O Iluminismo, ou esclarecimento (em alemão Aufklärung, em inglês enlightenment), foi um movimento e uma revolta ao mesmo tempo intelectual surgido na segunda metade do século XVIII (o chamado "século das luzes") que enfatizava a razão e a ciência como formas de explicar o universo. Foi um dos movimentos impulsionadores do capitalismo e da sociedade moderna. Foi um movimento que obteve grande dinâmica nos países protestantes e lenta porém gradual influência nos países católicos.
O nome se explica porque os filósofos da época acreditavam estar iluminando as mentes das pessoas. É, de certo modo, um pensamento herdeiro da tradição do Renascimento e do Humanismo por defender a valorização do Homem e da Razão. Os iluministas acreditavam que a Razão seria a explicação para todas as coisas no universo, e se contrapunham à fé.
Immanuel Kant, ele próprio um expoente da filosofia desta época, definiu o Iluminismo assim: "O Iluminismo é a saída do ser humano do estado de não-emancipação em que ele próprio se colocou. Não-emancipação é a incapacidade de fazer uso de sua razão sem recorrer a outros. Tem-se culpa própria na não-emancipação quando ela não advém de falta da razão, mas da falta de decisão e coragem de usar a razão sem as instruções de outrem. Sapere aude! (ouse saber!)"
Segundo os iluministas, cada pessoa deveria pensar por si própria, e não deixar-se levar por outras ideologias que, apesar de não concordarem, eram forçadas a seguir. Pregavam uma sociedade “livre”, com possibilidades de transição de classes e mais oportunidades iguais para todos. Economicamente, achavam que era da terra e da natureza que deveriam ser extraídas as riquezas dos países. Segundo Adam Smith, cada indivíduo deveria procurar lucro próprio sem escrúpulos, o que, em sua visão, geraria um bem-estar-geral na civilização.
O Iluminismo foi um movimento influente nas zonas onde a influência católica foi menos intensa. É no Reino Unido que figuras como John Locke, David Hume, Edward Gibbon ou Adam Smith dispõem da liberdade de expressão que lhes permite desenvolver o seu pensamento sem o controle que a igreja católica exercia nas sociedades espanhola ou portuguesa dessa época. Algumas das maiores figuras do iluminismo contavam-se entre os autores de livros proibidos pelo Index católico, como David Hume, John Locke ou Immanuel Kant (ver:Index Librorum Prohibitorum). A influência da religião católica na Inglaterra fora definitivamente afastada do poder em 1688, com a Revolução Gloriosa. Desde então nenhum católico voltaria a subir ao trono, embora a Igreja da Inglaterra tenha permanecido bastante próxima do Catolicismo em termos doutrinários e de organização interna.
Na França, país de tradição católica mas onde as correntes protestantes, nomeadamente os huguenotes, também desempenharam um papel dinamizador, há uma tensão crescente entre as estructuras políticas conservadoras e os pensadores iluministas. Rousseau, por exemplo, originário de uma família huguenote e um contribuidor para a Encyclopédie, foi perseguido e obrigado a exilar-se na Inglaterra. Este conflito entre uma sociedade feudal e católica, e as novas forças de pendor protestante e mercantil, acabará por culminar na Revolução Francesa. Madame de Staël e o seu salão literário onde avultam grandes nomes da vida cultural e política francesa são uma outra grande referência.
Nas colônias americanas, o iluminismo está intrinsecamente ligado à independência americana. Americanos que incorporaram o espírito desta época foram entre outros Thomas Jefferson e Benjamin Franklin.
Na Alemanha, (então Prússia), possivelmente a figura mais representativa do iluminismo é Immanuel Kant. Mas também Moses Mendelssohn e Gotthold Ephraim Lessing são nomes de destaque.
Em Portugal, uma figura marcante desta época foi o Marquês de Pombal. Tendo sido embaixador em Londres durante 7 anos (1738-1745), o futuro primeiro-ministro de Portugal ali terá recolhido as referências que marcaram a sua orientação como primeiro responsável político em Portugal. O Marquês de Pombal é um marco na história portuguesa, contrariando o legado histórico feudal e tentando por todos os meios aproximar Portugal do modelo da sociedade inglesa. Entretanto, Portugal mostrou-se por vezes hostil à influência daqueles que em Portugal se chamou pejorativamente de estrangeirados, fato pretensamente relacionado à influência Católica. Também, ao longo do século XVIII, o ambiente cultural português permaneceu pouco dinâmico, fato nada surpreendente num país onde mais de 80% da população era analfabeta.
2007-03-25 17:37:02
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answer #1
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answered by Anonymous
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Nossa, a maior revolução do pensamento humano ja existente em que se contestou o atual em relevancia a rasão, em que se ouve uma revolução em não uma mas varias áreas da ciências.
Para lhe direcionar e fazer pesquisar mais entre no wikipedia e buscque por: Adam Smith, Copérnico, Diderot e a enciclopedia, o iluminismo, os três poderes...
Desculpe, esqueci de mencionar a atualidade:
Na atualidade as maiores demostrações dos resultados do iluminismo são a democracia americana e mundial, os avanços fisicos que propiciaram os avanços tecnológicos da informatica, a biogenética, o desenvolvimento das ciências sociais tais como a geografia e economia.
2007-03-25 00:48:07
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answer #2
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answered by Vinicius Z 2
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