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Qual foi o primeiro idioma ou língua falada? Qual a diferença de língua para idioma?

2007-03-17 18:06:18 · 12 respostas · perguntado por Disi 2 em Sociedade e Cultura Idiomas e Línguas

12 respostas

Vc já leu na Biblia a tal de torre de Babel. Foi lá que todas linguas apareceram. Bjus

2007-03-17 19:42:06 · answer #1 · answered by Bye Bye periguetes 7 · 0 0

na torre de babel meu amigo!

2007-03-20 05:30:43 · answer #2 · answered by Anonymous · 1 0

Depois da longa discussão da professora Maria Fausta Pereira de Castro, acho que resta pouco a dizer. Mas quando estudava linguística em Cornell (onde fui aluno da professora Marcia Weinstein e de Noam Chomsky, este último professor visitante daquela universidade), tive que estudar a língua iônica, que Herodotus utilizou para escrever; depois estudei também as línguas egípcia e suméria. Nas leituras de Heródotus, há uma passagem (Histories 2.9) onde o grande historiador fala sobre o rei Psammetichus. O que Herodotus conta foi corroborado por inscrições dos próprios egípcios, que eram linguistas notáveis; de fato, a escrita hieroglífica é uma obra prima de fonética e de conhecimento da evolução da linguagem. Mas voltemos a Psammetichus. Este rei teve a mesma curiosidade do autor da pergunta e, como era um monarca absolutista (coisa rara no Egito Antigo, onde o governo estava a cargo de um conselho de ministros), pode realizar um experimento impensável. Ele isolou crianças para verificar se elas desenvolviam alguma forma de linguagem e, se este fosse o caso, que forma de linguagem seria esta. As crianças (duas, segundo Herodotus; mais de vinte, segundo fontes egípcias; provavelmente as fontes egípcias estavam corretas) eram alimentadas por surdo-mudos, que no Egito não tinham língua de sinais. O fato é que as crianças desenvolveram uma linguagem.

Antes de prosseguir, uma explicação sobre os reis egípcios. O Egito antigo era uma federação de dois estados, o Alto e o Baixo Egito. A federação era governada por uma assembléia legislativa e executiva, chefiada por um conselho de ministros, consituído por um vizir, o governador do Alto Egito, o governador do Baixo Egito, o moderador do Alto e Baixo Egito (também chamado de governador do Alto e Baixo Egito), o prefeito da capital, o juiz da suprema corte, e o chefe dos sacerdotes (servos dos deuses). Esta assembléia reunia-se em uma casa grande. Ora, casa grande, em egípcio, diz-se Phara-Oh (Faraó). Então, nos decretos, aparecia: O faraó decretou isto, decidiu aquilo, etc. É mais ou menos como dizemos hoje "o Planalto" fez aquilo, "o Capitólio votou tal lei", "a Casa Rosada declarou", "o Palácio de La Moneda fez isto e aquilo". Daí muita gente achar que os decretos eram do rei e começarem a chamar o rei de faraó (casa grande); mas isto é coisa de estrangeiro; os egípcios sabiam muito bem diferenciar o rei (chefe de estado, símbolo da federação, que usava a combinação das coroas brancas do Baixo Egito, com a coroa vermelha do Alto Egito) do Phara-Oh, o conselho de ministros.

O rei Psammetichus pediu a seus linguistas (acreditem, eram grandes linguistas) que estudassem a linguagem que aquelas crianças estavam utilizando. Em geral, os linguistas não encontraram semelhança entre a linguagem das crianças e outras que eles conheciam. Mas notaram que a palavra para "pão" era idêntica à palavra da língua frígia de mesmo significado (BEKOS, cognata do inglês BAKE). Pouco mais sabemos das pesquisas do famoso rei, a não ser que ele chegou à conclusão de que a língua frígia era a mais primitiva que existe. Nisto ele estava enganado, pois o frígio é uma língua indo-européia, não muito diferente do sânscrito e do grego. Mas é interessante notar que o frígio é incrivelmente semelhante ao indo-europeu reconstruído. Então podemos dizer que aquela língua, pelo menos dentro do indo-europeu, é realmente "primitiva". Eis algumas palavras do frígio comparado com o proto-indoeuropeu e com o grego (PIE= proto-indoeuropeu; GR - grego):

1- anar = marido, homem. PIE *ner- ; GR ANER= homem.

