Oi Adalberto,
Recebi seu e-mail, terei o maior prazer em colaborar.
Essa idéia proposta pelo governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, recebeu também parecer favorável da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), fato que evidencia claramente o grau de relevância que o referido tema, antes simplesmente impensável, tem ganhado recentemente.
O assunto ressurgiu sobretudo após a morte do menino João Hélio, a grande tragédia que sensibilizou a opinião pública neste ano, e que vem gerando desde então, um onda de adeptos e defensores ferrenhos de medidas mais enérgicas – como à redução da maioridade penal, implantação da pena de morte, e a legalização das drogas.
Tudo em prol da diminuição do crime, a qualquer custo.
Só que é importante principalmente à aqueles que detém o poder e a responsabilidade pelas decisões – caso do legislativo, executivo, e judiciário – manter os “pés no chão”.
Talvez este fenômeno reacionário (que claramente possui requintes de protesto e revolta) ocorra porque leis rigorosas e de caráter intensivo com estas, são de fácil apelo à emoção. Quando a sociedade está comovida, se verifica que a pena de morte por exemplo, ganha mais força, campo e adeptos.
Com a descriminalização das drogas não é diferente. Os que são a favor geralmente tem argumentado que com uma eventual legalização do seu uso, os traficantes perderiam sua principal fonte de renda (o tráfico ilegal). Que menos jovens morreriam fruto da extinção das “guerras” por pontos de venda, e que a violência diminuiria, uma vez que teoricamente tal medida enfraqueceria as facções criminosas.
Mas é preciso relembrar, que do ponto de vista antropológico, o hábito de usar drogas já existe desde antes da civilização e acompanha esta em todas as suas fases. O problema é que, atualmente, há um descontrole do uso dessas substâncias, mas a humanidade sempre teve sua droga de uso predileto. Debater a legalização das drogas é uma discussão vazia, como tantas que acontecem hoje no Brasil.
Parece que estamos cada vez mais confusos diante da realidade que nos cerca. O uso de drogas de forma prejudicial deve ser visto como um sinal de que algo não vai bem. No caso do Brasil, o uso de drogas e o narcotráfico significam a falência total do modelo absolutamente concentrador de renda, que também concentra o conhecimento, os privilégios sociais, políticos etc.
Ao invés da legalização das drogas deveríamos legalizar a educação de qualidade no nosso país, tornando-a acessível a todos os segmentos sociais, atualmente só a elite teria esse benefício. Enquanto quem tem sanidade mental pensa em fazer prevenção ao uso de drogas, alguns desinformados querem complicar ainda mais a situação. A legalização das drogas só será o caminho para uma sociedade de alienados
Em minha opinião, a legalização das drogas NÃO seria uma solução viável para nossa sociedade, podendo inclusive, agravar de forma substancial nossa já penosa situação.
Os traficantes se abandonassem essa atividade, não migrariam para um emprego, mas provavelmente fariam outro tipo de crime, que deveria aumentar a criminalidade;
Se houvesse a legalização das drogas ocorreria um aumento de consumo, o que para algumas drogas estimulantes, como a cocaína e o crack, ocasionaria um aumento da violência;
Se legalizássemos a maconha, teríamos condições de regular a venda da maconha turbinada como o skank ?
Teríamos controle social para fiscalizar a venda para menores de idade, quando ainda não conseguimos isso para o cigarro e para o álcool?
Desconsidera-se que uma das principais causas de violência no Brasil é o álcool. Em Diadema, sete anos após o fechamento dos bares às 23 horas, obteve-se uma queda de mais de 80% das mortes por homicídio. Se os políticos brasileiros estiverem seriamente interessados na diminuição da violência terão de observar que o controle social e político do álcool é muito mais importante do que as drogas ilícitas.
Apenas para finalizar, tenho certeza que o problema da criminalidade não se resolve simplesmente invocando "os rigores da lei". Crime e pobreza, nada mais são que meros reflexos da falta de oportunidades existentes no Brasil.
Acho que é isto.
Abraços.
2007-03-23 04:48:37
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answer #1
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answered by ஃ panen et circenses ஃ 7
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Olá Adalberto,
Agradeço a oportunidade de reflexão que a sua questão proporciona a todos nós na Comunidade YR.
É uma pergunta muito complexa, embora esteja apresentada com objetividade.
Não existe para ela uma resposta certa ou errada, se a mesma não for relacionada aos referenciais sobre os quais uma sociedade fundamenta o alcance dos seus fins.
