FAUSTO Goethe (Resposta: Faustão)
A presente edição em eBook do Fausto de Goethe, não é, como se encontra no website da Universidade de Aveiro, a reprodução integral da 2a. Edição de 1919 da Livraria Clássica Editora, de A. M. Teixeira. Aos estudiosos das obras de Goethe e, particularmente, de Castilho, recomendamos que visitem o site original: www.dlc.ua.pt/castilho.
A tragédia Fausto de Goethe aclamado imperador pontífice dos poetas da Alemanha, é obra indubitavelmente única no seu género.
Em menos de meio século todas as nações têm forcejado para a ler e estudar nos próprios idiomas. Em toda a parte os mais soberbos talentos lhe sentiram em si os influxos triunfais, ao mesmo passo que o senso das turbas mal sabia como se houvesse com as trevas e monstros desta cordilheira de poesia rebentada a súbitas de profundezas desconhecidas.
De nenhum outro livro se tem dito e escrito tanto; é por que este é que foi o verdadeiro padrão que estremou o mundo poético antigo do mundo poético hodierno. Pode-se-lhe já hoje, sem medo de arriscar a profecia, aplicar o que o diabo e os anjos dizem da Margarida no final da primeira parte do poema: - Sentenciada! - Salva!
Como quer que seja, o indubitável é que esta Bíblia ou Alcorão, esta como que filosofia mal distinta, esta reforma da religião poética, merece e necessita que se teime ainda (e Deus sabe até quando) em na discutir; que só depois de bem padejado o grão na eira e levado no vento o palhiço, é que se averigua que abastança entrou para a tulha, e com que pão se pode contar, se ainda assim o gorgulho se não meter meeiro com o lavrador.
Para que tais apurações (que segundo as mostras têm ainda de tardar) se possam vir a fazer, claro está que a primeira condição é conhecer-se a coisa que tem de ser sentenciada. Daqui a multidão de traduções da tragédia Fausto tentadas em todos os países em que há literatura; daqui o acolhimento que mais ou menos a todas elas se concede, e daqui também o continuar-se na própria Alemanha o estudo dum sem conto de dificuldades de que o poema original nasceu inçado e ouriçado para os seus próprios conterrâneos.
Em Portugal corria já de anos a esta parte uma certa adoração pânica do nome de Goethe, e o contagioso assombro da tragédia Fausto, apenas enxergada mui por longe entre neblinas. O primeiro português que se determinou em empreender o descobrimento desta região nova da arte foi, não me consta de outro, meu irmão José Feliciano de Castilho durante a sua estada em Hamburgo, há hoje o melhor de trinta anos. Versado já, como quer que fosse, na língua alemã pelo trato com os da terra, entendeu que bom serviço faria aos da nossa, passando-lhes para vulgar o que por lá se lhe deparava de mais afamado e esplêndido, de mais convidativo e fecundo por entre as produções ubérrimas da caudalosa veia dos Germanos.
Assim escreveu excertos da Messiada de Klopstock, trechos de Wieland, e anos depois, e já em tempos mais chegados, a tradução do Guilherme Tell e da Maria Stuart de Schiller, e finalmente a do Fausto.
2007-03-18 21:39:58
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answer #1
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answered by vanessa 4
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Fausto Silva, o Faustão. O clássico é Fausto, de Goethe.
2007-03-18 16:38:41
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answer #4
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answered by Vicente M 3
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