Segundo os especialistas em comportamento humano, pessoas mal resolvidas interiormente, ou ainda, frágeis em seu amor próprio, descarregam toda a sua motivação de vida em um relacionamento. A tendência é “sugar” o outro até as últimas conseqüências. O ciúme torna-se o ponto-chave da relação. Popularmente, usa-se o termo “amar demais”. Já os terapeutas o classificam como um problema de ordem psicológica, de grave repercussão.
“Existe um ponto em comum em todas as situações que despertam o ciúme: o fato de não ter o controle sobre as ações e os pensamentos do outro, de não admitir que o outro é um ser individual, autônomo e que sua individualidade precisa ser respeitada. Estar com amigos, conhecer gente nova, presentear, receber elogios, ficar em silêncio e tantas outras situações não significam, necessariamente, que o amor ou a relação estejam em perigo”, afirma Roberto Shinyashiki, médico psiquiatra e autor de livros como “Amar pode dar certo”.
Para a Doutora Elisabete Rodrigues, tudo tem origem na auto-estima, que tem a sua primeira formação na infância. Até os 7 ou 8 anos de idade, a personalidade do ser humano é construída. Nessa etapa da vida, o amor próprio é formado e o meio em que a criança cresce tem influência direta no campo psíquico.
Com os pais, o indivíduo tem a sua primeira lição de amar. “São os pais que mostram à criança se ela é legal ou não. Por isso, as conversas, o modo correto de tratar um filho, principalmente nessa idade, a primeira infância, devem ser levadas com muita seriedade. O amor que os pais transmitem a ela se interioriza e assim a auto-estima é criada”, diz a psicóloga.
Após essa etapa da vida, o meio escolar, a adolescência e o trabalho acabam por gerar outras inseguranças no indivíduo, que só apresentam se normais quando a pessoa tem como história uma harmonia interior, vinda principalmente de uma boa estrutura vivenciada na primeira infância.
E na vida adulta, uma frágil auto-estima, a falta de equilíbrio interior ou até mesmo de motivação de vida, levam uma pessoa a se apegar fortemente ao seu objeto de desejo e, como conseqüência, desenvolver um ciúme patológico.
Deixar de respeitar a individualidade do outro, não enxergar o amado como um ser humano e sim, como um objeto de posse, pode levar a pessoa a conseqüências desastrosas. O ciúme obsessivo ou patológico prejudica a relação amorosa, que infelizmente, entra em declínio. Quem nutre esse sentimento e o deturpa interiormente por depender exclusivamente do outro, necessita de ajuda médica. Caso contrário, o ciumento tende a destruir a relação, assim como a si mesmo, pois a sua auto-estima passa a se deteriorar com os acontecimentos. O indivíduo vive em função do outro, passa 24 horas por dia em estado de tensão e vivencia situações humilhantes que ele não se daria conta se estivesse em sã consciência.
Segundo os especialistas, em casos como este, em que o ciúme definitivamente não é sinônimo de amor e sim, falta de amor-próprio daquele que nutre esse sentimento, a busca por um profissional é vital para a reconstrução da auto-estima.
2007-04-10 12:31:35
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answer #1
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answered by Mauricio 7
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DEMAIS.
Amar tem que ser na medida ccerta
nunca devemos esquecer a nossa individualidade.Devemos ter "vida propria", fazer cursos, ter amigos, estudar, fazer academia, estar sempre em contato com familiares etc...
Inclusive devemos as vezes nos afastar da pessoa "tipo assim" viajar sozinho, pois isto vai nos dando mais segurança de que na pior das hipóteses (separação) sobreviveremos, além de que estaremos "tocando" a nossa vida para frente.
Mas NUNCA deixe de amar.
2007-04-14 11:19:20
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answer #2
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answered by Ligia A 2
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Sim. Pq qdo amamos demais nos esquecemos de nós mesmos.
Amar demais não é saudável qdo esse "amar" significa viver a vida do outro e esquece a nossa própria vida!
Só podemos amar aquilo que admiramos, por isso amar requer tbm a dose certa!!
bjo
2007-04-10 12:34:13
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answer #6
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answered by Cacau 4
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