O Pré-Modernismo é um movimento literário, mas que não constitui verdadeiramente um estilo, e sim uma transição entre as tendências modernas européias e o Modernismo, a se desenrolar no Brasil com a Semana de Arte Moderna, em 1922. Portou atores com estilos levemente diferenciados, uns com raízes nos movimentos anteriores, outros rumando para mudanças drásticas. Euclides da Cunha e Monteiro Lobato foram autores que se preocuparam em mostrar o Brasil que a população não conhecia em suas obras. Augusto dos Anjos, ainda um pouco preso às vanguardas européias, injeta um cientificismo e um pessimismo pouco aplicáveis à mentalidade desse movimento; mas, como se trata apenas de um movimento de transição, este também se encaixa.
[editar] Referências históricas
Bahia - Guerra de Canudos
Nordeste - Ciclo do Cangaço
Ceará - milagres de Padre Cícero gerando clima de histeria fanático-religiosa
[[Amazônia] - Ciclo da Borracha
Rio de Janeiro - Revolta da Chibata (1910)
Revolta contra a vacina obrigatória (varíola) - Oswaldo Cruz
República do café-com-leite(grandes proprietários rurais)
Vinda dos Imigrantes, notadamente os italianos
Surto de urbanização de SP - greves gerais de operários (1917)
Contrastes da realidade brasileira - Sudeste em prosperidade e Nordeste na miséria
Europa prepara-se para a 1ª Guerra Mundial - tempo de incertezas
Características
Apesar de o Pré-Modernismo não constituir uma "escola literária", apresentando individualidades muito fortes, com estilos — às vezes antagônicos — como é o caso, por exemplo, de Euclides da Cunha e de Lima Barreto, podemos perceber alguns pontos comuns às principais obras pré-modernistas: Apesar de alguns conservadorismos, o caráter inovador de algumas obras, que representa uma ruptura com o passado, com o academismo; a linguagem de Augusto dos Anjos, ponteada de palavras "não-poéticas", como cuspe, vômito, escarro, vermes, era uma afronta a. poesia parnasiana ainda em vigor. Lima Barreto ironiza tanto os escritores "importantes" que utilizavam uma linguagem pomposa quanto os leitores que se deixavam impressionar: "Quanto mais incompreensível é ela (a linguagem), mais admirado é o escritor que a escreve, por todos que não lhe entenderam o escrito" (Os bruzundangas).
A denúncia da realidade brasileira, negando o Brasil literário herdado do [Romantismo] e do [Parnasianismo]; o Brasil não-oficial do sertão nordestino, dos caboclos interioranos, dos subúrbios, é o grande tema do Pré-Modernismo. regionalismo, montando-se um vasto painel brasileiro: o Norte e o Nordeste com [Euclides da Cunha]; o [vale do Paraíba] e o interior paulista com [Monteiro Lobato]; o Espírito Santo com [Graça Aranha]; o subúrbio carioca com [Lima Barreto]. Os tipos humanos marginalizados: o sertanejo nordestino, o caipira, os funcionários públicos, os mulatos. Uma ligação com fatos políticos, econômicos o sociais contemporâneos, diminuindo a distância entre a realidade e a ficção. São exemplos: [Triste Fim de Policarpo Quaresma], de Lima Barreto (retrata o governo de [Floriano Peixoto] e a [Revolta da Armada]), [Os Sertões], de Euclides da Cunha (um relato da Guerra de Canudos), [Cidades mortas], de Monteiro Lobato (mostra a passagem do café pelo vale do Paraíba paulista), e [Canaã], de Graça Aranha (um documento sobre a imigração alemã no [Espírito Santo]). Como se observa, essa "descoberta do Brasil" é a principal herança desses autores para o movimento modernista, iniciado em [1922].
O Pré-Modernismo é uma fase de transição e, por isso, registra :
Um traço conservador
A permanência de características realistas/naturalistas, na prosa, e a permanência de um poesia de caráter ainda parnasiano ou simbolista.
