O Sacro Império Romano-Germânico, ou o Santo Império Romano da Nação Germânica (em alemão Heiliges Römisches Reich Deutscher Nation, em Latim Sacrum Romanorum Imperium Nationis Germanicæ) foi um reagrupamento político das terras da Europa ocidental e central na Idade Média, atacado e dissolvido em 1806 por Napoleão Bonaparte. O adjetivo sacro aparece somente no reino de Frederico Barbarossa - atestado em 1157.
Foi o herdeiro do Império do Ocidente dos Carolíngios, que desapareceu em 924. Tinha como objetivo restaurar o império romano, o que justifica o termo romano no seu nome. No entanto, Henrique II gravará no seu selo: Renovatio Regni Francorum (Renovação do Reino dos Francos»). E o império, em seu todo, é chamado Imperium Teutonicorum (Império Teutônico).
O império surge com o coroamento imperial de Otão I da Germânia em 2 de fevereiro de 962. Em 982, Otão II, seu filho, toma o título de Imperator Romanorum (Imperador dos Romanos). Henrique II é sagrado Rex Romanorum (Rei dos Romanos) em 1014. No século XII fala-se do Sacro Império, que se torna em 1254 Sacro-Império Romano, para terminar na sua forma final no final do século XV.
Componentes geográficos
O Sacro Império Romano-Germânico em 1512
O Sacro Império Romano-Germânico em 1512
O Sacro Império romano-germânico tem por base territorial a Francia Oriental (atuais Alemanha, Bélgica, Países Baixos e Áustria) do tratado de Verdun (logo chamada Germânia ou Regnum Teutonicorum). Em 870, ela ganha o reino de Lotaríngia, em 1014 o reino da Itália e em 1033-1034 o reino da Borgonha.
Sua soberania foi reconhecida em diversas ocasiões pelos príncipes e soberanos da Dinamarca, da Hungria e da Polônia. Alcançou seu primeiro apogeu com Henrique VI : Ricardo Coração de Leão reconheceu a subordinação da Inglaterra, Túnis e Trípoli pagavam tributo, Leão da Armênia transferiu em 1194 sua subordinação de Bizâncio ao Império Germânico, Amaury ou Amalarico de Lusignan, rei de Chipre, se reconheceu vassalo 1195 e, finalmente, Alexus III declarou sua subordinação. Entretanto, o império sofrerá o poder da erosão do reino de França em seu lento avanço rumo ao Reno, a defecção da Suíça e a independência dos principados italianos.
Características do Império
Os príncipes-eleitores do Sacro Império Romano-Germânico. De Bildatlas der Deutschen Geschichte por Dr Paul Knötel (1895)
Os príncipes-eleitores do Sacro Império Romano-Germânico. De Bildatlas der Deutschen Geschichte por Dr Paul Knötel (1895)
O Sacro Império Romano foi uma instituição única na história e por isso complexa de se compreender. Assim, talvez seja mais fácil avaliar primeiramente o que ele não era.
* Nunca foi um estado nacional. Apesar dos governadores e súditos, em sua maioria, serem de etnia alemã, era inicialmente composto por diversas étnias. Muitos súditos, a maioria de famílias nobres e oficiais nomeados, vinham de fora das comunidades alemãs. No apogeu, o império possuia grande parte dos territórios que são hoje a Alemanha, Áustria, Suíça, Liechtenstein, Bélgica, Países Baixos, Luxemburgo, República Checa, Eslovênia, bem como a região leste da França, o norte da Itália e o oeste da Polónia. Os idiomas nele falados compreendiam o idioma alemão e seus diversos dialetos e derivados, línguas eslavas e dialetos franceses e o italianos. Além disso, sua divisão em territórios regidos por numerosos príncipes seculares e eclesiásticos, prelados, condes, cavaleiros imperiais e cidades livres, fizeram-no, pelo menos no início do período moderno, muito menos coeso do que os estados modernos que emergiam ao redor.
* Entretanto, durante a maior parte da sua história, o império foi mais uma mera confederação. O conceito de Reich não incluía apenas o governo de um território específico, mas possuia fortes conotações religiosas cristãs (por esta razão o prefixo sacro).
