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A Fase da adolescência é a mais criticada porquê?

2007-03-12 02:08:30 · 16 respostas · perguntado por pitucada 1 em Família e Relacionamentos Outras - Família e Relacionamentos

16 respostas

De todas as reflexões e estudos sobre infância e adolescência, se alguma coisa pode ser mais ou menos consensual é que, crescentemente, as crianças estão mais sozinhas ou mais na convivência com seus pares da rua do que no seio de suas famílias. O pai, a mãe, ou qualquer outra figura de ligação familiar está se tornando rarefeita.
Embora dentro de sua casa, mas distante do convívio doméstico e familiar, o adolescente ou a criança está solitariamente assistindo à tevê, na internet ou está fora de casa, em bandos perambulando pelas ruas, nos shoppings, nos lugares de lazer.
Por outro lado, parece razoável atenuar o peso atribuído à hegemonia da televisão, tendo em mente a redução das oportunidades de convivência e brincadeiras ao ar livre. Isso porque os espaços livres das ruas, antes utilizados pelas crianças e adolescentes para brincadeiras, já não estão mais disponíveis, estão intensamente habitados por carros, prédios, marginais, ladrões. A rua perdeu seu lugar de expressão coletiva dos jogos e das brincadeiras.
Há muitas tentativas de se definir adolescência, embora nem todas as sociedades possuam este conceito. Cada cultura possui um conceito de adolescência, baseando-se sempre nas diferentes idades para definir este período. No Brasil o Estatuto da Criança e do Adolescente define esta fase como característica dos 13 aos 18 anos de idade.
A puberdade tem um aspecto biológico e universal, caracterizada que é pelas modificações visíveis, como por exemplo, o crescimento de pêlos pubianos, auxiliares ou torácicos, o aumento da massa corporal, desenvolvimento das mamas, evolução do pênis, menstruação, etc. Estas mudanças físicas costumam caracterizar a puberdade, que neste caso seria um ato biológico ou da natureza.
Crianças e adolescentes já não são mais os mesmos. Eles participam avidamente do mundo dos adultos e se transformam nos novos convidados da realidade orgástica do consumo e dos prazeres.
As crianças, tendo nascido no seio de uma família e considerados como "pertencendo" a esta família, encontram-se, paradoxalmente, cada vez mais solitários e à mercê de seus pares da rua, da escola e do apelo cultural para que se tornem, rapidamente, adultos esbeltos, ricos, formosos, na moda e plenamente sexualizados. "Atualmente se fala muito em adolescência, em crise adolescente. As tentativas de lançar luz sobre o fenômeno trazem consigo uma infinidade de questões, atuais e complexas, que envolvem, sobretudo, os jovens de nossa sociedade. É comum relacionarmos adolescência com drogas, sexo, educação, problemas de imposição de limites, violência, delinqüência, etc. Mas afinal! O que significa adolescência? É possível uma determinação consensual a respeito desse conceito? Podemos pensar a adolescência hoje como pensávamos tempos atrás?

Existe, na literatura especializada, uma vasta bibliografia que busca definir o fenômeno da adolescência, contudo, nela encontramos inúmeras reflexões que apontam para controvérsias passíveis de debates e questões interessantes.

Muitas tentativas de resposta já foram produzidas, porém, nenhuma delas conclusiva." Trecho do artigo Adolescência - Um fenômeno contraditório de Arnaldo Chagas no site Catharsis.



tem 7 pág. de adolescência:
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Isso tudo acontece enquanto seus pais se ocupam diuturnamente com suas próprias vidas, se preocupam em ganhar dinheiro, em sobreviver, em não perder tempo.

A adolescência, por sua vez, é uma atitude cultural. A Adolescência é uma atitude ou postura do ser humano durante uma fase de seu desenvolvimento, que deve refletir as expectativas da sociedade sobre as características deste grupo. A adolescência, portanto, é um papel social. E esse papel social de adolescente, parece sempre ter sido simultâneo à puberdade.

Atualmente temos visto, cada vez mais precocemente, crianças que assumem o papel social de adolescentes e estes, por sua vez, cada vez mais precocemente, assumem o papel social de adultos. E dando asas à imaginação, parece, salvo melhor juízo, que essa adolescência precoce tem arrastado consigo a puberdade precoce, principalmente a feminina, com meninas de 9-10 anos menstruando e desenvolvendo seios.

