Não se aplica. Uma coisa não tem nada a ver com a outra.
O universo é finito e constitui um sistema fechado, ou seja, quem está dentro dele não consegue "enxergar" ou conectar-se (leia-se: medir) para fora dele.
Para ilustrar a resposta segue abaixo reportagem da Folha de São Paulo em 2003:
Cientistas sugerem que Universo é finito
SALVADOR NOGUEIRA
da Folha de S.Paulo
Embora a Terra seja um objeto finito, um andarilho à procura de provas jamais encontraria a "borda" do planeta _em vez disso, ele simplesmente daria uma volta no globo e retornaria ao ponto de partida. Um trio de pesquisadores nos EUA está agora sugerindo que o Universo pode funcionar da mesma forma: não é infinito, mas, para todos os efeitos, parece ser.
A afirmação é baseada em novas análises sobre os dados obtidos pelo mais novo satélite da Nasa, o WMAP (Wilkinson Microwave Anisotropy Probe). No mês passado, a agência espacial americana já havia apresentado as imagens feitas pela sonda da famosa radiação cósmica de fundo.
A melhor forma de definir essa radiação é descrevê-la como um eco do Big Bang _a explosão inicial que deu origem ao Universo.
O cosmos era apenas um bebê, com 300 mil anos (hoje deve ter 13,7 bilhões de anos), e as primeiras partículas de luz estavam apenas se formando. Com a súbita expansão do Universo ainda nessa fase primitiva _processo que ficou conhecido como inflação_, esses primeiros fótons foram espalhados por todos os cantos do espaço, e hoje podem ser observados vindo de todas as direções.
Analisando a distribuição da intensidade dessa radiação pelos vários pontos do céu (em alguns pontos ela é ligeiramente mais "quente", noutros mais "fria"), os cientistas podem inferir diversas coisas sobre o Universo e sua explosão inicial, como a quantidade de matéria e energia existentes, a geometria (curvatura local do espaço) e topologia do cosmos.
As primeiras grandes medições da radiação foram feitas com o Cobe, um satélite projetado especialmente para detectá-las. Mas o jogo ficou realmente divertido no fim dos anos 90, quando uma equipe internacional de cientistas, reunidos no projeto Boomerang, usou balões para produzir medições 40 vezes mais precisas do que as do Cobe. Em 2000, o grupo apresentou suas conclusões sobre o que viu nos novos dados. Segundo eles, o Universo deveria seguir se expandindo para sempre e seria essencialmente plano.
Os dados obtidos pelo WMAP agora são ainda mais precisos que os do Cobe. A equipe da sonda fez uma "limpeza" das informações, para excluir a interferência causada pelos raios de luz vindos de dentro da própria Via Láctea, mas também disponibilizou o material bruto na internet, para que outros cientistas pudessem tirar suas próprias conclusões.
Interpretações múltiplas
Foi o que fizeram o inglês Andrew Hamilton, o sueco Max Tegmark e a brasileira Angélica de Oliveira-Costa. Ela e Tegmark têm duas coisas em comum: trabalham na mesma universidade, a da Pensilvânia, nos EUA, e vivem na mesma casa _estão casados desde 1997. Hamilton é da Universidade do Colorado.
"[Os pesquisadores do WMAP] fizeram um trabalho excelente na interpretação dos dados, mas estávamos procurando outra coisa, então fizemos uma limpeza diferente da galáxia", conta Oliveira-Costa. E o que eles encontraram foi um eixo de distribuição da radiação que ninguém esperava _e que pode ser compatível com um modelo de universo finito. "A gente ainda não sabe o que é, mas esse é o único modelo que hoje poderia explicar essas coisas", diz.
A idéia de um Universo finito não é nova. O próprio Albert Einstein (1879-1955), com sua teoria da relatividade, desenvolveu o conceito de um Universo curvado e esférico, sem começo nem fim, mas finito (como a Terra, só que espalhado por quatro dimensões). Só que ele inseriu em sua equação uma constante para manter o cosmos estático.
O russo Aleksandr Aleksandrovich Friedman (1888-1925) iria mais tarde derivar novas soluções, inserindo a possibilidade de expansão do Universo _fato que seria confirmado por observações do astrônomo Edwin Hubble (1889-1953), fazendo com que Einstein se arrependesse de ter inventado a constante cosmológica.
Os cientistas ainda estão longe de fechar de uma vez por todas a discussão sobre o formato do Universo (nem sobre se ele é fechado ou aberto parece haver acordo no momento), mas uma coisa é certa: os dados do WMAP ainda darão muito o que falar.
2007-03-22 02:34:33
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answer #1
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answered by ЯОСА 7
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NÃO! O conceito de infinito não se aplica ao Universo.
O Universo embora imenso, com dimensões que fogem a nossa compreensão, é FINITO, meu caro Paulo.
Veja abaixo o interessante artigo: "Finito ou infinito" do MARCELO GLEISER na Folha de S.Paulo em Out/2003 que ilustra o tema:
No último dia 9, a prestigiosa revista científica britânica "Nature" (www.nature.com) publicou artigo de um grupo de cosmólogos liderados pelo francês Jean-Pierre Luminet que vem causando grande estardalhaço.
Segundo Luminet e colaboradores, dados astronômicos recentes sugerem que o Universo não só é finito, mas com uma forma global --uma topologia-- bem definida, dodecaédrica feito uma bola de futebol. Parece que até a forma do Universo nos lembra do que é realmente importante na vida, uma boa pelada.
Justamente na semana da publicação do artigo estava de passagem pelo Brasil e, no dia 9 mesmo, fui participar de um colóquio no Departamento de Física da USP. Claro, a pergunta foi feita. "E então, Marcelo, é finito ou infinito?"