Toda sociedade formula sua ética, elegendo seus valores e princípios de conduta, tolerância e, até mesmo, seu grau de indiferença e resignação.
O que é considerado certo e coletivamente aceito numa sociedade, pode não o ser por outra.
Embora todos nós façamos parte de uma sociedade, isto não fundamenta que tudo o que nela ocorre coincida com nossos maiores propósitos, princípios e valores.
Contudo, grandes avanços numa sociedade exigem fortes reflexões e mobilizações coletivas para serem viabilizados, mesmo ao custo de conflitos junto aos interessados na manutenção da atual situação.
Poucas pessoas manifestam publicamente o que pensam e de que forma consideram e avaliam os referenciais aceitos ou tolerados na sociedade da qual fazem parte.
Cabe, contudo, a cada um de nós a responsabilidade de evidenciar a necessidade de refletir e propor avanços, fornecendo bons exemplos pessoais como estímulo.
Gostaria de comunicar minha opinião pessoal sobre este importante assunto abordado.
Peço, tão somente, uma generosa paciência no sentido de acompanhar algumas reflexões prévias que procuram embasar o que exponho, pois elas encerram a essência de tudo o que espero compartilhar.
Um tema polêmico como este, demanda fortes subsídios para enriquecer a análise das alternativas e seus possíveis desdobramentos.
Ofereço, tão somente, para análise e apreciação pelos colegas, os subsídios que pude reunir ao longo de minha experiência de vida, formação e aprendizado diário.
O Conceito corrente de Droga, aborda normalmente a definição de Narcóticos, substâncias químicas capazes de alterar, reduzir e/ou destruir a saúde física, emocional e psicológica das pessoas, produzindo em graus variáveis, dependência ou não.
Na explanação que faço a seguir, levo em conta este conceito mas não me detenho nos seus aparentes limites.
Embora esta resposta se extenda, avalio que seja oportuna ao tema, sem em momento nenhum perder o foco, principalmente na conclusão.
Na análise de questões polêmicas que influem na vida de milhões de pessoas, procuro nortear minha reflexão levando em conta 7 Referenciais de Valor que elegi como legítimos e insubordináveis a quaisquer outros.
Estes Referenciais encerram minhas expectativas fundamentais enquanto pessoa e ser humano.
Todas as minhas principais decisões, procuram subsídios neles, orientando meu senso de Ser e Existir.
Apresento-os à seguir:
Primeiro Referencial: Vida
Ser Humano é, antes de tudo, ter a capacidade de perceber, manter e usufruir a vida, tendo o prazer e as condições para interagir com outras pessoas no meio ambiente que o cerca.
Uma Sociedade inconsciente que não percebe, preserva, defende e protege o valor da Vida, torna banal a existência e dá pouco valor às pessoas e ao Meio Ambiente.
Segundo Referencial: Família
Reconheço a Família como a base da sociedade, sendo uma estrutura capaz de harmonizar e potencializar a formação de uma comunidade equilibrada e saudável.
Ela viabiliza o amparo humano, a orientação da conduta social, o equilíbrio e a satisfação das necessidades individuais de ordem material, emocional e psicológica.
Potencializa o respeito, a solidariedade e o companheirismo que deve prevalecer nas relações entre as pessoas.
Uma sociedade que não se preocupa em fortalecer e vitalizar a instituição familiar, age contra si mesma, pois o que não é favorável ao progresso e bem estar das famílias, não o é para a Sociedade como um todo.
Quando as famílias são fortes e bem constituídas, a estrutura governamental de amparo e desenvolvimento social necessária ao seu suporte é muito menor e menos onerosa.
Terceiro Referencial: Meio-Ambiente
Reconheço no Meio-Ambiente, um patrimônio inalienável onde nenhuma pessoa ou povo pode considerar-se seu proprietário pelo fato de deter um título, poder exibir uma escritura lavrada ou ocupar uma área territorial, estando descomprometido quanto à sua adequada conservação, desenvolvimento e sustentabilidade.
Documentos deveriam, tão somente, referenciar quem se encontra na condição de fiel depositário do seu valor intrínseco, sendo responsável pelas ações que promovam a sua conservação e manejo sustentável, de forma proveitosa e útil à sociedade.
O Meio Ambiente é um Patrimônio Universal.
