O vocábulo didática deriva da expressão grega Τεχνή διδακτική (techné didaktiké), que se traduz por arte ou técnica de ensinar. Enquanto adjetivo derivado de um verbo, o vocábulo referido origina-se do termo διδάςκω (didásko) cuja formação lingüística - note-se a presença do grupo σκ (sk) dos verbos incoativos - indica a característica de realização lenta através do tempo, própria do processo de instruir.
As obras de Hugo de San Víctor - Eruditio Didascalia - no século XII, de Juan Luis Vives - De Disciplinis - no século XVI, e de Wolfgang Ratke - Aporiam Didactici Principio - estão associadas aos primeiros tratados sistemáticos sobre o ensino. É, entretanto, com Comênio, através de sua Didáctica Magna, escrita no século XVII e considerada marco significativo no processo de sistematização da Didática, que esta se populariza na literatura pedagógica.
Grosso modo, podemos dizer que a Didática é uma ciência cujo objetivo fundamental é ocupar-se das estratégias de ensino, das questões práticas relativas à metodologia e das estratégias de aprendizagem. Sua busca de cientificidade se apoia em posturas filosóficas como o funcionalismo, o positivismo, assim como no formalismo e o idealismo.
Sintetizando, poderíamos dizer que ela funciona como o elemento transformador da teoria na prática.
Um pouco de História
Entre os anos 20 e 50, a Didática segue os postulados da Escola Nova, que busca superar os da Escola Tradicional, reformando internamente a escola.
Nessa perspectiva, afirma a necessidade de partir dos interesses espontâneos e naturais da crianças: os princípios de atividade, individualização e liberdade estão na base de toda proposta didática. Passa-se da visão da criança como um adulto em miniatura para centrar-se nela como ser perfeitamente capaz de adaptar-se a cada uma das fases de sua evolução.
Do aluno passivo ante os conhecimentos a serem transmitidos pelo mestre passa-se ao "aprender fazendo" onde cada um se auto-educa ativamente em um processo natural, sustentado por meio dos interesses concretos dos participantes. A atenção às diferenças individuais e a utilização de jogos educativos passem a ter papel de destaque.
Em uma etapa posterior, entre os anos 60 e 80, se passa de um enfoque humanista centrado no processo interpessoal, a uma dimensão técnica que enfoca o processo ensino- aprendizagem como uma ação intencional, sistêmica, que procura organizar as condições que melhor facilitem o processo de aprendizagem. Centra-se em objetivos instrucionais, na seleção de conteúdos, nas estratégias de ensino, destacando-se palavras como produtividade, eficiência, racionalização, operatividade e controle.
A perspectiva industrial adentra na escola e a didática é vista como uma estratégia para alcançar os produtos previstos para o processo de ensino- aprendizagem. A ênfase é colocada na objetividade, racionalidade e neutralidade do processo. O referencial central da educação passa a ser a fábrica e sobre ela se constroem tanto as ações na escola como as conceitualizações referentes à educação.
Essa didática se descontextualiza dos problemas específicos da situação específica da sala de aula e não proporciona elementos significativos para a análise da prática pedagógica real, produzindo uma separação entre teoria e prática.
A partir dos anos 70 se acentuam as críticas a estas perspectivas didáticas. Seu efeito positivo foi a denúncia da falsa neutralidade pretendida pelo modelo tecnicista, revelando seus componentes político- sociais e econômicos.
Na atualidade a perspectiva fundamental da didática é assumir a multifuncionalidade do processo de ensino- aprendizagem e articular suas três dimensões: técnica, humana e política no centro configurador de sua temática.
Características dessa Didática
partir da análise da prática pedagógica concreta e seus determinantes;
contextualizar a prática pedagógica e procurar repensar as dimensões técnicas e humanas contextualizando-as;
analisar as diferentes metodologias explicitando seus pressupostos, o contexto em que surgiram e a visão de homem, de sociedade, de conhecimento e de educação a que responde;
elaborar a reflexão didática a partir da análise e reflexão sobre experiências concretas, procurando trabalhar continuamente a relação entre a teoria e a prática;
assumir o compromisso com a transformação social, com a busca de práticas pedagógicas que tornem o ensino eficiente para a maior parte da população;
ensaiar, analisar, experimentar;
romper com as práticas profissionais individualistas promovendo o trabalho comum de professores e especialistas;
buscar formas de manter as crianças na escola;
discutir o tema do currículo e sua interação com uma população concreta e suas exigências concretas.
