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2007-04-25 10:46:51 · 2 respostas · perguntado por Darkme 3 em Ciências Sociais Sociologia

2 respostas

Toda ela de certa forma, o darwinismo social no sentido evolutivo (ou seletivo se você for mais pessimista) entre os competidores onde apenas o mais forte (ou mais adaptado melhor dizendo) sobrevive, já foi uma idéia inclusive abraçada por vários economistas até aproximadamente meados do século XX, que tratavam do capitalismo como darwinista.

Mas temos que pensar que do ponto de vista social, todo ser humano deveria oferecer algum tipo de contrapartida à comunidade em que vive. Se o nome desta contrapartida for "trabalho", então teoricamente todo mundo deveria sim exercer algum tipo de "trabalho", a fim de obter o retorno de acordo com seus méritos - o que infelizmente não é perfeitamente possível no Brasil em virtude daquelas razões já bastante conhecidas (distorção na provisão de educação, fraco crescimento econômico e na geração de empregos, entre tantos outros), ocasionando o chamado "canibalismo” profissional, onde mesmo cidadãos com níveis técnico / superior encontram dificuldades de emprego.

Entretanto, olhando sob uma perspectiva mais ampla, veremos que cada vez mais o tal do trabalho está dissociado da palavra emprego, que está cada vez mais incerto e fluido

Portanto, podemos talvez imaginar uma sociedade que evolua para um patamar alto de produtividade, onde independente das desigualdades cada pessoa tivesse condições mínimas de obter comida e abrigo, com o Estado provendo adequadamente Saúde, Educação e Segurança, o indivíduo teria plenas condições de seguir sua vocação sem que fosse necessário ceder às pressões econômicas do dia a dia, de buscar seu ganha pão, pervertendo seus ideais e até mesmo seus talentos à custa da sobrevivência.

Levaríamos então a todos os cidadãos as mesmas alternativas que já existem para os filhos das famílias mais abastadas, que na verdade não precisam trabalhar para viver, e podem escolher o que vão fazer, e seguir apenas a atividade que lhes dá prazer e acaba dando também retorno financeiro – sem um predatismo entre os habitantes -

Para entender melhor o que estou falando, imaginem se o SUPLA seria um cantor se tivesse nascido como filho de um cortador de cana no interior de Pernambuco (até poderia ser, mas certamente as dificuldades seriam maiores e as oportunidades infinitamente menores), o mesmo podemos dizer de um Ayrton Sena (filho de empresário que financiou seu início de carreira), ou um Torben Grael (quanto custa cada veleiro?), ou mesmo um Roberto Setúbal (será que se não fosse filho do dono chegaria à posição de presidente do banco Itaú?). Com estes comentários não quero tirar o valor pessoal e o talento que cada um destes expoentes e grandes talentos dos seus setores de atividade possuem, mas apenas mostrar que provavelmente existem milhares de talentos como eles escondidos em escritórios ou mesmo transportando documentos em suas motos no transito caótico das nossas cidades, e que nunca poderão "chegar lá", pela pura e urgente necessidade de sobreviver e alimentar (a si mesmo e à família muitas vezes) batalhando em nossa difícil, violenta e precaria realidade brasileira.

Bom, acho que é isso. Eu acredito em resumo que provavelmente em uma sociedade mais evoluída, não seremos "obrigados a lutar" para trabalhar para conseguir o direito de sobreviver, mas sim OPTAREMOS por trabalhar e ter prazer nas atividades onde nos realizaremos como seres humanos, seja como PARAQUEDISTA, ALPINISTA, ou mesmo como MÉDICO SEM FRONTEIRAS, enfim.

Acho que é isto.

Abraços.

2007-04-25 14:06:21 · answer #1 · answered by ஃ panen et circenses ஃ 7 · 5 0

História política e social.

2007-04-25 20:31:14 · answer #2 · answered by Peteleco 7 · 1 0

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