English Deutsch Français Italiano Español Português 繁體中文 Bahasa Indonesia Tiếng Việt ภาษาไทย
Todas as categorias

ciencia romana

2007-03-16 12:10:34 · 7 respostas · perguntado por anderson_lopes_monteiro 1 em Artes e Humanidades História

7 respostas

Certamente na Roma Antiga teve uma enorme influencia na cultura Ocidental posteriormente.
Se olharmos bem, veremos que todo o legado da Grécia foi herdado pela Roma, por isso ela se tornou aquela civilização monstruosa, tomando a "metade" do mundo.

2007-03-16 12:52:13 · answer #1 · answered by Luis Carlos M 2 · 1 0

O direito romano é o principal legado cultural. Desenvolveu-se tbem a literatura,arquitetura, agora mesmo não tendo entendido bem sua pergunta acredito que vc queira saber do desenvolvimento cientifico e não cultural. Quase não existem relatos sobre isso.

2007-03-17 14:49:31 · answer #2 · answered by Vaninha 5 · 0 0

resposta
resumo sobre ciencia romana= As várias ciências desenvolvidas pelos Romanos

A cultura romana parece ter desenvolvido-se com as conquistas que lhes tornaram conhecidas as ciências e as letras da Grécia. O nome dos Cipiões e de Valério Mesala está indissoluvelmente unido a esta benéfica influência do gênio helénico em Roma. A Arte da Guerra foi objeto de um tratado didático, de Catão, com o nome De Re Militari. As Matemáticas foram cultivadas por Mânio Acilio Glório e por Marco Flúvio Nobilior, aplicando-as à cronologia. Quanto à Astronomia, foi estudada primeiramente por Caio Sulpício Calo. Abundam as pequenas enciclopédias em forma de manual, distinguindo-se Catão como autor de uma delas. A Filosofia era propagada com os ensinamentos do pontífice Quinto Cévola e de Varrão em harmonia com a religião romana. A Ciência Arqueológica deu lugar aos traslados de Hemina, Marco Júnio e Tuditano. E o caráter geral da cultura romana, durante os dias da República, uniu o empírico e o prático por excelência. Assim, enquanto a Filosofia aparecia somente em manuais traduzidos do grego, a jurisprudência forense era exposta no tratado do Jus Civile de Cévola. A Medicina foi oferecida nos receituários de Catão, e as obras de agronomia eram numerosas. A cultura helénica teve que lutar com certos .obstáculos para entrar e se arraigar em Roma. A atividade filosófica, se bem que emanada de fontes helénicas, começou com Cícero nos seus célebres tratados: De Natura Decrum; De Divinatione, De Republica e Officiis. Distinguiram-se como propagadores de sistemas filosóficos especiais Filodemo de Celesíria e Siton, que defenderam o epicurismo. Seguiu-os na poesia Lucrécio com a sua famosíssima obra De Natura Rerum. Tiranion o gramático deu a conhecer a Filosofia Aristotélica, que popularizou depois Andrónico de Rodes. A escola predominante em Roma entre a sociedade culta foi a neo-acadêmica com um fundo de probabilismo e ecleticismo. A cultura continuava progredindo em Roma, onde se acumulavam as bibliotecas do Oriente e da Grécia. O famoso Tito Pompónio Ático traficava com manuscritos célebres, avidamente disputados e lidos.

