De minha infância, lembro que li um livro que falava de um reino cujo rei, Euristeu, obrigou Hércules, seu irmão, aos “doze trabalhos", Um ponto interessante da narrativa foi que no monte Hélicon, com uma única patada, Pégaso fez brotar da rocha uma fonte, que ficou então conhecida como Hipocrene (fonte do cavalo), onde os poetas iam beber inspiração, passando o termo “montar o Pégaso”, a designar uma pessoa inspirada a “fazer versos” (como Domingos, meu irmão), mas o herói que mais me chamou a atenção foi o forte Hércules (correspondente a Heracles, “semideus” grego), nascido em Tebas, filho de Júpiter (o “deus” grego Zeus) e Alcmena (esposa de Anfitrião) que foi seduzida por Júpiter. Quando soube da traição do marido, sua irritada esposa, Juno (filha de Saturno, correspondente a Hera grega, deusa do casamento), mandou colocar duas serpentes no berço da criança para matá-la. Mas sendo muito forte, o bebê Hércules afogou as serpentes nos próprios braços. Educado em Tirinte, na Argólida, ao se tornar adulto era dono de uma força extraordinária, e obrigado pelo irmão Euristeu (rei de Micenas, que o temia) a realizar doze façanhas, esperando com isso livrar-se dele. Tais foram conhecidos como os “Doze Trabalhos de Hércules”, aliás, nome do filme exibido no cine “Marabá”, mostrando que consistia em tirar a pelo do leão de Némeia (entre Cleonas e Fliunte); por em fuga monstruosas aves de rapina, as Estinfálides (nome que vinha do sítio onde viviam); trazer-lhe vivo o javali de Erimanto (monte da Arcádia); matar a hidra da lagoa de Lerna (perto de Argos); descer ao reino das sombras (conhecido como Campos de Dicte), banhados pela lagoa Estige, para se apoderar do Cérbero (cão de três cabeças que guardava a porta do inferno, etc.) e, além dessas, outras grandes proezas lhes foram atribuídas, como a separação dos montes Calpes e Abila, até hoje chamadas de “Colunas de Hércules”, geradas na abertura feita por ele no Estreito de Gibraltar, separando a cadeia de montanhas que ligava Gibraltar a Ceuta, criando assim os montes Calpes na Europa e Abilas, na África, ao tornar possível o acesso (ou saída) do Mar Mediterrâneo; livrou Hesíona do monstro que ia devorá-la; afogou nos braços o gigante Anteu, filho da Terra; exterminou o bandido Caco; libertou Prometeu, acorrentado no Cáucaso; venceu o rio Aqueloo; etc., mas, em sua última proeza ao matar o Centauro Nesso, que queria raptar a sua mulher Djanira, Hércules “se deu mal”. A propósito, sendo o herói predileto de minha infância, discorri sob as proezas do semideus Héracles, ou Hércules, desde o berço aos “doze trabalhos”, mas prefire “matá-lo” agora, lembrando de sua derradeira “proeza”: Segundo a fábula, entre os montes Pélion e o Ossa, na Tessália (região da Grécia setentrional, localizada entre cinco Montes celebrizados por poetas: o Olimpo, o Pindo, o Eta, o Ossa e o Pélion), havia uma raça de seres selvagens cujos corpos eram de metade homem e metade cavalo. Um de seus líderes, Nesso, queria raptar Djanira, a ciumenta esposa de Hércules, depois de tentar seduzi-la, alegando que Hércules lhe era infiel. Sem Hércules saber que a esposa era assediada, Nesso foi a seu encontro e o desafiou, havendo em seguida uma brutal e titânica luta entre os dois. Como líder dos centauros, Nesso era muito forte e, quando lutava, a variação de patadas e coices, não raro, costumava ser fatal a qualquer adversário. Mas ao receber um coice mais forte, Hércules arremessou-lhe uma flecha envenenada, impregnada com o sangue da hidra de Lerna, mas antes de morrer, o centauro conseguiu fugir e procurou Djanira. Moribundo, presenteou-a com sua túnica, manchada de sangue envenenado, dizendo que seria