Um traço renovador
Esse traço renovador — como ocorreu na música — revela-se no interesse com que os novos escritores analisaram a realidade brasileira de sua época: a literatura incorpora as tensões sociais do período. O regionalismo — nascido do Romantismo — persiste nesse momento literário, mas com características diversas daquelas que o animaram durante o Romantismo. Agora o escritor não deseja mais idealizar uma realidade, mas denunciar os desequilíbrios dessa realidade. Esse tom de denúncia é a inovação nessa tentativa de "pintar" um retrato do Brasil. Além disso, dois dos mais importantes escritores da época — Lima Barreto e Monteiro Lobato — deixaram claro sua intenção de escrever numa linguagem mais simples, que se aproximasse do coloquial.
Na maior parte da obras pré-modernistas é imediata a relação entre o assunto e a realidade contemporânea ao escritor:
Em Triste fim de Policarpo Quaresma, romance mais importante de Lima Barreto, o escritor denunciou a burocracia no processo político brasileiro, o preconceito de cor e de classe e incorporou fatos ocorridos durante o governo do Marechal Floriano. Em Os Sertões, Euclides da Cunha fez a narrativa quase documental da Guerra de Canudos. Em Canaã, Graça Aranha analisa minuciosamente os problemas da fixação dos imigrantes em terras brasileiras. Em [Urupês] e Cidades mortas, Monteiro Lobato destaca a decadência econômica dos vilarejos e da população cabocla do Vale do Paraíba, durante a crise do café. Na poesia, o único poeta importante a romper com o bem-comportado vocabulário parnasiano foi [Augusto dos Anjos].
[editar] Autores
[editar] Euclides da Cunha: Repórter da Guerra
Tornar pública a realidade brasileira, foi uma das principais preocupações dos autores deste movimento. Euclides da Cunha, em Os Sertões, mostra a Guerra de Canudos de uma forma sem igual até hoje.Enviado especial do jornal O Estado de S. Paulo, Euclides viu de perto a realidade da região e os esforços dos moradores do local para se salvar dos ataques. Tem a obra dividida em três partes: A Terra, onde descreve com uma riqueza às vezes até triste de detalhes o sertão baiano, O Homem, onde descreve com o mesmo nível de riqueza o sertanejo, e A Luta, onde a Guerra propriamente dita é retratada. Euclides também fez uso de teses científicas e sociais quando rascunhou Os Sertões, mesmo que algumas já estejam envelhecidas quando comparadas às atuais. Positivista, florianista e determinista, é seu estilo pessoal e inconformismo caracterizam-no como um pré-modernista. Foi o primeiro escritor brasileiro a diagnosticar o subdesenvolvimento do país, diagnosticando os 2 Brasis (litoral e sertão).
Obras principais
Os Sertões (1902)
Constrastes e Confrontos (1906)
Peru Versus Bolívia (1907)
Castro Alves e seu Tempo (1908)
À Margem da História (1909)
Canudos: Diáro de uma Expedição (1939)
[editar] Augusto dos Anjos: O Pessimista
Augusto dos Anjos foi um dos autores que mais estavam distanciados da proposta do Pré-Modernismo. Percebe-se profundas influências parnasianas e simbolistas - além de pessimistas - em seus poemas, que foram publicados, mas somente depois de sua morte que foram vendidos com sucesso. Em seu auge parnasiano, publicou a coleção de poemas Eu. Sua obra é cientificista e profundamente pessimista, onde a morte é sempre vista como algo de que não se pode escapar jamais. Trabalhou, assim como parnasianos e simbolistas, com sonetos e verso decassílabo. Sua visão de mundo e a interrogação do mistério da existência e do estar-no-mundo marcam esta nova vertente poética. Há uma aflição pessoal demonstrada com intensidade dramática, além do pessimismo. Constância da morte, desintegração e os vermes. Percebe-se, também, grande ausência do lirismo presente na maioria das poesias da época. Sua poesia chocou a todos principalmente aos poetas parnasianos, mas hoje é um dos poetas brasileiros que mais foi reeditado.
Obra Principal
Poesias -Eu (1912)
[editar] Monteiro Lobato: A Realidade Brasileira...
