um mundo cada vez mais globalizado e capitalista, trabalho pode significar tudo. São milhares de profissões para uma minoria de vagas, com profissionais recém-formados "jorrando" de universidades e escolas técnicas. Mas o que fazer quando você não tem a bendita experiência profissional e não lhe dão chance de aprender?
Esse é o dilema de centenas de jovens que vêem escorrer pelas mãos a chance de ter um emprego e conseguir, finalmente, se manter sem a mesada do pai. Triboz aproveitou que na próxima segunda-feira se comemora o Dia do Trabalho, e foi conferir de perto quais os sonhos e pesadelos de quem está a procura de emprego.
Quem pensa que o jovem de hoje em dia quer apenas dinheiro e fama com o trabalho está muito enganado. Mais conscientes, essa parcela crescente da população busca especialização e realização profissional acima de tudo. Os tão famosos "bicos" ainda existem, mas perdem espaço para estágios e serviços voluntários, que garantirão experiência para atuar num mercado mais amplo.
Para a estudante de Psicologia Ana Beatriz Casteletti Santos, 19, a falta de experiência é crucial na hora de se conseguir um emprego. "Eles (empregadores) querem gente nova, mas que já saiba trabalhar. Só que é difícil conseguir um emprego legal sem ter experiência". Com isso, o sonho de exercer uma profissão pode se transformar num grande pesadelo a medida que a experiência não acontece. "Sonho com um cargo no setor de Recursos Humanos de uma grande empresa. Mas preciso começar do zero para conseguir", raciocina. Enquanto o trabalho não vem, ela aproveita para se dedicar aos estudos e realizar ações voluntárias em uma entidade. "Foi a maneira que encontrei para ter experiência e um diferencial", concluiu.
Adriana Gonçalves da Cruz, 19, que também cursa Psicologia, concorda quando o assunto é falta de oportunidade. "As pessoas cobram experiência, mas não te dão chance", disse. Ela afirma que, mesmo estudando para ser psicóloga, procura emprego em qualquer área. "Tenho meu sonho profissional, mas também preciso de dinheiro para ajudar a pagar as contas", disse. "Acho legal ter um trabalho, ser responsável por algo e não depender de pai e mãe pra tudo, mesmo tendo o apoio deles para só estudar", completou.
A estudante de Farmácia Débora Rodrigues Gazeta, 20, desabafa que muitas vezes desistiu de procurar emprego por não ter experiência. "É claro que quero um retorno financeiro, mas isso não é o mais importante. O que quero agora é atuar na área", afirma.
Vale Tudo
Além das dificuldades quando não se tem experiência, os jovens a procura de emprego apontam outro vilão: o "QI", também conhecido como "Quem Indica". Eles afirmam ser difícil ter que competir com pessoas influentes, que sempre tem um "amigo que conhece alguém que está a fim de contratar".
Recém formado em Rádio e TV, Denis Rodrigues Gazeta, 23, também vive o dilema de conseguir o primeiro emprego. Todos os anos dedicados ao estudo parecem não valer tão a pena quando a questão é falta de experiência. O rapaz, que sonha com realização profissional na área em que investiu, lembra que muitos marinheiros de primeira viagem esbarram no "QI". "É muito mais difícil porque em muitas profissões conta mais você ter um conhecido que a experiência. Você acaba desanimando", disse. Para burlar o "QI" e tentar mostrar seu potencial e o resultado de anos de estudo, Denis tem investido numa outra área que atrai cada vez mais jovens: o concurso público.
"Tenho um bom currículo, com vários cursos, mas as vezes acho que isso só atrapalha, porque o empregador fica com medo de você tomar o lugar dele, então preciso de outros caminhos", disse. "Tenho feito inscrições e estudado para passar. É uma opção para quem não quer ver o sonho de exercer a profissão ir por água abaixo", completou. Os classificados de jornais são outra saída apontada por ele. "Às vezes pode ter uma oportunidade única", disse.
Embora queira muito trabalhar na área, ele não descarta ter que fazer alguns bicos para conseguir se manter. "Quando a pessoa tem um sonho ela deve lutar para concretizar, mas as vezes é preciso adiar. Sonhos não pagam conta, e se esperar muito, vou ficar velho para o mercado", concluiu.
