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2007-03-11 07:09:53 · 5 respostas · perguntado por Anonymous em Sociedade e Cultura Idiomas e Línguas

5 respostas

O português origem no galego-português. Hoje em dia existe uma corrente de lingüistas que defende o galego moderno (falado na Galiza) e o português como sendo parte do mesmo sistema lingüístico, ou seja, da lusofonia.

Veja esse vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=6UzwWh91UVc&mode=related&search=

2007-03-12 12:36:13 · answer #1 · answered by Suindara_H 2 · 0 0

Cara Deise:
Quando em sua expansão os romanos conquistaram a península Ibérica, levaram o latim vulgar, que logo suplantou os antigos idiomas locais (o luso em Portugal, o ibero - e não Íbero, como falam alguns. Íbero é em espanhol, não em português - em Espanha central e meridional, o cantábrico em Espanha setentrional), porém estes se mesclaram àquele, modificando-o. É o que se chama em lingüística de substrato, isto é, uma língua abandonada por um povo vencido em detrimento de outra do povo vencedor. Mais tarde, com o declínio e esfacelamento do império romano, a região conhecida como Provintia Hispaniae (Portugal e Espanha) foi invadida por povos germânicos, sobretudo os visigodos, que rapidamente se latinizaram na língua e costumes, porém a língua visigótica também passou a modificar o latim. Surge o que se denomina de superestrato, ou seja, língua abandonada em detrimento da língua de um povo vencido. No século VII os árabes invadem a Península e muitas palavras árabes se incorporam ao romance (estágio intermediário entre língua plenamente estabelecida e dialeto. Os lingüistas de língua alemã empregam o termo Aufbausprache) latino lusitano. A partir do século XII o latim vulgar de Portugal já se modificara demasiadamente em relação ao latim clássico, para ser considerado dialeto do mesmo. Surge a língua portuguesa, que com a expansão marítima dos século XV a XVIII incorporará palavras dos povos das terras conquistadas ou com os quais havia grande comércio("bunda" do quimbundo, "biombo" do japonês, "catamarã" do malaio, "abacaxi" do tupi, entre inúmeras outras).
Será um prazer tê-la como aluna em meu curso "As Flores do Lácio: Origem e Evolução das Línguas Latinas" à FFLCHUSP. Todas as quartas-feiras, à tarde. Não sei a sala este ano, porém dê uma olhada nos painéis logo à entrada do edifício de Letras, a matéria estará na lista com a respectiva sala.
Até lá.

2007-03-12 16:35:04 · answer #2 · answered by ceabbud 3 · 0 0

Colocada: Dom, 11-Mar-2007 3:06 am Assunto: Lingua portuguesa: o que pensa sobre ela um venezuelano.

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É sempre interessante, penso que para qualquer um de nós, sabermos o que pensam não-lusófonos a respeito da língua portuguesa. Afinal, como ela é vista, sentida, definida extra-muros da CPLP ?
Bonita... Feia... Sonora... Difícil... Rica ... São exemplos de breves opiniões com as quais podemos nos deparar, em "garimpagens" que fazemos na Internet sobre essa questão.
Foi com muita surpresa, muita surpresa, mesmo, que deparei-me, entretanto, com a opinião ( bem extensa) de um falante nativo do castelhano. Trata-se de um venezuelano - político e intelectual de esquerda: Domingo Alberto Rangel. Em um texto em que entitulou " El Inglés y el Portugués", assim se pronunciou ele a respeito do português (texto original em castelhano, do qual passo a traduzir algumas partes):
" ... Na Venezuela, vivemos na América do Sul. E, nesta região, se projeta a imagem do Brasil como potência dominante. Dentro de vinte anos, segundo projeção da Universidade de Paris, haverá quatro potências: China, Índia, Estados Unidos e Brasil - duas da Ásia e duas da América. Serão as forças dominantes, ou os polos irradiantes da vida internacional.
Esta circunstância aconselha a que se faça obrigatório, desde já, a aprendizagem do português ao mesmo nível do inglês (na Venezuela, n.d.t.). A língua portuguesa é a mais rica e a mais bonita entre as línguas romances. É filha de um povo que foi sempre marinheiro e comerciante. O português nasceu nas baías de Lisboa e do Porto, onde desembocam os dois maiores rios da península ibérica. Enquanto o castelhano é o idioma de uns fidalgos provincianos, de horizonte limitadíssimo, o português surge numa barca que, de Lisboa, vai buscando desde 1450 o caminho da África, até os mares do Sul, onde se encontram as especiarias.
Nosso castelhano parece pobre em comparação com o português. A língua de Portugal tem, além disso, uma riqueza plástica e um tom cativante. É um francês mais rico. Conforme sustenta Gilberto Freyre, o Brasil trabalhou esse idioma, dando-lhe polimento e brilho, de modo a dar ao mundo a mais formosa das línguas. Acredito ... que o Português do Brasil é o idioma mais elegante e primoroso que o gênero humano criou ..."
Domingo Alberto Rangel (2004).
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Não me contenho ... : vou repetir alguns trechos deste texto; porém, na língua em que foi originalmente escrito, para que não reste dúvida sobre o que pensa Domingo Alberto Rangel a respeito da língua portuguesa:

" ... la lengua portuguesa es la más rica y la más hermosa entre las lenguas romances."
"Nuestro castellano parece pobre frente al portugués. Tiene ademas la lengua de Portugal una riqueza plástica y un tono cautivador. Es un francés mas rico. Sobre ese idioma, Brasil hizo, como sostiene Gilberto Freyre, un trabajo de politura y de brillo para darle al mundo la lengua más hermosa. Creo, sin pretender que haya una norma en ello, que el portugués de Brasil es el idioma más elegante y primoroso que haya creado el género humano ..."