Utilizando uma linguagem simples, expressa as tensões sociais, políticas e econômicas daquela época. Lutou através da imprensa e pessoalmente, pelo saneamento, pela exploração do petróleo e o ferro, pela educação e saúde do país. Aproxima-se das idéias do Partido Comunista Brasileiro. Controvertido, ativo e participante, Lobato defende a modernização do Brasil nos moldes capitalistas. Faz uma crítica fecunda ao Brasil rural e pouco desenvolvido, como no Jeca Tatu (estereótipo do caboclo abandonado pelas autoridades governamentais) do livro Urupês. Curioso é que, na quarta edição de Urupês, o autor, no prefácio, pede desculpas ao homem do interior, enfatizando suas doenças e dificuldades.
Essas questões o tornam um Pré-Modernista, pois transferiu para suas obras os problemas da realidade brasileira.
Obras principais
Contos
Urupês (1919)
Idéias de Jeca Tatu (1918)
Cidades Mortas (1919)
Negrinha (1920)
Mundo da Lua (1923)
Macaco que se Fez Homem (1923)
Choque das Raças ou O Presidente Negro (1926)
Jornalismo
A Onda Verde (1921)
Problema Vital (1946)
Epistolografia e crítica
Mr. Slang e o Brasil (1929)
Ferro (1931)
América (1932)
Na Antevéspera (1932)
O Escândalo do Petróleo (1936)
A Barca de Gleyre (1944)
Literatura Infantil
Reinações de Narizinho
Viagem ao Céu
O Saci
Caçadas de Pedrinho
Hans Staden
Histórias do Mundo para Crianças
Memórias de Emília
Peter Pan
Emília no País da Gramática
Aritmética de Emília
Geografia de Dona Benta
Serões de Dona Benta
História das Invenções
D. Quixote para as Crianças
O Poço do Visconde
Histórias de Tia Nastácia
O Pica-pau Amarelo
A Reforma da Natureza
O Minotauro
Fábulas
Os Doze Trabalhos de Hércules
O Marquês de Rabicó
[editar] Lima Barreto: O "marginal"
De origem humilde, filho de pai português e mãe escrava, Afilhado do Visconde do Ouro Preto, conseguiu estudar e ingressar aos 15 anos na Escola Politécnica.Lima Barreto foi um grande crítico social. Era negro, vítima de preconceitos, utilizava-se de suas obras para denunciar a desigualdade social da época, rompendo com o nacionalismo até então constante em todos os autores pré-modernistas. Sua obra mais famosa foi o livro Triste Fim de Policarpo Quaresma, onde o personagem do título é um fanático nacionalista e que termina por descobrir o quão obscura é a realidade do Brasil. A obra é dividida em três momentos: no primeiro, Policarpo Quaresma, funcionário público, passa os dias estudando sobre o seu amado país, o Brasil. Envia um requerimento sugerindo que a língua oficial do Brasil tornasse-se o tupi guarani, língua nativa da região. Teve o pedido negado e fora internado num manicômio. No segundo momento, Policarpo, com a ilusão de que todas as terras de seu amado Brasil fossem férteis, aventura-se em comprar uma fazenda e plantar. Ele o faz numa fazenda chamada Sossego. A realidade mais uma vez lhe dá um tapa na cara, a terra não é tão fértil como ele pensava e ainda não conseguiu lidar com as represálias dos políticos da região. No terceiro e último momento, Policarpo retorna ao Rio de Janeiro. Obras principais: Romance
Recordações do Escrivão Isaías Caminha (tematiza preconceito racial e crítica ao jornalismo carioca - 1909)
Triste Fim de Policarpo Quaresma (inicialmente publicado em folhetins - 1915)
Numa e Ninfa (1915)
Vida e Morte de M. J. Gonzaga e Sá (1919)
Clara dos Anjos (1948)
Conto
História e Sonhos (1956)
Sátira Política e Literária:
Os Bruzundangas (1923)
Coisas do Reino do Jambon (1956)
Humorismo
Aventuras do Dr. Bogoloff (1912)
Artigos e Crônicas
Feiras e Mafuás (1956)
Bagatelas (1956)
Crônicas sobre Folclore Urbano
Matginália (1956)
Vida Urbana (1956)
Memórias
Diário Íntimo (1956)
Cemitério dos Vivos (1956)
Retirado de "http://pt.wikipedia.org/wiki/Pr%C3%A9-Modernismo"
2007-03-09 10:21:55
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answer #1
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answered by patpedagoga 5
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resposta
resumo sobre Pré-modernismo=O Pré-Modernismo é um movimento literário, mas que não constitui verdadeiramente um estilo, e sim uma transição entre as tendências modernas européias e o Modernismo, a se desenrolar no Brasil com a Semana de Arte Moderna, em 1922. Portou atores com estilos levemente diferenciados, uns com raízes nos movimentos anteriores, outros rumando para mudanças drásticas. Euclides da Cunha e Monteiro Lobato foram autores que se preocuparam em mostrar o Brasil que a população não conhecia em suas obras. Augusto dos Anjos, ainda um pouco preso às vanguardas européias, injeta um cientificismo e um pessimismo pouco aplicáveis à mentalidade desse movimento; mas, como se trata apenas de um movimento de transição, este também se encaixa.