A primeira idéia de uma biblioteca pública deve-se a César. Augusto fundou mais duas. Com as Acta Diurna que César começara a publicar e que Augusto continuara, aparece já a imprensa periódica: contudo, o caráter puramente administrativo e de governo de tais diários e a proibição de circular fora dos departamentos do poder, tomaram ilusória a sua influência na cultura. As Ciências Matemáticas alcançaram nos fins do período republicano certo grau de esplendor, como o prova a reforma do calendário de Júlio César. A Geografia foi enriquecida com a relação das viagens do rei Juba da Mauritânia às Ilhas Afortunadas, de Vipsâncio Agripa, de Policleto, Jenudoxo e Teodoro. Estes três últimos realizaram trabalhos geodésicos por ordem de César, que foram continuados por outros imperadores. A Astronomia era pouco cultivada, não passando de superficiais os conhecimentos que dela tinham os homens mais ilustres, como Cícero, que chegou a escrever um poema acerca dela. A Filosofia continuou, no tempo do Império, a sua evolução, declarando-se francamente estoica com Lúcio Âneo Sêneca. Este, nas suas Epistolae e nos tratados: De Ira, De Brevitate Vitae e de Consolatione ad Helviam, tratou da Filosofia Moral; mas nas suas Quaestiones Naturales resumiu magistralmente os conhecimentos do seu tempo acerca da Física, Geologia, Meteorologia, Astronomia, Geografia, Mineralogia, etc.. Com Plínio o Velho aparecem já tratadas doutrinariamente as Ciências Naturais em todos os seus aspectos. Assim, estudou, na sua História Natural, a Zoologia, a Botânica e a Mineralogia descritivas, partindo de fatos de observação própria e outros recolhidos na tradição oral ou escrita nem sempre digna de crédito. Pompónio Meia, na sua obra geográfica De Situ Orbis, reproduziu as notícias de Eratóstenes. As Matemáticas Aplicadas aparecem nos tratados de Sexto Júlio Frontino, De Aquaeductibus e Strategemata. Com Júnio Moderato Columela desenvolveu-se a Agronomia romana, antes reduzida a preceitos empíricos. A Medicina, que começara em Roma sob o influxo das práticas gregas, adquiriu um estudo novo à parte e verdadeiramente nacional com a obra de Augusto Aurélio Comélio Celso. As ciências naturais tiveram um observador estudioso no médico Escribónio Largo, que tratou principalmente de Botânica. Paládio, que foi tão popular na Idade Média, foi um simples recopilador dos trabalhos de Catão, Varrão e Columela. Pertence mais à medicina popular que à científica o nome de Sereno Samónico. Ao contrário, deve contar-se entre os autores médicos de maior renome no Império a Célio Aureliano, que pode considerar-se como o fundador da Neurologia. Merecem também referência Sexto Placídio Papiriense, Vindiciano Afer, Cásio Félix e Teodoro Prisiano. A cultura médica literária de Roma foi sempre escassa e seguiu Os modelos gregos, como Asclepíades e Dioscórides. O próprio Galeno não deveria ser considerado como autor latino. pois não empregou esta língua nas suas obras. O mesmo se pode dizer do imperador Marco Aurélio Antonino e seus tratados filosóficos.

