qual foi a sequencia da chegada dos povos formadores da civilização grega á peninsula balcânica?

Question

resumo sobre a sequencia sobre os povos formadores da peninsula balcanica

Answer 1

Graças à sua incrível capacidade inventiva, os gregos estabeleceram não apenas um, mas vários deuses, liderados por um ser maior, Zeus.

Muito antes de a civilização judaico-cristã dar os primeiros passos, os gregos já faziam história. À sua maneira, eles revolucionaram o mundo das idéias de tal forma, que até hoje, cerca de 5000 anos depois, ainda são referência em várias áreas do saber. Pioneira por natureza, a sociedade grega marcou o Ocidente de forma indelével.

Segundo o francês Jean-Pierre Vernant, um dos maiores especialistas em civilização grega da atualidade, pode-se dizer que os gregos nos inventaram. "Acredito, de fato, que os gregos em grande parte nos inventaram. Sobretudo ao definir um tipo de vida coletiva, um tipo de atitude religiosa e também uma forma de pensamento, de inteligência, de técnicas intelectuais, de que lhes somos em grande parte devedores", afirmou Vernant em entrevista a um jornal brasileiro.

COMO COMEÇOU

Por volta de 1500 a.C., desenvolveu-se na Península Balcânica a civilização grega, a mais importante da Antiguidade e também a mais influente de toda a História. Arquitetos gregos criaram estilos que são copiados até hoje. O teatro também nasceu na Grécia, onde as primeiras peças eram representadas em anfiteatros abertos.

A sociedade grega atravessou diversas fases, atingindo seu apogeu entre os anos 600 a 300 a.C., com grande florescimento das artes e da cultura. A Grécia foi unificada por Felipe da Macedônia. Seu filho, Alexandre, o Grande, disseminou a cultura grega pelo Oriente Médio e pelo norte da África.

POLITEÍSMO

Uma das características marcantes da Grécia Antiga é a sua adoração pelos deuses. Ao contrário da civilização judaico-cristã, na qual a figura de Deus é única e abstrata, para os gregos, não havia um único Deus, mas várias divindades, que podem assumir formas, gêneros e detalhes bem específicos.

Os gregos não tinham a idéia de um deus único, de um deus que não se pode afigurar, que não se pode nomear, de um deus absoluto, universal. Pelo contrário: os gregos acolhiam todos os deus que lhes fossem trazidos, de todos os deuses estrangeiros, eles se apropriavam, encantavam-se pelas mais variadas divindades, que estavam em toda a parte.

FIM DO PAGANISMO

A crença generalizada nos deuses gregos só veio sofrer seus primeiros abalos com o surgimento da filosofia, no final do século VII e início do século VI a.C. Os novos conceitos e questionamentos levantados pelos filósofos vieram substituir os mitos e os deus no imaginário grego.

Os filósofos, portanto, abriram caminho para o fim do politeísmo. Como eles buscavam um princípio explicativo, o uno, o ser eterno e imutável, não havia mais espaço para a multiplicidade de divindades. É a filosofia grega, assim, que permitirá o surgimento do deus único e absoluto, pondo fim a séculos de paganismo.

CRENÇA X LOGOS

O surgimento da filosofia grega revela ao mundo um novo modo de tentar explicar a realidade. Essa nova maneira de encontrar sentido para as coisas chama-se logos (razão). Hoje, pode parecer banal tal "descoberta", mas, naquela época, teve o efeito de uma bomba atômica sobre a civilização grega.

E os efeitos podem ser sentidos até hoje, em pleno século XXI, no Ocidente. As sociedades ocidentais - chamadas de judaico-cristãs - se baseiam na idéia da razão para explicar o mundo, superar dificuldades, construir novas alternativas e dominar o que antes parecia incontrolável. Assim, os deus e mitos perderam espaço definitivamente para o racionalismo.

FILOSOFIA GREGA

A filosofia grega divide-se em antes e depois de Sócrates, o maior dos filósofos. Os pré-socráticos de maior destaque foram: Tales de Mileto (fim do século VII, início do VI a.C.), Pitágoras (582 - 497 a.C.), Demócrito (460 - 370 a.C.), Heráclito (535 - 475 a.C.) e Permênides (540 - ? a.C.).

No tempo de Sócrates, predominava a escola dos sofistas, que se serviam da oratória e da persuasão para atingir fins imediatos, ainda que por falsos argumentos. O maior dos sofistas foi Pitágoras. A técnica sofista pode ser vista atualmente na propaganda e na política, áreas em que o discurso bem feito vale mais do que a verdade propriamente dita.

O GRANDE SÓCRATES

Sócrates (470-399 a.C.) criou a maiêutica ("parto das idéias"), método de reflexão que consiste em multiplicar as perguntas para obter, a partir da indução de casos particulares, um conceito geral do objetivo. Para Sócrates, a virtude era uma ciência que se podia aprender. Uma voz interior indicaria o caminho do bem.

Irônico, hábil em confundir o interlocutor, cercado de discípulos extravagantes, ele atraiu muitos inimigos. Sócrates morreu sem nunca ter publicado nenhuma obra. Sua filosofia tornou-se conhecida graças ao esforço e dedicação de seus discípulos.

INIMIGO DOS DEUSES?

Sócrates, considerado o maior dos filósofos e o criador do logos grego, acabou sendo condenado à morte. Acusado de corromper a juventude, ele foi obrigado a beber cicuta (um tipo de veneno), o que fez com bravura e serenidade.

Mas uma outra acusação que pesou contra o filósofo foi a de renegar os deuses gregos e desacreditá-los diante de seus seguidores. Esse pode ter sido o maior de seus erros, já que a sociedade grega daquela época ainda era muito fiel e dedicada às divindades.

