A Sociologia é um ramo da ciência que estuda o comportamento humano em função do meio e os processos que interligam o indivÃduo em associações, grupos e instituições. Enquanto o indivÃduo isolado é estudado pela Psicologia, a Sociologia estuda os fenômenos que ocorrem quando vários indivÃduos se encontram em grupos de tamanhos diversos, e interagem no interior desses grupos.
A Sociologia não é matéria de interesse apenas de sociólogos. Cobrindo todas as áreas do convÃvio humano - desde as relações na famÃlia até a organização das grandes empresas, desde o papel da polÃtica na sociedade até o comportamento religioso -, a Sociologia interessa de modo acentuado a administradores, polÃticos, empresários, juristas, professores em geral, publicitários, jornalistas, planejadores, sacerdotes, mas, também, ao homem comum. A Sociologia não explica nem pretende explicar tudo o que ocorre na sociedade nem todo o comportamento humano. Muitos acontecimentos humanos escapam aos seus critérios. Ela toca, porém, em todos os domÃnios da existência humana em sociedade. Por esta razão, a abordagem sociológica, através dos seus conceitos, teorias e métodos, pode constituir para as pessoas um excelente instrumento de compreensão das situações com que se defrontam na vida cotidiana, das suas múltiplas relações sociais e, conseqüentemente, de si mesmas como seres inevitavelmente sociais.
A Sociologia se ocupa com as observações do que é repetitivo nas relações sociais para daà formular generalizações teóricas.
Introdução
A Sociologia surgiu como uma disciplina no século XIX, na forma de uma resposta acadêmica para um desafio de modernidade: se o mundo está ficando menor e mais integrado, a experiência de pessoas do mundo é crescentemente atomizada e dispersada. Sociólogos não só esperavam entender o que unia os grupos sociais, mas também desenvolver um "antÃdoto" para a desintegração social.
Hoje os sociólogos pesquisam macroestruturas inerentes à organização da sociedade, como raça ou etnicidade, classe e gênero, além de instituições como a famÃlia; processos sociais que representam divergência, ou desarranjos, nestas estruturas, inclusive crime e divórcio. E pesquisam os microprocessos como relações interpessoais.
Sociólogos confiam frequentemente em métodos quantitativos de pesquisa social (como a estatÃstica) para descrever padrões generalizados nas relações sociais, e para desenvolver modelos que possam ajudar a predizer mudanças sociais e como as pessoas responderão a essas mudanças. Mas para algumas áreas da Sociologia (e para alguns sociólogos) acredita-se que métodos qualitativos — como entrevistas dirigidas, discussões em grupo e métodos etnográficos — permitam um melhor entendimento dos processos sociais.
Uma abordagem sociológica que concilie as duas perspectivas tende a ser mais apropriada pelo fato de que ambos os métodos são complementares, do que se conclui que cada método pode complementar os resultados do outro. Por exemplo, os métodos quantitativos podem descrever os padrões grandes ou gerais, enquanto as aproximações qualitativas podem ajudar entender como os indivÃduos entendem ou respondem a essas mudanças.
História
A Sociologia, é uma área de interesse recente, mas foi a primeira ciência social a se institucionalizar, antes, portanto, da Ciência PolÃtica e da Antropologia.
O termo Sociologie foi criado por Auguste Comte, que esperava unificar todos os estudos relativos ao homem — inclusive a História, a Psicologia e a Economia. Seu esquema sociológico era tipicamente positivista, (corrente que teve grande força no século XIX), e ele acreditava que toda a vida humana tinha atravessado as mesmas fases históricas distintas e que, se a pessoa pudesse compreender este progresso, poderia prescrever os remédios para os problemas de ordem social.
As transformações econômicas, polÃticas e culturais ocorridas no século XVIII com as Revoluções Industrial e Francesa, trouxeram muitos problemas. A Sociologia surge no século XIX como forma de entender esses problemas e explicá-los. No entanto, é necessário frisar, de forma muito clara, que a Sociologia é datada historicamente e que o seu surgimento está vinculado à consolidação do capitalismo moderno.
Karl Marx
A Revolução Industrial significou algo mais do que a introdução da máquina a vapor. Ela representou o triunfo da indústria capitalista que foi pouco a pouco concentrando as máquinas, as terras e as ferramentas e as mentes sob o seu controle, convertendo grandes massas humanas em simples trabalhadores despossuÃdos e explorados. Neste momento, instala-se a sociedade capitalista, que dividia a sociedade em Burgueses (donos dos meios de produção), Proletariados (possuidores apenas de sua força de trabalho), Funcionários do Estado e uma classe média composta de vários estratos aversa à discussao polÃtica.