O DIREITO ROMANO é a parte da ciência romana que merece a maior ênfase por ser, induvidosamente, superior à de qualquer outro povo da antigüidade, como o provam as obras e os nomes de Caio, Paulo, Ulpiano, Papiniano e Modestino. Ao mesmo tempo a ciência teológica com o credo cristão encontrava autores de grande valor, como Tertuliano, Minúcio Félix e Lactâncio. A filosofia pagã oferecia, entretanto, as obras de Sexto Empírico e Moderato, que defendiam o eclectismo. Com o renascimento do paganismo durante o reinado de Juliano o Apóstata aparecem novas obras de Filosofia, e, sobretudo, as do próprio imperador. Este, em seus Panegíricos, Hinos e Cartas e muito particularmente com o Misopógon, adotou a cultura pagã, que em vão procurou restaurar. As ciências filosóficas tiveram como cultores a Sérvio, Ático Tíron Delfídio, Nono Marcelo de Tívoli, Pompónio Festo, Fábio Fúrio, Plancíades e Fulgêncio. A todos eles foi superior Símaco, considerado como tal pelo filósofo cristão Prudêncio, que ao refutá-lo diz que era superior a Cícero. O gênero anedótico em Teologia, que começara por inspirar as Noites Aticas de Aulo Gélio, propagou-se cada vez mais. As ciências morais e políticas desenvolveram-se entre a controvérsia filosófica e religiosa do tempo. Assim acontece com as Cartas de S. Jerônimo, a Cidade de Deus de Santo Agostinho e as obras oratórias de Santo Ambrósio. Ao mesmo tempo aparecem as recopilações de toda a sorte de conhecimentos com o Satyricon de Marciano Mineu, Félix CapeIIa e o Liber Memorialis de Lúcio Ampélio. A Agronomia também era objeto de compêndios, como o de Vindálio Anatolino, que recolhia as noções dos clássicos. As ciências militares foram tratadas doutrinalmente por Flávio Vigécio Renato na sua Epitome institutionum rei militaris. A cultura antiga ia desaparecendo gradualmente de Roma, como o provam as superstições de que estão infestados todos os escritos. Marcelo Empírico e Teodoro Prisciano nas suas obras de medicina intercalam toda a espécie de fórmulas e exorcismos com o nome de receitas físicas e filatéricas. A famosa Medicina Pliniana, que esteve muito em voga na Idade Média, tem pouco valor científico. É certo que a cultura romana não acaba com a queda do Império, pois influiu grandemente nos povos que estiveram submetidos. Só no conceito histórico, e não no cultural, podem separar-se dos autores romanos a Isidoro de Sevilha, o Venerável Beda, Alcuíno, Bócio e Casiodoro. Na realidade. os conhecimentos científicos e igualmente os métodos didáticos passaram de Roma aos povos medievais quase na sua totalidade. E este poderoso ascendente da cultura romana manteve-se até o Renascimento, que por sua vez invocava aqueles como o ideal de vida e costumes. Se o valor dos estudos romanos é por si relativamente débil, não assim o indireto ou de transmissão. Graças ao poderio de Roma se mantiveram e conservaram no mundo antigo o esforço do pensamento helénico em todos os ramos do saber humano. Isto foi compreendido já por Plínio o Velho, que se envergonhava do pouco que os Romanos fizeram para os progressos da inteligência. A Grécia continuou a ser olhada como o verdadeiro foco de cultura para os Romanos, cuja juventude estudiosa é preparada em Atenas. Mesmo no período da decadência do Império, Roma continuou a admirar a Grécia. Príncipes e mecenas rivalizavam em encher de honras e benefícios os intelectuais gregos e atraí-los a Roma. Ao contrário, as demais civilizações que o povo romano absorvera nas suas conquistas foram desdenhadas sempre como bárbaras. Apesar de tudo, o gênio eminentemente prático dos Romanos fez que se dedicassem a várias aplicações científicas. se bem que os seus conhecimentos teóricos eram imperfeitos. Isso deu-se com os grandes trabalhos de minas, arquitetura, saneamento, etc. O mesmo se pode dizer da navegação, arte militar, agronomia, etc.. Os Romanos souberam apoderar-se de quanto os investigadores dos demais povos encontraram e adaptá-lo às suas necessidades. O ensino não estava a cargo do Estado, mas de professores nômadas que percorriam as cidades mais florescentes do Império romano. Pelos escritos de Luciano e Filóstrato sabemos que esta vida vagabunda e aventureira era a mais comum mesmo para os mais afamados mestres. Apolónio de Tiana, Galeno, Polémon e Apuleio seguiram esta vida. que lhes foi muito proveitosa. Além disso, as conferências docentes multiplicavam-se por todo o Império, em que eram tratados os mais elevados temas de especulação científica. Os tratados de Cícero e as cartas de Plínio o Jovem dão-nos muitos exemplos desta classe em Roma. Ao mesmo tempo os livros didáticos e obras de polêmica contribuíam para divulgar os conhecimentos científicos. Entre as classes servis, como os escravos, muitos possuíam carreiras científicas. Entre os escravos existiam, de fato, retóricos, filósofos, professores, médicos, marinheiros, arquitetos, cujos trabalhos enriqueciam a seus donos. De qualquer maneira, se a especulação científica nunca foi de primeira ordem em Roma, os resultados práticos devem considerar-se positivos. As termas e cloacas contribuíram poderosamente para a excelência do saneamento público. As coleções zoológicas e herbárias de ricos particulares, como Lúculo e Apício, fomentavam os trabalhos em Biologia. As viagens, quer comerciais quer de recreio, contribuíram para a difusão da Geografia. Não se pode negar que os Romanos se anteciparam a muitas invenções. É possível os estragos e ruínas da guerra e do tempo tenham feito desaparecer várias amostras da habilidade romana com as aplicações científicas; são, porém, numerosos os legados por esta civilização, como os seus caminhos, fortes, anfiteatros, templos, etc.. A unidade e firmeza do poderio romano que assegurava a paz do mundo permitiu livremente o trabalho científico em todos os seus aspectos. A Grécia expirante achava no Estado romano o defensor da sua vida intelectual, única que lhe restava. Foram, de fato, as tradições latinas as que conservaram em todo o Ocidente da Europa a tradição helénica nas ciências. A cultura romana fundiu, por assim dizer, todos os povos europeus num centro da ordem intelectual e quanto depois se progrediu cientificamente deve ao impulso que aquela comunicou.

