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2007-03-28 14:17:53 · 11 respostas · perguntado por Jeh 1 em Ciências e Matemática Geografia

11 respostas

Foi uma guerra não declarada, guerra de propagandas entre a União Soviética e os Estados Unidos.
A União Soviética possuía um sistema socialista, baseado na economia planifica da, partido único (Partido Comunista), igualdade social e falta de democracia. Já os Estados unidos, a outra potência mundial, defendia a expansão do sistema capitalista, baseado na economia de mercado, sistema democrático e propriedade privada. Na segunda metade da década de 1940 até 1989, estas duas potências tentaram implantar em outros países os seus sistemas políticos e econômicos.

2007-03-28 14:27:40 · answer #1 · answered by Daiane S 2 · 0 0

burra, vc tem quantos anos?

2007-04-01 14:40:16 · answer #2 · answered by gladiador 007 1 · 0 0

Guerra Fria é a designação dada ao conflito político-ideológico entre os Estados Unidos (EUA), defensores do capitalismo, e a União Soviética (URSS), defensora do socialismo, compreendendo o período entre o final da Segunda Guerra Mundial e a extinção da União Soviética.

É chamada "fria" porque não houve qualquer combate físico, embora o mundo todo temesse a vinda de um novo combate mundial por se tratar de duas potências com grande arsenal de armas nucleares. Norte-americanos e soviéticos travaram uma luta ideológica, política e econômica durante esse período. Se um governo socialista fosse implantado em algúm país do Terceiro Mundo, o governo norte-americano via aí logo uma ameaça aos seus interesses; se um movimento popular combatesse um governo alinhado aos EUA, logo receberia apoio soviético.

Índice [esconder]
1 Desenrolar
1.1 A Crise no Pós-Guerra
1.1.1 Bloqueio de Berlim (Junho/1948 - Maio/1949)
1.2 Plano Marshall e COMECON
1.3 Corrida Armamentista
1.3.1 OTAN e Pacto de Varsóvia
1.3.2 Guerra da Coréia (Junho/1950 - Julho/1953)
1.3.3 Corrida Espacial
1.4 A coexistência pacífica (1953 — 1962)
1.5 Crises da Guerra Fria (1956 — 1962)
1.5.1 Revolução húngara (1956)
1.5.2 Guerra de Suez (1956)
1.5.3 Crise dos Mísseis (1962)
1.6 A Distensão (1962 - 1979)
1.6.1 Guerra do Vietname (1957 - 1975)
1.6.2 A Distensão na Europa
1.6.3 O Reconhecimento Chinês
1.7 A "Segunda" Guerra Fria (1979-1985)
1.8 A era Gorbachov - o fim da Guerra Fria (1985-1991)
1.8.1 Perestroika e Glasnost
1.8.2 O desalinhamento das repúblicas orientais



[editar] Desenrolar

[editar] A Crise no Pós-Guerra

Churchill, Roosevelt e Stalin na Conferência de Ialta, 1945.Com o final da Segunda Guerra Mundial, estabeleceu-se uma política global bipolar, ou seja, centrada em dois grandes pólos (denominadas na época superpotências): EUA e URSS. Formadas por ideais distintos, ambos os pólos de poder tinham como principal meta a difusão de seus sistemas políticos e culturais no resto do mundo

Os EUA defendiam a política capitalista, argumentando ser ela a representação da democracia e da liberdade. Em contrapartida a URSS enfatizava o socialismo como resposta ao domínio burguês e solução dos problemas sociais.

Sob a influência das duas doutrinas, o mundo foi dividido em dois blocos liderados cada um por uma das superpotências: a Europa Ocidental e a América Central e do Sul receberam forte influência cultural e económica estadunidense e a maior parte da Ásia e o leste europeu,ficava sob domínio soviético.


[editar] Bloqueio de Berlim (Junho/1948 - Maio/1949)
Ver artigo principal: Bloqueio de Berlim.

Alemanha, após a derrota de 1945, dividida em zonas ocupadas pelas potências aliadas, além da localização de Berlim.Após a derrota alemã na Segunda Guerra, os países vencedores lhe impuseram pesadas sanções. Entre elas a divisão da Alemanha em 4 zonas de influência, cada uma chefiada por um dos vencedores: Estados Unidos, França, Reino Unido e União Soviética. Berlim, a capital da Alemanha, também foi dividida, mesmo estando totalmente em território de influência soviética. Então a comunicação entre o lado ocidental da cidade fragmentada e as outras zonas era feita por pontes aéreas e terrestres.

Em 1948, numa tentativa de controlar a inflação galopante da Alemanha, os Estados Unidos, a França e o Reino Unido criaram uma "trizona" entre suas zonas de influência, para fazer valer nestes territórios o Deutsche Mark (marco alemão). Josef Stalin, então líder da URSS, reprovou a idéia e, como contra-ataque, procurou reunificar Berlim sob sua influência. Desse modo, em 23 de Junho de 1948, todas as rotas terrestres foram fechadas pelas tropas soviéticas, numa violação dos acordos da Conferência de Ialta.

Para não abandonar as zonas ocidentais de Berlim e dar vitória à União Soviética, os países ocidentais prontificaram-se a criar uma grande ponte aérea, em que bombardeiros estadunidenses saíam da "trizona" levando mantimentos aos mais de dois milhões de berlinenses que viviam no ocidente da cidade. Stalin reconheceu a derrota dos seus planos em 12 de Maio de 1949. Pouco depois, as zonas estadunidense, francesa e britânica se unificaram, fundando a Bundesrepublik Deutschland (República Federativa da Alemanha, ou Alemanha Ocidental), cuja capital era Bonn. Da zona soviética, nasceu a Deutsche Demokratische Republik (República Democrática Alemã, ou Alemanha Oriental), com capital Berlim, a porção oriental.