Opinião de quem entende
A psicóloga comportamental cognitiva Linda Maria Fiorotto alerta para o fato de que a falta de experiência e dificuldade em conseguir um primeiro emprego são, antes de tudo, problemas sociais, que atingem milhares de jovens que estão em busca de uma oportunidade para aprender um "ofício" e também descolar uma graninha.
Linda explicou que, principalmente para quem nunca trabalhou, é preciso estar aberto para ouvir o que o empregador e outros ao redor tem a dizer e "aparar as arestas" para se destacar. "É preciso saber que existem pessoas com mais conhecimento que você e que querem ajudar. Mas é preciso saber ouvir", disse. Outro fator primordial para os marinheiros de primeira viagem é saber separar vida pessoal de profissional. "É preciso lembrar que os outros não têm nada a ver com seus problemas e que chefe não é pai ou mãe", afirmou.
A psicóloga ressaltou que, embora o mercado de trabalho esteja competitivo, há espaço para todos. "O jovem quando está a procura do primeiro emprego tem muito receio. Ele precisa saber que do mesmo jeito que ele precisa do emprego, o empregador também precisa do serviço que será prestado", disse.
Segundo ela, sinceridade e auto-estima são fatores primordiais. "Não é porque você nunca trabalhou que não tem capacidade. Mostre que pode aprender rápido e dar conta do recado", disse. Ela ressaltou ainda que o mercado atual exige jovens com atitude. "Acabou o padrão de funcionário 'pau-mandado'. Os profissionais querem cada vez mais pessoas objetivas e com atitude para ir adiante", disse.
Ela ressaltou também que, num mercado cada vez mais competitivo, quem escolhe muito acaba ficando pra depois. "Às vezes aproveitar algo num nível mais baixo é garantia de conseguir depois um cargo melhor".
Programas
Na tentativa de sanar o problema do desemprego e dar um empurrãozinho aos jovens que estão iniciando a carreira, prefeituras e governos dos estados lançaram vários programas de apoio que incentivam empresas a oferecer a primeira experiência de trabalho para jovens. Confira.
Jovem cidadão
No Estado de São Paulo, estudantes da rede pública que tenham entre 16 e 21 anos e que nunca trabalharam têm a oportunidade de participar de estágios por seis meses, com possibilidade de prorrogação por mais seis. Os estagiários recebem bolsas que vão de R$ 130 (para quatro horas diárias de trabalho) a R$ 195 (para seis horas), além do vale-transporte. Para se inscrever: é preciso preencher o formulário do programa no Poupatempo, nos PATs (Postos de Atendimento ao Trabalhador), na Internet (www.emprego.sp.gov) ou na própria escola.
Jovem empreendedor
Uma saída para iniciar a carreira pode estar na opção em abrir um negócio próprio. Pensando nisso, o Governo Federal firmou parceira com o Sebrae para selecionar 16 mil jovens em todo o Brasil, que farão um curso de capacitação e receberão orientações para elaborar um plano de negócios. Depois disso, esses planos concorrem a crédito para desenvolver atividades autônomas ou se dedicar a pequenos negócios. Os jovens empreendedores têm acompanhamento técnico do Sebrae durante os três primeiros anos. Para participar, é preciso ter entre 16 e 24 anos e ser de família de baixa renda. É necessário ainda estar estudando no ensino fundamental ou médio. As inscrições podem ser feitas nos postos de atendimento do Sebrae da sua cidade.
Lei do aprendiz
A lei número 10.097/2000 estabelece a contratação de jovens entre 14 e 18 anos por empresas que estejam interessadas em ensinar uma profissão e oferecer contato com o mercado de trabalho para esses adolescentes. De acordo com a lei, as empresas devem reservar pelo menos 5% de seus postos de trabalho para esses jovens. Além disso, os aprendizes devem ser matriculados em cursos técnicos para aprimoramento profissional. O contrato de trabalho pode durar até dois anos e, se o jovem for maior de 16 anos e for interessante à empresa, ele pode ser efetivado depois do término do contrato. O site www.conexaoaprendiz.org.br tem todas as informações e também o link para inscrições. O interessado pode também entrar em contato direto com instituições de ensino técnico, como Senai e Senac.