A literatura latina tomou da grega quase todos os gêneros, tanto que só se desenvolveu quando Roma foi posta em contato seguido com a Grécia. O Romano não se mostrou profundamente criador nem na literatura, nem na filosofia, nem na ciência. O seu gênio era essencialmente prático, vocacionalmente jurídico e satírico, e os gêneros para que mostrou preferência foram a sátira, a eloquência, a história, a moral e, com destaque, o direito. Por efeito do incêndio de Roma, em 387 a.C., a história teve de ser no principio simplesmente uma tradição oral, de cujas fantasias épicas vamos encontrar eco nos primeiros livros da obra de Tito Lívio. Consagravam-se cantos aos defuntos ao som da flauta, já nos banquetes fúnebres (eram as nénias), já nos festins. Aveia satírica, muito mais viva, apresenta formas múltiplas. Na com- posição de versos Fesceninos (do nome de uma cidade etrusca, Fescenia) a comezaina espicaçava o gosto da zombaria: os próprios deuses rústicos e seus amores eram objeto de larachas libérrimas, onde o pendor para a obscenidade se expandia. As satura assumiam caráter mais nitidamente dramático e mais variado, com danças, diálogos e cantos de campónios-bufões: e foi este gênero satírico que depois se expandiu no teatro, em comédias e momos. É necessário retornar aos tempos que precederam imediatamente as guerras púnicas para que vejamos despontar uma literatura, e já al podemos dizer que ela é helénica em língua latina, por isso que a iniciou um escravo grego, Lívio Andrónico (279 a.C.), o qual traduziu em latim 19 peças do teatro grego, a Odisseia e alguns hinos religiosos. Foi uma revelação, que encheu de entusiasmo o escol dos Romanos. Depois veio Énio (204 a.C.), também grego, que fez representar algumas peças de Eurípides e foi poeta épico, Imitou a forma de Homero, mas empregou-a numa matéria romana, pois que, sob o titulo de Anais, compôs um poema épico em 18 livros, onde cantava toda a história de Roma, desde os amores de Marte e de Rea até o seu próprio tempo: obra pela qual os Romanos conservaram grande veneração e de que Virgílio se aproveitou, copiando dela, por vezes. versos inteiros. Pacuvio, seu sobrinho. imitou tragédias gregas. O primeiro romano autêntico que merece ser chamado escritor foi Cneio Névio (m. em 199 a.C.). autor de poesias épicas, de tragédias e sobretudo de comédias, romanas pela alusão e gregas pelo assunto. Compôs um poema sobre as guerras púnicas. A prosa, nesse período obscuro, foi-se corporizando pouco a pouco. bem como a poesia. Fábio Pictor , contemporâneo de Névio, e que aliás escreveu em grego, compôs uma História da Segunda Guerra Púnica.