[editar] Plano Marshall e COMECON
Com as nações européias frágeis, após uma guerra violenta, os Estados Unidos estenderam uma série de apoios econômicos à Europa aliada, para que estes países pudessem se reerguer e mostrar as vantagens do capitalismo. Assim, o Secretário de Estado dos Estados Unidos, George Marshall, propõe a criação de um amplo plano econômico, que veio a ser conhecido como Plano Marshall. Era uma série de empréstimos a baixos juros e investimentos públicos para facilitar o fim da crise na Europa Ocidental e repelir a ameaça do socialismo entre a população descontente. Em 1951, foi elaborado o Plano Colombo, similar ao Plano Marshall, porém bem menos ambicioso, para estimular o desenvolvimento de países do sul e sudeste da Ásia. Somente o Japão, entre 1947 e 1950, recebeu uma ajuda financeira na ordem de 2,5 bilhões de dólares diretamente do Tesouro dos Estados Unidos, possibilitando assim, a vazão de produtos e capitais estadunidenses e a contenção do expansionismo soviético, consolidando, assim, o bloco capitalista. Em resposta ao plano econômico estadunidense, a União Soviética propôs-se a ajudar também seus países aliados, com a criação do COMECON (Conselho para Assistência Econômica Mútua). Este conselho tinha como meta a recuperação dos países orientais, também para mostrar como vitrine as benfeitorias que o socialismo fazia ao povo.


[editar] Corrida Armamentista

Explosão em um teste nuclear estadunidense em 1951.Terminada a Segunda Guerra Mundial, as duas potências vencedoras dispunham de uma enorme variedade de armas, muitas delas desenvolvidas durante o conflito.

Tanques, aviões, submarinos, navios de guerra constituiam as chamadas armas convencionais. Mas os grandes destaques eram as chamadas armas não-convencionais, mais poderosas, eficientes, difíceis de serem fabricadas e extremamente caras. A principal dessas armas era a bomba atômica. Só os EUA tinham essas armas, que aumentava em muito seu poderio bélico.

A União Soviética iniciou então seu programa de pesquisas para também produzir tais bombas, o que conseguiu em poucos anos. Mais pesquisas foram feitas, tanto para aperfeiçoar a bomba atômica quando para produzir novas bombas. Em pouco tempo os EUA fabricaram a bomba de hidrogênio, seguidos pela União soviética.

Essa corrida armamentista era movida pelo receio recíproco de que o inimigo passasse a frente na produção de armas, provocando um desequilíbrio no cenário internacional. Se um deles tivesse mais armas, seria capaz de destruir o outro.

A corrida atingiu proporções tais que, já na década de 1960, os EUA e a URSS tinham armas suficiente para vencer e destruir todos os países do mundo. A partir desse ponto então foi criado um estado conhecido como MAD (Mutual Assured Destruction, ou Destruição Mútua Assegurada) em que o mundo vivia uma espécie de "Equilíbrio do Terror".


[editar] OTAN e Pacto de Varsóvia

Joseph McCarthy.Em 1949 os EUA e o Canadá, juntamente com a maioria da Europa capitalista, criaram a OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), uma aliança militar com o objetivo de proteção internacional em caso de um suposto ataque dos países do leste europeu.

Em resposta à OTAN, a URSS firmou entre ela e seus aliados o Pacto de Varsóvia (1955) para unir forças militares da Europa Oriental. Logo as alianças militares estavam em pleno funcionamento, e qualquer conflito entre dois países integrantes poderia ocasionar uma guerra nunca vista antes.

A tensão sentida pelas pessoas com relação às duas superpotências acentuou-se com o início da corrida armamentista, cujo “vencedor” seria a potência que produzisse mais armas e mais tecnologia bélica. Em contraponto, a corrida espacial trouxe grandes inovações tecnológicas e proporcionou um grande avanço nas telecomunicações e na informática.

Com a vitória aparente dos estadunidenses, a política Macartista foi implantada e divulgada no mundo através de filmes e propagandas políticas. O macartismo, criado pelo senador estadunidense Joseph McCarthy nos anos 50, culminou na criação de um comitê de investigação de atividades comunistas. Em outras palavras, toda e qualquer atividade pró-comunismo estava terminantemente proibida e qualquer um que as estimulasse estaria sujeito à prisão ou extradição.


[editar] Guerra da Coréia (Junho/1950 - Julho/1953)
Ver artigo principal: Guerra da Coréia.

Forças da ONU retirando-se da Coréia do Norte, após o armistício.O primeiro grande confronto militar entre ideologias ocidentais capitalistas e orientais socialistas deu-se no sudoeste asiático, na década de 1950. A península da Coreia foi dividida, em 1945, pelo paralelo 38, em duas zonas de influência: uma ao norte, comunista e apoiada pela União Soviética e China — a República Popular Democrática da Coréia; e uma ao sul, capitalista e com apoio das nações ocidentais — a República da Coréia. Porém, em 1950, a Coréia do Norte, após severas tentativas de derrubar o governo do sul, invadiu e ocupou a capital coreana Seul, desencadeando um conflito armado. Forças das Nações Unidas, apoiadas principalmente pelos Estados Unidos, fizeram a resistência no sul, reconquistando a cidade e partindo em uma investida contra o norte. A China, sentindo-se ameaçada pela aproximação das forças ocidentais, enviou reforços à frente de batalha, fazendo da Coréia um grande campo de batalha.