O Meio Ambiente serve à Humanidade Presente e Futura, além de prover a subsistência de todas as formas de vida.
A redução predatória de seu valor e potencial não pode ser aceita por uma Sociedade que se julgue Responsável.
Por este motivo, o desenvolvimento da atividade humana deve ser controlada, levando em consideração a necessidade de promover uma gestão sustentável e responsável dos recursos ambientais.
Quarto Referencial: Trabalho
Reconheço o Trabalho como uma atividade útil, proveitosa e necessária numa sociedade.
O Trabalho deve ser um meio capaz de promover o atendimento das necessidades das pessoas e suas famílias, oferecendo ao homem uma grande oportunidade de desenvolver seus potenciais e atingir seus objetivos.
Quinto Referencial: Responsabilidade (Solidariedade)
A preservação e a sustentabilidade de todos os referenciais dependem, antes de mais nada, deste referencial.
Quem mantém o Direito é o Dever.
Os Direitos coletivos são sustentados e viabilizados através do respectivo compromisso do Dever coletivo (Solidário).
A falta de cumprimento dos Deveres (respeito aos referenciais) ameaça a preservação dos Direitos.
Se o Direito é um rio...
O Dever é a sua nascente.
O Dever dá sustentabilidade ao Direito.
Ser responsável, contribuindo para promover e mobilizar as sociedades e povos na sustentação da responsabilidade universal é o primeiro e fundamental DEVER de cada ser humano que queira ser respeitado e livre, pois faz, antes de tudo, a sua parte, semeando para colher.
Sexto Referencial: Direito (Respeito)
Reconheço como Direito, a forma de considerar, equilibrar e dar representatividade às necessidades legítimas de todos os povos, culturas, etnias e tradições, independente de fatores que evidenciem suas diferenças tais como: Ocupação territorial, população, conhecimentos, cultura, tradição, costumes, desenvolvimento tecnológico e riqueza.
Ninguém é melhor do que ninguém. O Direito(Respeito) cumpre a sua missão quando evita que as diferenças entre os povos se transformem em Desigualdades, privilegiando alguns e marginalizando outros.
Toda forma de controle, opressão ou imposição fere o princípio do Direito, gerando violência e redução do significado do Todo, que comporta em si, a Humanidade.
Vejo o Direito como o principal Instrumento Moral que deve prevalecer, salvaguardando os interesses últimos da Humanidade, não fazendo sentido, o Direito ser específico para cada povo.
As convenções e a regulamentação das práticas e costumes podem ser restritas e particulares a cada povo, sociedade e cultura, contudo, o Direito(Respeito) precisa ser visto e percebido acima delas, tendo caráter e alcance universal, não sendo subjugado ou orientado a interesses particulares, seja de uma pessoa, sociedade ou povo sobre os outros.
Sétimo Referencial: Liberdade
A vida como dádiva, não pode ser constrangida, manipulada por alienação, cerceada, ameaçada ou subjugada por nenhum outro interesse.
As pessoas devem ter liberdade de ir e vir, não sendo coagidas a se comportar por imposições particulares, estando esta liberdade apenas restrita à não ameaçar os direitos e liberdades das outras pessoas.
Na prática, a liberdade manifesta-se tanto como um Direito quanto um Dever em todas as esferas de interação social.
Considerando previamente estes 7 referenciais (Vida, Família, Meio-Ambiente, Trabalho, Responsabilidade, Direito e Liberdade) entendo ser possível às pessoas, conviver de forma saudável em sociedade, alcançando o sentido de Unidade, mesmo havendo enorme diversidade.
Quando se perde este sentido de Unidade, todos estes referenciais correm o risco de que outros fins e propósitos passem a determinar e modelar a sociedade, seus aspectos e resultados.
Na prática, a perda destes referenciais representa a deterioração das nascentes (Atitude Responsável assumida por toda a Sociedade).
A falta dos Deveres promoverá, consequentemente, a escassez dos Direitos de um povo ou nação.
Finalizando esta introdução, passo a expressar meu ponto de vista sobre este importante tema abordado:
Uma sociedade violenta e injusta é fruto da inconsciência ou menosprezo ao representativo valor da Família, da Vida, do Meio Ambiente, do Trabalho Útil, da Responsabilidade, do Direito e da Liberdade que deve existir entre as pessoas.
Numa sociedade injusta e violenta estes referenciais foram
subjugados por outros, sendo reféns de interesses particulares e mesquinhos.