A eloquência surge com Cipião o Africano e com Tibério Semprónio Graco, o pai dos dois grandes tribunos. Começa então verdadeiramente a história da literatura latina. Têm-na dividido em quatro períodos. a saber: (1) o primeiro, que vai das primeiras obras de Plauto até a morte de Cícero. compreende todo o fim da República Romana (227-44 a.C.); (2) o segundo, constituído pelo chamado século de Augusto (44 a.C. a 14 d.C.); (3) o terceiro, caracterizado pelas preocupações filosóficas e morais provocadas pelos excessos dos maus imperadores (14-139 da nossa era); (4) O quarto, enfim, de decadência irremediável para as letras profanas, mas glorioso para a literatura cristã. Primeiro período. As primeiras obras-primas datam de 207 a.C., por Plauto, depois por Terêncio nas suas comédias. As de Plauto são gregas pelo assunto, mas bem latinas pela linguagem popular, pelo diálogo arrojado e cheio de vida. Plauto pinta as condições, os tipos sociais, e sobretudo os mais baixos na escala social. Servidão e parasitismo corrompem as suas personagens, pobres mas alegres. que buscam raros prazeres materiais; apesar de mais de um traço tirado a Menandro e a Dífilo (os modelos, mal conhecidos) o dom de observação e de evocação do autor faz reviver perante nós o povinho miúdo de Roma. Destacam-se. entre os tipos, o escravo malicioso da Comédia Nova, ágil de espírito. inventivo e prestes. Às vezes o comediógrafo esquece a verosimilhança, a fantasia transborda. banha de irrealidade um quadro realista. Plauto, como muito mais tarde os românticos, junta o mais nobre ao mais baixo, o grotesco ao sublime, e pinta muito bem a paixão amorosa (influência dele e de Terêncio, nas comédias do nosso Sá de Miranda; e do seu Amphitruo nos Eufatriões de Luís de Camões). Terêncio ostenta mais arte do que Plauto, no sentido de ser mais escoimado, mais elegante, mas também mais frio. Lucílio (140 a.C.) tem sido designado como o pai da sátira, gênero romano por excelência; mas os seus escritos não chegaram até nós. A maioria das primeiras obras em prosa sofreu a mesma má sorte; entre outras. as Memórias que Sila redigiu. Catão compusera um livro das Origens , que se perdeu, mas possuímos a sua De re rustica. Também não temos os discursos dos primeiros grandes oradores, e só avaliamos do seu mérito pelos juízos de Cícero e de Quintiliano. Ao lado de Cícero, um Crasso, um Antônio, um Hortênsio alcançaram a maior notoriedade. César passou por orador de primeira plana. mas nenhum dos seus discursos possuímos. Chegou, porém, até nós, a maioria das obras de Cícero. O grande orador abordou todos os problemas que interessavam ou apaixonavam a sociedade romana (107-43 a.C.). Levou a língua da eloquência política e judiciária ao mais alto grau da magnificência; criou para os Romanos a da retórica e da filosofia; e a sua correspondência é extensíssima e de muito valor. No diálogo Do Orador (ano 55, três livros) indica os três pontos essenciais: aptidões naturais (ingenium); estudo paciente (diligentia); regras e processos (ars). César trouxe à prosa as qualidades novas de precisão, de clareza, de nitidez intelectual. A elaboração do relato das suas campanhas da guerra civil é primacialmente política, e os sete livros da Guerra das Gálias mostram sobretudo um estratega e um chefe: bravura, mas prudência; astúcia, economia. A combater e a escrever é sempre, aliás, um político. Linguagem puríssima. estilo cuja feição essencial é não mostrar estilo, sóbrio sem insulez, nu sem secura, da mais elegante simplicidade. Salústio deu um modelo de estilo concentrado. abundante em sentenças. fugindo da naturalidade em todas as direções; sendo que o melhor. na sua obra. é constituído pelas descrições de guerra, precisas e inteligentes. Tito Lívio, enfim, escreve a história com abundância e eloquência. com patriotismo freqüentemente injusto em relação aos outros povos. com amplos discursos em que teve por objetivo pintar o indivíduo em cuja boca os colocava. Muito cuidadoso e minucioso por vezes. como na descrição da passagem dos Alpes por Aníbal. Lucrécio e Catulo foram para a poesia o que Cícero para a prosa. O primeiro é, de muito.. o mais poderoso dos poetas latinos. Interprete da filosofia epicurista, rejuvenesceu-a pelo poder da imaginação e pela linguagem. Afeiçoou a língua latina à expressão em versos e teorias abstratas. Este minucioso poeta, no seu poema Da Natureza das Coisas. canta o nosso mundo de átomos, onde nada se perde (I, II). a nossa alma mortal e material (III, IV), a história da terra e do homem (V), os flagelos (V). Catulo aparece perfeitamente sincero: pinta a paixão como Virgílio; tem na sua lírica mais veia e mais graça de que Horácio. Podemos acrescentar a estes grandes nomes o do polígrafo Varrão, que resumiu nos seus escritos a enciclopédia dos conhecimentos do seu tempo. Segundo período (século de Augusto). É aquele em que a forma atinge a perfeição clássica; mas pode bem pensar-se que há nele menos espontaneidade e inspiração que no período precedente, menos novidade que no seguinte. No tempo de Augusto mostra-se sobretudo viva a poesia. porque seu poder absoluto fazia calar a eloquência; e, por as vez, os historiadores só virão um pouco mais tarde. A maioria dos poetas, animados por Augusto, canta os benefícios do seu governo. Virgílio serve os desígnios do imperador cantando as belezas da vida campestre nas Geórgicas (de que resultou uma tradução em alexandrino e numa linguagem admirável, por Castilho) e as tradições nacionais na celebérrima Eneida. Horácio fez-se o apóstolo de uma filosofia moral mediana e prática, adaptada a um tempo em que a ação individual se encontrava muito mais limitada que no passado. A linguagem dos dois é pura e engenhosa. requintada sem cair ainda na afetação