Patrícia Rehder Galvão, conhecida pelo pseudônimo de Pagu, (São João da Boa Vista, 9 de junho de 1910 — Santos, 12 de dezembro de 1962) foi uma escritora e jornalista brasileira. Militante comunista , teve grande destaque no movimento modernista iniciado na década de 20.Pagú presencia, ainda que muito jovem – tinha à época 12 anos – a Semana de Arte Moderna de 1922 e o início do movimento modernista, do qual mais tarde iria participar. Em 1925, com quinze anos, passa a colaborar no Brás Jornal, assinando Patsy.
Com 18 anos, mal completara o Curso na Escola Normal da Capital, em São Paulo e já está integrada ao movimento antropofágico, de cunho modernista, sob a influência de Oswald de Andrade e Tarsila do Amaral. É logo considerada a musa do movimento.
Em 1935 é presa em Paris como comunista estrangeira, com identidade falsa, e é repatriada para o Brasil;. Separa-se definitivamente de Oswald, retoma a atividade jornalística, mas é novamente presa e torturada, ficando na cadeia por cinco anos.
Ao sair da prisão, em 1940, rompe com o Partido Comunista, passando a defender um socialismo de linha trotskista . No mesmo ano, casa-se com o jornalista Geraldo Ferraz, com quem tem um filho, Geraldo Filho, em 1941.
A partir daí, passa a atuar no jornalismo como crítica de arte e se torna animadora cultural em Santos, onde passa a residir. Dedica-se em especial ao teatro, particularmente no incentivo a grupos amadores.. Em 1945 lança novo romance, A famosa revista, escrito em parceria com Geraldo Ferraz. Tenta, sem sucesso, uma vaga de deputada estadual nas eleições de 1950.
Pagu publicou os romances Parque Industrial (edição da autora, 1933), sob o pseudônimo Mara Lobo, considerado o primeiro romance proletário brasileiro, e A Famosa Revista (Americ-Edit, 1945), em colaboração com Geraldo Ferraz. Parque Industrial foi publicado nos Estados Unidos em tradução de Kenneth David Jackson em 1994 pela Editora da University of Nebraska Press.
Escreveu também contos policiais, sob o pseudônimo King Shelter, publicados originalmente na revista Detective, dirigida pelo dramaturgo Nelson Rodrigues, e depois reunidos em Safra Macabra (Livraria José Olympio Editora, 1998).
2007-03-28 11:43:00
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answered by maria celia mg 5
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resumo sobre Pagu=PatrÃcia Rehder Galvão, conhecida pelo pseudônimo de Pagu, (São João da Boa Vista, 9 de junho de 1910 — Santos, 12 de dezembro de 1962) foi uma escritora e jornalista brasileira. Militante comunista , teve grande destaque no movimento modernista iniciado na década de 20.
Biografia
Bem antes de virar Pagu, apelido que lhe foi dado pelo poeta Raul Bopp, Zazá, como era conhecida em famÃlia, já era uma mulher avançada para os padrões da época, pois cometia algumas “extravagâncias” como fumar na rua, usar blusas transparentes, manter os cabelos bem cortados e eriçados e dizer palavrões. Nada compatÃvel com sua origem familiar, principalmente pelo lado materno: os Rehder eram imigrantes alemães do Schleswig-Holstein que enriqueceram na produção de café.
Pagú presencia, ainda que muito jovem – tinha à época 12 anos – a Semana de Arte Moderna de 1922 e o inÃcio do movimento modernista, do qual mais tarde iria participar. Em 1925, com quinze anos, passa a colaborar no Brás Jornal, assinando Patsy.
Com 18 anos, mal completara o Curso na Escola Normal da Capital, em São Paulo e já está integrada ao movimento antropofágico, de cunho modernista, sob a influência de Oswald de Andrade e Tarsila do Amaral. à logo considerada a musa do movimento.
Em 1930, um escândalo para a sociedade conservadora de então: Oswald separa-se de Tarsila e casa-se com Pagú;. No mesmo ano, nasce Rudá, segundo filho de Oswald e primeiro de Pagu. Os dois se tornam militantes do Partido Comunista. Em missão do partido, Pagu vai à Argentina se encontrar com LuÃs Carlos Prestes.