Pensei no que sabemos a respeito. O grupo de Luminet baseou suas conclusões em dados obtidos principalmente pelo satélite WMAP, da Nasa (agência espacial norte-americana), cuja missão foi mapear em detalhe as flutuações na temperatura do banho de radiação que permeia o Universo.
Flutuação aqui significa que o satélite mediu a temperatura em direções diferentes do céu e comparou os seus valores.
Essa radiação cósmica de fundo, como é chamada, é um fóssil de uma era importante na infância do Universo, quando foram formados os átomos de hidrogênio, em torno de 380.000 anos após o Big Bang. Sua existência havia sido proposta por George Gamow e colaboradores no final da década de 1940, como consequência de um Universo primordial muito quente e denso. Tão quente que, durante seus primeiros milhares de anos, elétrons e prótons, apesar de atraídos entre si eletricamente, não conseguiam formar átomos de hidrogênio. Feito um triângulo amoroso, onde a radiação, muito energética (os fótons), impedia a ligação entre elétrons e prótons.
Gamow mostrou que um Universo em expansão se resfriava. Depois, a radiação deixou os elétrons e prótons em paz, passando a viajar livremente pelo Universo. O satélite WMAP mediu as variações na sua temperatura, com precisão de um centésimo de milésimo de grau.
E o que isso tem a ver com a geometria cósmica? No Universo, a gravitação reina como a força suprema. Segundo a teoria da relatividade geral de Einstein, a geometria do espaço pode ser deformada pela presença de matéria. Com isso em mente, voltemos ao Universo primordial, quando a radiação cósmica começou a se propagar pelo cosmo. Nele, haviam grandes concentrações de massa, as sementes do que mais tarde viriam a ser as primeiras estrelas e galáxias.
Imagine que você seja um fóton dessa radiação. O Universo fica parecendo uma corrida de obstáculos, com poços mais ou menos profundos, dependendo da concentração local de massa. Se você cai em um poço, terá de gastar energia para sair dele. Quanto mais fundo, mais energia será gasta. Esses fótons cansados são mais frios do que os outros. Essa é a origem principal das flutuações de temperatura na radiação cósmica.
Antes dos dados do WMAP, tudo indicava que as flutuações de temperatura eram compatíveis com um Universo plano, onde flutuações em todas as direções eram possíveis. Isso mostrava que o Universo era "crítico", com a atração de sua matéria contrabalançando exatamente a taxa de expansão, em um cabo-de-guerra cósmico. Mas os dados do WMAP sugerem que o Universo seja "supercrítico", com um pequeno excesso de matéria. Esse excesso faz com que o Universo tenha uma geometria fechada.
Isso foi visto nos dados do WMAP como uma supressão nas flutuações em ângulos mais abertos: quando a antena aponta em direções do céu separadas por ângulos de mais de 90, as flutuações de temperatura praticamente desaparecem, como se elas não coubessem dentro. Pense em uma banheira cheia d'água. Qual a maior onda que cabe nela? A com o tamanho da banheira, certo? Pois bem, o mesmo com o Universo.
A forma dodecaédrica é a que explica melhor a supressão das flutuações a ângulos grandes. Se isso está certo ou não, ainda não podemos afirmar. Em 2007, outro satélite, mais bem equipado, será capaz de resolver a questão por definitivo. Nesse caso, a ciência terá respondido a uma pergunta que é tão antiga quanto a história do conhecimento, o tamanho e forma do cosmo em que vivemos.
2007-03-21 16:34:10
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answer #2
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answered by roamara 5
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Bem, o que entende-se por universo hoje em dia é tudo aquilo composto por quárks (neutrons, életrons, prótons), fótons e até mesmo o vácuo quântico faz parte do universo.
Segundo a teoria do big-bang o universo está em expansão. O que tem além de toda a matéria e o vácuo quântico não é Universo, nem ao menos faz parte dele.
Portanto, em tese, o Universo não é infinito mas está em uma infinita expansão para o nada, onde chegará em lugar algum.
Valeu cara um abraço.
2007-03-21 16:21:21
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answer #3
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answered by Jedi 2
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Não! Faça sempre uma reflexão inteligente e não fique satisfeito com argumentos caóticos do infinito do Universo. Esta ideologia surgiu a partir das miragens das diferentes nebulosas com outras galáxias, galáxias se encontrando, buracos negros, metáfora da Via Láctea, comparação do Sol com estrelas ou o que dizem da formação de uma estrela de nêutrons, induzida pelo colapso gravitacional do núcleo de uma estrela que dizem ser (Supernova do tipo II) especulação que pode ser confirmada pela observação feita nesta mesma nebulosa chamada de supernova 1987A na Grande Nuvem de Magalhães. O que incomoda os racionalistas, é que, ainda nos dias de hoje é ignorado o conhecimento básicos do Diagrama da Mecânica da Matérias e Energias do Grande Ãtomo “Universo”, que compreende o todo do Universo e nada alem do mesmo, sem bla, bla, bla de especulações caoticamente observadas. Tempo e dinheiros gastos para alimentar inverdades nas próprias cadeiras acadêmicas. Busque mais informação. Todo bom cientista é um autodidata. Para ser graduado em fÃsica c/ especialização em astronomia, certamente o mesmo deveria primeiro interpretar estas questões:
2007-03-22 13:09:55
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answer #4
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answered by britotarcisio 6
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Sim...
2007-03-21 14:58:48
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answer #5
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answered by number twenty one 4
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É.
2007-03-21 14:54:38
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answer #6
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answered by Piadista na Àrea 3
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