Augusto do Anjos foi um poeta brasileiro. Suas obras sempre eram marcadas por negativismo, temas sombrios, doenças e termos técnicos. "É conhecido como um dos poetas mais estranhos do seu tempo, e até hoje sua obra é admirada (e detestada) tanto por leigos como por críticos literários."Um exemplar do Eu faz parte da Biblioteca da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, por causa dos termos científicos que Augusto dos Anjos utilizava em suas composições".
Eu acho bem diferente. Ele morreu de pneumonia. Em uma de suas crises de Hemoptise( vômito com sangue) ele pensou que estava morrendo, ao cair no chão escreveu a palavra EU no sangue. Se recuperou e lançou o Livro EU com vários poemas..Gosto das obras O Morcego e VERSOS ÍNTIMOS
Versos ìntimos
Vês?! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de tua última quimera.
Somente a Ingratidão — esta pantera —
Foi tua companheira inseparável!
Acostuma-te à lama que te espera!
O Homem, que, nesta terra miserável,
Mora, entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.
Toma um fósforo. Acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.
Se a alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja essa mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija.
O cara era muito louco!!! Morreu em 1914..
2007-03-28 01:12:18
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answer #1
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answered by RACHEL 2
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Augusto Carvalho Rodrigues dos Anjos (Cruz do Espírito Santo PB, 1884 - Leopoldina MG, 1914). Matriculou-se, em 1903, na Faculdade de Direito do Recife, formando-se em 1907. Retornou então à capital da Paraíba, João Pessoa, onde já publicava poemas nos jornais O Comércio, A União, O Norte, e na revista Terra Natal. Lá, deu aulas de Literatura Brasileira no Liceu Paraibano, até que em 1910 foi afastado do cargo, em decorrência de desentendimento com o governador. No ano seguinte mudou-se para o Rio de Janeiro, onde lecionou no Colégio Pedro II. Em 1912, publicou Eu, seu único livro de poesias. Transferiu-se para Leopoldina, MG, em 1914, para assumir a direção de um grupo escolar, mas faleceu pouco tempo depois. A obra de Augusto dos Anjos é única na literatura brasileira; seus poemas apresentam linguagem cientifista-naturalista, em que termos técnicos, por vezes extravagantes, constroem imagens que remetem à morte, à desintegração. No entanto seus versos, que exprimem o pessimismo, e mesmo ao asco diante da vida, alcançaram e continuam objeto de grande popularidade.
2007-03-28 19:25:26
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answer #2
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answered by maria celia mg 5
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Um genial poeta paraibano, espírito atormentado, gostava de tratar de temas mórbidos e macabros. Um dos primeiros intelectuais a falar de Budismo em nosso país, no soneto "Budismo Moderno".
2007-03-28 09:48:46
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answer #3
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answered by tubalcain1733 7
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Augusto dos Anjos, nascido no município de Cruz do Espírito Santo(terra de Mailson da Nóbrega-Ex. Ministro da Fazenda), no estado da Paraíba, são diversas obras mais a que mais se destaca é "EU".
2007-03-28 08:10:55
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answer #4
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answered by Marcão 3
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Augusto de Carvalho Rodrigues dos Anjos (Cruz do EspÃrito Santo, ParaÃba, 20 de abril de 1884 - Leopoldina, Minas Gerais, 12 de novembro de 1914) foi um poeta paraibano, identificado muitas vezes como simbolista ou parnasiano, mas muitos crÃticos, como o poeta Ferreira Gullar, concordam em situá-lo como pré-moderno. à conhecido como um dos poetas mais estranhos do seu tempo, e até hoje sua obra é admirada (e detestada) tanto por leigos como por crÃticos literários.
Auto-epÃtetos
Poeta da morte
Poeta do hediondo
Poeta raquÃtico
Biografia
Augusto dos Anjos nasceu no engenho Pau d'Arco, municÃpio de Cruz do EspÃrito Santo (ParaÃba). Foi educado nas primeira letras pelo pai e estudou no Liceu Paraibano, onde viria a ser professor em 1908. Precoce poeta brasileiro, compôs os primeiros versos aos 7 anos de idade.