O quase desaparecimento dos pequenos proprietários rurais, dos artesãos independentes, a imposição de prolongadas horas de trabalho, etc., tiveram um efeito traumático sobre milhões de seres humanos aos modificar radicalmente suas formas tradicionais de vida.
Não demorou para que as manifestações de revolta dos trabalhadores se iniciassem. Máquinas foram destruÃdas, atos de sabotagem e exploração de algumas oficinas, roubos e crimes, evoluindo para a criação de associações livres, formação de sindicatos e mesmo revoluções, com a Revolução Russa.
Este fato é importante para o surgimento da Sociologia, pois colocava a sociedade num plano de análise, ou seja, passava a se constituir em “problema”, em “objeto” que deveria ser investigado.
O surgimento da Sociologia prende-se em parte aos desenvolvimentos oriundos da Revolução Industrial, pelas novas condições de existência por ela criada. Mas uma outra circunstância concorreria também para a sua formação. Trata-se das modificações que vinham ocorrendo nas formas de pensamento, originada pelo Iluminismo. As transformações econômicas, que se achavam em curso no ocidente europeu desde o século XVI, não poderiam deixar de provocar modificações na forma de conhecer a natureza e a cultura.
Porém, a Sociologia não é uma ciência de apenas uma orientação teórico-metodológica dominante. Ela traz diferentes estudos e diferentes caminhos para a explicação da realidade social. Assim, pode-se claramente observar que a Sociologia tem ao menos três linhas mestras explicativas, fundadas pelos seus autores clássicos, das quais podem se citar, não necessariamente em ordem de importância: (1) a Positivista-Funcionalista, tendo como fundador Auguste Comte e seu principal expoente clássico em Ãmile Durkheim, de fundamentação analÃtica; (2) a sociologia compreensiva iniciada por Max Weber, de matriz teórico-metodológica hermenêutico-compreensiva; e (3) a linha de explicação sociológica dialética, iniciada por Karl Marx que mesmo não sendo um sociológo e sequer se pretendendo a tal, deu inÃcio a uma profÃcua linha de explicação sociológica.
Estas três matrizes explicativas, originadas pelos seus três principais autores clássicos, originaram quase todos os posteriores desenvolvimentos da Sociologia, levando à sua consolidação como disciplina acadêmica já no inÃcio do século XX. à interessante notar que a sociologia não se desenvolve apenas no contexto europeu. Ainda que seja relativamente mais tardio seu aparecimento nos Estados Unidos, ele se dá, em grande medida, por motivações diferentes que as da velha Europa (mas certamente influenciada pelos europeus, especialmente pela sociologia britânica e positivista de Herbert Spencer). Nos EUA a Sociologia esteve de certo modo "engajada" na resolução dos "problemas sociais", algo bem diverso da perspectiva acadêmica européia, especialmente a teuto-francesa. Entre os principais nomes do estágio inicial da sociologia norte-americana, podem ser citados: William I. Thomas, Martin Bulmer e Roscoe C. Hinkle.
A Sociologia, assim, vai debruçar-se sobre todos os aspectos da vida social. Desde o funcionamento de estruturas macro-sociológicas como o Estado, a classe social ou longos processos históricos de transformação social ao comportamento dos indivÃduo num nÃvel micro-sociológico, sem jamais esquecer-se que o homem só pode existir na sociedade e que esta, inevitavelmente, lhe será uma "jaula" que o transcenderá e o organizará.
A ciência da sociologia
Ainda que a Sociologia tenha emergido em grande parte da convicção de Comte de que ela eventualmente suprimiria todas as outras áreas do conhecimento cientÃfico, hoje ela é mais uma entre as ciências.
Atualmente, ela estuda organizações humanas, instituições sociais e suas interações sociais, aplicando mormente o método comparativo. Esta disciplina tem se concentrado particularmente em organizações complexas de sociedades industriais.