e na rebusca. Ovídio realiza o tipo do poeta de corte; mas nas Tristes e nas Pónticas introduz uma nota pessoal e nova. Nos Fastos (tradução em verso branco de Castilho, admirável, como sempre, pela linguagem) empreendeu cantar o culto pagão. Galo, Propércio, Tibulo, nas suas elegias, continuaram o gênero de Catulo, mas com menos força. O teatro foi bastante abandonado neste período. A erudição produziu obras notáveis. Terceiro período (de Tibério aos Antoninos). Os excessos dos maus imperadores deram neste período ao pensamento romano um tom de tristeza filosófica, de gravidade tensa e apaixonada que não tivera no período precedente. Ao mesmo tempo, sob a ação do Cristianismo nascente, a alma romana começa a abrir-se a sentimentos mais humanos, ao da caridade, ao da igualdade profunda. Sêneca na filosofia moral, Tácito na história, Lucano na poesia, apesar do que se possa dizer quanto ao caráter do primeiro e do último, representam esse espírito e essas tendências. Tácito (54-140) foi um misantropo a quem o problema do homem apaixonava; mas não via bem as questões sociais. Tinha a alma de um aristocrata, e por isso mesmo era duro para com um senado decadente. Socialmente, um rigorista, severíssimo para com as turbas. As suas pinturas são vivas e precisas, imagéticas, grandiosas, emotivas e realistas, mas nunca renuncia à rigidez do estilo. Há quem veja grande dose de convenção e de finca-pé nas indignações de Juvenal (42-120), cujas Sátiras se podem caracterizar como a epopéia-bufona do oiro, cantando o seu reinado absoluto e geral. Os ricos, em seu entender, corrompem pelos exemplos que dão, e o oiro traz caprichos loucos, despesas extravagantes, necessidades crescentes, num círculo infernal. Pérsio (34-62) é tão vigoroso como ele, dando a impressão de ser mais sincero. É um estóico, cheio de dignidade, de nobreza, de autoridade, que opõe em seis Sátiras o talento e o renome, as práticas supersticiosas e a verdadeira piedade, a saúde do corpo e a da alma, as seduções e as virtudes no político, a ilusória liberdade que dá a alforria à do sages que triunfa das paixões. Marcial (43-104) prima no manejo do epigrama. É tão cínico como Petrônio, cujo Satyricon é uma curiosíssima pintura dos piores costumes do tempo sendo a personagem de Trimalcião (do Festim) verdadeiramente espantosa de vida. A tragédia é representada por Sêneca, mas as suas peças só são para letrados. Depois desses vigorosos escritores produziu-se uma reação no sentido virgiliano. Foi levada a cabo por poetas hábeis e conscienciosos, mas de gênio inferior: Sílico Itálico e Estácio (61-93). Em torno de Tácito agruparam-se escritores úteis e instrutivos, aliás muito hábeis no manejo da linguagem: Quintiliano (42-120), que à teoria da eloquência mistura juízos literários solidamente motivados e considerações de moralista que não são sempre lugares-comuns; Plínio o Antigo (m. em 79), cuja História Natural (a única das suas obras que subsiste) é um repositório dos conhecimentos do tempo, obra literariamente invertebrada de onde transudam certo epicurismo, certo panteísmo, certo amor do maravilhoso, certos remoques ácidos contra o ser humano; Plínio o Moço (62-115), puro literato que entra pelos domínios da história oratória no Panegírico de Trajano e pelos de administração na sua correspondência com o imperador (foi ele que deu ao Renascimento tipo do gênero panegírico e ele o imitado pelo nosso João de Barros nos seus panegíricos a D. João III e da infanta D. Maria); Suetônio (m. 160?), tão frio quanto Tácito é veemente, mas mais profundo, visando à clareza, amando o documento, cuidadoso em descobrir as falsificações, dando-nos a história de Doze Césares com aparente imparcialidade, sem pretensões, mas com grande abundância de pormenores. Quarto período (139-550). Com a época dos Antoninos começa a decadência da literatura latina. Alguns escritores brilham ainda com vivacidade, como Apuleio (114-184) o autor do Asno de Oiro, incorreto, mas de viva imaginação; como Claudiano, poeta declamatório mas vigoroso, sincero e patriota; ou então lançam um claror mais modesto, como Áulio Galio, o compilador das Noites Áticas; como Amiano Mercelnio, historiador do império no período que vai de Flaviano ao de Valente; Macróbio, cujas Saturnais se podem aproximar das Noites Aticas. No séc. IV, os escritores da Historia Augusti são muito desiguais. Na poesia, Ausônio é um versificador hábil. É nos escritos dos padres da Igreja e na poesia cristã que podemos encontrar originalidade, frescura, sinceridade de inspiração. Basta mencionar Tertuliano, Santo Hilário, Santo Ambr6sio, São Jerônimo e Santo Agostinho, que deram à Cristandade escritos sábios, apaixonados, eloqüentes, do II ao V séc. Tertuliano (150-230) tem gosto menos seguro, mas mais calor do que Cícero. S. Agostinho, bispo de Hipona, deixou uma obra abundantíssima em que sobressaem os diálogos (da Felicidade, da Ordem, Contra Acadêmicos), os Solilóquios, as Cartas, os Sermões, a Cidade de Deus, as Confissões - obra única em que se misturam intuições, estreitezas, a luta da Carne e da Fé, sob a forma pungente de confissões castas e ousadas - gênero em que ele se penitenciou, em que um Rousseau e um Gide mais tarde se deleitariam. Alguns desses autores dedicaram-se à História, o que fizeram também Sulpício Severo, Lactâncio, Cassiodoro, o espanhol Orósio (séc. V), autor de uma História desde as origens até 417. Claro que estes cristãos escrevam a História a uma luz inteiramente nova. A poesia cristã forma-se por essa época, e dá obras de valor com Comodiano, Juvenco, Prudêncio, Paulino de Nola, pertencentes ainda à forma clássica. Depois deles entra-se na literatura em latim dos tempos medievais, o que já escapa do interesse deste nosso estudo.

