A tecnologia nuclear é perigosa, já causou acidentes graves Os custos da energia nuclear são altíssimos, maiores que os da hidroeletricidade e os de fontes renováveis, como a co-geração através de resíduos de biomassa e energia eólica.
Grandes acidentes radioativos
Em 6 e 9 de agosto de 1945, respectivamente, as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki foram destruídas por bombas atômicas lançadas por aviões do Exército dos EUA. Mais de 200 mil pessoas foram mortas nos ataques. Quase seis décadas depois do bombardeio, milhares de pessoas ainda apresentam sequelas devido à exposição à radioatividade.
Mais tarde, vários acidentes nucleares foram registrados no mundo. Em março de 1979, a usina americana de Three Mile Island, na Pensilvânia, foi o local de um dos piores acidentes nucleares registrados até hoje. O gás responsável pela refrigeração de um de seus reatores escapou, provocando o derretimento do núcleo. Embora não haja números oficiais de pessoas mortas ou afetadas pela radioatividade, sabe-se que houve grande aumento de incidência de câncer e problemas de tireóide, além de vários outros efeitos negativos sobre todos os tipos de vida na região.
Sete anos depois, em abril de 1986 ocorreu o mais grave acidente nuclear da história. A explosão de um dos quatro reatores da usina nuclear soviética de Chernobil, na Ucrânia, lançou na atmosfera uma nuvem radioativa de 100 milhões de curies - nível de radiação 6 milhões de vezes mais alto do que o que escapara da usina de Three Mile Island. Todo o centro-sul da Europa foi atingido. Estima-se que entre 15 mil e 30 mil pessoas morreram, e aproximadamente 16 milhões sofrem até hoje alguma sequela em decorrência do desastre.
Em agosto de 1986, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA, ligada à ONU), divulgou informações sobre as possíveis causas para o acidente de Chernobil. Segundo o organismo, entre outros fatores, os operadores da usina violaram nada menos do que seis regras de segurança da planta.
Em abril de 2002, a Comissão de Segurança Radioativa do governo ucraniano informou que os níveis de radioatividade em Chernobil estão aumentando. O sarcófago de concreto em que é mantido o que resta de combustível nuclear da usina estaria, inclusive, aumentando de temperatura.
Um ano depois do acidente na Ucrânia, em setembro de 1987, a violação de uma cápsula de césio 137 por sucateiros da cidade de Goiânia (GO), resultou em quatro mortes. Cerca de 250 pessoas tiveram problemas de saúde na época. No ano passado, cerca de mil foram consideradas afetadas pela radioatividade do césio de Goiânia, grande parte das quais são funcionários públicos que trabalharam na assistência às pessoas contaminadas. Atualmente, as seis mil toneladas de lixo radioativo resultantes do acidente estão armazenadas em contêineres de concreto, em um depósito de Abadia de Goiás, próximo a Goiânia.
O césio 137, subproduto das usinas nucleares obtido pela fusão do urânio 235, foi largamente empregado no tratamento de vítimas de câncer durante décadas, por meio da radioterapia. Em Goiânia, ele fora retirado de dentro de um equipamento que se encontrava nas ruínas do que costumava ser o Instituto Goiano de Radioterapia (IGO), no Centro da cidade.
Em maio de 2003, uma equipe de especialistas em radiação do Greenpeace realizou no Iraque inspeções para detectar níveis de contaminação próximo à central nuclear de Tuwaitha, localizada no sul do país. Os ativistas encontraram um contêiner com cerca de cinco quilos de uma mistura de urânio conhecida como "yellowcake" (bolo amarelo) a céu aberto, além de detectarem taxas de radioatividade de até 10 mil vezes acima do considerado normal, em alguns locais.
O Greenpeace apurou que pelo menos 150 famílias estavam utilizando barris pilhados da usina para guardar alimentos e água. Com o fim da guerra dos EUA contra o Iraque, o complexo nuclear ficou sem segurança e, assim, foi alvo dos saques que foram praticados em todo o país.
2007-03-26 15:28:06
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answer #1
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answered by L U K E 7
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