Referências históricas= * Bahia - Guerra de Canudos
* Nordeste - Ciclo do Cangaço
* Ceará - milagres de Padre Cícero gerando clima de histeria fanático-religiosa
* [[Amazônia] - Ciclo da Borracha
* Rio de Janeiro - Revolta da Chibata (1910)
* Revolta contra a vacina obrigatória (varíola) - Oswaldo Cruz
* República do café-com-leite(grandes proprietários rurais)
* Vinda dos Imigrantes, notadamente os italianos
* Surto de urbanização de SP - greves gerais de operários (1917)
* Contrastes da realidade brasileira - Sudeste em prosperidade e Nordeste na miséria
* Europa prepara-se para a 1ª Guerra Mundial - tempo de incertezas
Características=Apesar de o Pré-Modernismo não constituir uma "escola literária", apresentando individualidades muito fortes, com estilos — às vezes antagônicos — como é o caso, por exemplo, de Euclides da Cunha e de Lima Barreto, podemos perceber alguns pontos comuns às principais obras pré-modernistas: Apesar de alguns conservadorismos, o caráter inovador de algumas obras, que representa uma ruptura com o passado, com o academismo; a linguagem de Augusto dos Anjos, ponteada de palavras "não-poéticas", como cuspe, vômito, escarro, vermes, era uma afronta a. poesia parnasiana ainda em vigor. Lima Barreto ironiza tanto os escritores "importantes" que utilizavam uma linguagem pomposa quanto os leitores que se deixavam impressionar: "Quanto mais incompreensível é ela (a linguagem), mais admirado é o escritor que a escreve, por todos que não lhe entenderam o escrito" (Os bruzundangas).
A denúncia da realidade brasileira, negando o Brasil literário herdado do [Romantismo] e do [Parnasianismo]; o Brasil não-oficial do sertão nordestino, dos caboclos interioranos, dos subúrbios, é o grande tema do Pré-Modernismo. regionalismo, montando-se um vasto painel brasileiro: o Norte e o Nordeste com [Euclides da Cunha]; o [vale do Paraíba] e o interior paulista com [Monteiro Lobato]; o Espírito Santo com [Graça Aranha]; o subúrbio carioca com [Lima Barreto]. Os tipos humanos marginalizados: o sertanejo nordestino, o caipira, os funcionários públicos, os mulatos. Uma ligação com fatos políticos, econômicos o sociais contemporâneos, diminuindo a distância entre a realidade e a ficção. São exemplos: [Triste Fim de Policarpo Quaresma], de Lima Barreto (retrata o governo de [Floriano Peixoto] e a [Revolta da Armada]), [Os Sertões], de Euclides da Cunha (um relato da Guerra de Canudos), [Cidades mortas], de Monteiro Lobato (mostra a passagem do café pelo vale do Paraíba paulista), e [Canaã], de Graça Aranha (um documento sobre a imigração alemã no [Espírito Santo]). Como se observa, essa "descoberta do Brasil" é a principal herança desses autores para o movimento modernista, iniciado em [1922].
O Pré-Modernismo é uma fase de transição e, por isso, registra :
Um traço conservador
A permanência de características realistas/naturalistas, na prosa, e a permanência de um poesia de caráter ainda parnasiano ou simbolista.
