Cara Bonequinha,
infelizmente só vi sua pergunta agora, mas vou te responder assim mesmo na expectativa de te ajudar posteriormente.
O etnocentrismo está associado a antropologia evolucionista. Marcada pela discussão evolucionista, a antropologia do Século XIX privilegiou o Darwinismo Social, que considerava a sociedade europeia da época como o apogeu de um processo evolucionário, em que as sociedades aborígenes eram tidas como exemplares "mais primitivos". Esta visão usava o conceito de “civilização” para classificar, julgar e, posteriormente, justificar o domínio de outros povos. Esta maneira de ver o mundo a partir do conceito civilizacional de superior, ignorando as diferenças em relação aos povos tidos como inferiores, recebe o nome de etnocentrismo. É a «Visão Etnocêntrica», o conceito europeu do homem que se atribui o valor de “civilizado”, fazendo crer que os outros povos, como os das Ilhas da Oceania estavam “situados fora da história e da cultura”.
Alguns dos seus mais conhecidos representantes são:
Henry Summer Maine (Ancient Law - 1861),
Herbert Spencer (Princípios de Biologia - 1864),
Edward Burnett Tylor (A Cultura Primitiva - 1871),
Lewis Henry Morgan (A Sociedade Antiga - 1877),
James George Frazer (O Ramo de Ouro - 1890).
Já no sec. XX surge a antropologia difusionista, e posteriormente a antropologia funcionalista que viria a dar origem ao conceito do relativismo cultural através de Franz Boas, que preconiza a idéia de que cada cultura tem uma história particular e considerava que a difusão de traços culturais acontecia em toda parte. Nasce assim o relativismo cultural, e a antropologia estende a investigação ao trabalho de campo. Para Boas, cada cultura estaria associada à sua própria história. Para compreender a cultura é preciso reconstruir a sua própria história.
Seus representantes e principais obras são:
Bronislaw Malinowski, Os Argonautas do Pacífico Ocidental - 1922.
Radcliffe Brown, Estrutura e função na sociedade primitiva - 1952 e Sistemas Políticos Africanos de Parentesco e Casamento, org. c/ Daryll Forde - 1950.
Evans-Pritchard Bruxaria, oráculos e magia entre os Azande - 1937 e Os Nuer - 1940.
Raymond Firth Nós, os Tikopia - 1936 e Elementos de organização social - 1951.
Max Glukman Ordem e rebelião na África tribal - 1963.
Victor Turner Ruptura e continuidade em uma sociedade africana -1957 e O processo ritual - 1969.
Edmund Leach - Sistemas políticos da Alta Birmânia - 1954.
Abraços, Moran
2007-03-12 08:53:24
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answer #1
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