2007-03-17 10:12:41 · answer #3 · answered by Anonymous · 0 0

As principais ciências naturais cultivadas nesta época - matemática, física, astronomia, geografia, ciências naturais, medicina - particularmente em relação com o saber enciclopédico. A contribuição da filosofia clássica; tal contribuição limita-se essencialmente à matemática, ciência no sentido estrito como a filosofia, e a um certo complexo de observações empíricas, que serão valorizadas e sistematizadas na ciência moderna.


Dos dois ramos da matemática floresceu, no mundo antigo, primeiro a geometria - III e II séculos a.C. - e depois a aritmética - séculos II e II d.C. Quanto à física, após um interesse teórico para com esta ciência, prevaleceram interesses práticos, técnicos. Lembre-se a escola mecânica de Alexandria, já famosa no III século a.C., em que foram inventados relógios de água, máquinas hidráulicas, máquinas de guerra acionadas por ar comprimido, etc. A matemática e a física tiveram grandes cultores em Euclides e Arquimedes.


Euclides viveu em Alexandria no III século a.C., onde passou a vida toda entre o ensino, a sistematização das descobertas matemáticas de seus predecessores e as suas pesquisas originais. É o autor dos afamados Elementos de Geometria, onde se trata com grande clareza e rigor científico de geometria plana, aritmética e estereogrande matemático e físico. Natural de Siracusa, estudou em Alexandria, voltando depois à pátria, aí dedicando-se por toda a vida a estudos e pesquisas de matemática, geometria e mecânica. De suas descobertas aproveitou-se também para a construção de máquinas de guerra, em defesa de Siracusa cercada pelos romanos durante a II guerra púnica. Apesar de ter o cônsul Marcelo ordenado aos soldados poupar a vida ao grande sábio, durante o saque da cidade foi morto por um soldado ignorante, repreendido pelo grande sábio porque perturbava seus estudos. "Noli turbare circulos meos", teriam sido as suas últimas palavras.


Quanto à astronomia e à geografia, floresceu antes e mais viçosamente aquela do que esta. A geografia começou a ser cultivada no seu aspecto astronômico-matemático; só com Estrabão afirmou-se o caráter antrópico da geografia. Estrabão - 63 a.C. - 30 d.C., mais ou menos - nascido no Ponto, estudou em Alexandria e em Roma. Escreveu uma grande obra de Geografia, onde descreve sistematicamente, em dezessete livros, as regiões então conhecidas - Europa, Ásia, África - pondo especialmente em foco a influência do clima sobre o temperamento e o caráter humanos e sobre a organização social e política.


A astronomia antiga conheceu a hipótese heliocêntrica, mas aderiu, em geral, ao geocentrismo. A hipótese heliocêntrica é devida a Aristarco de Samos, pouco posterior a Aristóteles e de pouco anterior a Arquimedes - III século a.C. O geocentrismo foi elaborado por Eudóxio de Cnido (408-355 a.C.) discípulo de Platão, e por Aristóteles no sistema das esferas homocêntricas; o sistema astronômico era composto de cinqüenta e seis esferas concêntricas. A seguir foi desenvolvido e corrigido por Apolônio de Perga (260-200 a.C.), que ensinou em Alexandria e em Pérgamo e foi um grande geômetra da Antigüidade juntamente com Euclides e Arquimedes; e também, mediante a teoria dos excêntricos, por Hiparco de Nicéia do II século a.C., o qual viveu em Alexandria e em Rodes. Esta teoria desloca a terra do centro das órbitas astrais para a circunferência, para poder explicar melhor e mais simplesmente os movimentos celestes. Entretanto, o sistematizador definitivo do geocentrismo é Ptolomeu, vivido em Alexandria no II século d.C., autor do assim chamado Almagesto, mediante o qual a astronomia antiga foi transmitida e seguida até à Renascença. Ptolomeu julgou que devia integrar a astronomia com a astrologia, que seria o estudo dos influxos astrais sobre os fenômenos terrestres e, particularmente, sobre as vicissitudes humanas.