para ela um talismã de fidelidade, e que restituiria o amor de seu marido, se ele lhe fosse infiel. Como Hércules freqüentemente se encontrava fora de casa por longos períodos, na primeira oportunidade que Djanira desconfiou estar sendo preterida por uma rival, enviou a túnica ao marido. Logo que a vestiu, Hércules não conseguiu mais tirá-la e passou a sentir dores atrozes por todo o corpo, mas sem conseguir suportá-las, ergueu uma pira no alto do Eta e se atirou dentro da fogueira, deixando-se consumir pelas chamas. Foi o fim do herói, cujos restos foram conduzidos por Athena para o Olimpo. O arco e as flechas embebidas do sangue da hidra de Lerna faziam feridas incuráveis e com a morte de Hércules, foram entregues por Djanira a seu melhor amigo, Filoctetes, guerreiro grego que se tornou uma das mais importantes figuras no cerco de Tróia: No início do cerco de Tróia, quando se dirigia para lá, Filoctetes foi mordido por uma cobra e a ferida produzia tal fetidez que, insuportável por seus soldados, o abandonaram na ilha de Lemnos, onde permaneceu por quase dez anos. Após quase uma década de luta no cerco à Tróia, os heróis Diomedes e Ulisses souberam que as armas de Hércules estavam com Filoctetes e partiram à sua procura, já que um oráculo lhes revelou que Tróia só cairia sob as armas de Hércules. Assim, só com a ajuda das armas, trazidas por Filoctetes, é que Tróia foi tomada. Segundo as narrativas de Homero, quem mais se destacou na guerra de Tróia foi o herói Aquiles (filho de Tétis e Peleu, rei dos Mirmídones, um dos povos tessálicos que o acompanhou ao cerco de Tróia). Conforme a lenda, quando Aquiles nasceu, sua mãe, Tétis, o mergulhou rapidamente nas águas do Estige – rio que na mitologia, rodeava os Infernos - tornando seu corpo invulnerável, exceto o calcanhar por onde Tétis o segurou. Aquiles foi criado pelo centauro Quiron, que o alimentava com medulas de leões e durante as batalhas, nenhuma lança ou flecha conseguia penetrar seu corpo nem feri-lo de morte. Tomado de furor após vingar a morte de Patrócio, matando Heitor, Aquiles arrastava gloriosamente, em sua biga, o corpo de Heitor em volta dos muros de Tróia. Revoltado, mesmo sabendo da invulnerabilidade do adversário, Páris arrancou do corpo de um serviçal morto uma das flechas trazidas por Filoctetes, usadas por Aquiles, arremessando-a de volta contra a biga de Aquiles, mas errando o alvo, feriu-o no calcanhar, único ponto vulnerável, o que causou sua morte, eis que a flecha ainda trazia resquícios do sangue da hidra de Lerna. Quando “chateado”, valia-se de outras brincadeiras lembrando cenas de filmes ou livros de contos (como “Os Doze Trabalhos de Hércules”), mas então o pequeno quintal ia além dos ”Jardins das Hespérides” em sua imaginação, por exemplo: montava Pégaso (um cabo de vassoura) e partia como Perseu em busca da Quimera tentando salvar Andrômeda do enfurecido monstro marinho (à beira do rio); Se o dia fosse um domingo, com tempo para brincar, deixava o irmão Domingos ser Teseu (não sem antes amarrá-lo ao pé de tangerina ou numa bananeira); Aí a “coisa esquentava”: liberto e com o bravo Teseu dominado, invadia-lhe a “força extraordinária” de Hércules, e partia para brincar de realizar as suas doze façanhas:
1) Afogava o terrível Leão de Neméia que a tudo devastava (mergulhando bravamente peças de roupa suja no tanque ou bacia, usados pela mãe, e se fosse no tanque, lógico que a luta se tornava épica, pois tinha de subir numa pedra para alcançar o fundo. O “chato” é que algumas vezes, inesperados “cascudos”, saídos não se sabe de onde, o levava a desistir. Mas isso não o incomodava muito: afinal nem todos os pais compreendem os heróis...).