2- brater = irmão. PIE b'rater; GR FRATER= irmão de tribo.

3- kakon = ruim. PIE kaka; GR KAKON

4- mater = mãe. PIE mater

5- daket = causar. PIE dek

6- bekos ... esta todo mundo sabe rsrsrsrsrs

2007-03-25 16:15:10 · answer #3 · answered by Eduardo C 3 · 0 0

Concluiu-se, então, que a língua dos frígios era a língua mais antiga do mundo
A infância e a aquisição de linguagem

Maria Fausta Pereira de Castro

Nada mais próximo do tema da infância do que o fenômeno da aquisição de linguagem. A palavra “infância” vem do latim infantìa,ae que significa tanto ainda não falar como infância, o que é novo, novidade; do latim infans,ántis, que não fala, criança. A aquisição da linguagem é, portanto, a passagem do infans, aquele que não fala, para sujeito falante.

Somos testemunhas dessa mudança e nos admiramos a cada vez que temos o privilégio de acompanhar de perto as primeiras vocalizações do bebê, seus balbucios e fragmentos de enunciados nos quais reconhecemos partes da nossa própria fala. Não deixamos de atribuir sentido à fala infantil, de interpretá-la apesar de toda a diferença que apresenta quando comparada à do adulto. A língua está entre nós, ela antecede o infans na cultura e determina seu percurso na aquisição de linguagem; o destino de toda criança, salvo certos avatares, é se tornar falante. Em poucas palavras, podemos dizer que a aquisição de linguagem é um fenômeno que se repete em cada ser e, de certo modo, é tema de todo mundo: os leigos a vêem como natural, apostando nesse vir-a-ser falante e, por outro lado, investigadores de diversas áreas se perguntam como pode uma criança vir a falar. Tanto a filosofia, quanto a psicologia, a psicanálise e a lingüística formularam e formulam hipóteses sobre a aquisição e a fala da criança.
Ao longo dos séculos se encontram relatos que se referem às primeiras palavras da criança, como também às indagações sobre as condições necessárias para falar. Conta-se, por exemplo, que o rei Psamético do Egito, no século VII A.C, determinou o confinamento de duas crianças desde o nascimento até a idade de dois anos sem qualquer convívio com outras pessoas, para que se observasse como falariam ou se falariam ou ainda que língua falariam no contexto de privação social. Além da crueldade envolvendo o episódio é preciso notar que a hipótese sustentada pelo rei era que, se essas crianças crescessem sem exposição à fala humana e viessem a falar, a primeira palavra emitida espontaneamente pertenceria à língua mais antiga do mundo. Passados dois anos de total isolamento as crianças emitiram uma seqüência fônica que teria sido interpretada como “bekos”, palavra do frígio, língua indo-européia desaparecida, do grupo anatólico, que era falada pelos frígios. Concluiu-se, então, que a língua dos frígios era a língua mais antiga do mundo.
Note o leitor que, além das indagações sobre a infância e a aquisição de linguagem, o rei indagava-se sobre a origem da linguagem através da investigação sobre a sua origem na criança. Este salto do ontogenético, isto é, do desenvolvimento individual, para o filogenético, como evolução de uma espécie, e reciprocamente, é um trajeto que, embora insustentável, ainda se observa em tempos bem mais atuais, quando o problema toca tangencial ou frontalmente a questão da origem e da mudança.
Nesses casos o termo “infância” é às vezes evocado ou usado metaforicamente para falar de estados iniciais sobre os quais nossas hipóteses são, até hoje, bastante especulativas.
Ferdinand de Saussure, fundador da lingüística como ciência, posiciona-se ceticamente a respeito da discussão sobre a origem da linguagem humana e se opõe com veemência aos autores que estabelecem um paralelo entre a língua e o organismo vivo que nasce, cresce e morre. A língua para o autor não é um ser organizado, ela não morre espontaneamente, não se deteriora e não cresce, na medida em que ela não tem nem infância, nem idade madura ou velhice, e não nasce tal como ocorre aos organismos vivos. A língua é um objeto de cultura, mas não entendido como oriundo da necessidade de comunicação e, sim, forjado pelo simbólico.
Os estudos mais sistemáticos sobre a aquisição de linguagem e sobre a particularidade da fala da criança começam a partir do século XIX, através do trabalho dos diaristas. Assim foram chamados aqueles que guiados tanto pela curiosidade intelectual quanto pela condição de pais interessados no desenvolvimento de seus filhos, registravam a fala destes em diários. Nada semelhante aos recursos tecnológicos de hoje, em uma época anterior ao advento do gravador, esses estudiosos contavam apenas com lápis e papel.
