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Floricultura
Caracterização
Atualmente existem no Brasil cerca de 5.260,0 ha de área com o cultivo de flores e plantas ornamentais. A maior parte (60%) é destinada à produção de flores, e os outros 40% são destinados a plantas ornamentais. Aproximadamente 1.300 ha do cultivo de flores se realizam em ambiente protegido (em estufas). A atividade está presente em mais de 3.500 propriedades rurais e proporciona mais de 26.000 empregos diretos no campo, em todo o paÃs.
O seu Valor de Produção está estimado em R$ 444,4 milhões, sendo que a maior parte dele (81%) é gerada no Estado de São Paulo
O agronegócio da floricultura nacional é expressivo e tem aumentado muito nos últimos anos. Atingiu no ano, R$1,5 bilhões. Ele é responsável por cerca de 40.000 empregos diretos nos demais elos de sua cadeia produtiva: fornecimento, distribuição, transporte, comércio varejista e arte floral. Esse número se amplia bastante nos perÃodos festivos do calendário brasileiro: Páscoa, Dia das Mães e dos Namorados, Finados, Natal e Ano Novo. Ocasiões em que os quase 12.000 pontos de venda de flores e plantas ornamentais, existentes no paÃs, necessitam aumentar a força de trabalho, ampliando o mercado para floristas e entregadores em até 100%. Em termos de inferências produtivas fiscais: ICMS, PIS/CONFINS, FUNRURAL e outros, estima-se que propicie à União, Estados e municÃpios, a arrecadação de recursos na ordem de R$ 235, 5 milhões.
A floricultura nacional se faz presente também nas exportações. Contribuiu em 1999 com cerca de US$ 13,1 milhões na balança comercial brasileira.
A qualidade dos gêneros e espécies das flores do Brasil fez com que alguns deles fossem incluÃdos em um programa especÃfico de exportação. Baseado na tendência de crescimento da oferta de flores brasileiras no mercado mundial, o Instituto Brasileiro de Floricultura - IBRAFLOR, Campinas-SP, através da Agência de Promoção e Exportação - APEX, lançou um Programa Setorial Integrado de Promoção e Exportação de Flores e Plantas Ornamentais, denominado FLORA BRASILIS. Este programa tem como premissa a formação, capacitação e treinamento de mão-de-obra, bem como a qualificação dos produtos com "Selo de Qualidade Nacional". Pretende-se com isso, criar bases de produção como forma de garantir a participação do paÃs em feiras e eventos internacionais. Visa também ampliar as exportações brasileiras dos US$ 13 milhões, alcançados em 1999, para US$ 80 milhões até o ano 2005. Os mercados previstos para serem atendidos com este programa são: Alemanha, Estados Unidos, França, Holanda e Japão, seguidos de SuÃça, Itália, Bélgica, Ãustria, Canadá e Inglaterra.
No programa FLORA BRASILIS, vários pólos foram eleitos, onde as bases produtivas já estão organizadas. O Estado do EspÃrito Santo encontra-se em um desses pólos, em função da expressiva produção de rosas, sendo considerado “Referência Nacional” na produção de OrquÃdeas, cuja tradição se acumula desde a década de 50. O Estado possui 500 aficcionados colecionadores de orquÃdeas, ávidos por uma oportunidade de poder exportar suas plantas para o exterior. O EspÃrito Santo também se destaca na exportação de copos de leite e folhagens para São Paulo, e bulbos e rizomos de helicônias para o Paraná. Também, é significativo o crescimento dos plantios de gypsophila, gérberas, crisântemos, amarilis, liziantus, entre outras.
São os seguintes os pólos do Programa FLORA BRASILIS. Pólos de Produção Selecionados - Floricultura:
- Amazonas e Pará * Pernambuco e Alagoas
- Bahia e EspÃrito Santo * Rio de Janeiro
- Ceará * Rio Grande do Sul
- Goiás e Distrito Federal * Santa Catarina
- Minas Gerais * São Paulo I
- Paraná * São Paulo II
O agronegócio Flor e Plantas Ornamentais movimenta no mercado mundial US$ 25 bilhões/ano. No fluxo do comércio internacional, faz girar U$ 6,7 bilhões. Este fluxo entretanto, praticamente se restringe a paÃses como Holanda, Colômbia, Itália, Dinamarca, Bélgica, Quênia, Zimbábue, Costa Rica, Equador, Austrália, Malásia, Tailândia, Israel, EUA (HavaÃ).