2) Lutava valentemente para abater a Hidra de Lerna, figura feminina apavorante, aparelhada com sete cabeças, e se não visse condições de achar adversário à altura de tanta intrepidez, apenas dava um susto em “Cocota” (a inocente “penosa” criada no quintal que, tranqüila e distraidamente, desfilava catando minhoquinhas);
3) Saía à caça para capturar vivo nas montanhas o perigoso Javali de Erimanto, e ao encontrá-lo, rolava no chão (abraçado ao bravo cachorrinho da casa; aliás, era preciso “bravura”, pois mesmo na condição de “terrier” com “vira-lata”, “Veludo” encarava cães até dez vezes maiores, como o enorme “pastor alemão” do açougue de “Seu” Sílvio). Assim como o poderoso Hércules não homenagearia um Javali, Agneo não prestaria tributo a um cãozinho, mas até hoje permanece certa tristeza ao lembrar que “Veludo”era valente, mas não teve força suficiente para se livrar das águas que o arrastou na enchente que um dia tomou rapidamente o quintal durante a noite, sem que ninguém acordasse para salvá-lo a tempo...;
4) “Arrancava” em desabalada carreira até alcançar a ágil Corça dos Pés de Bronze, para vencê-la em sua vã disparada (dando um “pique” atrás de “Chimingo”, o gato da casa que só queria comer carne, e sem motivo, quando avistava Agneo, saía “de fininho”);
5) Exterminava à flechadas os perigosos Grous de Bico de Ferro do Lago Estínfalo,(usando arco e flechas que pessoalmente preparava, atirando em desorientados urubus que pousavam no telhado da casa ou nas árvores do quintal; mas mesmo caprichando a pontaria, nunca abateu nenhum, pois, até para “caçar passarinhos”, apenas os assustavam, com medo de machucá-los, não atinando até hoje, como alguém pode sentir prazer em matar tão indefesos animais);
6) Subjugava o monstro de cabeça de touro e corpo de homem, o terrível Minotauro, famigerada criatura da cidade de Minos e que Atenas oferecia todo ano adolescentes em holocausto, (provocando ira no musculoso vizinho Ademir que, muito “parrudo” e maior que ele, não era de “botar o galho dentro” e aceitava valentemente o combate, mas quando repreendido por sua mãe, Ademir dizia não entender as provocações);
7) Aniquilava a Diomedes, rei da Tércia que alimentava cavalos com carne humana, (provocando, o enorme Elbinho que sofria de epilepsia, filho de “Seu” Silvio do açougue. Apesar do grande porte, Elbinho, era calmo e gentil com crianças a quem vendia artigos de festas juninas com sua bem montada “barraquinha” postada frente ao açougue do pai, mas, se provocado, encarava qualquer um e quando se descontrolava...);
8) Vencia lutas contra as valentes Amazonas (criando “quizumbas” com suas irmãs que ficavam nervosas com suas atitudes e pediam ajuda da mãe, mas que depois de aceitarem suas desculpas, as imaginava como novas aliadas e fiéis “guerreiras”, pois não era por “implicância” mas por zelo que “bronqueavam”);
9) Alterava o curso do Rio Alfeu para limpar as estrebarias de Augias, (abrindo canais na terra, desde a saída do esgoto da casa até o seu “porto”, na beira do rio). Só após muito tempo veio saber que o perigo que se expunha, era maior do que então imaginava. Teve sorte em não adquirir doenças brincando em locais assim;
10) Combatia com coragem, força e bravura o gigante de três corpos Gerionte, considerado o mais forte dos homens (provocando brigas com o irmão mais velho Carlinho, que sempre lhe pareceu muito aguerrido. Na verdade, por ser muito mais forte que ele, Carlinho “batia duro” e assim, nunca perdeu nenhum “combate”);
11) Vitorioso em seu Jardim das Hespérides partia em feroz batalha contra o Dragão de Cem Cabeças, enfrentando os desafios para tomar as maçãs de ouro que ardilosamente escondia (ocultando ferramentas de trabalho de seu pai) e, finalmente...
12) Completando os doze trabalhos, descia aos infernos para livrar o subjugado Teseu do pesado castigo por ter ofendido a Plutão (liberando das cordas o irmão Domingos, amarrado na árvore do quintal e, “bancando” suas brigas com os irmãos Guedes, vizinhos de rua), o transformava em Perseu emprestando-lhe o maravilhoso cavalo alado, facilmente encontrável, atrás da porta do quarto, ao lado do guarda-roupa onde havia uma esteira enrolada para atender eventuais visitas e pousadas de parentes, segundo suas ingênuas irmãs (valentes Amazonas), cantinho ideal para “esconder” dele suas revistas, quando saíam para trabalhar.
