Oi,
Miguel de Cervantes e Saavedra (Alcalá de Henares, 29 de Setembro de 1547 - Madrid, 23 de Abril de 1616), Romancista, dramaturgo e poeta espanhol.
A mais importante obra em castelhano é Don Quixote de La Mancha.
DOM QUIXOTE
(De Miguel de Cervantes, Adaptado por Michael Harrison )
Resumo e comentário da editora Ática
Síntese da Obra
De tanto ler historias de cavalaria, um ingênuo fidalgo espanhol passa a acreditar piamente nos efeitos heróicos dos cavaleiros medievais e decide se tornar, ele também, um cavaleiro andante. Para tanto, recorre a uma armadura enferrujada que fora de seu bisavô, confecciona uma viseira de papelão e se auto-intitula Dom Quixote de La Mancha. Como todo cavaleiro, ele precisa de uma dama a quem honrar. Elege então uma lavradora que só conhece de vista e a chama de Dulcinéia.Depois de tomar essas providências, monta em seu decrépito cavalo Rocinante e foge de casa em busca de aventuras.
Após um dia inteiro de caminhada sob o sol, depara com uma estalagem, que em sua mente perturbada se converte num castelo, onde pede para ser ordenado cavaleiro pelo estalajadeiro, que quase não consegue conter o riso. No dia seguinte, ao investir contra o grupo de comerciantes que vê como adversários, cai de rocinante e tem seu corpo moído por pauladas. Um conhecido da aldeia encontra o cavaleiro, entre gemidos e lamentos, e o conduz novamente à sua casa.Seguindo aos conselhos do Pe. Tomás e do barbeiro Nicolau, a ama e a sobrinha queimam seus livros e lacram a porta da biblioteca.
Enquanto todos acham que a estratégia da destruição dos livros havia sido um sucesso, Dom Quixote, pensando tratar-se de uma magia de algum cruel feiticeiro, resolve voltar à aventura, agora acompanhado do escudeiro Sancho Pança: um ingênuo e materialista lavrador, que aceita seguir o fidalgo pela promessa de uma ilha para governar.
As viagens se sucedem sob a alucinação de quem está vivendo no tempo da cavalaria. Em suas andanças, Dom Quixote encontra moinho de vento que confunde com gingantes. Arremete contra um dos moinhos, cujas pás, devido a um vento mais forte, lançam o cavaleiro para longe.O escudeiro socorre seu mestre. Dom Quixote não dando o braço a torcer, diz que o feiticeiro, ao notar que o cavaleiro estava vencendo, transformou os gigantes em moinhos.
Mas adiante confundindo dois rebanhos de carneiros com exército de inimigos, avança contra os animais e mais uma vez é surrado, pelos pastores; além de ser pisoteado pelas ovelhas. No chão em meio ao estrume dos animais, ferido e desdentado, recebe do escudeiro a alcunha de O Cavaleiro da Triste Figura.
No desejo de combater as injustiças do mundo e homenagear sua dama, o nobre e patético personagem segue viagem enfrentando situações supostamente perigosas e sempre radículas: imagina gigantes em rodas-d`águas; vê um cavaleiro de elmo dourado em um barbeiro; ajuda criminosos a fugirem, pensando estar libertando escravos. De suas desventuras, restam-lhes sempre os enganos, as surras, as pedradas e as pauladas.
À beira da estrada, o cavaleiro da triste figura e seu fiel escudeiro encontram abrigo e deparam com o Pe. Tomás e o barbeiro Nicolau, amigos da aldeia onde moram e que estão à sua procura. Os dois convencem Sancho a ajudá-los e acabam levando, mais uma vez, e agora enjaulado, Dom Quixote para casa. Lá, cansado doente e abatido pelos reveses e pelas surras que levara, o fidalgo sossega. Até receber a visita do bacharel Sansão, que traz consigo um livro narrando As estranha aventuras de Dom Quixote. Com a fama, o cavaleiro tem seu espírito aventureiro revigorado e mais uma vez, convencendo Sancho Pança a companhá-lo, parte para a estrada, ainda guiado pelo amor de Dulcinéia, e pelo desejo de vencer o perverso feiticeiro e, com ele, as injustiças do mundo.