Após muitas brigas, um acordo de paz é negociado, mas demora dois anos. Um armistício é assinado em Pamunjon, em 27 de Julho de 1953, mantendo a península da Coréia dividida em dois Estados soberanos, exatamente como antes do início da guerra. Essa divisão se mantém até hoje. Em Junho de 2000, os governos das duas Coréias anunciaram planos de reaproximacao dos dois países. Isso significou o início da desmilitarizacão da região, a diminuicão do isolamento internacional da Coréia do Norte e, para milhares de coreanos, a possibilidade de reencontrar parentes separados há meio século pelo conflito. Pela tentativa, o então presidente da Coréia do Sul, Kim Dae jung, recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 2000.


[editar] Corrida Espacial
Ver artigo principal: A conquista da Lua.
Um dos campos que mais se beneficiaram com a Guerra Fria foi o da tecnologia. Na urgência de se mostrarem superiores aos rivais, Estados Unidos e União Soviética procuraram melhorar os seus arsenais militares. Como conseqüência, algumas tecnologias conhecidas hoje (como alguns tecidos sintéticos) foram frutos dessa corrida.

A corrida espacial está nesse contexto. Tecnologias de lançamento de mísseis e de foguetes são muito próximas, e portanto os dois países investiram pesadamente na tecnologia espacial. No ano de 1957, os Soviéticos lançaram Sputnik, o primeiro artefato humano a ir ao espaço e orbitar o planeta. Em novembro do mesmo ano, os russos lançaram Sputnik II e, dentro da nave foi a bordo o primeiro ser vivo a sair do planeta: uma cadela laika, de nome Kudriavka. Ela morreu na reentrada da atmosfera, devido ao calor.

Após as missões Sputnik, os Estados Unidos entraram na corrida, lançando o Explorer I, em 1958. Mas a União Soviética tinha um passo na frente, e em 1961 os soviéticos conseguiram lançar Vostok I, que era tripulada por Yuri Gagarin, o primeiro ser humano a ir ao espaço e voltar são e salvo.

A partir daí, a rivalidade aumentou a ponto de o presidente dos Estados Unidos, John F. Kennedy, prometer enviar estadunidenses à Lua e trazê-los de volta até o fim da década. Os soviéticos apressaram-se para vencer os estadunidenses na chegada ao satélite. As missões Zond deveriam levar os primeiros humanos a orbitarem a Lua, mas devido a falhas, só foi possivel aos soviéticos o envio de missões não-tripuladas, Zond 5 e Zond 6, em 1968. Os Estados Unidos, por outro lado, conseguiram enviar a missão tripulada Apollo 8 no Natal de 1968 a uma órbita lunar.

O passo seguinte, naturalmente, seria o pouso na superfície da Lua. A missão Apollo 11 conseguiu realizar com sucesso a missão, e Neil Armstrong e Edwin Aldrin tornaram-se os primeiros humanos, respectivamente, a caminhar em outro corpo celeste.


[editar] A coexistência pacífica (1953 — 1962)
Após a morte de Stalin, em 1953, Nikita Khrushchov subiu ao posto de Secretário-Geral do Partido Comunista da União Soviética e, portanto, governante dos soviéticos. Condenou os crimes de seu antecessor e pregou a política da coexistência pacífica entre os soviéticos e estadunidenses, o que significaria os esforços de ambos os lados em evitar o conflito militar, havendo apenas confronto ideológico e tecnológico (corrida espacial). Houve apenas tentativas de espionagem. Esta política também possibilitou uma aproximação entre os líderes. Khrushchov reuniu-se diversas vezes com os presidentes estadunidenses: com Dwight D. Eisenhower, em 1956, no Reino Unido; em 1959 nos Estados Unidos; e em 1960 na França; e com Kennedy se encontrou uma vez, em 1961, em Viena, Áustria.


[editar] Crises da Guerra Fria (1956 — 1962)

[editar] Revolução húngara (1956)
Ver artigo principal: Revolução Húngara de 1956.
Em 1956, os húngaros tentaram se sublevar contra Moscou, numa rebelião que durou 12 dias (23 de Outubro a 4 de Novembro). Buscavam a independência política da Hungria, mas foram reprimidos violentamente pelos soviéticos e pela própria polícia de estado húngara. O resultado, ao contrário, foi a instauração de um governo pró-soviético ainda mais opressor e ditatorial.


[editar] Guerra de Suez (1956)
O rei do Egito, pró-europeu, foi derrubado por Gamal Abdel Nasser em 1953, que procurou instalar uma política nacionalista e panarabista. Sua primeira manobra política de efeito foi a guerra que declarou contra o recém-criado estado de Israel, porque eles teriam humilhado os árabes na Guerra de Independência Israelita. Com os clamores de outros países árabes para uma nova investida contra os judeus, Nasser aliou-se à Jordânia e à Síria.

Na mesma época, Nasser teria declarado a intenção de nacionalizar o Canal de Suez, que era controlado majoritariamente por franceses e britânicos. Isso preocupou as duas potências, que necessitavam do canal para seus interesses colonialistas na África e Ásia. Assim, a França, o Reino Unido e Israel decidiram formar uma aliança, declararam guerra ao Egito de Nasser e cuidaram da ocupação do Egito. Os europeus cuidaram de bombardear e lançar pára-quedistas em locais estratégicos, enquanto os israelitas cuidaram da invasão terrestre, invadindo a península do Sinai em poucos dias.