Assim sendo, já não podemos explicar a adolescência apenas como sendo fruto da interferência do biológico humano (puberdade) no papel social da pessoa mas, muito pelo contrário, vamos acabar tendo que explicar a puberdade precoce de nossas crianças como sendo a interferência do panorama social no biológico humano.

Se vamos acreditar na interferência do social no biológico, na ação da adolescência sobre a puberdade, seremos obrigados a aceitar a interferência do comportamento dos adultos em relação aos adolescentes e à puberdade.

A dúvida, aberta a pesquisas, é saber até que ponto a expectativa e entusiasmo da mãe em ver sua filha se transformando em apresentadora ou astro de televisão, ser modelo ou vencedora de concursos de beleza resultarão numa puberdade precoce. A dúvida, também, é saber se essa amputação da adolescência normal não resultará em prejuízos vivenciais maiores do que os benefícios advindos da pretendida glória da filha no mundo dos adultos, sabe-se lá para satisfazer quais anseios maternos.

Em 1840 a idade média da menarca (primeira menstruação) rondava os 16-17 anos, idade claramente coincidente com o momento da incorporação da adolescente na vida adulta, na responsabilidade do matrimonio e da procriação.

Paradoxalmente, hoje em dia, nenhuma família se sentiria à vontade se a filha de 16 anos assumisse responsabilidades matrimoniais, mas não obstante, aceita-se que participe plenamente (ou quase) das liberdades sexuais do mundo moderno. Hoje a sociedade espera que a jovem de 16 anos estude, se forme e encontre seu papel na sociedade. Entretanto, atualmente a média da menarca se situa em torno dos 12.8 anos.

O Lado Bom

A adolescência não é marcada apenas por dificuldades, crises, mal-estares, angústias. Ao se abandonar a atitude infantil e ingressar no mundo adulto, há uma série de acréscimos no rendimento psíquico. O intelecto, por exemplo, apresenta maior eficácia, rapidez e elaborações mais complexas, a atenção pode se apresentar com aumento da concentração e melhor seleção de informações, a memória adquire melhor capacidade de retenção e evocação, a linguagem torna-se mais completa e complexa com aumento do vocabulário e da expressão.

Esses acréscimos na performance global do adolescente produzem uma típica inflação do ego. Com o ego engrandecido vemos sua altivez e independência da experiência e aconselhamento dos mais velhos. Achando que “podem tudo” os adolescentes nessa fase se rebelam e elaboram um conjunto de valores inusitados e, quase propositadamente, contrário à valores até então tidos como corretos.

Quando o adolescente de ego agigantado se depara com forças contrárias, ocorrerá a inevitável disputa para ver quem pode vencer. Isso é plenamente normal ocorrendo, inclusive, na natureza animal. Ocorrendo o confronto de maneira saudável, o adolescente internalizará o valor desta experiência de forma positiva, o qual passará a fazer parte de sua identidade. Caso o confronto migre para o trauma, perderá seu valor e o processo todo perde sua função, apenas dando lugar à mágoa e ressentimentos que normalmente se descarregam sob a forma de agressão, raiva, disputa, etc.

As figuras de autoridade serão os alvos preferidos da contestação do adolescente. Nessa fase se questiona o juiz, o padre, pastor, professor. Além disso, espera-se que os conflitos de valores e de poder possam se generalizar para uma questão ideológica. Esse questionamento por parte do jovem é saudável. Demonstra que seu psiquismo está se desenvolvendo.

A noção de autoridade para o adolescente se atualiza continuamente, começando com a figura social do pai, do amigo, do professor, passando para o ídolo. Portanto, o adolescente não é tão avesso a autoridade como se propaga. Via de regra ele a reconhece em seus ídolos, ou seja, pessoas de destaque nas áreas de seu interesse. A maior dificuldade do adolescente, entretanto, está em aceitar uma autoridade imposta. A autoridade pode adquirir um espaço importante no conjunto de valores do adolescente quando se constrói através da conquista e do respeito e não submetendo o jovem à pressões.

