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se alguem conhece ele gostaria de saber sobre o que ele fala
da importância do estudo para as diferentes classes sociais...

2007-03-27 12:28:07 · 2 respostas · perguntado por morena_26 m 1 em Educação e Referência Nível Superior

2 respostas

Conheci-o pessoalmente há muitos anos atrás, participamos de bancas de doutoramento juntos. Um dos sociólogos brasileiros que mais entende da obra de Max Weber. Tenho um livro dele intitulado "A Delinquencia Acadêmica".

2007-03-27 12:34:48 · answer #1 · answered by tubalcain1733 7 · 0 0

Maurício Tragtenberg (Rio Grande do Sul, 4 de novembro, 1929; São Paulo, 17 de Novembro de 1998)^


[editar] Biografia
Maurício ficou conhecido como um autodidata, libertário e radical. Seus avós, imigrantes judeus, se instalaram no interior do Rio Grande do Sul cultivando como unidade familiar uma agricultura de subsistência, e foi lá que Tragtenberg iniciou sua aprendizagem de português, espanhol, esperanto e russo, além das leituras de autores anarquistas russos como Kropotkine, Bakunin, Tolstói. Ele frequentou o Grupo Escolar, em Porto Alegre, mas não foi além da 3ª série do primário.

Após a morte precoce do pai, foi com sua mãe à São Paulo, onde ainda jovem começou a trabalhar. Filiou-se ao PCB, mas foi expulso com base em um artigo que proibia ao militante contato direto ou indireto com trotskystas, autor por ele lido e relido.

Trabalhou no Departamento das Águas de São Paulo, onde teve toda sua experiência com a burocracia, posteriormente criticada em seu livro Burocracia e Ideologia. Neste período frequentava a Biblioteca Municipal Mário de Andrade, onde foi possível ler o que lhe interessasse e discutir assuntos diversos com uma turma de intelectuais que também frequentavam a biblioteca, entre eles Antônio Cândido, que o convenceu a prestar vestibular na USP. Escreve o texto Planificação - Desafio do século XX - que seria posteriormente editado em livro. Com a aceitação desse texto por uma comissão, habilita-se a prestar o vestibular. Aprovado, começa a frequentar a universidade, no curso de Ciências Sociais. Um ano depois prestou novamente vestibular desta vez para o curso de História em que se formou. Durante a ditadura militar escreve sua tese de doutorado em Política na mesma universidade. Foi então que começou a se dedicar à carreira de professor, lecionando na graduação e pós-graduação de universidades como PUC, USP, UNICAMP e Fundação Getúlio Vargas.

Deixou publicado cerca de 8 livros, e inúmeros artigos em jornais e revistas de grande circulação no país, abrangendo diversos assuntos como educação, política, sociologia, história e administração. Escreveu por vários anos a coluna No Batente para o jornal Notícias Populares, um tablóide popular de São Paulo.


Sua obra completa que inclui livros, artigos, apresentações, prefácios e textos esparsos está sendo editada pela editora da UNESP, São Paulo.
Já foram editados tres volumes da coleção Mauricio Tragtenberg - dirigida por Evaldo Amaro Vieira - são eles: Administração, Poder e ideologia, Sobre educação, política e sindicalismo, e o mais recente Burocracia e Ideologia.


[editar] Pedagogia Libertária
Através de uma crítica incisiva ao modelo pedagógico burocrático, Tragtenberg chega à teoria da pedagogia libertária, que se expressa pelo questionamento de toda e qualquer relação de poder estabelecida no processo educativo e das estruturas que proporcionam as condições para que essas relações se reproduzam no cotidiano das instituições escolares. Em sua visão, a própria prática de ensino pedagógica-burocrática permite a dominação na medida em que reduz o aluno ao papel de mero receptáculo de conhecimento, e fixa uma hierarquia rígida e burocrática na qual o principal interessado encontra-se numa posição submissa. E nessa ordem o professor é o ‘símbolo vivo’ da dominação.


Tragtenberg critica também a realidade das universidades, a delinquência acadêmica, que a seu ver, acabam exprimindo uma ‘concepção capitalista do saber’ através da busca desenfreada por titulações, publicações, pontos. Paga-se para apresentar trabalhos a si mesmos ou aos poucos amigos, que se revezam entre falantes e ouvintes, não interessa o conteúdo e a qualidade do que se publica, mas sim quantos pontos vale; também não importa se alguém lerá o artigo; que seja de preferência uma publicação em algum país vizinho, pois as publicações internacionais valem mais pontos.


Em resposta a tudo isso, a pedagogia libertária propõe uma série de mudanças nas instituições de ensino, fundadas na:


autogestão, gestão da educação pelos diretamente envolvidos no processo educacional e a ‘devolução do processo de aprendizagem às comunidades onde o indivíduo se desenvolve (bairro, local de trabalho)’;
autonomia do indivíduo, ‘o indivíduo não é um meio, é o fim em si mesmo. No universo das coisas (mercadorias) tudo tem um preço, porém só o homem tem uma dignidade’; negação total de prêmios ou punições;
solidariedade, crítica permanente de todas as formas educativas que estimulam ou fundamentem-se na competição;
crítica a todas as normas pedagógicas autoritárias.

Essa proposta pedagógica pressupõe ainda: educação gratuita para todos, superação da divisão dos professores em categorias; liberdade de organização para os trabalhadores da educação

2007-03-29 23:34:05 · answer #2 · answered by Anonymous · 0 0

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