DIDÁTICA E CURRÍCULO
O termo currículo aparece pela primeira vez com o significado de planificação do ensino na obra de Bobbit "The curriculum" em 1918.
A princípio, didática e currículo se desenvolveram de forma paralela sem que interferência de uma no campo da outra, referindo-se cada uma a conteúdos, sujeitos e finalidades diferentes.
Somente a partir dos anos 60 o currículo começa a formar parte do campo da didática, alternando-se sua incumbência segundo predomine uma forma ou outra de entender a educação e a didática.
A tendência atual considera imprescindível uma integração entre currículo e didática, esta, favorecendo o trabalho de aula.
Os estudos curriculares tendem a aspectos mais globais, expondo como se realiza a seleção e organização do conhecimento e como esse processo de seleção não é neutro, favorecendo a certos grupos frente a outros.
O enfoque curricular há de ampliar o "que", o "porque", o "para que" e em que condições há que levar-se a cabo o ensino, mas, sempre colocando no centro de suas considerações o aluno. Para que estes conteúdos curriculares cumpram seu objetivo é necessária uma adequada seleção e uso acertado das melhores estratégias didáticas, que não poderão ser independentes co conteúdo, dos objetivos e nem do contexto. È importante para alcançar as metas pretendidas uma estreita colaboração entre a elaboração do currículo e a escolha de estratégias didáticas.
O papel da Didática
O papel da Didática na formação de professores foi muito bem tratado por Cipriano Luckesi e alguns conceitos que seguem são um resumo de seu pensamento sobre o tema.
A didática para assumir um papel significativo na formação do educador não poderá reduzir-se e dedicar-se somente ao ensino de meios e mecanismos pelos quais desenvolver um processo de ensino -aprendizagem, e sim, deverá ser um modo crítico de desenvolver uma prática educativa forjadora de um projeto histórico, que não será feito tão somente pelo educador, mas, por ele conjuntamente com o educando e outros membros dos diversos setores da sociedade.
A didática deve servir como mecanismo de tradução prática, no exercício educativo, de decisões filosófico- políticas e epistemológicas de um projeto histórico de desenvolvimento do povo. Ao exercer seu papel específico estará apresentando-se como o mecanismo tradutor de posturas teóricas em práticas educativas.
2007-03-24 11:32:04
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answer #1
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answered by Millena :D 3
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Aprendi como sendo a Arte de ensinar
2007-03-25 12:48:34
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answered by Dr. T 2
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A palavra didática (didáctica) vem da expressão grega Τεχνή διδακτική (techné didaktiké), que se pode traduzir como arte ou técnica de ensinar. A Didática é a parte da pedagogia que se ocupa dos métodos e técnicas de ensino destinados a colocar em prática as diretrizes da teoria pedagógica. A didática estuda os processos de ensino e aprendizagem. O educador Jan Amos Komenský, mais conhecido por Comenius, é reconhecido como o pai da Didática Moderna e um dos maiores educadores do século XVII.
Os elementos da ação didática são:
o professor,
o aluno,
a disciplina (matéria ou conteúdo)
o contexto da aprendizagem,
as estratégias metodológicas.
2007-03-24 21:47:04
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answered by Biatreex 2
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A palavra didática (didáctica) vem da expressão grega Τεχνή διδακτική (techné didaktiké), que se pode traduzir como arte ou técnica de ensinar. A Didática é a parte da pedagogia que se ocupa dos métodos e técnicas de ensino destinados a colocar em prática as diretrizes da teoria pedagógica. A didática estuda os processos de ensino e aprendizagem. O educador Jan Amos Komenský, mais conhecido por Comenius, é reconhecido como o pai da Didática Moderna e um dos maiores educadores do século XVII.
Os elementos da ação didática são:
o professor,
o aluno,
a disciplina (matéria ou conteúdo)
o contexto da aprendizagem,
as estratégias metodológicas.
Índice [esconder]
1 História
1.1 Entre os anos 20 e 50
1.2 Entre os anos 60 e 80
1.3 Dos anos 90 até a atualidade
2 Didática e currículo
2.1 A didática do teatro
3 O Tríptico Didáctico
4 Ver também
5 Ligações externas
[editar] História
[editar] Entre os anos 20 e 50
Nesse período a didática praticada é a da Escola Nova, que buscou superar os postulados da Escola Tradicional, trazendo assim uma reforma interna na escola. O movimento da Escola nova defendia a necessidade de partir dos interesses da crianças, abandonando a visão da criança como um adulto em miniatura passando a considerá-la capaz de adaptar-se a cada fase de seu desenvolvimento. Foi a fase do aprender fazendo, momento em que os jogos educativos passam a ter um papel importante.