A guerra no Egito perturbou a paz que vinha sendo mantida entre Washington e Moscou. Eisenhower criticava a repressão em Budapeste, na Hungria, e teve que provar que era contra a invasão a Israel. Os Estados Unidos tentaram várias vezes fazer os europeus mudarem de idéia e retirar os ocupantes do Egito, ao mesmo tempo que Khrushchev demandava respostas. Os Estados Unidos, inclusive, tentaram, a 30 de Outubro de 1956, levar ao Conselho de Segurança das Nações Unidas a petição de retirada das tropas do Egito, mas França e Reino Unido vetaram a petição. Por outro lado, a União Soviética era favorável à retirada porque queria estreitar laços com os árabes, e se aliou rapidamente à Síria e ao Egito.

A crescente pressão econômica estadunidense e a ameaça de Khrushchov de que "modernas armas de destruição" seriam usadas em Londres e Paris fizeram os dois países recuarem, e os aliados se retiraram do Sinai em 1957. Após a retirada, o Reino Unido e a França foram forçadas a perceber que não eram mais líderes políticos do mundo, enquanto o Egito manteve sua política nacionalista e, mais tarde, pró-soviética.


[editar] Crise dos Mísseis (1962)

Local de lançamento de mísseis em Cuba, dia 1 de Novembro de 1962.Cuba, a maior das ilhas caribenhas, sofreu uma revolução em 1959, que retirou o ditador pró-estadunidense Fulgêncio Batista do poder, e instaurou a ditadura de Fidel Castro, de inspiração marxista-lenista a partir de 1961. A instauração de um regime socialista preocupou a Casa Branca e, em 1961, os Estados Unidos chegaram a ordenar uma invasão à ilha, mas a operação foi um fracasso.

Em 1962, a União Soviética foi flagrada construindo 40 silos nucleares em Cuba. Segundo Khrushchev, a medida era puramente defensiva, para evitar que os Estados Unidos tentassem nova investida contra os cubanos. Por outro lado, era sabido que os soviéticos queriam realmente responder à instalação de mísseis Júpiter II pelos estadunidenses na cidade de Esmirna, Turquia, que poderiam ser usadas para bombardear o sudoeste soviético.

Rapidamente, o presidente Kennedy tomou medidas contrárias, como a ordenação de quarentena à ilha de Cuba, posicionando navios militares no mar do Caribe e fechando os contatos marítimos entre a União Soviética e Cuba. Vários pontos foram levantados a respeito deste bloqueio naval: os soviéticos disseram que não entendiam porque Kennedy havia tomado essa medida, já que vários mísseis estadunidenses estavam instalados em territórios dos países da OTAN contra os soviéticos, em distâncias equivalentes àquela entre Cuba e os EUA; Fidel Castro revelou que não havia nada de ilegal em instalar mísseis soviéticos em seu território; e o primeiro-ministro britânico Harold Macmillan disse não ter entendido por que não foi sequer ventilada a hipótese de acordo diplomático.

Em 23 e 24 de Outubro, Khrushchov teria enviado uma carta a Kennedy, informando suas intenções pacíficas. Em 26 de Outubro disse que retiraria seus mísseis de Cuba se Washington se comprometesse a não invadir Cuba. No dia seguinte, pediu também a retirada dos balísticos Júpiter da Turquia. Mesmo assim, dois aviões espiões estadunidenses U-2 foram abatidos em Cuba e na Sibéria em 27 de Outubro, o ápice da crise. Neste mesmo dia, os navios mercantes soviéticos haviam chegado ao Caribe e tentariam passar pelo bloqueio. Em 28 de Outubro, Kennedy foi obrigado a ceder os pedidos, e concordou em retirar os mísseis da Turquia e não atacar Cuba. Assim, Nikita Khrushchov retirou os mísseis nucleares soviéticos da ilha.

Apesar de o acordo ter sido negativo para os dois lados, o grande derrotado foi o líder soviético, que foi visto como um fraco que não soube manter sua posição frente aos estadunidenses. Sobre isso, disse o Secretário de Estado Dean Rusk: "Nós estivemos cara a cara, mas eles piscaram". Dois anos depois, Khrushchov não aguentou a pressão e saiu do governo. Kennedy também foi mal-visto pelos comandantes militares dos Estados Unidos. O general LeMay disse a Kennedy que este episódio foi "a maior derrota da história estadunidense", e pediu para que os Estados Unidos invadissem imediatamente Cuba.


[editar] A Distensão (1962 - 1979)

Jimmy Carter e Leonid Brejnev assinando o SALT II, em 1979O período da distensão seguiu-se à Crise dos Mísseis, por ela quase ter levado as duas superpotências a um embate nuclear. Os EUA e a URSS decidiram, então, realizar acordos para evitar uma catástrofe mundial. Nesta época, vários tratados foram assinados entre os dois lados.

