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Faz um ano q os exames dela só vem dando positivo, só q ela ta saudavel, feridas q raramente saem cicatrizam e somem. Pêlos lindos, olhos tudo nos conformes. Alguem tem alguma noção do que possa ser? Ou é assim mesmo demoraaaaaaaa para aparecer?!
Obrigada

2007-05-24 03:19:58 · 3 respostas · perguntado por Totalmente D+ 3 em Animais de Estimação Cães

3 respostas

No Brasil, esta doença causa grande polêmica, visto que envolve seres intimamente relacionados: os cães e os humanos. Tanto o homem quanto o cachorro podem ser portadores e hospedeiros do parasita, e ambos sujeitos a desenvolver as formas visceral e cutânea da doença.


O cão funciona como reservatório da doença(fonte de infecção para o inseto) assim como os animais silvestres (roedores, gambás, primatas, preguiça), e também o homem. No entanto, o cão doméstico é considerado, por vários autores, o mais importante reservatório, pois apresenta grande quantidade de parasitas na pele.

Os sintomas da doença nos cães pode ser muito variável, pois depende da competência imunológica de cada animal. Existem alguns que são infectados e conseguem permanecer sem apresentar sinais da doença por meses (e até anos). Outros, menos competentes, apresentam sinais clínicos graves como: crescimento exagerado das unhas; feridas no focinho, no cotovelo, na ponta da orelha, e na cabeça; sangramento nasal; emagrecimento acentuado, descamação, queda de pelos e caspas pelo corpo; anemia; lesões oculares; lesões renais; e, por último, a morte do animal. Há também exemplares que possuem uma certa resistência ao parasita, apresentando uma cura espontânea. “É o que ocorre nas outras espécies como, por exemplo, felinos, eqüinos e outros. Eles também podem ser infectados pelo inseto; porém, apresentam competência para destruir o parasita. Na Itália, existe uma raça de cães – Ibizan Houd – que é a única descrita como resistente à Leishmaniose”, explica o especialista.

Segundo Fábio Nogueira, não há nenhum trabalho científico quanto à predisposição racial. No entanto, em sua experiência clínica, o especialista observou, ao longo dos anos, que Rotwailer, Dobermann, Boxer e Dachshund são mais infectados. “Talvez isto aconteça devido a maior exposição ao vetor, visto que estes animais ficam constantemente no quintal”, explica.



DIAGNOSTICANDO A DOENÇA

Existem vários métodos para realizar o diagnóstico, sendo que todos apresentam suas limitações e podem revelar resultados falso-negativos. “O diagnóstico pode ser feito através de provas sorológicas, que visam à detecção da presença de anticorpos anti-leishamania; provas parasitológicas (citologia aspirativa, imunoistoquímica) em que verificamos a presença do parasita; e provas moleculares (PCR), comparando o DNA parasitário”.

O importante é nunca confiar em apenas um exame positivo! “Estamos verificando em diversas cidades do interior do Estado de São Paulo uma “chacina” acentuada de Animais, sendo que muitos são mortos sem apresentar a doença”, alerta.

Essa chacina à qual me refiro é reflexo de uma lei de vigilância sanitária, que obriga o sacrifício dos cães infectados.

O Manual de Vigilância e Controle da Leishmaniose Visceral feito pelo Ministério da Saúde – que por sinal é muito antigo – visa ao tratamento gratuito da Leishmaniose humana, ao controle vetor inseto, através de inseticidas, e ao controle do reservatório domestico através da eutanásia dos cães soropositivos.

Entretanto, o programa que visa à eliminação de cães soropositivos apresenta menor suporte técnico-científico dentre as medidas, pelo fato de existirem vários pontos conflitantes.

“Alguns destes pontos que podemos citar são: não há correlação espacial entre a incidência cumulativa de leishmaniose humana com a soroprevalência canina, ou seja, em muitas regiões onde ocorreram casos humanos, não existiam cães positivos; a grande velocidade em que a população canina é resposta – ninguém vai deixar de ter cão, e, a partir do momento em que a pessoa sacrifica seu animal, imediatamente ela preenche o vazio com outro, que vai ficar no mesmo meio exposto ao mesmo vetor; a baixa eficiência dos testes sorológicos utilizados em inquéritos epidemiológicos para detectar a doença canina; a demonstração de que outros reservatórios podem servir de fontes de infecção da doença; e a inexistência de um trabalho científico que demonstre vantagens na eliminação dos cães para o sucesso do programa”, aponta o doutorando na doença.

Outro fenômeno observado nas regiões endêmicas é a população que, com medo de ter seu animal sacrificado, o transporta para outras regiões, disseminando, assim, a doença. “O controle do vetor não é realizado. É mais cômodo, barato, e aparece mais sacrificar o animal”.

Embora muitos médicos veterinários estejam mudando sua opinião em relação a eutanásia dos cães doentes, alguns ainda defendem o método como o mais indicado.