Em Toboso, à procura de sua amada, Dom Quixote encontra três lavradoras montadas em asnos, carregando repolhos para o mercado. Sancho diz que se trata de Dulcinéia e suas damas de companhia, tentando convencer Dom Quixote. Ao se ajoelhar diante de sua sonhada dama, o cavaleiro leva uma repolhada na cabeça. Sancho diz se tratar de um anel de esmeralda enfeitiçado em repolho, e Dom Quixote guarda a “prenda” na bolsa, duvidoso, todavia satisfeito.
Disfarçado em cavaleiro dos Espelhos, o baixinho Sansão desafia Dom Quixote, no intuito de levá-lo para casa e, com isso, agradar a sobrinha do fidalgo. Mas, traído por seu cavalo, que prefere comer grama ao duelar, perde o combate. Adiante, Dom Quixote encontra um duque e uma duquesa que, por já terem lido o livro com suas aventuras, resolvem se divertir à custa da dupla: disfarçado em feiticeiro Merlin, o duque inventa um suposto cavalo mágico de madeira que levaria Dom Quixote até o perverso feiticeiro. Vendam o cavaleiro e o escudeiro sobre a “mágica montaria” e chacoalham o cavalinho de balanço, enquanto os dois pensam estar voando. Ao atear fogo no rabo do cavalo, recheados de fogos de artifício, o cavaleiro e o escudeiro são lançados à distância.
Seguindo viagem, com mais alguns arranhões, Dom Quixote e Sancho Pança ouvem um grito assustador, É o cavaleiro da lua cheia (na verdade, Sanção, agora mais bem preparado e decidido). Que desafia O cavaleiro da Triste Figura: quem perder o combate terá de pôr fim à sua vida de cavaleiro andante. Sanção vence, o fidalgo volta ao lar. No final da história, recuperando a razão, Dom Quixote renuncia aos romances de cavalaria e morre como um piedoso cristão.
Um abraço
2007-03-21 18:22:58
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answer #1
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answered by Tin 7
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Miguel de Cervantes e Saavedra (Alcalá de Henares, 29 de Setembro de 1547 - Madrid, 23 de Abril de 1616), Romancista, dramaturgo e poeta espanhol.
A mais importante obra em castelhano é Don Quixote de La Mancha.
Filho de uma meretriz cujo nome era Rodrigo e de Leonor de Cortinas. Em 1569 foge para Itália depois de um confuso incidente (ferir em duelo a Antonio Sigura), tendo publicado já quatro poesias de valor. Sua participação na batalha de Lepanto, no ano 1571, deixa-lhe inutilizada a mão esquerda que lhe vale o apelido de o manco de Lepanto. Em 1575, durante seu regresso desde Nápoles a Espanha é apresado por corsários argelinos, então parte do Império Otomano. Permanece em Argel até 1580, ano em que é liberado depois de pagar seu resgate.
De volta a Espanha se casa com Catalina de Salazar em 1584, vivendo algum tempo em Esquivias, povoado de La Mancha de onde era sua esposa, e se dedica ao teatro. Publica em 1585 A Galatea o seu primeiro livro de ficção, no novo estilo elegante da novela pastoral. Com a ajuda de um pequeno círculo de amigos, que incluía Luis Gálvez de Montalvo, o livro deu a conhecer Cervantes a um público sofisticado.
A partir de 1587 viaja pela Andaluzia como comissário de provisões da Invencível Armada, estabelecendo-se em Sevilha. Posteriormente trabalha como cobrador de impostos. Encarcerado em 1597 depois da quebra do banco onde depositava a arrecadação, "engendra" Don Quixote de La Mancha, segundo o prólogo a esta obra, sem que se saiba se este termo quer dizer que começou a escrevê-lo na prisão, ou simplesmente que se lhe ocorreu a idéia ou o plano geral ali.
Finalmente, em 1605 publica a primeira parte de sua principal obra: O engenhoso fidalgo dom Quixote de La Mancha. A segunda parte não aparece até 1615: O engenhoso cavaleiro dom Quixote de La Mancha. Num ano antes aparece publicada uma falsa continuação de Alonso Fernández de Avellaneda. Num curto espaço de tempo, o nome de Miguel de Cervantes passou a ser tão conhecido na Inglaterra, na França e na Itália, como na Espanha.