[editar] Entre os anos 60 e 80
Nesse período a didática assume o enfoque teórico numa dimensão denominada tecnicista, e deixa o enfoque humanista centrado no processo interpessoal, para uma dimensão técnica do processo ensino- aprendizagem.
A era industrial faz-se presente na escola e a didática é vista como uma estratégia objetiva, racional e neutra do processo. O referencial principal do ensino é a fábrica e sobre ela se constroem as práticas educativas e as conceitualizações referentes à educação.
[editar] Dos anos 90 até a atualidade
A Didática tornou-se um instrumento para a cooperação entre docente e discente, para que realmente ocorra a apropriação dos processos de ensinar e de aprender.
[editar] Didática e currículo
O termo currículo aparece pela primeira vez com o significado de planificação do ensino na obra de Bobbit "The curriculum" em 1918. A princípio, didática e currículo se desenvolveram de forma paralela sem que interferência de uma no campo da outra, referindo-se cada uma a conteúdos, sujeitos e finalidades diferentes. Somente a partir dos anos 60 o currículo começa a formar parte do campo da didática, alternando-se sua incumbência segundo predomine uma forma ou outra de entender a educação e a didática. A tendência atual considera imprescindível uma integração entre currículo e didática, esta, favorecendo o trabalho de aula. Os estudos curriculares tendem a aspectos mais globais, expondo como se realiza a seleção e organização do conhecimento e como esse processo de seleção não é neutro, favorecendo a certos grupos frente a outros. O enfoque curricular há de ampliar o "que", o "porque", o "para que" e em que condições há que levar-se a cabo o ensino, mas, sempre colocando no centro de suas considerações o aluno. Para que estes conteúdos curriculares cumpram seu objetivo é necessária uma adequada seleção e uso acertado das melhores estratégias didáticas, que não poderão ser independentes co conteúdo, dos objetivos e nem do contexto. È importante para alcançar as metas pretendidas uma estreita colaboração entre a elaboração do currículo e a escolha de estratégias didáticas.
[editar] A didática do teatro
Vários são os fatores comportamentais que impedem o aluno de assimilarem o que é ensinado em sala de aula. Inibição e dispersão são problemas que se sobressaem e notadamente prejudicam o relacionamento professor-aluno. Pensando nisso, acredita-se que a inserção didática do teatro como recurso facilitador estratégico da aprendizagem seja uma ferramenta de grande relevância, muito embora alguns lingüistas discordem dessa hipótese.
Vale tentar esse mecanismo quando se pensa que o teatro auxilia na conjugação verbal, na dicção e clareza das idéias lingüísticas e subjetivas, na formação de palavras, em si. Além disso, a postura do aluno como ser social e relacionamento com seus semelhantes. A criança precisa aprender a aprender e exercitar a socialização do seu pensamento.
Didaticamente falando, é provado que uma aula dinâmica, aparentemente informal e descompromissada com livros didáticos e roteiros, com certeza rende muito mais e gera resultados mais positivos do que uma aula formal. Nesse prisma, entende-se que os recursos didáticos devem se afastar do convencional e da enfadonha sala fechada e buscar ambientes descontraídos.
A questão principal de rejeição de alguns profissionais da educação é a proporção do trabalho em compartilhar idéias e tempo extra. Enfim, um trabalho extra considerado desnecessário pelos educadores e educadoras tradicionalistas. A inserção da informática como recurso criativo no ensino, comprovadamente um meio de aprendizagem viável, do ponto de vista pedagógico, também encontra resistência da parte de alguns educadores. A dosagem da expressão teatral deve ser individualizada, considerando que o objetivo didático não é formar atores mirins e sim, favorecer a disinibição dos tímidos e abrandar os hiperativos.
Para que haja uma eficácia na didática aplicada, é preciso que a dramatização abranja a grade curricular de modo integral de acordo com o nível escolar e faixa etária. O cenário pode ser natural e de acordo com o tema da aula.