“O tratamento canino não obtém em geral a cura completa, mas pode oferecer uma boa qualidade de vida e maior longevidade aos animais afetados. Por isso, é de suma importância uma avaliação minuciosa do estado de saúde do animal que receberá o tratamento. O médico veterinário possui uma ampla gama de protocolos e medicações para escolher ao planejar o tratamento. Com base no estado geral do cão é feita a opção por determinados agentes contra a Leishmania”.

Muitos animais se encontram debilitados demais para receber o tratamento. Nestes casos, a eutanásia executada de maneira humanitária é o recurso mais indicado.

“Todos os tratamentos conhecidos não promovem a cura completa do animal, e os proprietários de cães precisam ter muita responsabilidade ao optar por tentar o tratamento de um cachorro positivo. Esse procedimento exige dos proprietários um compromisso de cuidados especiais com os animais infectados e também com o ambiente onde vivem, pois o cão continua sendo portador da doença e reservatório da Leishmania”.



A LEISHMANIOSE NO HOMEM

No homem, é possível detectar sinais da doença, tais como febre, emagrecimento, tremores e calafrios, dor no corpo, anemia, alterações nas plaquetas, crescimento importante do baço e do fígado e, se não tratada, a morte. O homem também apresenta uma boa competência imunológica e a doença atinge na maioria das vezes crianças e idosos desnutridos, HIV positivos, pacientes sofrendo de neoplasias e utilizando quimioterápicos. “Isto ocorre porque essas pessoas apresentam um sistema imunológico deficiente. O tratamento humano normalmente apresenta uma boa resposta, sendo que os casos de morte verificados ocorrem devido à demora no diagnóstico, ou mesmo à cardiotoxicidade e nefrotoxidade das drogas utilizadas. Ou seja, às vezes os próprios remédios utilizados para a cura debilitam o coração e os rins”, explica Nogueira.

Vale lembrar que o homem também funciona como reservatório da doença e a transmissão só ocorre por inseto infectado.



TRATANDO A DOENÇA

O tratamento dos cães sempre existiu. Porém, no Brasil, ele não é amplamente realizado. No Site da Organização Mundial de Saúde (OMS) não é recomendado o tratamento (embora não seja proibido), pois vê a eutanásia dos cães como uma medida que apresenta limitações no controle da doença.

Em Países como Espanha, França, Itália, entre outros, onde a doença é freqüente, o tratamento dos cães é realizado. Inclusive, recentemente surgiram no mercado rações terapêuticas, específicas, porque cães que apresentam Leishmaniose, necessitam de um suporte nutricional adequado durante o tratamento.

“Medicamentos específicos para cães são comercializados normalmente. O problema é que o tratamento é longo, depende muito da responsabilidade do proprietário e, conforme o porte do animal, pode apresentar custo elevado. Mas o Conselho Federal de Medicina Veterinária proibiu a utilização do Glucantme para animais”, já que se trata de uma droga de escolha para o tratamento da Leishmaniose humana. Há um receio de que se possa obter resistência parasitária e depois não funcione mais para tratar o homem.

A Leishmaniose sempre foi negligenciada pelos profissionais da saúde. Ela é considerada uma das seis mais importantes endemias do mundo. Mas, mesmo assim, não se observam pesquisas envolvendo a Leishmaniose e a descobertas de novas drogas. A droga de escolha (Glucantime) já vem sendo utilizada há mais de 60 anos. Infelizmente, esta é uma doença de uma classe social menos favorecida “, o que lamento.

Recentemente, vem sendo utilizada outra droga para o tratamento humano, que é a anfotericina lipossomona, mais eficiente e com menos efeitos tóxicos.

2007-05-24 11:34:51 · answer #1 · answered by Anonymous · 0 0

já perdi um cachorro com está doença quando eu morava em Bauru sp, a doença ficou encubada mais oumenos uns 18 meses dava positivo mas não era assintomatica , só que quando manifestou o processo foi rápido demais .
hoje moro em Recife mas não quero ter mais cachorro sofri muito com a perda .

2007-05-24 12:38:47 · answer #2 · answered by cido_dalmeida 4 · 0 0

A Leishmaniose é uma doença ingrata. Tenho uma amiga que já perdeu 2 cães. O que acontece que muitos tem a doença e muito lentamente ela vai consumindo o cão. Os órgãos internos vão aumentando e necessariamente o cão não precisa estar com aspecto de doente. O único caminho para essa doença é o sacrificio porem há quem opte em acompanhar a doença em seu cão e proporcionar que ele não chegue ao sofrimento. Quando chegar nessa fase, aí sim, leva-o ao sacrifício que será a maneira mais nobre de voce demonstrar seu amor pelos animais.
Não sofra, curta os momentos com seu animalzinho para que ele seja feliz e bem cuidado pelo tempo que ele puder ter uma vida normal.
Minha amiga cuidou normalmente de seu cão por quase 1 ano e no dia 3 de maio ele não quiz mais se alimentar e foi ficando abatido e ela o levou ao veterinário para o sacrifício que nada mais é que uma anestesia em maior quantidade e ele não sofrerá, só nós que sentimos muito.

2007-05-24 12:24:02 · answer #3 · answered by Frida 3 · 0 0

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