Ao participar da organização de uma greve de estivadores em Santos Pagu é presa. Era a primeira de uma série de 23 prisões, ao longo da vida.. Logo depois de ser solta (1933) partiu para uma viagem pelo mundo, deixando no Brasil o marido Oswald e seu filho. No mesmo ano, publica o romance Parque Industrial, sob o pseudônimo de Mara Lobo.
Em 1935 é presa em Paris como comunista estrangeira, com identidade falsa, e é repatriada para o Brasil;. Separa-se definitivamente de Oswald, retoma a atividade jornalÃstica, mas é novamente presa e torturada, ficando na cadeia por cinco anos.
Ao sair da prisão, em 1940, rompe com o Partido Comunista, passando a defender um socialismo de linha trotskista . No mesmo ano, casa-se com o jornalista Geraldo Ferraz, com quem tem um filho, Geraldo Filho, em 1941.
A partir daÃ, passa a atuar no jornalismo como crÃtica de arte e se torna animadora cultural em Santos, onde passa a residir. Dedica-se em especial ao teatro, particularmente no incentivo a grupos amadores.. Em 1945 lança novo romance, A famosa revista, escrito em parceria com Geraldo Ferraz. Tenta, sem sucesso, uma vaga de deputada estadual nas eleições de 1950.
Ainda trabalhava como crÃtica de arte, quando foi acometida de um câncer. Viaja a Paris para se submeter a uma cirurgia, sem resultados positivos. Volta ao Brasil e morre em 1962.
Em 2005, a cidade de São Paulo comemorou os 95 anos de nascimento de Pagu com uma vasta programação, que incluiu lançamento de livros, exposição de fotos, desenhos e textos da homenageada, apresentação de um espetáculo teatral sobre sua vida e inauguração de uma página na Internet. No dia exato de seu nascimento, convidados compareceram com trajes de época a uma festa Pagu, realizada no Museu da Imagem e do Som.
[editar] Literatura
Pagu publicou os romances Parque Industrial (edição da autora, 1933), sob o pseudônimo Mara Lobo, considerado o primeiro romance proletário brasileiro, e A Famosa Revista (Americ-Edit, 1945), em colaboração com Geraldo Ferraz. Parque Industrial foi publicado nos Estados Unidos em tradução de Kenneth David Jackson em 1994 pela Editora da University of Nebraska Press.
Escreveu também contos policiais, sob o pseudônimo King Shelter, publicados originalmente na revista Detective, dirigida pelo dramaturgo Nelson Rodrigues, e depois reunidos em Safra Macabra (Livraria José Olympio Editora, 1998).
Em seu trabalho junto a grupos teatrais, revelou e traduziu grandes autores até então inéditos no Brasil como James Joyce, Eugène Ionesco, Arrabal e Octavio Paz.
[editar] Representações na cultura
PatrÃcia Galvão já foi retratada como personagem no cinema e na televisão, interpretada por Carla Camurati no filme "Eternamente Pagu" (1987) e Miriam Freeland na minissérie "Um Só Coração" (2004).
[editar] Curiosidades
* O apelido Pagu surgiu de um erro do poeta modernista Raul Bopp, autor de Cobra Norato. Bopp inventou este apelido, ao dedicar-lhe um poema, porque imaginou que seu nome fosse PatrÃcia Goulart
* Em viagem à China, Pagu obteve as primeiras sementes de soja que foram introduzidas no Brasil.
* Em 2004, a memória de Pagu foi salva por uma catadora de rua de Santos. A catadora encontrou jogados no lixo fotos e documentos originais da escritora e do jornalista Geraldo Ferraz, seu último companheiro. Entre os achados, estava uma foto de Pagu, com dedicatória para Geraldo.
[editar] Pagu no cinema
Em 1988, a vida de Pagu foi contada em filme, no primeiro longa metragem dirigido por Norma Benguell, com Carla Camurati no papel-tÃtulo, Antonio Fagundes como Oswald de Andrade e Esther Góes no papel de Tarsila do Amaral.
Anteriormente, seu filho Rudá de Andrade produziu um documentário sobre Pagu.
2007-03-29 07:52:09
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answer #2
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answered by neto 7
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