A oralidade na educação infantil é um dos objetivos específicos que variam de acordo com o nível escolar cujos alunos devem ser provocados sutilmente para efeito de avaliação. O gosto pela leitura também é um diferencial notado no desempenho dos alunos e se desabrocha cada vez mais com a constante aplicação desse tipo de didática. Nesse caso, também poderia ser utilizado uma didática de projetos, incluindo o teatro na grade.
Para os jovens, a dramatização é um estímulo para a leitura e a escrita, já que a maioria sente dificuldade em se expressar através da escrita. Outro ponto que atinge nessa faixa etária é o comportamento, pois a leitura ameniza os ânimos da impulsividade, de modo geral.
O teatro na escola valoriza a livre expressão dos alunos, motivando-os a partir do que consideram-se necessidades vitais do ser humano: criar, se expressar, se comunicar, viver em grupo, ter sucesso, agir-descobrir e se organizar. Observadas essas condições, a escola formaria, enfim, cidadãos autônomos e cooperativos, como postulava Freinet.
[editar] O Tríptico Didáctico
A designação de "tríptico didáctico" foi avançada por Isabel Alarcão (1997) para designar a tripla dimensão ou a multidimensionalidade da Didáctica: a Didáctica Investigativa, a Didáctica Curricular e a Didáctica Profissional. A primeira diz respeito ao trabalho do investigador nesta disciplina; a segunda refere-se à formação curricular, inicial e/ou contínua, em Didáctica dos formadores e futuros formadores; finalmente, a terceira, refere-se às práticas dos professores no terreno escolar.
[editar] Ver também
Robert M. Gagné
Robert Galisson
[editar] Ligações externas
Didática para multimedia
História da didática (pdf)
2007-03-24 21:31:41
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answer #4
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answered by Carolina m 2
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O vocábulo didática deriva da expressão grega Τεχνή διδακτική (techné didaktiké), que se traduz por arte ou técnica de ensinar. Enquanto adjetivo derivado de um verbo, o vocábulo referido origina-se do termo διδάςκω (didásko) cuja formação lingüística - note-se a presença do grupo σκ (sk) dos verbos incoativos - indica a característica de realização lenta através do tempo, própria do processo de instruir.
2007-03-24 20:26:41
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answer #5
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answered by maria celia mg 5
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1. A técnica de dirigir e orientar a aprendizagem; técnica de ensino.
2. O estudo dessa técnica.
2007-03-24 20:24:54
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answer #6
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answered by Anah Luh 1
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Parte da pedagogia que trata dos preceitos científicos que orientam a atividade educativa de modo a torná-la mais eficiente
Arte de transmitir conhecimentos; técnica de ensinar
Bjs.
2007-03-24 18:11:34
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answer #7
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answered by ♫♫ A Eremita ♫♫ 7
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didáctica
substantivo feminino - feminino de didáctico
1. ciência auxiliar da pedagogia, que se dedica ao estudo dos métodos e técnicas utilizados no ensino em geral;
2. série de métodos e técnicas que dizem respeito ao ensino de uma disciplina;
3. arte e ciência de fazer aprender;
(Do gr. didaktiké [tékhne], «arte do ensino»)
um abraço!
2007-03-24 18:09:37
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answer #8
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answered by Gregorio 7
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mesma pergunta, mesma resposta
A grosso modo, podemos dizer que a Didática é uma ciência cujo objetivo fundamental é ocupar-se das estratégias de ensino, das questões práticas relativas à metodologia e das estratégias de aprendizagem. Sua busca de cientificidade se apoia em posturas filosóficas como o funcionalismo, o positivismo, assim como no formalismo e o idealismo.
Sintetizando, poderíamos dizer que ela funciona como o elemento transformador da teoria na prática.
Vou acrescentar nessa, uma definiçao mais ... oficial:
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
A palavra didática (didáctica) vem da expressão grega Τεχνή διδακτική (techné didaktiké), que se pode traduzir como arte ou técnica de ensinar. A Didática é a parte da pedagogia que se ocupa dos métodos e técnicas de ensino destinados a colocar em prática as diretrizes da teoria pedagógica. A didática estuda os processos de ensino e aprendizagem.
2007-03-24 18:09:13
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answer #9
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answered by Anonymous
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ACHO QUE É UMA TÉCNICA PARA ENSINAR ALGUÉM !*
2007-03-24 18:06:11
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answer #10
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answered by SEM NOME ! 7
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