Tratado de Moscou (1963) - Os dois países regularam a pesquisa de novas tecnologias nucleares e concordaram em não ocupar a Antártica.
TPN (Tratado de Não-Proliferação Nuclear) (1968) - Os países signatários (EUA, URSS, China, França e Reino Unido) comprometiam-se a não transmitir tecnologia nuclear a outros e a se desarmarem de arsenais nucleares.
SALT I (Strategic Arms Limitation Talks - Acordo de Limitação de Armamentos Estratégicos) (1972) - Previa o congelamento de arsenais nucleares dos Estados Unidos e da União Soviética.
SALT II (1979) - Prorrogação das negociações do SALT I.
Os dois países tinham seus motivos particulares para buscar acordos militares e políticos. A URSS estava com problemas nos relacionamentos com a China, e viu este país se desalinhar do socialismo monopolista de Moscou. Isso criou a prática da diplomacia triangular, entre Washington, Moscou e Pequim. Também estavam com dificuldades agrícolas e econômicas. E os Estados Unidos haviam entrado numa guerra contra o Vietnã, e na década de 1970 entrariam em uma grave crise econômica.

A Distensão, apesar de garantir o não-confronto militar, acirrou a rivalidade política e ideológica, culminando em algumas revoltas sociais e apoios a revoltas e revoluções na Europa e no Terceiro Mundo.


[editar] Guerra do Vietname (1957 - 1975)
Para saber mais, veja Guerra do Vietnã


Corpos de Vietnamitas em Hanói, Vietname do Sul, 1968A Guerra do Vietname foi um dos maiores confrontos militares envolvendo capitalistas e socialistas no período da Guerra Fria. Opôs o Vietname do Norte e guerrilheiros pró-comunistas do Vietname do Sul contra o governo pró-capitalista do Vietname do Sul e os Estados Unidos.

Após a Convenção de Genebra (1954), o Vietname, recém-independente da França, seria dividido em duas zonas de influência, como a Coreia, e estas zonas seriam desmilitarizadas e mantidas cada uma sob um dos regimes (capitalismo e socialismo). Foi estipulada uma data (1957) para a realização de um plebiscito, decidindo entre a reunificação do país ou não e, se sim, qual regime seria adotado.

Infelizmente para o Vietname do Sul, o líder do Norte, Ho Chi Minh, era muito benquisto entre a população, por ser defensor popular e herói de guerra. O governo do Vietname do Sul decidiu proibir o plebiscito de ocorrer em seu território, pois queria manter o alinhamento com os estadunidenses. Como o Vietname do Norte queria a reunificação, lançaram-se em uma guerra contra o Sul.

O Vietname do Norte contou com o apoio da Frente de Liberação Nacional, ou os Vietcongs, um grupo de rebeldes no Vietname do Sul. E o Vietname do Sul contou, em 1965, com a valiosa ajuda dos Estados Unidos. Eles entraram na guerra para manter o governo capitalista no Vietname, e temendo a ideia do "efeito dominó" no qual, ao verem um país que se libertou do capitalismo preferindo o socialismo, outros países poderiam seguir o exemplo (como foi o caso de Cuba).

Até 1965, a guerra estava favorável ao Vietname do Norte, mas quando os Estados Unidos se lançaram ao ataque contra o Vietname, tudo parecia indicar que seria um grande massacre dos vietnamitas, e uma fácil vitória ocidental. Mas os vietnamitas viram nessa guerra uma extensão da guerra de independência que haviam acabado de vencer contra a França, e lutaram incessantemente. Contando com o conhecimento do território, os vietnamitas conseguiram vencer os Estados Unidos, o que é visto como uma das mais vergonhosas derrotas militares dos Estados Unidos. Em 1975, os Estados Unidos e o Vietname assinaram os Acordos de Paz de Paris, onde os EUA reconheceram a unificação do Vietname sob o regime comunista de Ho Chi Minh.


[editar] A Distensão na Europa
A Europa, continente que mais sofreu com a divisão mundial, também sofreu os efeitos da distensão política. Os países começaram a questionar as ideologias a que foram impostos, e optaram cada vez mais pelo abrandamento, no lado ocidental, e pela revolta popular seguida de forte repressão, no lado oriental.

Em 1968, a Tchecoslováquia viu uma grande manifestação popular apoiar idéias de abertura política em direção à social-democracia, e a um "socialismo com uma face humana". Este movimento ficou conhecido como Primavera de Praga, em alusão à capital da Tchecoslováquia, Praga, local onde os movimentos populares tomavam corpo. Temendo a liberdade política da Tchecoslováquia, Leonid Brejnev, líder da URSS, ordenou a invasão de Praga e a repressão do movimento popular.
Em 1966, Charles de Gaulle, presidente da França, manteve os seus ideais de nacionalismo francês e antiamericanismo, e desalinhou-se com as práticas estadunidenses, saindo da OTAN.
Em 1969, o chanceler da Alemanha Ocidental anuncia a "Ostpolitik", uma política de aproximação dos vizinhos, os alemães orientais. Em 1972 os Estados passam a se reconhecerem mutuamente podendo, assim, voltar a integrar a ONU.

[editar] O Reconhecimento Chinês
Desde a década de 1950 a República Popular da China tinha problemas com a União Soviética, por causa de hierarquia de poderes. Moscou queria que o socialismo no mundo fosse unificado, sob a tutela do Kremlin, enquanto Pequim achava que a China não deveria se submeter aos soviéticos. A disputa foi um grande problema para os soviéticos, que perdiam um aliado forte.

Durante década de 1970, a situação ficou ainda pior para a URSS, pois Mao Tse-tung, presidente da China socialista, estava realizando manobras para se aproximar dos EUA. A amizade com a superpotência ocidental rendeu à China uma regalia que não havia conseguido enquanto era aliada da União Soviética: o reconhecimento. Desde a Revolução Chinesa de 1949, o mundo ocidental viu o governo de Mao Tsé-tung como ilegal, e consideravam como a verdadeira China o governo refugiado em Taiwan. Com a aproximação entre Pequim e Washington, os Estados Unidos passaram a ver Mao Tse-tung como o legítimo regente chinês, e a República Popular da China como a China de fato. Assim, outros países ocidentais tomaram a mesma decisão, e a China pôde entrar para ONU, como participante e como membro permanente do Conselho de Segurança da ONU.


