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A Estadimetria ou Taqueometria é um processo indireto de medição de distâncias. A medição é realizada com um aparelho chamado taqueômetro que é um tipo de teodolito com luneta. Além dos fios do retículo (colimador e nivelador), tem outros dois fios paralelos e eqüidistantes do nivelador chamados fios estadimétricos. Existe outro tipo de taqueômetro que usa fios paralelos ao colimador (auto-redutor).
Com os fios estadimétricos, é possível fazer leituras em uma mira graduada e relacioná-las com constantes do instrumento. Com a geometria clássica, determina-se a distância horizontal entre o aparelho e a mira.
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Princípio geral da estadimetria
Com os fios estadimétricos da luneta é possível efetuar leituras sobre uma mira graduada e relacioná-las com os valores constantes do instrumento. Mediante considerações geométricas determina-se com facilidade a distância horizontal aparelho-mira.
Seja a Figura 9.2: Ln é a luneta; d é a distância entre os planos dos fios do retículo [Os fios do retículo e os fios estadimétricos estão todos num mesmo plano] e o foco F da objetiva; s é a distância vertical entre os fios estadimétricos; D é a distância aparelho-mira; AB = S é o número gerador obtido através da diferença de leituras sobre a mira dos fios superior FS e inferior FI.
Figura 9.2: Princípio da estadimetria.
Da semelhança entre os triângulos abF e ABF, extrai-se a seguinte relação:
D / d = AB / ab
Lembrando que AB = S = FS - FI e ab = s, pode-se escrever:
D = (d / s).S
Os valores d e s são invariáveis, isto é, são constantes para cada instrumento. A relação d/s = C, é a constante estadimétrica do instrumento. Para facilidade de operação os fabricantes costumam fazer C = 100. Assim, a determinação da distância D depende única e exclusivamente do número gerador S que, como já se sabe, é obtido pela diferença de leituras sobre a mira, dos fios estadimétricos superior e inferior.
Com isso, a equação anterior reveste-se da seguinte forma:
D = C.S
que é a equação básica da estadimetria, cujo princípio é o seguinte: "Existe uma relação constante entre a distância aparelho-mira (D) e a diferença de leituras dos fios estadimétricos (S) sobre a mira: D/S = C.
Caso geral
A Figura 9.3 mostra a disposição do taqueômetro e da mira no terreno, cuja distância horizontal D se deseja determinar. Considere-se a seguinte notação:
D distância horizontal entre os pontos P e Q;
S número gerador (AB);
FS leitura sobre a mira do fio estadimétrico superior;
FI idem do fio inferior;
V ângulo vertical (ângulo de inclinação da luneta);
F distância focal;
d distância do centro do instrumento à objetiva;
e ainda: i = f + d e S1 = A'B', um segmento de reta auxiliar.
Por construção, pode-se considerar retos os ângulos em A' e B', uma vez que as distâncias A'M e B'M são muito pequenas em relação às distâncias OA' e OB'.
Figura 9.3: Medição com visada inclinada.
De acordo com o princípio da estadimetria, pode-se escrever: D2 = C.S1
e a distância D1 é obtida da seguinte maneira: D1 = OM = D2 + i = C.S1 + i
Dos triângulos A'AM e B'BM, extraem-se as relações: A'M = AM cos(v) e B'M = BM cos (v)
Somando as expressões acima, e considerando AB = S e A'B' = S1 resultam:
A'B' = A'M + B'M = (AM + BM) cos (v) = AB cos (v)
S1 = S cos (v)
que, substituída na expressão~(\ref{estad2}), fornece a distância inclinada aparelho-mira.
D1 = C S cos (v) + i
A distância horizontal D é obtida reduzindo-se ao horizonte a distância D1:
D = D1 cos (v) = (C S1 + i) cos (v)
D = (C S cos (v) + i) cos (v)
D = C S cos2 (v) + i cos (v)
Os aparelhos modernos utilizam lunetas analáticas inventadas por IGNáCIO PORRO. Nestas lunetas, i = 0 e, portanto: D = C S cos2 (v).
A expressão~(\ref{estad3}) é geral; observe-se que, para v = 0^0, esta se confunde com a expressão~(\ref{estad1}), que é o caso particular de visada horizontal.
Se o teodolito fornece o ângulo zenital z, a inclinação é v = 900 - z; se o teodolito fornece o ângulo nadiral n, a inclinação é v = n - 900.
Pode-se utilizar o mesmo princípio para a determinação de distâncias horizontais através do uso da mira horizontal. Esta mira é constituída de uma régua de invar de comprimento L; possui dois alvos, um em cada extremidade, para referenciar a visada pelo instrumento. Quando em operação, a mira é instalada sobre um tripé na posição horizontal, na extremidade do alinhamento a ser medido. Os alvos extremos são visados pelo teodolito e o ângulo q é medido. A distância horizontal D entre os pontos de interesse é calculada pela expressão abaixo [Figura 9.4].
D = L / 2 tan (q/2)
2007-03-28 12:23:36
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answer #1
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answered by Íris Dourada 3
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