DISCÍPULO FIEL

Platão (427-347 a.C.) foi o principal discípulo de Sócrates e fundou a Academia de Atenas. Segundo sua teoria, o mundo real transcende o mundo das aparências, o qual nada mais é do que uma derivação das idéias matrizes.

Em suas obras políticas, destaca como virtudes essenciais a bravura, a serenidade e a justiça. Algumas de suas obras mais importantes são: O Banquete, Fédon, Fedro e A República.

ARISTÓTELES

Aristóteles (384-322 a.C.) foi considerado por muitos como o maior filósofo de todos os tempos. Abarcou todos os conhecimentos de seu tempo: Lógica, Física, Metafísica, Moral, Política, Retórica e Poética. Sua obra foi editada pela primeira vez no século I a.C. por Andrônico de Rodes.

'Partindo de Sócrates e Platão, Aristóteles sistematizou os princípios da Lógica, formando uma ciência que ele chamou de Analítica. Sua Metafísica estuda o "ser enquanto ser" e investiga os "primeiros princípios" e as "causas primeiras do ser". Em sua Teologia, Aristóteles procura demonstrar racionalmente a existência de Deus.

O CORPO

Na Grécia Antiga (século IV a.C.), considerava-se que o abuso dos prazeres levava a um enfraquecimento da energia, energia fundamental para a guerra, a reprodução da espécie e o auto-equilíbrio.

Na moral grega, a tendência, no que diz respeito ao corpo e aos prazeres, é recomendar a contenção dos excessos e a satisfação dos desejos dentro das necessidades, no momento e na medida oportunas. As histórias dos deuses e a mitologia grega reforçam essa tendência, transmitindo mensagens de comedimento e equilíbrio.

O DESEJO

O ato de desejar não era considerado um mal na Grécia. Entretanto, os gregos não abriam mão do princípio de que a satisfação dos desejos jamais poderia levar a excessos. Tanto Platão quanto Aristóteles pregavam que a razão deveria ser sempre colocada em primeiro plano. A razão deveria ser soberana, garantindo, assim, o equilíbrio do homem.

Os médicos da época chegara até a desenvolver um conjunto de recomendações de como se cuidar do corpo, uma espécie de regime que tinha o objetivo de regular o uso dos prazeres de forma a preservar o equilíbrio, a saúde e a vida. Medida é uma das palavras que melhor definem a civilização grega da Antiguidade.

A ARTE GREGA

Enquanto a arte egípcia é uma arte ligada ao espírito e à idade da ressurreição após a morte, a arte grega liga-se à inteligência, pois os seus reis não eram deuses, mas seres inteligentes e justos que se dedicavam ao bem-estar do povo.

A arte grega volta-se para o gozo da vida presente. Contemplando a natureza, o artista se empolga pela vida e tenta, através da arte, exprimir suas manifestações. Na sua constante busca da perfeição, o artista grego cria uma arte de elaboração intelectual em que predominam o ritmo, o equilíbrio, a harmonia ideal.

HERANÇA GREGA

Os valores da civilização grega chegaram até nós, em parte, graças aos romanos, que os assimilaram e transmitiram. Podemos verificar essa influência ainda atual quando estudamos um poema de Homero, as tragédias de Sófocles ou lemos sobre deuses como Eros, Apolo, Afrodite, etc.

Já no plano material, a contribuição dos gregos é relativamente pequena, pois não se atribui a esse povo nenhuma invenção importante. Na agricultura, puseram em prática um sistema adaptado pura e simplesmente a seu país. Em todas as regiões para onde migraram, aproveitaram o declive dos campos e se dedicaram ao cultivo de trigo, da vinha e da oliveira.

OLIMPÍADAS

Nas mais diversas áreas, pode-se verificar a influência ou a tradição gregas. Isso se dá, por exemplos, nos esportes. De quatro em quatro anos, o mundo assiste a uma disputa que tem origem na Grécia Antiga: as Olimpíadas, jogos que empolgam amantes do esporte em todos os cantos do planeta.

O sistema de educação dos gregos interessava-se tanto pelo corpo quanto pelo espírito. A beleza do corpo e a harmonia dos gestos eram procuradas através de exercícios diários. Talvez por isso as provas esportivas da Grécia Antiga são ainda hoje praticadas: o lançamento de disco, o pugilato, a luta livre, as maratonas.

O IDEAL CÍVICO

Embora não tivessem chegado à idéia de uma pátria unificada, os gregos amaram ardentemente suas cidades e chegaram a morrer por elas. O exemplo é dado pela resistência dos atenienses na batalha de Maratona, pelo heroísmo dos espartanos nas Termópilas e pelo valor dos tebanos em Mantinéia. Eles nos legaram o amor à liberdade.

Mas a maior contribuição grega ao Ocidente talvez seja a democracia. Como os gregos menosprezavam os povos bárbaros, eles implantaram e transmitiram à posteriade um regime político que chamaram de democracia e que se caracteriza pelo governo do povo pelo povo ou através de representantes do povo.

AS CIÊNCIAS

Os gregos desenvolveram as ciências puras, tais como a matemática. Ainda hoje, temos o ensino da geometria de Euclides, do teorema de Tales e do princípio de Arquimedes. Fizeram progredir igualmente as ciências experimentais, como a Medicina.

O nome de Hipócrates, o fundador da Medicina, é familiar aos médicos de nossos tempos. Arquimedes empregava todo o seu talento na construção de máquinas de guerra destinadas a defender sua terra natal - Siracusa - assediada pelos romanos.