Todos somos frutos da mesma Natureza, e que não é necessário esforçar a inteligência para perceber que enxergamos isso de forma inversa: a comunicação da Natureza se processa de fora para dentro de nós e sem cultivar sensibilidade, somos antenas desligadas e nada conseguimos captar, linguagem que um animal irracional tem mais desenvolvida e o dom de entender (não de compreender, que é atributo humano), mas, dotados de instinto natural de sobrevivência, respeitam e obedecem! A vida foi criada na adversidade e no Caos. E que é isso senão reação da Natureza para vencer obstáculos, na tentativa de restabelecer o próprio equilÃbrio, base duma memória universal, pré-existente dum estado original, calmo e tranqüilo? Não falo como um animal selvagem, mas como um animal pensante que vê o mundo ameaçado, convoco meu anjo interior para deixar um recado da própria Natureza:
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Caro Gaby, pela urgência do tema abordado interfiro para melhor vos ilustrar, eis que, mercê de suas limitações, não saberia expressar da mesma forma uma mensagem da Natureza como se dará a seguir, e assim, usai vossa imaginação e entendereis que se em sua supremacia ela vos falasse através de sÃmbolos (cifrando-os monogramicamente, tais como ora o conheceis), neste momento ouvirÃeis a sua voz, estrondeando aos quatro ventos:}
"Face ao desequilÃbrio que insistis em provocar, agredindo os meus elementares com os piores lixos e sobras que não vos preocupais em beneficiar antes de me devolverdes; Pelas constantes queimadas e devastações, sem me dardes o necessário tempo para reposições; Pelos ataques aos animais que vivem sob minha graça, mas que também nada me pedem; Por poluirdes os rios, lagos, mares e a atmosfera terrestre, trocando o benefÃcio da fotossÃntese e o verde da clorofila por aquilo que julgais vos trazer lucro, mesmo que seja prejudicial e ameaçador a toda vida na Terra... antes, deveis observar que quando busco por equilÃbrio, em convulsão natural (seja utilizando tempestades, erupções vulcânicas, terremotos, enchentes, nevascas, etc.), não faço acepção de pessoas ou condições individuais, vos sujeitando à s catástrofes com igual intensidade, independente de quem imaginais ser ou vossas crenças egoÃstas. Então por que imaginais que os bens que vos ofereço sejam exclusivos de alguns? Vosso egoÃsmo por mim é impune, mas lembrai que desde os primeiros malfeitores que permearam vossa História, de Caim aos criminosos recentes, cujos atos de responsabilidade isolada provocaram a morte de milhões de vós: Adolf Hitler, na Alemanha nazista (responsável pelo extermÃnio de mais de 45 milhões); Mao-Tsé-Tung, na China (30 milhões); Josef Stálin, na União Soviética (18 milhões); Pol Pot, no Camboja (3 milhões); Talaat Paxá, na Turquia (mais de 1 milhão), além das hordas homicidas que ainda habitam o mundo de vossos dias, quer tenham ceifado milhões ou uma única vida, nenhum deles foi condenado por minha força ativa, senão pelo conceito de justiça (ou vingança) que não existe em mim, mas dentro de cada um de vós! Poucos dentre vós me entendeis, e só vos apercebeis e ficais encantados com aquilo que vos parece belo e formidável aos efêmeros sentidos, mas nada sabeis de minha essência criativa ou destrutiva, sendo os outros animais melhores dotados em percepção e intuição do que vós, humanos, a meu respeito. Todas as minhas ações, refletidas no plano material, provém de Quem me criou, eternamente atento até à pequena semente lançada no solo, que me cabe fazer germinar, ou fazer perecer, segundo Seu Divino Propósito. Assim advirto-vos: distribuÃs enquanto podeis todos excessos que de mim tirastes, devolvendo-os à queles que nada têm e antes de imaginardes que dependo vós, antes dependeis de mim e sendo igual para todos, também sois iguais para mim. Assim, harmonizai-vos comigo, cultivando em vosso espÃrito o mais saudável e elevado conceito de Igualdade entre vós!
Que esquisito! A “mensagem da Natureza” superou as minhas próprias extravagâncias, mas quiçá poderia ser divulgada até na Conferencia do RIO+10, e afinal, de onde saiu isso? Da intermediação de um anjo bom, ou do fundo de minha alma , ao lembrar o acusador e triste olhar de um mendigo, do Nordestino faminto, de crianças negras cobertas de moscas em colo de mães aflitas em paises que passam por situações piores que as nossas - que logo esquecemos quando sentamos à nossa mesa farta - e que trocariam de bom grado toda a beleza da Natureza, retratada de forma tão esmerada nas “Quatros Estações” de Vivaldi, por um simples prato de comida? Ou será um desesperado grito de revolta da Natureza agredida e da qual os Ãndios, nordestinos, sulistas, mendigos, presos em cadeias, Norte-Americanos, você, Gaby, enfim, todos nós somos parte? Espero ter ajudado em tua redação.
2007-03-15 17:52:49
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answer #4
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answered by Origem9Ω 6
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