Um dos principais instrumentos de manipulação e poder numa sociedade é o Dinheiro e a Mídia.
Não sou contra o dinheiro, nem participo de nenhuma corrente ideológica que é, em si, contra o Capitalismo.
Contudo, a sociedade deve pautar os limites (Referenciais), sobre os quais, o dinheiro não deve interferir nem determinar indiretamente, condição de troca, permuta ou negociação.
O dinheiro é um instrumento poderoso de alcance extraordinário. Deve ser controlado com muito rigor numa sociedade de forma a não comprometer os resultados que dele se espera como Meio, evitando que se torne um Fim.
Quando o dinheiro pode tudo, o sistema capitalista torna-se selvagem e predatório. Nada mais passa a ser considerado por seu valor intrínseco, prevalecendo a conveniência dos interesses, a preço de mercado.
Quando uma sociedade se vê orientada a reconhecer ou permitir que o dinheiro seja utilizado como um instrumento capaz de prevalecer sobre os seus Maiores Referenciais, faz dele um Fim e não um Meio.
O dinheiro, elevado à condição de Fim, torna-se um Referencial capaz de subjugar todos os demais, colocando a sociedade refém dos interesses de grupos capazes de controlar seu Poder Econômico, Ideológico e Bélico.
Quando isso ocorre, passam a prevalecer os interesses de quem controla o poder econômico, em detrimento das reais necessidades e expectativas desta sociedade.
Isto faz com que...
Tudo passe a ter um preço, formulado à partir dos interesses de mercado, não sendo mais levado em conta na sociedade o seu Valor Intrínseco (Real) .
Contudo, estes 7 Referenciais Fundamentais...
O Direito à Vida...
A Dignidade da Família...
O Meio Ambiente...
O Direito ao Trabalho...
A Responsabilidade...
O Direito do Outro...
A Liberdade...
Tem IMENSO VALOR...não se deve numa sociedade, permitir que alguém lhes dê um preço !!!
Tudo o que ameace e tire do alcance das pessoas o acesso a estes Referenciais ....é uma DROGA.
Para mim, o Conceito da palavra Droga...encerra:
Toda substância, idéia, argumento, meio, atitude, comportamento, valores, critérios, políticas e formas de dominação utilizadas para ameaçar, desagregar, reduzir ou fragilizar o valor destes 7 Referenciais numa Sociedade.
A droga é a materialização do desrespeito à vida, ao meio ambiente e a dignidade humana.
Substâncias tóxicas representam apenas a evidência mais flagrante do conceito implícito de Droga (Algo que faz mal, corrompe e destrói).
Contudo, de forma alguma, esgotam tudo o que esta definição abrange.
Pelos frutos se conhece a árvore. Tudo o que fragiliza, ameaça e provoca divisões e conflitos entre as pessoas e suas famílias, restringindo ou ameaçando o atendimento de suas necessidades legítimas e naturais é uma... DROGA!!!
Um perigo desapercebido torna-se ... muito maior.
Existem terríveis drogas de amplo alcance social, capazes de produzir graves e devastadores efeitos na sociedade, tais como:
01 - Um Modelo Social e Econômico demagógico, descomprometido com o reconhecimento do real Valor do Ser Humano e do Meio Ambiente, regulamentando um "Salário Mínimo" indigno para uma jornada de trabalho de 44 horas semanais, renda esta, incapaz de salvaguardar ao indivíduo condições para atender as necessidades básicas de sua família e ampará-la, promovendo uma das piores distribuições de renda do planeta.
02 - Gestão Pública e Governamental altamente ineficaz, onerosa, corrupta e, sobretudo, lesiva aos interesses dos cidadãos, verdadeiro câncer que corrói a renda das famílias, comprometendo seu tão limitado orçamento, sem oferecer em contra-partida serviços públicos de qualidade nem a multiplicação das oportunidades de crescimento, desenvolvimento social e econômico da sociedade.
03 - A disseminação pelos 4 cantos do famoso jeitinho brasileiro, com a tão propalada Lei de Gérson....é uma outra Droga extremamente perversa que induz as pessoas à desconfiança e ao individualismo, impedindo fortes mobilizações sociais capazes de reinvindicar mudanças.