Os diaristas realizaram um rico trabalho descritivo e mais ou menos intuitivo, deixando uma fonte preciosa para outros pesquisadores interessados nos fatos relacionados à emergência da linguagem na infância. Os diários não eram, pois, voltados para um debate teórico, seus autores não buscavam, na fala da criança, evidências em favor de uma teoria lingüística ou psicológica, mas podemos reconhecer que esses estudos se inseriam, de um modo ou de outro, nas teorias da época.
Foram os diaristas que iniciaram uma metodologia de trabalho hoje chamada “longitudinal”, porque acompanha a fala da criança ao longo do tempo.
Os estudos longitudinais dão visibilidade à mudança, isto é, a um fenômeno que caracteriza tanto a aquisição de linguagem quanto a própria infância. Cabe às hipóteses ou teorias sobre a aquisição determinar o modo como concebem a mudança quando enfrentam a sua questão maior: “como pode um infans vir a falar?”
Se a língua, como foi dito acima, no seu funcionamento simbólico antecede o sujeito, está lá, ou melhor, é falada pela comunidade em que ele nasce, a pergunta acima pode ser traduzida em uma outra, o que põe em cena o papel do adulto: “qual o efeito da incidência da fala do outro sobre o corpo prematuro do infans?”
As perguntas acima não deixam de evocar um debate há muito formulado, mas sempre vigente, entre hipóteses que partem do ponto de vista de uma dotação da natureza, do inato, do biológico e aquelas que incluem o problema da aquisição de linguagem na ordem da cultura.
Não traremos para o leitor esse debate, embora ele esteja no centro das discussões sobre a aquisição de linguagem e não se configure simplesmente pela oposição entre os termos “natural x social”. Optamos aqui por deixá-lo ecoar como uma questão que circula entre as formulações sobre as relações estruturais entre o outro como falante (a mãe ou outro adulto), a própria língua em funcionamento e a criança.
Como sabemos o infans nasce em um estado de prematuridade específica da espécie e nesse sentido, o diálogo entre mãe e bebê deve ser tomado pela radical assimetria que o caracteriza, a começar pelo fato de que inicialmente só o adulto fala, e fala pela criança transmitindo-lhe sua “vocação humana”, bela expressão do psicanalista Didier Weil ao qualificar essa voz que, ao passar a fala, passa também à criança a sua música, transmitindo-lhe uma dupla vocação: “está ouvindo a continuidade musical de minhas vogais e a descontinuidade significante das minhas consoantes?”
Poeticamente definido e condensado na transmissão da “vocação humana”, esse fato dá visibilidade tanto ao efeito da presença do bebê no adulto, quanto ao efeito que a fala deste promove no corpo prematuro.
A tese da prematuridade requer que se explicite o que ela acarreta: o ser humano imaturo não sobrevive sem o adulto da espécie. Entretanto, não é sobre a necessidade que falamos aqui. A mãe interpreta a presença da criança como uma demanda. O grito do bebê é tomado como a voz de um chamado pelo adulto, abrindo caminho para a aquisição de linguagem, para uma relação da criança com a língua, porque nada nesse diálogo miúdo entre mãe e criança escapa à língua, o que dá todo o alcance da afirmação de Saussure: é a língua que faz a unidade da linguagem.
Estas observações de cunho mais geral ganham no trabalho de Cláudia Lemos – lingüista e agora também psicanalista – uma teorização a partir do que Saussure nomeou “ordem própria da língua”, para dar conta da alteridade desta relativamente ao humano. Para manter a coerência com essa perspectiva, a autora passa a atribuir à lingua a função de “captura”, entendida como uma abreviatura para os processos de subjetivação que caracterizam a aquisição de linguagem. O termo dá vigor à hipótese saussuriana de que a língua não constitui uma função do falante; ela é o produto que a criança “registra passivamente”, o que impede que a aquisição de linguagem seja tomada como um processo de desenvolvimento em que a língua se constrói como um objeto de conhecimento. Nesta linha de reflexão, a perspectiva de Lemos de certo modo inverte a relação sujeito-objeto ao conceber a criança como capturada por um funcionamento lingüístico-discursivo que a significa como sujeito falante. As mudanças na aquisição de linguagem passam a ser identificadas a partir das diferentes posições da criança em uma estrutura, ou melhor, a partir das suas diferentes relações com a língua, em que o pólo dominante pode ser o outro, a língua ou o próprio sujeito.
Lembro ao leitor que ao se abandonar a perspectiva de desenvolvimento não se abandona por esse fato, o compromisso com a mudança, ao contrário, ela passa a ser redimensionada pela ausência de um estado final, em que culminaria o desenvolvimento. Embora se possa dizer que a fala da criança se aproxima daquela do adulto, não se podem excluir mudanças de posição deste último na sua relação com a língua. Quanto à infância, esta sim é datada, e se dilui no passado do falante.