As ciências naturais propriamente ditas, já cultivadas por Aristóteles (zoologia) e Teofrasto (botânica), tiveram incremento na idade helenista. Primeiro, por meio das expedições militares de Alexandre, as quais levaram ao conhecimento da flora e da fauna das regiões novas, depois pelas grandes coleções do Museu de Alexandria, dotada de jardins botânicos e zoológicos, como acima já dissemos. As ciências naturais progrediram entretanto na idade helenista particularmente como ciências auxiliares da medicina - anatomia e fisiologia - que, por sua vez, nesta época fez grandes progressos.


Ao lado da antiga escola de Hipócrates, a qual explicava o organismo animal mediante a relação dos quatro humores fundamentais e é chamada escola dos dogmáticos, afirmam-se no século III a.C. em Alexandria outras escolas, firmadas em princípios diferentes. Temos, por exemplo, a escola que tenta explicar os fenômenos da vida pelas quatro forças fundamentais; esta escola fez descobertas importantes sobre a circulação do sangue e sobre o sistema nervoso. Mais importante é a escola médica chamada empírica que, em oposição à orientação teórica e especulativa das escolas precedentes, afirma o valor da experiência direta, da observação dos sintomas do mal e do efeito dos remédios. Foi, inversamente, eclético com tendências dogmáticas e hipocráticas Cláudio Galeno (131-210 d.C.), o maior médico da Antigüidade. Natural de Pérgamo, viveu longamente em Roma na qualidade de médico imperial e deixou numerosos escritos, que dominaram a cultura médica européia até além da Idade Média. Tenta ele sintetizar a doutrina hipocrática dos quatro humores com a física aristotélica dos quatro elementos e das quatro qualidades fundamentais da matéria - o calor, o frio, a secura, a umidade. Alicerça a medicina na fisiologia e na anatomia; afirma uma fisiologia teleológica, finalista, para explicar a formação e o funcionamento dos órgãos; reconhece a vis medicatrix como fator essencial da terapia, não podendo o médico fazer outra coisa senão auxiliar esta força medicatrix. Tendo Galeno procurado coligar os fatos particulares observados no mundo biológico aos princípios da física e da metafísica, segue-se que foi também um filósofo. A sua filosofia é uma síntese do platonismo, estoicismo e, sobretudo, aristotelismo.

2007-03-16 13:44:04 · answer #4 · answered by mthewis 5 · 0 0

Toda cultura ronama vem dos gregos por isto e cultura grego-romana ,então reformule sua pergunta ,e estude a cultura grega e teas sua resposta

2007-03-16 13:36:04 · answer #5 · answered by TEKKA 3 · 0 0

Anderson,

Roma Antiga foi uma civilização que se desenvolveu a partir da cidade-estado de Roma, fundada na península itálica durante o século IX a.C..

Durante os seus doze séculos de existência, a civilização romana transitou da monarquia para uma república oligárquica até se tornar num vasto império que dominou a Europa Ocidental e ao redor de todo o mar Mediterrâneo através da conquista e assimilação cultural.

No entanto, um rol de factores sócio-políticos iria agravando o seu declínio, e o império seria dividido em dois.

A metade ocidental, onde estavam incluídas a Hispânia, a Gália e a Itália, entrou em colapso definitivo no século V e deu origem a vários reinos independentes; a metade oriental, governada a partir de Constantinopla passou a ser referida como Império Bizantino a partir de 476 d.C., data tradicional da queda de Roma e aproveitada pela historiografia para demarcar o início da Idade Média.

a invasão romana da Península Ibérica foi desencadeada para cortar as linhas de abastecimento de Cartago que, entretanto, se preparava para invadir a península Itálica pelo Norte?
...os Romanos dispunham de tecnologia e sistemas políticos que subsistem ainda hoje em dia, milhares de anos depois?
...o primeiro sistema criptográfico conhecido foi utilizado pelo célebre general e estadista romano Júlio César?

Um abraço!

2007-03-16 13:32:20 · answer #6 · answered by ★HELDA★C★ ★ ★ ★ ★ 7 · 0 0

Não entendí a pergunta, mais acho que em Roma(antiga) nmão existia cientistas, tudo quem decidia era o Senado, tendo em vista que naquela época um Senador era realmente provido de conhecimentos, principalmente em Leis, muito diferente dos Senadores de hoje.

2007-03-16 13:14:38 · answer #7 · answered by Aparicio R 2 · 0 0

fedest.com, questions and answers