04 - A falta de qualidade e de comprometimento da grande Mídia, principalmente da TV aberta, fonte nociva de alienação em massa, da banalização do valor da família, promovendo a percepção massificada de tragédias e da desesperança quanto ao amanhã, induzindo milhões de pessoas ao consumo compulsivo e imediatista, contribuindo para o uso predatório e descartável do Meio Ambiente, favorecendo a adoção pelas pessoas de atitudes individualistas e de baixa responsabilidade social, alimentando o descrédito e desconfiança a tudo e a todos, gerados por seu noticiário negativista e pessimista.
A Mídia, não assumindo sua responsabilidade de despertar consciências, leva as pessoas a resignação, achando que nada tem jeito ou que, de uma hora para a outra, pode surgir alguém capaz de mudar tudo e resolver nossos problemas do dia pra noite.
Muitas pessoas deixaram na infância de acreditar em Papai Noel e no Coelhinho da Páscoa.
Contudo, com esta massiva alienação, muitos ainda acreditam em Super Homens, em Mulheres Maravilha e em Salvadores da Pátria.
A Mídia precisaria desenvolver consciências, potencializando a Responsabilidade das pessoas, levantando seu ânimo, confiança, solidariedade e perseverança, divulgando bons exemplos e iniciativas.
Grandes Mudanças dependem de pequenas ações e corretas atitudes...de milhões de pessoas.
Outras drogas tão poderosas como estas citadas, tem mantido este gigantesco país adormecido, com pessoas alienadas e passivas, que pensam muito em si mesmo e pouco nos outros.
Toda Droga é terrível e condenável, representando uma ameaça a sociedade e aos referenciais que norteiam seus princípios de respeito, solidariedade, preservação do Meio Ambiente e da Qualidade de Vida.
Legalizar o uso de Drogas é reconhecer que uma sociedade aceita o inaceitável, combatendo apenas os sintomas que lhes são mais inconvenientes e indigestos sem eliminar as verdadeiras causas.
Comercializar narcóticos já se tornou, inclusive, um meio de sobrevivência para uma camada da população excluída dos cuidados econômicos, morais e éticos de uma sociedade que não cria oportunidades e não promove uma justa distribuição de renda.
Isto não justifica o tráfico, mas responsabiliza toda a sociedade por ele, não apenas os seus agentes diretos.
Não existem "santos" nesta história, não é uma questão de bandidos e mocinhos...acho que a sociedade não pode atirar a primeira pedra neste assunto, pois se mostra omissa em sua responsabilidade.
Algumas pessoas consomem drogas buscando consolo às suas carências ou até mesmo por auto-afirmação, rebelando-se aos modelos de desigualdade e injustiça impostos por esta sociedade.
A liberação do uso das drogas, certamente não resolverá o problema, mascarando alguns sintomas indesejáveis, mas criando outros muito mais sérios.
A criminalidade tem muitas formas de expressão, o tráfico de drogas é uma delas, mas não é a única.
Ela é resultado de um processo gradativo de exclusão social no aspecto econômico, moral e ético.
A liberação do uso de narcóticos não promoverá a inclusão social de quem hoje se encontra excluído.
Precisamos encarar os fatos de frente, sem artifícios, sem subterfúgios e sem hipocrisia.
O problema da Violência não será tratado de forma responsável com a Liberação do Uso das Drogas.
Um erro não consertará o outro.
Considerar efeitos excluindo da análise as suas causas é como tampar o Sol com uma peneira.
Já há na Sociedade muitas drogas "legais", cuja existência é injustificável quando nela se pretenda a promoção da dignidade, do respeito e da responsabilidade.
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Sobre a desconsideração com que a família brasileira vem sendo tratada, haveria um livro imenso a se escrever, somente relatando graves abusos e covardes omissões.
Referencio aos colegas uma importante pergunta de nossa comunidade no YR, que obteve ótimas respostas mostrando a desconsideração com que a mulher e a família são tratados neste país.
O link da pergunta é:
http://br.answers.yahoo.com/question/index;_ylt=Ao84DQpYGUOyewH6myzamlzJ6gt.?qid=20070308103522AAYsJkd&show=7#profile-info-poQBJx6qaa
Pessoalmente, tenho procurado agir com responsabilidade e consciência, fazendo votos que a cada dia, mais pessoas também possam agir e se comportar de maneira responsável e comprometida com as questões sociais, pois entendo que o Rio dos Direitos dependem das nascentes dos Deveres que emanam de cada um de nós.
A União promove a Força.
Um grande abraço!!!
2007-03-24 07:07:05
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answer #2
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answered by Peregrino 6
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