Os deputados podem votar ainda nesta semana uma proposta de reajustar os próprios salários em 26,49%. O presidente da Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), disse hoje que se houver apoio dos líderes para o aumento, a proposta será incluída na ordem do dia.
"Se eles demonstrarem que há consenso para votar nesta semana, será nesta semana Temos apenas que verificar se há possibilidade regimental", afirmou.
A pauta da Câmara está trancada por MPs (medidas provisórias), mas há quem entenda que o reajuste não é matéria legislativa, mas administrativa. Com isso, o assunto poderia furar a fila das MPs.
O assunto reajuste será discutido amanhã em reunião de líderes. Chinaglia insistiu que a decisão será compartilhada e a votação ocorrerá "à luz do dia" para que a sociedade acompanhe.
"Sempre disse que era favorável à reposição das perdas da inflação. Agora quem vai encarar de frente esta questão vai ser o plenário. A votação será feita em dia de quórum alto, no meio da semana, onde os líderes vão ter a oportunidade de expor a atitude a ser tomada", disse.
Chinaglia e vários líderes da base aliada consideram que a proposta aprovada na semana passada pela Comissão de Finanças de permitir parte do uso da verba indenizatória sem comprovação não deve vingar. "Sou contra", disse.
Os deputados devem reajustar os salários e a verba de gabinete a que têm direito para contratar funcionários.
Proposta
O projeto do deputado Virgílio Guimarães (PT-MG) eleva em 26,49% os salários dos deputados, senadores, ministros, presidente e vice-presidente da República.
Para os parlamentares, o subsídio mensal sobe de R$ 12.847,20 para R$ 16.250,42 com a aprovação do projeto. Já o salário do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobe de R$ 8.885,48 para R$ 11.239,24. O do vice-presidente passa de R$ 8.362,80 para R$ 10.578,11, e os ministros passam a receber R$ 10.578,11 contra os atuais R$ 8.362,80.
2007-03-26
16:41:53
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Anonymous
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