O Brasil pretende se tornar um grande produtor e exportador de flores e plantas ornamentais. O seu programa dá ênfase à organização de informações nas diversas etapas da cadeia produtiva, pois há carência de dados estatÃsticos para se fazer um diagnóstico preciso, à exceção de São Paulo, com vista a um mapeamento correto da atividade em todo o paÃs.
A atividade tem como barreira cognitiva, o fato de que os conhecimentos tecnológicos disponÃveis são restritos a produtores individuais. Estes conhecimentos ainda não estão disponÃveis em universidades, faculdades de agronomia, escolas agrotécnicas e outras.
Pode-se acrescentar que, o nÃvel de conhecimento técnico dos profissionais que cuidam da profissionalização dos produtores rurais sobre a atividade é insuficiente.
O negócio de floricultura, apesar de ser bastante difundido, principalmente nos Estados do Sul do paÃs, ficou restrito a poucos grupos de produção. Não se publicou material instrucional e didático em número suficiente e com qualidade para atender à s inúmeras espécies da flora brasileira passÃveis de serem exploradas comercialmente. Soma-se a isso, a inexistência de Sistemas de Produção e Normas e Padrões de Qualidade para a maioria das plantas e flores, diante do expressivo número de espécies que são cultivadas .
A pesquisa existente no Brasil é dispersa. Não existia até bem pouco tempo uma polÃtica federal e estadual voltada especificamente para o assunto. Além do que, não se dispunha de linhas de crédito especificas para custeio e financiamento da atividade no campo e nos demais elos da cadeia produtiva e, muito menos, para as ações de pesquisa, assistência técnica e extensão rural. Isto se faz necessário diante dos problemas de pragas e doenças que existem já na fase de produção.
A caracterÃstica marcante da atividade é o fato dela poder ser explorada em pequenas frações de áreas das propriedades. Indo além do tamanho da área do quintal, chácara, sÃtio e fazenda; é conduzida principalmente pelas mulheres, que sempre tiveram o hábito de plantar flores e plantas ornamentais no entorno de suas moradias. Um hábito que se transferiu para as cidades com as migrações e o êxodo rural, dando origem ao hábito de cultivar e manter jardins e plantas em vasos que, com o tempo, se modificou, com a expansão imobiliária nos grandes centros urbanos, derivando-se para o consumo de flores frescas e plantas em vasos, passando, mais tarde, para flores e plantas artificiais mais baratas e duráveis. Um hábito inerente ao próprio comportamento das mulheres e que garante a sustentabilidade desta atividade.
Pela falta de dados nos últimos cinco anos que possam aferir a tendência de demanda no setor, não se pode afirmar que a floricultura capixaba está em plena expansão. Mas há indicadores, embora dispersos, que permitem antever a possibilidade de algum crescimento no setor. Basta citar o consumo de algumas flores e plantas em vasos e plantas ornamentais arbustivas no mercado da Grande Vitória e grandes cidades do interior. No mercado do EspÃrito Santo são consumidas anualmente em torno de 300.000 dúzias de rosas, 100.000 dúzias de crisântemos, 10.000 dúzias de antúrios, 46.000 de gypsophila, e 150.000 vasos de crisântemos, kalanchoe, gérberas, etc. Parte delas provém de municÃpios da região serrana do EspÃrito Santo. Mas os distribuidores importam quase que 80% do que necessitam de flores e plantas ornamentais, para suprirem o mercado por falta de produção interna.
São importadas cerca de 250.000 dúzias de flores de corte, 150.000 unidades de flores envasadas, 60.000 caixas de plantas para forramento (forração) e 300.000 unidades de plantas ornamentais arbustivas, perfazendo cerca de 5 caminhões “trucados” por semana. Tudo isso se traduz numa evasão de divisas estimada em aproximadamente R$ 15,2 milhões/ano.
O Estado do EspÃrito Santo possui cerca de 200 pontos de vendas de flores e plantas ornamentais. Oitenta por cento deles localizados na Grande Vitória (Vitória, Vila Velha, Cariacica, Viana, Serra, Fundão e Guarapari, onde concentram-se quase 1.500.000 habitantes. Os 20% restantes estão localizados nos municÃpios do interior, principalmente Cachoeiro de Itapemirim, Colatina e Linhares.
2007-04-17 11:29:11
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answer #3
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answered by Ricardão 7
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