Um traço renovador
Esse traço renovador — como ocorreu na música — revela-se no interesse com que os novos escritores analisaram a realidade brasileira de sua época: a literatura incorpora as tensões sociais do período. O regionalismo — nascido do Romantismo — persiste nesse momento literário, mas com características diversas daquelas que o animaram durante o Romantismo. Agora o escritor não deseja mais idealizar uma realidade, mas denunciar os desequilíbrios dessa realidade. Esse tom de denúncia é a inovação nessa tentativa de "pintar" um retrato do Brasil. Além disso, dois dos mais importantes escritores da época — Lima Barreto e Monteiro Lobato — deixaram claro sua intenção de escrever numa linguagem mais simples, que se aproximasse do coloquial.
Na maior parte da obras pré-modernistas é imediata a relação entre o assunto e a realidade contemporânea ao escritor:
Em Triste fim de Policarpo Quaresma, romance mais importante de Lima Barreto, o escritor denunciou a burocracia no processo político brasileiro, o preconceito de cor e de classe e incorporou fatos ocorridos durante o governo do Marechal Floriano. Em Os Sertões, Euclides da Cunha fez a narrativa quase documental da Guerra de Canudos. Em Canaã, Graça Aranha analisa minuciosamente os problemas da fixação dos imigrantes em terras brasileiras. Em [Urupês] e Cidades mortas, Monteiro Lobato destaca a decadência econômica dos vilarejos e da população cabocla do Vale do Paraíba, durante a crise do café. Na poesia, o único poeta importante a romper com o bem-comportado vocabulário parnasiano foi [Augusto dos Anjos].
[editar] Autores
[editar] Euclides da Cunha: Repórter da Guerra
Tornar pública a realidade brasileira, foi uma das principais preocupações dos autores deste movimento. Euclides da Cunha, em Os Sertões, mostra a Guerra de Canudos de uma forma sem igual até hoje.Enviado especial do jornal O Estado de S. Paulo, Euclides viu de perto a realidade da região e os esforços dos moradores do local para se salvar dos ataques. Tem a obra dividida em três partes: A Terra, onde descreve com uma riqueza às vezes até triste de detalhes o sertão baiano, O Homem, onde descreve com o mesmo nível de riqueza o sertanejo, e A Luta, onde a Guerra propriamente dita é retratada. Euclides também fez uso de teses científicas e sociais quando rascunhou Os Sertões, mesmo que algumas já estejam envelhecidas quando comparadas às atuais. Positivista, florianista e determinista, é seu estilo pessoal e inconformismo caracterizam-no como um pré-modernista. Foi o primeiro escritor brasileiro a diagnosticar o subdesenvolvimento do país, diagnosticando os 2 Brasis (litoral e sertão).
Obras principais
* Os Sertões (1902)
* Constrastes e Confrontos (1906)
* Peru Versus Bolívia (1907)
* Castro Alves e seu Tempo (1908)
* À Margem da História (1909)
* Canudos: Diáro de uma Expedição (1939)
[editar] Augusto dos Anjos: O Pessimista
Augusto dos Anjos foi um dos autores que mais estavam distanciados da proposta do Pré-Modernismo. Percebe-se profundas influências parnasianas e simbolistas - além de pessimistas - em seus poemas, que foram publicados, mas somente depois de sua morte que foram vendidos com sucesso. Em seu auge parnasiano, publicou a coleção de poemas Eu. Sua obra é cientificista e profundamente pessimista, onde a morte é sempre vista como algo de que não se pode escapar jamais. Trabalhou, assim como parnasianos e simbolistas, com sonetos e verso decassílabo. Sua visão de mundo e a interrogação do mistério da existência e do estar-no-mundo marcam esta nova vertente poética. Há uma aflição pessoal demonstrada com intensidade dramática, além do pessimismo. Constância da morte, desintegração e os vermes. Percebe-se, também, grande ausência do lirismo presente na maioria das poesias da época. Sua poesia chocou a todos principalmente aos poetas parnasianos, mas hoje é um dos poetas brasileiros que mais foi reeditado.
Obra Principal
* Poesias -Eu (1912)
[editar] Monteiro Lobato: A Realidade Brasileira...