Por causa disso, ao se pretender exercer autoridade sobre o adolescente deve-se, em primeiro lugar, munir-se da plena responsabilidade sobre sua aceitação ou não. A autoridade vai depender da maneira pela qual ela se fez sentir e compreender. Neste ponto é inevitável que a própria personalidade desta autoridade esteja madura e isenta de conflitos maiores.

As circunstâncias que envolvem conflitos, desentendimentos e brigas são absolutamente naturais nessa fase da vida e não há benefícios fugindo delas. Porém Reações Vivenciais não-normais e exageradas (neuróticas) sempre acabam sendo prejudiciais. Por neuróticas, entendemos aquelas Reações Vivenciais que são desproporcionais aos fatos que as desencadearam (veja Reações Vivenciais).


Em janeiro de 2003 foi lançado em Madri um manual para pais e educadores sobre os transtornos psiquiátricos que acometem crianças e adolescentes. Calcula-se que 22% das crianças e adolescentes (espanholas, no caso desse artigo) apresenta alguma doença psiquiátrica nessa etapa da vida, uma porcentagem que tem aumentado e detectado cada vez em idades mais precoces.

O Manual de Psiquiatria para Pais e Educadores é de autoria da psiquiatra Maria Jesus Mardomingo. Segundo ela, “existe um grande desconhecimento sobre psiquiatria infantil por parte dos pais e educadores. Isso, de certa forma, se deve a não aceitação cultural de que a psiquiatria infantil seja parte efetiva da medicina e que os problemas psiquiátricos são semelhantes às demais doenças”. Por isso torna-se importante conhecer os transtornos psiquiátricos infanto-juvenis mais freqüentes, seus sintomas e sinais de alerta, suas possíveis soluções e tratamentos, etc.

Uma doença psiquiátrica infantil diagnosticada e bem tratada a tempo pode evitar importantes seqüelas quando a criança for adulta. É fundamental detectar o problema e consultar com um especialista. O manual espenhol se dirige específicamente a pais e professores, é suficiente para que os pais e professores detectem problemas suficientes para recomendar um atendimento especializado. Essa iniciativa seria muito bem vinda em nosso meio.




Os pais podem não perceber, não reconhecer ou não aceitar problemas emocionais em seus filhos, o que retardaria a atenção ao problema. Quanto aos educadores, muitas vezes são eles os primeiros a observar os sintomas iniciais de um problema psiquiátrico na infância e adolescência. Essa facilidade deve-se, entre outras razões, ao fato de poderem ter uma crítica mais desapaixonada do problema, sem o envolvimento afetivo que os pais têm para com seus filhos. Além disso, estando preparados, os educadores são as pessoas mais adeqüadas para orientar os pais sobre um possível transtorno dessa natureza.Sinais e Sintomas

Entre os sinais que a criança pode manifestar em eventual transtorno psíquico, figuram o isolamento ou o prejuízo no relacionamento com outras crianças de sua idade, tanto no âmbito escolar como social, tal como o retraimento e a falta de comunicação. Outro sintoma a ser levado em conta seria uma ruptura brusca na evolução e desenvolvimento normais da criança ou adolescente. Se a criança ou adolescente que até há pouco tempo vinha mantendo um comportamento melhor ajustado, com rendimento escolar aceitável e que, de repente, modifica seu comportamento e rendimento escolar, algo pode estar acontecendo na esfera psíquica.

Em crianças e adolescentes os transtornos mais comuns são aqueles relativos a depressão, transtornos de aprendizagem, déficit de atenção e hiperatividade, transtornos de comportamento, de ansiedade, doenças psicossomáticas, problemas de personalidade e, menos freqüentemente, o autismo e a esquizofrenia.

A incidência dsses transtornos psiquiátricos nas crianças e adolescentes varia com a idade, com o sexo e o nivel socio-econômico. A depressão, por exemplo, embora seja comum em qualquer didade e nos dois sexos, tem sintomas diferentes; nos meninos pode manifestar-se como rebeldia, agressividade e irritabilidade, nas meninas com isolamento, fobias e ansiedade.
A Construção da Identidade

Há um processo contínuo de desenvolvimento do aparelho psíquico entre as várias fases da vida da criança e do adolescente. A adolescência vai se caracterizar pelo afastamento do seio familiar e conseqüente imersão no mundo adulto. Nessa fase, a pessoa se deixa influenciar pelo ambiente de maneira muito mais abrangente que antes, onde seu universo era a própria família.