2007-03-23 17:32:39
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answer #1
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answered by Origem9Ω 6
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Estes foram os doze trabalhos de Hércules:
1º) No Peloponeso, estrangulou o Leão de Neméia - filho dos monstros Ortro e Equidna - que devastava a região e cujos habitantes não conseguiam matar. Na segunda tentativa de matá-lo, sendo a primeira infrutÃfera, estrangulou-o após com ele lutar. Acabada a luta arrancou a pele do animal com as suas próprias garras e passou a utilizá-la como vestuário. A criatura converteu-se na constelação de leão;
2º) Matou o monstro filho de Equidna e do avõ do leão de Neméia: a hidra de Lerna. Era uma serpente com corpo de cachorro, nove cabeças (uma delas parcialmente de ouro e imortal), que se regeneravam mal eram cortadas e exalavam um vapor que matava quem estivesse por perto. Segundo tradição, o monstro foi criado por Hera para matar Hércules, e ele matou-a cortando suas cabeças enquanto seu sobrinho Jolau impedia sua reprodução queimando suas feridas com tições em brasa. Hera enviou ajuda à serpente – um enorme caranguejo, mas Hércules pisou-o e o animal converteu-se na constelação de caranguejo (ou Câncer). Por fim, o herói banhou suas flechas com o sangue da serpente para que ficassem envenenadas;
3º) Alcançou correndo a corça de CerÃnia, um animal lendário, com chifres de ouro e pés de bronze. A corça corria com assombrosa rapidez e nunca se cansava; (Seu terceiro trabalho consistia em capturar a cerva de Cerinia, animal de pés de bronze e chifres de ouro que TaÃgete, ninfa que para fugir a perseguição de Zeus foi transformada por Ãrtemis em corça, havia dedicado à deusa. Como o animal corria numa velocidade insuperável, Hércules (Héracles) a perseguiu incansavelmente durante um ano até que exausta, foi atingida por uma flecha quando atravessava o rio Ládon disparada pelo herói. Ferida levemente, foi levada nos ombros até o reino de Euristeu. Em uma outra versão, Héracles tinha de capturar a corça, mas sem machucá-la. Ele a perseguiu durante um ano, até conseguir pegá-la com uma rede, mas a corça se feriu. Héracles pôs a culpa em Euristeu, para que Ãrtemis se zangasse com ele. Em uma terceira versão, Hércules levou um ano para realizar o trabalho a seguir, que era capturar a Corça do Monte Carineu. Este animal parecia ser mais tÃmido do que perigoso. Este animal era sagrado para a deusa Ãrtemis e, apesar de ser fêmea, possuÃa lindas aspas. De acordo com a lenda, Hércules finalmente aprisionou a Corça e a estava levando para Euristeu, encontrou-se com Ãrtemis, que estava muito zangada e ameaçou matar Hércules pelo atrevimento em capturar seu animal; mas quando ficou sabendo sobre os trabalhos, ela concordou em deixar Hércules levar o animal, com a condição que Euristeu o libertasse logo que o tivesse visto.).
4º) Capturou vivo o javali de Eurimanto, que devastava os arredores, ao fatigá-lo após persegui-lo durante horas. Euristeu, ao ver o animal no ombro do herói, teve tamanho medo que foi se esconder dentro de um caldeirão de bronze. As presas do animal foram mostradas no templo de Apolo, em Cumas;
5º) Limpou em um dia os currais do rei Aúgias, que continham três mil bois e que há trinta anos não eram limpos. Estavam tão fedorentos que exalavam um gás mortal. Para isso, Hércules desviou dois rios;
6º) Matou no lago EstÃnfalo, com suas flechas envenenadas, monstros cujas asas, cabeça e bico eram de ferro, e que, pelo seu gigantesco tamanho, interceptavam no vôo os raios do sol. Com seu arco, conseguiu matar alguns e os outros, expulsou a outros paÃses;
7º) Venceu o touro de Creta, mandado por PosÃdon contra Minos;
8º) Castigou Diomédes, filho de Ares, possuidor de cavalos que vomitavam fumo e fogo, e a que ele dava a comer os estrangeiros que uma tempestade arrolava à sua costa. O herói entregou-o à voracidade de seus próprios animais;
9º) Venceu as amazonas, tirou-lhes a rainha Hipólita, apossando-se do cinturão mágico que ela levava na cintura;
10º) Matou o gigante Gerion, monstro de três corpos, seis braços e seis asas, e tomou-lhe os bois que se achavam guardados por um cão de duas cabeças, e um dragão de sete;
11º) Colheu os pomos de ouro do Jardim das Hespérides após morto o dragão de cem cabeças que os guardava. O dragão foi morto por Atlas a seu pedido, e durante o trabalho, ele sustentou o céu nos ombros;
12º) Desceu ao palácio de Hades e de lá trouxe vivo Cérbero - cão de três cabeças.
o mais dificil eu acho q foi o útimo, no qual ele teve q descer lá no palácio de Hades e trazer vivo o Cérbero.
2007-03-25 14:00:39
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answer #6
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answered by julythereza 2
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