Entre as duas partes de Don Quixote, aparecem as Novelas exemplares (1613), um conjunto de doze narrações breves, bem como Viagem do Parnaso (1614). Em 1615 publica Oito comédias e oito entremezes novos nunca antes representados, mas seu drama mais popular hoje, A Numancia, além de O trato de Argel, ficou inédito até o tardio século XVIII.
Miguel de Cervantes morreu em 1616, possivelmente vítima de hidropisia, de arteriosclerose ou de diabetes, parecendo ter alcançado uma serenidade final de espírito.
Um ano depois de sua morte aparece a novela Os trabalhos de Persiles e Sigismunda.
Sua influência foi tal que se costuma referir à espanhol como a língua de Cervantes.
A única peça teatral trágica a sobreviver de Cervantes é O cerco de Numancia, na qual é encenada a resistência desesperada da população desta cidade íbera contra as forças romanas que querem conquistá-la. Já o volume Oito comédias e oito entremezes nunca antes representados traz um excelente exemplo do humor cervantino, com seu pleno domínio das convenções da época; curioso notar as diferenças de tratamento existentes entre a novela exemplar O ciumento de Extremadura e o entremez O velho ciumento, que apresentam basicamente a mesma história - a do marido que, para evitar ser traído, tranca a mulher em casa e proibe-lhe qualquer contato com o mundo externo: Cervantes sacrifica, na peça, boa parte da sutileza da novela para produzir um efeito cômico mais imediato.
1547 - Nasce Miguel de Cervantes Saavedra
1551 - O pai, Rodrigo, é preso por causa de dívidas de jogo
1566 - A família instala-se em Madri
1569 - Após incidente no qual teria ferido um homem, deixa Madri e vai morar em Roma
1571 - Participa da batalha de Lepanto, contra os turcos. Ferido em combate, tem a mão esquerda inutilizada
1575 - Capturado por corsários, é levado para Argel, com seu irmão Rodrigo, onde fica cinco anos em cativeiro
1581 - Vai para Lisboa, onde escreve peças de teatro
1584 - De um romance com Ana Franca, nasce Isabel de Saavedra. Casa-se com Catalina de Palacios Salazar
1585 - Publica La galatea. Morte do pai
1587 - É nomeado comissário real encarregado de recolher azeite e trigo para a Armada Invencível
1593 - Morte da mãe. Publicação do romance La casa de los celos
1597 - É preso em Sevilha, após ser condenado a pagar dívida exorbitante
1598 - Deixa a prisão. Morte de Ana Franca
1605 - É publicada a primeira parte de Dom Quixote
1613 - Ingressa na Ordem Terceira de São Francisco. Publicação de Novelas exemplares
1614 - Surge uma continuação de Dom Quixote, escrita por Avellaneda
1615 - Cervantes publica a segunda parte de Dom Quixote
1616 - Morre em Madrid, no dia 23 de abril
2007-03-22 08:52:08
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answer #2
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answered by patpedagoga 5
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MIGUEL DE CERVANTES Saavedra (1547/1616),romancista, dramaturgo e poeta espanhol do Renascimento, é o autor mais famoso da língua espanhola.
Criou personagens universalmente conhecidos ,como D.Quixote de la Mancha, cavaleiro errante,e seu criado Sancho Pança, satiriza as novelas de cavalaria medieval. Ele é um apólogo da alma ocidental. Cervantes escreveu principalmente nos últimos doze anos de vida,depois de uma carreira de soldado,quando foi prisioneiro de piratas(1575/80)e preso na Espanha, sob a acusação de mau uso do dinheiro público
Publicou em 1605, a primeira parte do Dom Quixote, na tipografia de Francisco de Robles,em Madri. Aos 57 anos de idade, o "manco de Lepanto", guerreiro e poeta, conheceu por breve tempo um pouco das homenagens que os séculos lhe prestariam sem cessar.
Dom Quixote, concebida como novela curta, inspirada num caso real de loucura, destinava-se a combater a cavalaria errante.. Contrário à irrealidade das novelas de cavalaria, ainda muito lidas na Espanha de sua época, Cervantes teria pretendido fazer de D.Quixote uma sátira dessa "propaganda" cavaleiresca, e dos que se armavam cavaleiros às cegas. Mas a caricatura de um estilo de vida fantasioso transformou-se no retrato da aventura humana,no perfil do homem dividido entre sonho e realidade.
