Ele nem se lembrava mais há quantos anos estava preso. Há quantos anos aquela cela escura e minúscula era o seu “lar”. Mas, não se importava. Ele preferia estar ali, naquele cubículo apertado e sombrio, onde nem um mero raio de sol conseguia penetrar. Era uma punição adequada para uma vida inteira de assassinatos. Uma vida que, agora, ele procurava compensar com o total isolamento. Depois de tirar a vida de tantas pessoas ao longo dos anos, ele finalmente decidiu se entregar. Por ter confessado e se entregado voluntariamente, pegou a pena máxima infligida a um condenado à exceção da morte. Morrer não seria o suficiente para expiar todos os seus pecados. Ele preferia ficar “eternamente encarcerado”. Mas, devido ao seu bom comportamento, sua pena foi diminuída e, um dia, ela terminou. Ele estava livre. Mas, não livre de sua culpa. E, com a liberdade, o desejo retornou. A ânsia de matar. Ele achou que pudesse reprimir esse desejo. Estava errado. Esta era sua natureza. Seu destino. Matar.
2007-04-07
07:20:33
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perguntado por
eduarthmaul
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