[editar] A "Segunda" Guerra Fria (1979-1985)
Após o ano de 1979, seguiu-se uma leve crise nas relações amistosas entre os Estados Unidos e a União Soviética. Isso deveu-se a alguns acontecimentos importantes, a saber:

Em 1979 a União Soviética invade o Afeganistão, assassinando Hafizullah Amin, e colocando em seu posto Brabak Karmal, que era a favor das políticas de Moscou. A este evento seguiu-se uma grande resistência, principalmente da parte dos mujahideen das montanhas afegãs. Eles eram abastecidos por outros países, como China, Arábia Saudita, Paquistão e o próprio Estado Unidos. Dez anos depois, os soviéticos tiveram que abandonar o país. Esta vitória dos mujahideen possibilitou depois a formação do grupo Taleban, que aproveitou a desordem no país para instaurar seu governo autoritário.
No mesmo ano de 1979 Margaret Thatcher foi eleita primeira-ministra do Reino Unido pelo Partido Conservador, e deu à política externa do país uma face mais agressiva contra o regime soviético.
Em 1981, Ronald Reagan foi eleito presidente dos Estados Unidos e, ao contrário de seus antecessores, que pregavam a Distensão, Reagan mostrou-se feroz na política externa, confrontando a União Soviética, fornecendo armamentos a Saddam Hussein, ditador iraquiano, na guerra Irã-Iraque e aos guerrilheiros Mujahideen no Afeganistão, que lutavam contra os soviéticos, e realizando diversas outras manobras no cenário internacional.

[editar] A era Gorbachov - o fim da Guerra Fria (1985-1991)

Mudanças na Europa após 1989, incluindo a reunificação alemãDepois da morte de Brezhnev, a União Soviética teve duas rápidas governanças (Yuri Andropov e Konstantin Tchernenko), mas estes morreram pouco tempo depois de chegar ao cargo político máximo. Seguinte a Tchernenko, foi eleito Mikhail Gorbatchov, cuja plataforma política defendida era a necessidade de reformar a União Soviética, para que ela se adequasse à realidade mundial. Em seu governo, uma nova geração de políticos tecnocratas - que vinham ganhando espaço desde o governo Khrushchov - se firmou, e impulsionou a dinâmica de reformas na URSS e a aproximação diplomática com o mundo ocidental.


[editar] Perestroika e Glasnost
Gorbatchov, embora defensor de Karl Marx, defendeu o liberalismo econômico na URSS como a única saída viável para os graves problemas econômicos e sociais. A União Soviética, desde o início dos anos 70, passava por grande fragilidade, evidenciada na queda da produtividade dos trabalhadores, a queda da expectativa de vida e, finalmente, o acidente nuclear de Chernobil em 1986, evento que mostrou a deficiência pela qual a URSS passava.

Frente a estes problemas, Mikhail Gorbachev aplicou dois planos de reforma na URSS: a perestroika e a glasnost.

Perestroika: série de medidas de reforma econômicas. Para Gorbatchov, não seria necessário erradicar o sistema socialista, mas uma reformulação deste seria inevitável. Para tanto, ele passou a diminuir o orçamento militar da União Soviética, o que implicou em diminuição de armamentos e a retirada das tropas soviéticas do Afeganistão.
Glasnost: a "liberdade de expressão" à imprensa soviética e a transparência do governo para a população, retirando a forte censura que o governo comunista impunha.
A nova situação de liberdade na União Soviética possibilitou um afrouxamento na ditadura que Moscou impunha aos outros países. Pouco a pouco, o Pacto de Varsóvia começou a enfraquecer, e cada vez mais o Ocidente e o Oriente caminhavam para vias pacíficas. Em 1986, Ronald Reagan encontrou Gorbatchov em Reykjavík, Islândia, para discutir novas medidas de desarmamento dos mísseis estacionados na Europa.


[editar] O desalinhamento das repúblicas orientais

Lech Walesa, político polonês e fundador do Partido SolidariedadeO ano de 1989 viu as primeiras eleições livres no mundo socialista, com vários candidatos e com a mídia livre para discutir. Ainda que muitos partidos comunistas tivessem tentado impedir as mudanças, a perestroika e a glasnost de Gorbachev tiveram grande efeito positivo na sociedade. Assim, os regimes comunistas, país após país, começaram a cair. A Polônia e a Hungria negociaram eleições livres (com destaque para a vitória do partido Solidariedade na Polônia), e a Tchecoslováquia, a Bulgária, a Romênia e a Alemanha Oriental tiveram revoltas em massa, que pediam o fim do regime socialista. O ponto culminante foi a queda do Muro de Berlim em 9 de Novembro de 1989, que pôs fim à Cortina de Ferro e, para alguns historiadores, à Guerra Fria em si.

Finalmente, a sublevação dos países orientais causou comoção entre os povos bálticos. Os três países bálticos (Estônia, Letônia e Lituânia) haviam sido invadidos e anexados pela URSS, e seus cidadãos agora pediam a independência. Seguinte a eles, outras repúblicas da União Soviética pediam eleições livres, com mais partidos políticos.