À medida que os vínculos sociais vão se estabelecendo, um conjunto de características vai sendo valorizado, desde características necessárias para ser aceito pelo grupo, até características necessárias para expressar um estilo que agrada a si próprio e ao outro. Este conjunto de características fundamentais para o desempenho do(s) papel(éis) social(ais) é conhecido por Persona, que significa máscara. Assim como a auto-estima representa aquilo que a pessoa é para si mesma, a Persona representa aquilo que ela será para o outro.

Alguns conflitos importantes podem aparecer durante a construção da identidade do adolescente. O rumo que ele dá para sua vida acaba tendo influências da sociedade, a qual cobra de cada pessoa um papel social, preferentemente definido e o mais definitivo possível. Numa fase onde a identidade do adolescente ainda não se completou fica difícil falar em papel social definitivo.

Beijos
@

2007-03-12 02:13:16 · answer #1 · answered by Anonymous · 5 4

boa pergunta!!!
acho que jamais conseguiria responder sua pergunta!!!
Fui uma adolescente terrivel, fiz td que tinha vontade, brigava com meus pais, magoei minha familia, e até hj sofro as consequencias... pela tristeza que causei, mesmo sendo uma adulta de bem, que luta pra fazer td certo, ainda fica aquela duvida...

2007-03-12 02:18:37 · answer #2 · answered by Anonymous · 2 0

pq os adolecentes já se acham adultos e experientes o suficiente para se virarem sozinhos, depois quando amadurecem de verdade, acabam vendo q ainda tinha muito q aprender.

q Deus te abençoe em Nome de Jesus

2007-03-12 04:03:58 · answer #3 · answered by Carmelio Viveiros 3 · 1 0

Porque é aquela tal fase do descobrimento, a fase que saímos de um mundo encantado para encarar a realidade. Deixamos pra trás a inocência para maliciarmos e aprendermos certas coisas que a vida nos determina a fazer. É exagero dizer que essa é a fase mais critica se é nesse período que aprendemos as mais valiosas lições.

2007-03-12 02:43:48 · answer #4 · answered by Anonymous · 1 0

Ora voce já foi adolescente ? voce sabe do inconformismo que roda na mente dessas crianças, que não podem fazer, mas realizam e fogem dos riscos, querem ser adultos no corpo mas a mente não corresponde, e seus seguementos sociais os repudiam, e assim vão sofrendo até entrar na idade adulta.

2007-03-12 02:32:21 · answer #5 · answered by Anonymous · 0 0

Porque é uma transição de personalidade, o jovem nem é criança e nem adulto. Ele esta se moldando, tentando ter novas experiências e ao mesmo tempo não quer a responsabilidade. alguns tem a ilusão de popularidade, onde começá a influência dos amigos. Dai começa uma luta constante entre maneiro irresponsável e careta responsável. è sem duvidada a fase mais difícil para adolescentes e para pais e mães.

2007-03-12 02:19:48 · answer #6 · answered by "Poderosa ruiva" 4 · 0 0

EU ACHO QUE PORQUE ACONTECEM MUITAS MUDANÇAS DE UMA VEZ

2007-03-12 02:19:22 · answer #7 · answered by CHUCK NORRIS RAFA TE AMO 7 · 0 0

Acredito que seja pela imaturidade do jovem. O jovem deixa a infância e na adolescência necessita se impor com se fosse um adulto, não aceita subordinação e pensa que sabe tudo e pode tudo, mas ainda é dependente dos pais e está em processo de amadurecimento....

2007-03-12 02:18:49 · answer #8 · answered by essaduvidameatormenta 2 · 0 0

Porque é a fase das descobertas, das dúvidas, principalmente em relação ao amor e aos sentimenos em geral, amizades, etc.

É uma fase em que os jovens decidem o seu futuro, (um pouco cedo, eu acho) e começam a ter responsabilidades.

A minha adolescência não foi muito problemática, ainda bem! :D

2007-03-12 02:16:01 · answer #9 · answered by Anonymous · 0 0

Porque é uma fase de transição: sair do mundo infantil para ingressar no mundo adulto, é natural que cause um certo "desconforto" até que tudo esteja bem resolvido.

2007-03-12 02:13:30 · answer #10 · answered by Roberto 7 · 0 0

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