Internet
O interessado em procurar um novo emprego pode ainda procurar por vagas e dicas em sites especializados. Anote aí: Conexão Aprendiz (www.conexaoaprendiz.org.br); Banco Nacional de Empregos (www.bne.com.br); Catho (www.catho.com.br); CIEE - Centro de Integração Empresa Escola (CIEE) (www.ciee.org.br); Curriculum (www.curriculum.com.br); Dreves (www.dreves.com.br); Emprego certo (www.empregocerto.com.br); Gelre (www.gelre.com.br); Manager (www.manager.com.br); Núcleo Brasileiro de Estágios (www.nube.com.br); Universia Brasil (www.universiabrasil.net); Vagas (www.vagas.com.br) e Sebrae (www.sebrae.org.br)
Fonte: Todo Dia (Americana/SP) - Triboz - Pág. 01
2007-03-12 13:55:28
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answer #1
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answered by Anonymous
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Pergunta danada essa né?
Depois que eu procurei em milhares de lugares o conteúdo que mais
me ajudou foi este vídeo:
http://www.qualoseulegado.com.br/meulegado
Sugiro fortemente que assistam!
É bem bacana. (Garantido!).
Abraços.
2016-01-17 13:57:13
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answer #2
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answered by ? 2
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Todos os dias centenas de pessoas estão largando seus empregos para trabalharem por conta própria,seja você o próximo! Seja livre, construa seu próprio negócio no mercado que mais cresce na atualidade. Cansado de oportunidades que não levam a nada? Então você está pronto para trabalhar de verdade! Conheça o melhor caminho para alcançar sua liberdade financeira. Entre em contato comigo whatsapp (85) 99605-5087
2017-01-08 08:06:47
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answer #3
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answered by davi 1
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Não tem jeito os caras responssavel vão ser sempre os mesmo!
2007-03-15 16:57:37
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answer #4
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answered by mancha 3
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Você não disse no que se formou.
Mas genericamente, um bom trapolim, para o primeiro emprego, é o estágio.
Não é nada difícil.
Para competir melhor, o ideal é que você domine mais de uma lingua, preferencialmente o Inglês, e que tenha um bom domínio de informática.
Isto é o básico.
Paralelamente, já vá pensando na POS, Especialização e mais para frente M.B.A., quem sabe. Mas ai somente após uns cinco anos de experiência na área que vai atuar,OK!
Durante o estágio, para não ficar contando apenas com a possibilidade de ser contratada, pela empresa onde realiza seu estágio, vá colocando seu curriculo em algumas agências de emprego, na Cato pela Internet,etc..
Vale a pena também, começar a responder alguns anúncios da Folha de São Paulo e do Estadão de domingo.
Confie em você, o maximo que pode acontecer, é não lhe contratarem , mas sem dúvida alguma , experiência você vai adquirir.
Bem , agora só falta, colocar estas sugestões em prática, porque esperar que emprego venha do céu, não vem não.
SUCESSO
2007-03-15 13:20:03
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answer #5
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answered by Denis 6
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Olha tb to passando por isso, só que já completei um ano de formada...Sou fisioterapeuta, o unico trabalho que consegui foi voluntario, gosto muito dele, mas nao dá para viver.
Continuo no meu antigo emprego (o que eu estava qdo estudava, para pagar a faculdade), o que está me estressando, fazer o que nao gosto, o que faço com todos esses anos de estudo???
O que faço troco o meu emprego com o salario que sobrevivo ou largo para tentar minha profissao que ate agora nao consegui nada??
é muito dificil ! na minha area so estao trabalho aqueles que tem um "QI", como eu nao tenho, me ferro.
tb nao sei como resolver isso, me qualifico, faço cursos e nada....
2007-03-13 00:54:21
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answer #6
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answered by ? 4
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Somente com crescimento econômico poderemos resolver esta situação. Pois agora a unica saída para um salário digno é enfrentar concursos públicos ainda não muito confiáveis em muitos orgãos.
Boa sorte
Beijos
@
2007-03-12 14:10:16
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answer #7
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answered by Anonymous
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Ou o famoso Q.I (quem indica)
ou ser o famoso Peixe.
2007-03-12 13:50:56
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answer #8
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answered by Anonymous
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Não tem outra saída a não ser passar em um concurso público. Naõ te pedem experiência., só inteligência...
2007-03-12 13:49:52
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answer #9
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answered by tata 2
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