Se uma pessoa não tem coragem de entregar o filho à Polícia, pode exigir pena para os filhos dos outros?

Question

Pai e mãe que protege o crime cometido pelo filho - seja assassinato, seqüestro, tráfico, extorsão, desvio de dinheiro público, estelionato, ou o que quer que seja tipificado no Código Penal como crime passível de pena -, esses pais têm moral para exigir a prisão dos filhos dos outros, que cometeram crimes semelhantes? A lei não precisa, um dia, ser respeitada e aplicada como a MESMA para todos os cidadãos brasileiros. E se um pai ou mãe sabe que o culpado foi o filho, permitirá a prisão de um inocente (quem sabe por anos!) ou a não elucidação do crime (deixando outras famílias no desespero!) para não ter que denunciá-lo?

Answer 1

pode nao

Answer 2

complicado ne...mas existem pais q entregam os filhos criminosos a justica...nao e facil mas respeito q tem essa coragem...agora qto exigir pena para os filhos dos outros....como diz o velho ditado:

'' pimenta nos olhos dos outros....e refresco ''


Beijosss

Answer 3

Acho que são duas questões diferentes.

Uma situação diz respeito ao direito DE DEFENDER, e de exercer a compaixão e o amor de pai ou de mãe, seja contra o Estado, seja contra a sociedade. Ora, se moralmente é aceito sem maiores questionamentos ter compaixão dos próprios "inimigos", conforme os ensinamentos do Cristo, com muito mais facilidade se pode ter compaixão dos próprios filhos. Aponte quem quiser e defenda quem quiser, tanto em uma posição quanto em outra não vejo nada de ilegítimo ou imoral, pois a outra situação é justamente o direito de SE DEFENDER, não necessariamente pela exigência de punição de terceiros, mas simplesmente pelo direito de se preservar e não ao próprio filho, que é pessoa diversa. Uma vez que a auto-defesa não nos é permitido e a convenção social instituiu a pena privativa da liberdade, há de se suportar o paradoxo. A vida social é a vida do conflito em potencial, nem a sociedade e tão-pouco o Estado (que é criação desta) tem capacidade para elidir todos os conflitos existênciais, legais e morais. É necessário habilidade, virtude e tolerância.

E não se trata de "passar a mão na cabeça" dos filhos e ignorar as demais pessoas, pois quem é pai sabe que a educação e os cuidados no lar muitas vezes falham, mesmo que os melhores esforços sejam empregados. Todo pai quer ter a chance de corrigir os erros dos próprios filhos e passar esta responsabilidade para a sociedade é a última coisa que alguém em sã consciência pode desejar. É lógico que em alguns casos o maior exemplo de compaixão com um filho poderá até ser, excepcionalmente, dependendo da natureza da situação, ser justamente a transferência desta responsabilidade, mas eu não sou capaz de julgar ninguém sob o ponto de vista moral (não julgarás para não ser julgado) e tão-pouco alguém em uma situação destas.

É assim que penso. Minhas cordiais saudações!

Answer 4

Como dizia minha vó: "Pimenta nos olhos dos outros é refresco".
((É muito engraçado achar que a lei do coração é algo igual à lei escrita. Não é. São coisas completamente diferentes. Quem te disse que os sentimentos e/ou o amor são passíveis de moralidade ? Neném, a vida é torta. E feliz de quem sabe ver as diversas luminosidades das reentrâncias e saliências das voltas da vida)).

Answer 5

Entregar um filho para essa polícia, para essa justiça? Pôr um filho nessas prisões? No meio desses marginais, bandidos,. sequestradores, assassinos para ser estuprado, enforcado ou degolado em qualquer rebelião por não acatar as ordens dos outros presos? Disseste bem: exigir a prisão dos filhos dos outros. Eu jamais entregaria meu filho a tal sistema. Preferiria matá-lo com minhas próprias mãos.

Answer 6

Pois é ... por isso a aplicação da Lei não pode depender de exigências deste ou daquele ... Dura Sed Lex !