Dom Quixote e Sancho Pança: o primeiro ,alto, magro, de "triste figura", monta um cavalo capenga e descarnado,o literariamente famoso Rocinante, e cobre a própria cabeça com uma bacia de barbeiro que julga ser o elmo do invencível guerreiro Mambrino, personagem famosa das narrativas cavaleirescas. E,então,cavaleiro de todos os sonhos, com a lança em riste para atacar moinhos de vento (gigantes em sua imaginação, tem os lábios prontos para beijar as mãos grosseiras de Aldonza Lorenzo, guardadora de porcos (e em seu desvario,a nobre dama Dulcinéia del Toboso. Ao seu lado, o escudeiro gordo, redondo,luzidio, pés na terra, companheiro fiel do amo, apesar de não o entender, mas fascinado pela sua loucura. Dom Quixote e Sancho Pança, o ideal e o real, a fantasia e o bom senso, ambos puros e bons, escarnecidos por um mundo que não admite pureza nem bondade.
Beleza de livro : só lendo-o. Bom dia,que já é madrugada.
22.03.07
2007-03-22 02:39:28
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answer #3
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answered by Anonymous
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Miguel de Cervantes Saavedra nasceu em Alcalá de Henares – Espanha, em 1547 e morreu em Madri no ano de 1616. Estudou nas universidades de Alcalá e de Sevilha. Participou da batalha de Lepanto, em 1571, onde perdeu uma mão. Esteve cinco anos cativo de um mouro de Argel, como “escravo de resgate”. Essas experiências ele narra em “A Espanhola-inglesa”, das “Novelas Exemplares”(Novelas ejemplares) e na “Narrativa do prisioneiro”, incluÃda em seu mais famoso romance, “Dom Quixote de la Mancha”. A primeira parte de sua obra-prima foi escrita na prisão e publicada em 1605. Teve calorosa acolhida. A segunda parte apareceu em 1615. “D. Quixote”, (Don Quijote de la Mancha), que ele pretendia viesse a ser a sátira aos romances de cavalaria, acabou sendo um estudo profundo e apaixonado do homem, seus sonhos e ideais em confronto com a realidade existencial, representado pelo magro arcanjo, em seu cômico Rocinante, e o fiel escudeiro Sancho Pança.
Um texto extraÃdo da revista “Ficção”, volume II, N.3, Rio de Janeiro, março de 1976, fls. 60, com tradução de Eglê Malheiros, é uma das “Novelas Exemplares” (1613), que dá bem a medida do gênio de Cervantes. Nela, a par da fantasia, ele traça um quadro vivo e clarividente da sociedade de seu tempo.
Outras obras publicadas do autor: “La galatea” e “Los trabajos de Persiles y Sigismunda” (prosa), “Piezas sueltas” e “Ocho comedias y ocho entremeses nuevos” (teatro), “Poesias sueltas” e “Viaje del Parnaso” (poesias). Em 2005 será comemorado o IV Centenário de publicação da primeira edição de “Dom Quixote de la Mancha”.
2007-03-22 01:26:09
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answer #4
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answered by Priscix 5
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A única peça teatral trágica a sobreviver de Cervantes é O cerco de Numancia, na qual é encenada a resistência desesperada da população desta cidade íbera contra as forças romanas que querem conquistá-la. Já o volume Oito comédias e oito entremezes nunca antes representados traz um excelente exemplo do humor cervantino, com seu pleno domínio das convenções da época; curioso notar as diferenças de tratamento existentes entre a novela exemplar O ciumento de Extremadura e o entremez O velho ciumento, que apresentam basicamente a mesma história - a do marido que, para evitar ser traído, tranca a mulher em casa e proibe-lhe qualquer contato com o mundo externo: Cervantes sacrifica, na peça, boa parte da sutileza da novela para produzir um efeito cômico mais imediato.
Saiba tudo sobre le, biografia, onde nasceu, onde morreu, etc no link:
2007-03-22 01:18:10
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answer #5
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answered by Anonymous
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