Em 1903, ingressou no curso de Direito na Faculdade de Direito do Recife, bacharelando-se em 1907.Em 1910 , casa-se com Ester Filiado. Segundo Ferreira Gullar, entrou em contato com leituras que iriam influenciar sua visão de mundo, expressa em sua poesia. Com a obra de Herbert Spencer, teria aprendido a incapacidade de se conhecer a essência das coisas e compreendido a evolução da natureza e da humanidade. De Ernst Haeckel, teria absorvido o conceito da monera como princÃpio da vida, e de que a morte e a vida são um puro fato quÃmico. Arthur Schopenhauer o teria inspirado a perceber que o aniquilamento da vontade de viver é a única saÃda para o ser humano. Essa filosofia, fora do contexto europeu em que nascera, para Augusto dos Anjos seria a demonstração da realidade que via ao seu redor, com a crise de um modo de produção pré-capitalista, proprietários falindo e ex-escravos na miséria. O mundo seria representado por ele, então, como repleto dessa tragédia, cada ser vivenciando-a no nascimento e na morte.
Dedicou-se ao magistério, transferindo-se para o Rio de Janeiro, onde foi professor em vários estabelecimentos de ensino. Faleceu em 30 de outubro de 1914, as 4 horas da madrugada, aos 30 anos, em Leopoldina, Minas Gerais, onde era diretor de um grupo escolar. A causa de sua morte foi a pneumonia.
Durante sua vida, publicou vários poemas em periódicos, o primeiro, Saudade, em 1900. Em 1912, publicou seu livro único de poemas, Eu. Após sua morte, seu amigo Ãrris Soares organizaria uma edição chamada Eu e Outras Poesias, incluindo poemas até então não publicados pelo autor.
Curiosidades Biográficas
Um personagem constante em seus poemas é um pé de tamarindo que ainda hoje existe no Engenho Pau d'Arco.
Seu amigo Ãrris Soares conta que Augusto dos Anjos costumava compor "de cabeça", enquanto gesticulava e pronunciava os versos de forma excênctrica, e só depois transcrevia o poema para o papel.
De acordo com Eudes Barros, quando morava no Rio de Janeiro com a irmã, Augusto dos Anjos costumava compor no quintal da casa, em voz alta, o que fazia sua irmã pensar que era doido.
Embora tenha morrido de pneumonia, tornou-se conhecida a história de que Augusto dos Anjos morreu de tuberculose, talvez porque esta doença seja bastante mencionada em seus poemas.
Obra Poética
A poesia brasileira estava dominada por simbolismo e parnasianismo, dos quais o poeta paraibano herdou algumas caracterÃsticas formais, mas não de conteúdo. A incapacidade do homem de expressar sua essência através da “lÃngua paralÃtica” (Anjos, p. 204) e a tentativa de usar o verso para expressar da forma mais crua a realidade seriam sua apropriação do trabalho exaustivo com o verso feito pelo poeta parnasiano. A erudição usada apenas para repetir o modelo formal clássico é rompida por Augusto dos Anjos, que se preocupa em utilizar a forma clássica com um conteúdo que a subverte, através de uma tensão que repudia e é atraÃda pela ciência.
A obra de Augusto dos Anjos pode ser dividida, não com rigor, em três fases, a primeira sendo muito influenciada pelo simbolismo e sem a originalidade que marcaria as posteriores. A essa fase pertencem Saudade e Versos Ãntimos. A segunda possui o caráter de sua visão de mundo peculiar. Um exemplo dessa fase é o famigerado soneto Psicologia de um Vencido. A última corresponde a sua produção mais complexa e madura, que inclui Ao Luar.
Sua poesia chocou a muitos, principalmente aos poetas parnasianos, mas hoje é um dos poetas brasileiros que mais foram reeditados. Sua popularidade se deveu principalmente ao sucesso entre as camadas populares brasileiras e à divulgação feita pelos modernistas.
Hoje em dia diversas editoras brasileiras publicam edições de Eu e Outras Poesias.
CrÃtica Literária
Sua linguagem orgânica, muitas vezes cientificista e agressivamente crua, mas sempre com ritmados jogos de palavras, idéias, e rimas geniais, causava repulsa na crÃtica e no grande público da época. Eu somente apresentou grande vendagem anos após a sua morte.
Muitas divergências há entre os crÃticos de Augusto dos Anjos quanto à apreciação de sua obra e suas posições são geralmente extremas. De qualquer forma, seja por ácidas crÃticas destrutivas, seja através de entusiasmos exaltados de sua obra poética, Augusto dos Anjos está longe de passar despercebido.
