Vários países capitalistas de economia central mantém colônias ainda hoje, às vezes chamadas de dependências ou com outros nomes. Um exemplo é a Güiana francesa, na América do Sul, que é departamento ultramarino da França.
Mas no mundo capitalista moderno os países centrais do século XXI preferem o domínio não territorial (é muito custoso manter uma ocupação territorial) e aplicam um método de conquista de mercados internacionais diferente, criando as zonas de influência, onde não há ocupação territorial do país que está nessa zona de influência mas predomina a imposição de termos e condições (nem sempre explícitos) para que existam e sobrevivam, influindo direta e incisivamente no destino das nações capitalistas periféricas que se se assemelham a "colônias informais".
Os países dentro da zona de influência de um país central (são chamados de periféricos, às vezes) acabam por aceitar quaisquer condições, por serem países endividados, fracos militarmente, e dependentes de investimentos econômicos contínuos advindos de indústrias transnacionais e dos cofres públicos dos países centrais. Muitos dos países dependentes economicamente destes, hoje, são ex-colônias suas.
Isto é uma forma de colonialismo de fato mas não formal, em que se estabelece sem a ocupação militar do país central uma relação de interdependência entre "colônia" e "metrópole", sendo que a última explora as riquezas dos países de sua zona de influência de uma forma que é enormemente desigual e muito mais beneficial para o país central, acumulador de capital, que para o país periférico que dele depende.
Não muito diferente das zonas de influência, para países que mantem colônias de fato ainda neste século, como a França, mantidas em continentes distantes ou espalhadas por ilhas remotas distribuídas meticulosamente por todos os mares do planeta, a importância do conjunto de todas as suas possessões é muito pouco de ordem econômica lógica e direta.
Sua importância maior é a estratégia político-militar que assegura-lhe manter o status de país central e metrópole ao favorecê-lo nas ações e decisões mundiais estando presente militarmente em todos os lugares do planeta. Confirmando asim sua hegemonia econômica e forçando a entrada de seu poderio econômico dentro de parcelas especiais do globo, (dentro de suas zonas de influência econômica) enfrentando a concorrência de outros países centrais.
Isto seria um pouco do colonialismo contemporâneo, de hoje, sob mais de um ângulo diferente de análise.
2007-03-22 07:49:17
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answer #1
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