Até 1508, os reis alemães não eram considerados imperadores (Kaiser) do Reich até que o Papa, Vigário de Cristo na terra, os tivesse formalmente coroado.
pode então se melhor descrito como uma cruz entre um estado e uma confederação religiosa.
2007-03-09 13:14:06
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resumo sobre sacro imperio romano - germanico=O Sacro Império Romano-Germânico, ou o Santo Império Romano da Nação Germânica (em alemão Heiliges Römisches Reich Deutscher Nation, em Latim Sacrum Romanorum Imperium Nationis Germanicæ) foi um reagrupamento político das terras da Europa ocidental e central na Idade Média, atacado e dissolvido em 1806 por Napoleão Bonaparte. O adjetivo sacro aparece somente no reino de Frederico Barbarossa - atestado em 1157.
Foi o herdeiro do Império do Ocidente dos Carolíngios, que desapareceu em 924. Tinha como objetivo restaurar o império romano, o que justifica o termo romano no seu nome. No entanto, Henrique II gravará no seu selo: Renovatio Regni Francorum (Renovação do Reino dos Francos»). E o império, em seu todo, é chamado Imperium Teutonicorum (Império Teutônico).
O império surge com o coroamento imperial de Otão I da Germânia em 2 de fevereiro de 962. Em 982, Otão II, seu filho, toma o título de Imperator Romanorum (Imperador dos Romanos). Henrique II é sagrado Rex Romanorum (Rei dos Romanos) em 1014. No século XII fala-se do Sacro Império, que se torna em 1254 Sacro-Império Romano, para terminar na sua forma final no final do século XV. Componentes geográficos=O Sacro Império romano-germânico tem por base territorial a Francia Oriental (atuais Alemanha, Bélgica, Países Baixos e Áustria) do tratado de Verdun (logo chamada Germânia ou Regnum Teutonicorum). Em 870, ela ganha o reino de Lotaríngia, em 1014 o reino da Itália e em 1033-1034 o reino da Borgonha.
Sua soberania foi reconhecida em diversas ocasiões pelos príncipes e soberanos da Dinamarca, da Hungria e da Polônia. Alcançou seu primeiro apogeu com Henrique VI : Ricardo Coração de Leão reconheceu a subordinação da Inglaterra, Túnis e Trípoli pagavam tributo, Leão da Armênia transferiu em 1194 sua subordinação de Bizâncio ao Império Germânico, Amaury ou Amalarico de Lusignan, rei de Chipre, se reconheceu vassalo 1195 e, finalmente, Alexus III declarou sua subordinação. Entretanto, o império sofrerá o poder da erosão do reino de França em seu lento avanço rumo ao Reno, a defecção da Suíça e a independência dos principados italianos.Características do Império=O Sacro Império Romano foi uma instituição única na história e por isso complexa de se compreender. Assim, talvez seja mais fácil avaliar primeiramente o que ele não era.
* Nunca foi um estado nacional. Apesar dos governadores e súditos, em sua maioria, serem de etnia alemã, era inicialmente composto por diversas étnias. Muitos súditos, a maioria de famílias nobres e oficiais nomeados, vinham de fora das comunidades alemãs. No apogeu, o império possuia grande parte dos territórios que são hoje a Alemanha, Áustria, Suíça, Liechtenstein, Bélgica, Países Baixos, Luxemburgo, República Checa, Eslovênia, bem como a região leste da França, o norte da Itália e o oeste da Polónia. Os idiomas nele falados compreendiam o idioma alemão e seus diversos dialetos e derivados, línguas eslavas e dialetos franceses e o italianos. Além disso, sua divisão em territórios regidos por numerosos príncipes seculares e eclesiásticos, prelados, condes, cavaleiros imperiais e cidades livres, fizeram-no, pelo menos no início do período moderno, muito menos coeso do que os estados modernos que emergiam ao redor.
* Entretanto, durante a maior parte da sua história, o império foi mais uma mera confederação. O conceito de Reich não incluía apenas o governo de um território específico, mas possuia fortes conotações religiosas cristãs (por esta razão o prefixo sacro).
Até 1508, os reis alemães não eram considerados imperadores (Kaiser) do Reich até que o Papa, Vigário de Cristo na terra, os tivesse formalmente coroado.
pode então se melhor descrito como uma cruz entre um estado e uma confederação religiosa.