Abordagem Biográfica
O aspecto melancólico da sua poesia, que a marca profundamente, é interpretado de diversas maneiras. Uma vertente de crÃticos, na qual se inclui Ferreira Gullar, fundamenta a melancolia da obra na biografia do homem Augusto dos Anjos. Para Gullar, as condições de nossa cultura dependente dificultam uma expressão literária como a de Augusto dos Anjos, em que se rompe com a imitação extemporânea da literatura européia. Essa ruptura de Augusto dos Anjos ter-se-ia dado menos por uma crÃtica à literatura do que por uma visão existencial, fruto de sua experiência pessoal e temperamento, que tentou expressar na forma de poesia. A poesia de Augusto dos Anjos é caracterizada por Gullar como apresentando aspectos da poesia moderna: vocabulário prosaico misturado a termos poéticos e cientÃficos; demonstração dos sentimentos e dos fenômenos não através de signos abstratos, mas de objetos e ações cotidianas; a adjetivação e situações inusitadas, que transmitem uma sensação de perplexidade. Ele compara a miscigenação de vocabulário popular com termos eruditos do poeta ao mesmo uso que faz Graciliano Ramos. Descreve ainda os recursos estilÃsticos pelos quais Augusto dos Anjos tematiza a morte, que é personagem central de sua poesia, e o compara a João Cabral de Melo Neto, para quem a morte é apresentada de forma crua e natural.
2007-03-28 08:03:23
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answer #5
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answered by Carlos Vianna 4
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"Foi um poeta paraibano, identificado muitas vezes como simbolista ou parnasiano, mas muitos críticos, como o poeta Ferreira Gullar, concordam em situá-lo como pré-moderno. É conhecido como um dos poetas mais estranhos do seu tempo, e até hoje sua obra é admirada (e detestada) tanto por leigos como por críticos literários."
Retirei esta informação da wikipédia, quanto a obras:
A lágrima
- Faça-me o obséquio de trazer reunidos
Cloreto de sódio, água e albumina...
Ah! Basta isto, porque isto é que origina
A lágrima de todos os vencidos!
-"A farmacologia e a medicina
Com a relatividade dos sentidos
Desconhecem os mil desconhecidos
Segredos dessa secreção divina"
- O farmacêutico me obtemperou. -
Vem-me então à lembrança o pai Yoyô
Na ânsia física da última eficácia...
E logo a lágrima em meus olhos cai.
Ah! Vale mais lembrar-me eu de meu Pai
Do que todas as drogas da farmácia!
Sempre é bom conhecer mais poetas, este confesso que não conhecia.
Bjs ;)
2007-03-28 08:01:30
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answer #6
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answered by Carina M *á busca da felicidade 6
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Augusto de Carvalho Rodrigues dos Anjos (Cruz do Espírito Santo, Paraíba, 20 de abril de 1884 - Leopoldina, Minas Gerais, 12 de novembro de 1914) foi um poeta paraibano, identificado muitas vezes como simbolista ou parnasiano, mas muitos críticos, como o poeta Ferreira Gullar, concordam em situá-lo como pré-moderno. É conhecido como um dos poetas mais estranhos do seu tempo, e até hoje sua obra é admirada (e detestada) tanto por leigos como por críticos literários.
Algumas de sua obras:
A Aeronave
A Árvore Da Serra
A Caridade
A Dança Da Psique
A Dor
A Esmola De Dulce
A Esperança
A Floresta
A Fome E O Amor
A Idéia
A Ilha De Cipango
A Lágrima
A Louca
A Luva
A Máscara
A Meretriz
À Mesa
A Minha Estrela
A Morte de Vênus
A Nau
A Noite
A Obsessão Do Sangue
A Peste
A Um Carneiro Morto
A Um Epilético
A Um Gérmen
A Um Mascarado
A Uma Mártir
A Vitória Do Espírito
Abandonada
Aberração
Afetos
Agonia De Um Filósofo
Alucinação À Beira-Mar
Amor E Crença
Amor e Religião
André Chénier
Anseio
Ao Luar
Aos Meus Filhos
Apocalipse
Apóstrofe À Carne
Ara Maldita
Ariana
As Cismas do Destino
As Montanhas
2007-03-28 07:59:55
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answer #7
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answered by Henrique W 2
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