Domingo Alberto Rangel (2004)

2007-03-11 11:08:23 · answer #3 · answered by Cogitação - Cogito, ergo sum - ☼ 6 · 0 0

O português desenvolveu-se, na parte ocidental da Península Ibérica, do latim falado, trazido pelos soldados e colonos romanos desde o século III a.C.. A língua iniciou o seu processo de diferenciação das outras línguas românicas depois da queda do Império Romano e das invasões bárbaras no século V. Começou a ser usada em documentos escritos pelo século IX, e no século XV tornara-se numa língua amadurecida, com uma literatura bastante rica.

Chegando à Península Ibérica em 218 a.C., os romanos trouxeram com eles a língua romana popular, o latim vulgar, de que todas as línguas românicas (também conhecidas como "Línguas novilatinas", ou, ainda, "neolatinas") descendem. Já no século II a.C. o sul da Lusitânia estava romanizado. Estrabão, um geógrafo da Grécia antiga, comenta num dos livros da sua obra Geographia: "Eles adoptaram os costumes romanos, e já não se lembram da própria língua." A língua tornou-se popular com a chegada dos soldados, colonos e mercadores romanos, que construíram cidades romanas normalmente perto de antigos povoados de outras civilizações.

Entre 409 d.C. e 711, assim que o Império Romano entrou em colapso, a Península Ibérica foi invadida por povos de origem germânica, conhecidos pelos romanos como bárbaros. Os bárbaros (principalmente os suevos e os visigodos) absorveram em grande escala a cultura e a língua da península; contudo, desde que as escolas e a administração romana fecharam, a Europa entrou na Idade Média e as comunidades ficaram isoladas, o latim popular começou a evoluir de forma diferenciada e a uniformidade da península rompeu-se, levando à formação de um "Romance Lusitano". Desde 711, com a invasão islâmica da península, o árabe tornou-se a língua de administração das áreas conquistadas. Contudo, a população continuou a usar as suas falas românicas de tal forma que, quando os mouros foram expulsos, a influência que exerceram na língua foi relativamente pequena. O seu efeito principal foi no léxico, com a introdução de milhares de palavras.

Os registos mais antigos que sobreviveram de uma língua portuguesa distinta são documentos administrativos do século IX, ainda entremeados com muitas frases em latim. Hoje em dia, essa fase é conhecida como o "Proto-Português" (falado no período entre o séculos IX e XII).

Portugal tornou-se independente em 1143 com o rei D. Afonso Henriques. No primeiro período do "Português Arcaico" - Período Galego-Português (do século XII ao século XIV), a língua começou a ser usada de forma mais generalizada, depois de ter ganhado popularidade na Península Ibérica cristianizada como uma língua de poesia. Em 1290, o rei Dom Dinis cria a primeira universidade portuguesa em Lisboa (o Estudo Geral) e decretou que o português, até então apenas conhecido como "língua vulgar" passasse a ser conhecido como Língua Portuguesa e oficialmente usado.

No segundo período do Português Arcaico, entre os séculos XIV e XVI, com as descobertas portuguesas, a língua portuguesa espalhou-se por muitas regiões da Ásia, África e Américas. Hoje, a maioria dos falantes do português encontram-se no Brasil, na América do Sul. No século XVI, torna-se a língua franca da Ásia e África, usado não só pela administração colonial e pelos mercadores, mas também para comunicação entre os responsáveis locais e europeus de todas as nacionalidades. A irradiação da língua foi ajudada por casamentos mistos entre portugueses e as populações locais e a sua associação com os esforços missionários católicos levou a que fosse chamada Cristão em muitos sítios da Ásia. O Dicionário Japonês-Português de 1603 foi um produto da actividade missionária jesuíta no Japão. A língua continuou a gozar de popularidade no sudoeste asiático até ao século XIX.

Algumas comunidades cristãs falantes de português na Índia, Sri Lanka, Malásia e Indonésia preservaram a sua língua mesmo depois de terem ficado isoladas de Portugal. A língua modificou-se bastante nessas comunidades e, em muitas, nasceram crioulos de base portuguesa, alguns dos quais ainda persistem, após séculos de isolamento. Encontra-se também um número bastante considerável de palavras de origem portuguesa no tétum. Palavras de origem portuguesa entraram no léxico de várias outras línguas, como o japonês, o suaíli, o indonésio e o malaio.

O fim do "Português Arcaico" é marcado pela publicação do Cancioneiro Geral de Garcia de Resende em 1516. O período do "Português Moderno" (do século XVI até ao presente) teve um aumento do número de palavras originárias do latim clássico e do grego, emprestadas ao português durante a Renascença, aumentando a complexidade da língua.

Em março de 2006, fundou-se em São Paulo o Museu da Língua Portuguesa.

2007-03-11 07:19:52 · answer #4 · answered by Anonymous · 1 1

http://www.instituto-camoes.pt/CVC/literatura/LINGUA.HTM

2007-03-11 07:19:03 · answer #5 · answered by Carlos L 3 · 0 0

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