Ao contrário das explicações filosóficas das relações sociais, as explicações da Sociologia não partem simplesmente da especulação de gabinete, baseada, quando muito, na observação casual de alguns fatos. Muitos dos teóricos que almejavam conferir à sociologia o estatuto de ciência, buscaram nas ciências naturais as bases de sua metodologia já mais avançada, e as discussões epistemológicas mais desenvolvidas. Dessa forma foram empregados métodos estatÃsticos, a observação empÃrica, e um ceticismo metodológico a fim de extirpar os elementos "incontroláveis" e "dóxicos" recorrentes numa ciência ainda muito nova e dada a grandes elucubrações. Uma das primeiras e grandes preocupações para com a sociologia foi eliminar juÃzos de valor feitos em seu nome. Diferentemente da ética, que visa discernir entre bem e mal, a ciência se presta à explicação e à compreensão dos fenômenos, sejam estes naturais ou sociais.
Como ciência, a Sociologia tem de obedecer aos mesmos prÃncipios gerais válidos para todos os ramos de conhecimento cientÃfico, apesar das peculiaridades dos fenômenos sociais quando comparados com os fenômenos de natureza e, conseqüentemente, da abordagem cientÃfica da sociedade. Tais peculiaridades, no entanto, foram e continuam sendo o foco de muitas discussões, ora tentando aproximar as ciências, ora afastando-as e, até mesmo, negando à s humanas tal estatuto com base na invabilidade de qualquer controle dos dados tipicamente humanos, considerados por muitos, imprevisÃveis e impassÃveis de uma análise objetiva.
Comparação com outras Ciências Sociais
No começo do século XX, sociólogos e antropólogos que conduziam estudos sobre sociedades não-industrializadas ofereceram contribuições à Antropologia. Deve ser notado, entretanto, que mesmo a Antropologia faz pesquisa em sociedades industrializadas; a diferença entre Sociologia e Antropologia tem mais a ver com os problemas teóricos colocados e os métodos de pesquisa do que com os objetos de estudo.
Quanto a Psicologia social, além de se interessar mais pelos comportamentos do que pelas estruturas sociais, ela se preocupa também com as motivações exteriores que levam o indivÃduo a agir de uma forma ou de outra. Já o enfoque da Sociologia é na ação dos grupos, na ação geral.
Já a Economia diferencia-se da Sociologia por estudar apenas um aspecto da integração social, aquele que se refere a produção e troca de mercadorias. Nesse aspecto, como mostrado por Karl Marx e outros, a pesquisa em Economia é frequentemente influenciada por teorias sociológicas.
Por fim, a Filosofia social procura generalizar as explicações e procedimentos observados na sociedade, tentando construir uma teoria que possa explicar inclusive as variâncias no comportamento social; a Sociologia, por sua vez, é mais especÃfica no tempo e no espaço.
Ãreas de estudo em Sociologia
Os sociólogos estudam uma variedade muito grande de assuntos. Para ter uma idéia geral sobre esses assuntos, visite o sÃtio do Comitê de Pesquisa] da Associação Internacional de Sociologia. Segue uma pequena lista de áreas e tópicos de estudo na Sociologia.
* Demografia social
* Micro-sociologia
* Sociologia ambiental
* Sociologia da arte
* Sociologia do conhecimento
o Sociologia da ciência
* Sociologia da cultura
* Sociologia econômica
o desenvolvimento econômico
o Sociologia das Organizações
* Sociologia da educação
* Sociologia industrial
* Sociologia jurÃdica
* Sociologia médica
* Sociologia polÃtica
* Sociologia das relações de gênero
* Sociologia da religião
* Sociologia rural
* Sociologia do trabalho
* Sociologia urbana
* Sociologia da Violência e da Criminalidade
* Leituras em sociologia
Tópicos e palavras-chave em Sociologia
* Positivismo
* Estruturalismo
* Funcionalismo
* Sindicalismo
* Fato social
* grupo
* Raça
* Gênero
* Classe social
* Identidade de gênero
* Cultura
* Trabalho
* Revolução
* Anomia
* Estrutura social
* Simulação
Fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/Sociologia
um abraço!
2007-03-12 11:51:59
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answer #2
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answered by Gregorio 7
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SOCIOLOGIA Ã
ESTUDO OBJETIVO DAS RELAÃÃES QUE SURGEM E SE REPRODUZEM ESPECIFICAMENTE COM BASE NA COEXISTENCIA DE DIFERENTES PESSOAS OU GRUPOS EM UMA SOCIDADE MAIS AMPLA, BEM COMO DAS INSTITUIÃÃES, NORMAS, LEIS E VALORES CONSCIENTES OU INCONSCIENTES QUE ESSAS RELAÃÃES TENDEM A GERAR NO SEIO DO GRUPO.