2007-03-10 10:11:47
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answer #2
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answered by neto 7
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Sacro Império Romano-Germânico, ou o Santo Império Romano da Nação Germânica (em alemão Heiliges Römisches Reich Deutscher Nation, em Latim Sacrum Romanorum Imperium Nationis Germanicæ) foi um reagrupamento político das terras da Europa ocidental e central na Idade Média, atacado e dissolvido em 1806 por Napoleão Bonaparte. O adjetivo sacro aparece somente no reino de Frederico Barbarossa - atestado em 1157.
Foi o herdeiro do Império do Ocidente dos Carolíngios, que desapareceu em 924. Tinha como objetivo restaurar o império romano, o que justifica o termo romano no seu nome. No entanto, Henrique II gravará no seu selo: Renovatio Regni Francorum (Renovação do Reino dos Francos»). E o império, em seu todo, é chamado Imperium Teutonicorum (Império Teutônico).
O império surge com o coroamento imperial de Otão I da Germânia em 2 de fevereiro de 962. Em 982, Otão II, seu filho, toma o título de Imperator Romanorum (Imperador dos Romanos). Henrique II é sagrado Rex Romanorum (Rei dos Romanos) em 1014. No século XII fala-se do Sacro Império, que se torna em 1254 Sacro-Império Romano, para terminar na sua forma final no final do século XV.
O Sacro Império romano-germânico tem por base territorial a Francia Oriental (atuais Alemanha, Bélgica, Países Baixos e Áustria) do tratado de Verdun (logo chamada Germânia ou Regnum Teutonicorum). Em 870, ela ganha o reino de Lotaríngia, em 1014 o reino da Itália e em 1033-1034 o reino da Borgonha.
Sua soberania foi reconhecida em diversas ocasiões pelos príncipes e soberanos da Dinamarca, da Hungria e da Polônia. Alcançou seu primeiro apogeu com Henrique VI : Ricardo Coração de Leão reconheceu a subordinação da Inglaterra, Túnis e Trípoli pagavam tributo, Leão da Armênia transferiu em 1194 sua subordinação de Bizâncio ao Império Germânico, Amaury ou Amalarico de Lusignan, rei de Chipre, se reconheceu vassalo 1195 e, finalmente, Alexus III declarou sua subordinação. Entretanto, o império sofrerá o poder da erosão do reino de França em seu lento avanço rumo ao Reno, a defecção da Suíça e a independência dos principados italianos.
O Sacro Império Romano foi uma instituição única na história e por isso complexa de se compreender. Assim, talvez seja mais fácil avaliar primeiramente o que ele não era.
Nunca foi um estado nacional. Apesar dos governadores e súditos, em sua maioria, serem de etnia alemã, era inicialmente composto por diversas étnias. Muitos súditos, a maioria de famílias nobres e oficiais nomeados, vinham de fora das comunidades alemãs. No apogeu, o império possuia grande parte dos territórios que são hoje a Alemanha, Áustria, Suíça, Liechtenstein, Bélgica, Países Baixos, Luxemburgo, República Checa, Eslovênia, bem como a região leste da França, o norte da Itália e o oeste da Polónia. Os idiomas nele falados compreendiam o idioma alemão e seus diversos dialetos e derivados, línguas eslavas e dialetos franceses e o italianos. Além disso, sua divisão em territórios regidos por numerosos príncipes seculares e eclesiásticos, prelados, condes, cavaleiros imperiais e cidades livres, fizeram-no, pelo menos no início do período moderno, muito menos coeso do que os estados modernos que emergiam ao redor.
Entretanto, durante a maior parte da sua história, o império foi mais uma mera confederação. O conceito de Reich não incluía apenas o governo de um território específico, mas possuia fortes conotações religiosas cristãs (por esta razão o prefixo sacro).
Até 1508, os reis alemães não eram considerados imperadores (Kaiser) do Reich até que o Papa, Vigário de Cristo na terra, os tivesse formalmente coroado.
pode então se melhor descrito como uma cruz entre um estado e uma confederação religiosa.
2007-03-10 08:47:46
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answer #3
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answered by patpedagoga 5
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