Esta situação repentina levou alguns conservadores da União Soviética, liderados pelo General Guenédi Ianaiev e Boris Pugo, a tentar um golpe de estado contra Gorbatchov em Agosto de 1991. O golpe, todavia, foi frustrado por Boris Iéltsin. Mesmo assim, a liderança de Gorbatchov estava em decadência e, em Setembro, os países bálticos conseguiram a independência. Em Dezembro, a Ucrânia também se tornou independente. Finalmente, no dia 31 de Dezembro de 1991, Gorbatchov anunciava o fim da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, renunciando ao cargo que ocupava e ao seu sonho de ver um mundo socialista.

2007-03-30 17:31:49 · answer #3 · answered by =) 4 · 0 0

A definição para a expressão guerra fria é de um conflito que aconteceu apenas no campo ideológico, não ocorrendo um embate militar declarado e direto entre Estados Unidos e URSS. Até mesmo porque, estes dois países estavam armados com centenas de mísseis nucleares. Um conflito armado direto significaria o fim dos dois países e, provavelmente, da vida no planeta Terra. Porém ambos acabaram alimentando conflitos em outros países como, por exemplo, na Coréia e no Vietnã.

2007-03-29 13:13:48 · answer #4 · answered by ? 4 · 0 0

resposta
resumo sobre GUERRA FRIA=Introdução
A Guerra Fria tem início logo após a Segunda Guerra Mundial, pois os Estados Unidos e a União Soviética vão disputar a hegemonia política, econômica e militar no mundo.
A União Soviética possuía um sistema socialista, baseado na economia planificada, partido único (Partido Comunista), igualdade social e falta de democracia. Já os Estados unidos, a outra potência mundial, defendia a expansão do sistema capitalista, baseado na economia de mercado, sistema democrático e propriedade privada. Na segunda metade da década de 1940 até 1989, estas duas potências tentaram implantar em outros países os seus sistemas políticos e econômicos.A definição para a expressão guerra fria é de um conflito que aconteceu apenas no campo ideológico, não ocorrendo um embate militar declarado e direto entre Estados Unidos e URSS. Até mesmo porque, estes dois países estavam armados com centenas de mísseis nucleares. Um conflito armado direto significaria o fim dos dois países e, provavelmente, da vida no planeta Terra. Porém ambos acabaram alimentando conflitos em outros países como, por exemplo, na Coréia e no Vietnã.

Paz Armada
Na verdade, uma expressão explica muito bem este período: a existência da Paz Armada. As duas potências envolveram-se numa corrida armamentista, espalhando exércitos e armamentos em seus territórios e nos países aliados. Enquanto houvesse um equilíbrio bélico entre as duas potências, a paz estaria garantida, pois haveria o medo do ataque inimigo.
Nesta época, formaram-se dois blocos militares, cujo objetivo era defender os interesses militares dos países membros. A OTAN - Organização do Tratado do Atlântico Norte (surgiu em abril de 1949) era liderada pelos Estados Unidos e tinha suas bases nos países membros, principalmente na Europa Ocidental. O Pacto de Varsóvia era comandado pela União Soviética e defendia militarmente os países socialistas.
Alguns países membros da OTAN : Estados Unidos, Canadá, Itália, Inglaterra, Alemanha Ocidental, França, Suécia, Espanha, Bélgica, Holanda, Dinamarca, Áustria e Grécia.
Alguns países membros do Pacto de Varsóvia : URSS, Cuba, China, Coréia do Norte, Romênia, Alemanha Oriental, Iugoslávia, Albânia, Tchecoslováquia e Polônia.

Corrida Espacial
EUA e URSS travaram uma disputa muito grande no que se refere aos avanços espaciais. Ambos corriam para tentar atingir objetivos significativos nesta área. Isso ocorria, pois havia uma certa disputa entre as potências, com o objetivo de mostrar para o mundo qual era o sistema mais avançado. No ano de 1957, a URSS lança o foguete Sputnik com um cão dentro, o primeiro ser vivo a ir para o espaço. Doze anos depois, em 1969, o mundo todo pôde acompanhar pela televisão a chegada do homem a lua, com a missão espacial norte-americana.

Caça às Bruxas
Os EUA liderou uma forte política de combate ao comunismo em seu território e no mundo. Usando o cinema, a televisão, os jornais, as propagandas e até mesmo as histórias em quadrinhos, divulgou uma campanha valorizando o "american way of life". Vários cidadãos americanos foram presos ou marginalizados por defenderem idéias próximas ao socialismo. O Macartismo, comandado pelo senador republicano Joseph McCarthy, perseguiu muitas pessoas nos EUA. Essa ideologia também chegava aos países aliados dos EUA, como uma forma de identificar o socialismo com tudo que havia de ruim no planeta.
Na URSS não foi diferente, já que o Partido Comunista e seus integrantes perseguiam, prendiam e até matavam todos aqueles que não seguiam as regras estabelecidas pelo governo. Sair destes países, por exemplo, era praticamente impossível. Um sistema de investigação e espionagem foi muito usado de ambos os lados. Enquanto a espionagem norte-americana cabia aos integrantes da CIA, os funcionários da KGB faziam os serviços secretos soviéticos.

"Cortina de Ferro"
Após a Segunda Guerra, a Alemanha foi dividida em duas áreas de ocupação entre os países vencedores. A República Democrática da Alemanha, com capital em Berlim, ficou sendo zona de influência soviética e, portanto, socialista. A República Federal da Alemanha, com capital em Bonn (parte capitalista), ficou sob a influência dos países capitalistas. A cidade de Berlim foi dividida entre as quatro forças que venceram a guerra : URSS, EUA, França e Inglaterra. No final da década de 1940 é levantado Muro de Berlim, para dividir a cidade em duas partes : uma capitalista e outra socialista. É a vergonhosa "cortina de ferro".