Maria Fausta Pereira de Castro é professora no Instituto de Estudos da Linguagem da Unicamp.

2007-03-23 14:31:32 · answer #4 · answered by ÍNDIO 7 · 0 0

A primeira lingua falada foi o idioma:" Adamico" foi o idioma ensinado a Adao , esse mesmo idioma foi ensinado a Adao para receber as instrucoes de Deus.

2007-03-21 16:33:52 · answer #5 · answered by Vilma C 1 · 0 0

Lingüistas acham que uma certa tribo a 6.000 ano atrás falava uma língua proto-indo-européia. Existe uma hipotética língua chamada Nostratic que foi usada a 15.000 anos atrás.

2007-03-20 11:54:42 · answer #6 · answered by tescobr 2 · 0 0

Opinião pessoal:

A língua mais antiga de todas as existentes é o sânscrito. Dela partiram todas as outras.
A análise das similaridades idiomáticas pode auxiliar a compreender melhor a formação das línguas.
Cada povo possui características próprias e sua forma de compreensão das coisas pode ser percebida através do modo de construção da linguagem.

2007-03-18 02:15:35 · answer #7 · answered by Confuso 2 · 0 0

Ocorreu naturalmente devido aos locais dos povos. Eles precisavam se comunicar com seu grupo local e não tinham contato com outros povos para trocar experiencias. Só quando os povos começaram a se mesclar é que foi ocorrendo, tambem naturalmente, adaptações das linguas mas mesmo assim cada um manteve sua essencia ou foi aperfeiçoando com a evolução de seu grupo.

2007-03-17 18:14:49 · answer #8 · answered by Arvy 3 · 0 0

mistura entre eles, na europa ocidental falavam um idioma, na oriental outro, na áfrica outro, na ásia outro..., eles foram se misturando e formando a maioria dos existentes atualmente, nosso português é mistura de português com tupi-guarani, e conforme a tribo e sua composição era feito uma nova língua.

2007-03-17 18:14:44 · answer #9 · answered by Anonymous · 0 0

Por isolamento geográfico. Cada povo desenvolveu seu idioma isoladamente, se houve uma língua original não há como saber. Idioma e língua são sinônimos neste sentido.
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O contato entre os povos e a origem comum de alguns deles explica semelhanças entre palavras de idiomas diferentes.

2007-03-17 18:11:54 · answer #10 · answered by Sistema428 - eu uso del.icio.us 5 · 0 0

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