver se é o que precisa boa sorte.

2007-05-30 18:06:45 · answer #2 · answered by Anonymous · 0 0

Olha vc pode procurar no site da Wikipedia, vou te mandar o link já na página que fala nisso, tá?
aó vc vai vendo o governo de cada um... acho que vai ajudar...

http://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_presidentes_do_Brasil

2007-05-30 17:16:28 · answer #3 · answered by Josy 3 · 0 0

Wikipédia, Google, Yahoo cadê...

Eh só saber procurar q vc acha!

2007-05-30 17:15:11 · answer #4 · answered by Criss 4 · 0 0

fedest.com, questions and answers