Plano Marshall e COMECON
As duas potências desenvolveram planos para desenvolver economicamente os países membros. No final da década de 1940, os EUA colocaram em prática o Plano Marshall, oferecendo ajuda econômica, principalmente através de empréstimos, para reconstruir os países capitalistas afetados pela Segunda Guerra Mundial. Já o COMECON foi criado pela URSS em 1949 com o objetivo de garantir auxílio mútuo entre os países socialistas.

Envolvimentos Indiretos
Guerra da Coréia : Entre os anos de 1951 e 1953 a Coréia foi palco de um conflito armado de grandes proporções. Após a Revolução Maoista ocorrida na China, a Coréia sofre pressões para adotar o sistema socialista em todo seu território. A região sul da Coréia resiste e, com o apoio militar dos Estados Unidos, defende seus interesses. A guerra dura dois anos e termina, em 1953, com a divisão da Coréia no paralelo 38. A Coréia do Norte ficou sob influência soviética e com um sistema socialista, enquanto a Coréia do Sul manteve o sistema capitalista.
Guerra do Vietnã : Este conflito ocorreu entre 1959 e 1975 e contou com a intervenção direta dos EUA e URSS. Os soldados norte-americanos, apesar de todo aparato tecnológico, tiveram dificuldades em enfrentar os soldados vietcongs (apoiados pelos soviéticos) nas florestas tropicais do país. Milhares de pessoas, entre civis e militares morreram nos combates. Os EUA saíram derrotados e tiveram que abandonar o território vietnamita de forma vergonhosa em 1975. O Vietnã passou a ser socialista.

Fim da Guerra Fria
A falta de democracia, o atraso econômico e a crise nas repúblicas soviéticas acabaram por acelerar a crise do socialismo no final da década de 1980. Em 1989 cai o Muro de Berlim e as duas Alemanhas são reunificadas. No começo da década de 1990, o então presidente da União Soviética Gorbachev começou a acelerar o fim do socialismo naquele país e nos aliados. Com reformas econômicas, acordos com os EUA e mudanças políticas, o sistema foi se enfraquecendo. Era o fim de um período de embates políticos, ideológicos e militares. O capitalismo vitorioso, aos poucos, iria sendo implantado nos países socialistas.

2007-03-29 11:11:35 · answer #5 · answered by neto 7 · 0 0

Foi uma guerra não declarada, entre a União Soviética e os Estados Unidos.
A União Soviética possuía um sistema socialista. Já os Estados unidos, a outra potência mundial, defendia a expansão do sistema capitalista. Na segunda metade da década de 1940 até 1989, estas duas potências tentaram implantar em outros países os seus sistemas políticos e econômicos.
A Uniao Sovietica acabou sendo dissolvida pois havia gastado todo seu dinheiro comprando armas e muniçoes,enquanto no Estados Unidos eles tambem compraram mas deixaram dinheiro para seu pais.

2007-03-29 00:27:07 · answer #6 · answered by raquelpalhares36 2 · 0 0

A Guerra Fria é a designação dada ao conflito político-ideológico entre os Estados Unidos (EUA), defensores do capitalismo, e a União Soviética (URSS), defensora do socialismo, compreendendo o período entre o final da Segunda Guerra Mundial e a extinção da União Soviética.

É chamada "fria" porque não houve qualquer combate físico, embora o mundo todo temesse a vinda de um novo combate mundial por se tratar de duas potências com grande arsenal de armas nucleares. Norte-americanos e soviéticos travaram uma luta ideológica, política e econômica durante esse período. Se um governo socialista fosse implantado em algúm país do Terceiro Mundo, o governo norte-americano via aí logo uma ameaça aos seus interesses; se um movimento popular combatesse um governo alinhado aos EUA, logo receberia apoio soviético.

Com o final da Segunda Guerra Mundial, estabeleceu-se uma política global bipolar, ou seja, centrada em dois grandes pólos (denominadas na época superpotências): EUA e URSS. Formadas por ideais distintos, ambos os pólos de poder tinham como principal meta a difusão de seus sistemas políticos e culturais no resto do mundo

Os EUA defendiam a política capitalista, argumentando ser ela a representação da democracia e da liberdade. Em contrapartida a URSS enfatizava o socialismo como resposta ao domínio burguês e solução dos problemas sociais......

2007-03-28 21:31:31 · answer #7 · answered by Alex 6 · 0 0

foí a tensão milítar entre E.U.A. e a U.R.S.S. que começou com a CRISE DOS MISSEÍS em CUBA ; 1962 e que praticamente terminou com a QUEDA DO MURO DE BERLIN e do COMUNISMO em 1989 .

2007-03-28 21:29:11 · answer #8 · answered by Anonymous · 0 0

Guerra fria, não é uma guerra específica, e sim um tipo de guerra...

São aquelas guerras não-declaradas, tipo... Um fica querendo mostrar que é melhor que o outro, mas sem bombardear nem nada ainda... Eu acho que é isso...pode estar errado...

2007-03-28 21:28:56 · answer #9 · answered by Luiza Madeira 3 · 0 0

E guerra que ainda esta no congelador mas que quando esquenta a humanidade sente as consequencias
morte para todo lado

2007-03-28 21:27:51 · answer #10 · answered by Agnaldo d 1 · 0 0

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