HISTÃRICO
Quem quer saber sobre Sociologia deve saber sobre Aguste Comte o Pai da Sociologia e que esteve aqui no Brasil:
"O positivismo de Auguste Comte exerceu larga influência nos mais variados cÃrculos. Enquanto doutrina sobre o conhecimento e sobre a natureza do pensamento cientÃfico, incorporou-se a outras correntes análogas, que procuraram valorizar as ciências naturais e suas aplicações práticas. Junto a essas outras correntes, o positivismo constitui um dos traços caracterÃsticos do pensaÂmento que se desenvolveu na Europa durante o século XIX.
Entre os mais fiéis seguidores de Comte destaca-se o lexicógrafo Ãmile Littré que, no entanto, renegou a religião da humanidade. O mesmo não aconteceu com Pierre Laffite (1823 - 1903), que aderiu principalmente à última fase do pensamento do mestre. Na Inglaterra, o positivismo de Comte, excluÃda a religião da humanidade, teve grande difusão, contando-se entre seus propagadores o filósofo John Stuart M Mill, além de outras figuras menos conhecidas, como G. H. Lewes (1817 – 1878), Harriet Martineau (1802 – 1876) e Richard Congreve (1818 – 1899), fundador da Sociedade Positivista de Londres.
Solo mais fértil foi encontrado pelo positivismo comteano, incluindo-se a religião positivista, em paÃses de menor tradição cultural e carentes de ideologia para seus anseios de desenvolvimento. Esse fenômeno ocorreu na. América do Sul, sobretudo no Brasil.
As primeiras manifestações do positivismo no Brasil datam de 1850, quando Manuel Joaquim Pereira de Sá apresentou tese de doutoramento em ciências fÃsicas e naturais, na Escola Militar do Rio de Janeiro. A esse trabalho viriam juntar-se a tese de Joaquim Pedro Manso Sayão sobre corpos flutuantes e a de Manuel ***** Peixoto sobre os princÃpios do cálculo diferencial. Em todos encontram-se inspirações da filosofia comteana.
Passo mais importante, contudo, foi dado por LuÃs Pereira Barreto (1840 - 1923), com a obra As Três Filosofias, na qual a filosofia positivista era apontada como capaz de substituir vantajosamente a tutela intelectual exercida no paÃs pela Igreja Católica. Pereira Barreto não foi um positivista ortodoxo, como Miguel Lemos (1854 - 1917) e Raimundo Teixeira Mendes (1855 - 1927), que se iniciaram no positivismo através da, matemática e das ciências exatas, quando estudantes na Escola Politécnica. Os dois entreviram na ciência fundada por Auguste Comte as bases de uma polÃtica racional e pressentiram, na sua coordenação filosófica, o congraçamento definitivo da ordem e do progresso, como dirá mais tarde o próprio Miguel Lemos.
Em 1876 fundou-se a primeira sociedade positivista do Brasil, tendo a frente Teixeira Mendes, Miguel Lemos e Benjamin Constant (1836 - 1891). No ano seguinte, os dois primeiros viajaram para Paris, onde conheceram Ãmile Littré e Pierre Laffite. Miguel Lemos decepcionou-se com “o vazio do littreÃsmo” e tornou-se adepto fervoroso da religião da humanidade, dirigida ida por Laffite. De volta ao Brasil Fundou a Sociedade Positivista do Rio de Janeiro, que constitui a origem do Apostolado Positivista do Brasil e da Igreja Positivista do Brasil, cuja finalidade era “forÂmar crentes e modificar a opinião por meio de intervenções oportunas nos negócios públicos”.
Entre essas intervenções, sem dúvida, foi importante a participação dos positivistas no movimento republicano, embora seja um exagero dizer-se que foram eles que proclamaram a República, em 1889. InfluÃram, é verdade, na Constituição de 1891 e a bandeira brasileira passou a ostentar o lema comteano “Ordem e Progresso”. No século XX, o entusiasmo pelo positivismo religioso decresceu consideravelmente, mas continuou a existir a Igreja Positivista do Brasil, no Rio de Janeiro, que permanece atuante ate os dias de hoje."
FONTE DE PESQUISA:
www.culturabrasil.org
Abcs
MARCIO LANDIN.
2007-03-12 19:51:32
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answer #4
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answered by ÍNDIO 7
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