Utilizando uma linguagem simples, expressa as tensões sociais, políticas e econômicas daquela época. Lutou através da imprensa e pessoalmente, pelo saneamento, pela exploração do petróleo e o ferro, pela educação e saúde do país. Aproxima-se das idéias do Partido Comunista Brasileiro. Controvertido, ativo e participante, Lobato defende a modernização do Brasil nos moldes capitalistas. Faz uma crítica fecunda ao Brasil rural e pouco desenvolvido, como no Jeca Tatu (estereótipo do caboclo abandonado pelas autoridades governamentais) do livro Urupês. Curioso é que, na quarta edição de Urupês, o autor, no prefácio, pede desculpas ao homem do interior, enfatizando suas doenças e dificuldades.
* Essas questões o tornam um Pré-Modernista, pois transferiu para suas obras os problemas da realidade brasileira.
Obras principais
Contos
* Urupês (1919)
* Idéias de Jeca Tatu (1918)
* Cidades Mortas (1919)
* Negrinha (1920)
* Mundo da Lua (1923)
* Macaco que se Fez Homem (1923)
* Choque das Raças ou O Presidente Negro (1926)
Jornalismo
* A Onda Verde (1921)
* Problema Vital (1946)
Epistolografia e crítica
* Mr. Slang e o Brasil (1929)
* Ferro (1931)
* América (1932)
* Na Antevéspera (1932)
* O Escândalo do Petróleo (1936)
* A Barca de Gleyre (1944)
Literatura Infantil
* Reinações de Narizinho
* Viagem ao Céu
* O Saci
* Caçadas de Pedrinho
* Hans Staden
* Histórias do Mundo para Crianças
* Memórias de Emília
* Peter Pan
* Emília no País da Gramática
* Aritmética de Emília
* Geografia de Dona Benta
* Serões de Dona Benta
* História das Invenções
* D. Quixote para as Crianças
* O Poço do Visconde
* Histórias de Tia Nastácia
* O Pica-pau Amarelo
* A Reforma da Natureza
* O Minotauro
* Fábulas
* Os Doze Trabalhos de Hércules
* O Marquês de Rabicó
[editar] Lima Barreto: O "marginal"
De origem humilde, filho de pai português e mãe escrava, Afilhado do Visconde do Ouro Preto, conseguiu estudar e ingressar aos 15 anos na Escola Politécnica.Lima Barreto foi um grande crítico social. Era negro, vítima de preconceitos, utilizava-se de suas obras para denunciar a desigualdade social da época, rompendo com o nacionalismo até então constante em todos os autores pré-modernistas. Sua obra mais famosa foi o livro Triste Fim de Policarpo Quaresma, onde o personagem do título é um fanático nacionalista e que termina por descobrir o quão obscura é a realidade do Brasil. A obra é dividida em três momentos: no primeiro, Policarpo Quaresma, funcionário público, passa os dias estudando sobre o seu amado país, o Brasil. Envia um requerimento sugerindo que a língua oficial do Brasil tornasse-se o tupi guarani, língua nativa da região. Teve o pedido negado e fora internado num manicômio. No segundo momento, Policarpo, com a ilusão de que todas as terras de seu amado Brasil fossem férteis, aventura-se em comprar uma fazenda e plantar. Ele o faz numa fazenda chamada Sossego. A realidade mais uma vez lhe dá um tapa na cara, a terra não é tão fértil como ele pensava e ainda não conseguiu lidar com as represálias dos políticos da região. No terceiro e último momento, Policarpo retorna ao Rio de Janeiro. Obras principais: Romance
* Recordações do Escrivão Isaías Caminha (tematiza preconceito racial e crítica ao jornalismo carioca - 1909)
* Triste Fim de Policarpo Quaresma (inicialmente publicado em folhetins - 1915)
* Numa e Ninfa (1915)
* Vida e Morte de M. J. Gonzaga e Sá (1919)
* Clara dos Anjos (1948)
Conto
* História e Sonhos (1956)
* Sátira Política e Literária:
* Os Bruzundangas (1923)
* Coisas do Reino do Jambon (1956)
Humorismo
* Aventuras do Dr. Bogoloff (1912)
Artigos e Crônicas
* Feiras e Mafuás (1956)
* Bagatelas (1956)
Crônicas sobre Folclore Urbano
* Matginália (1956)
* Vida Urbana (1956)
Memórias
* Diário Íntimo (1956)
* Cemitério dos Vivos (1956)
2007-03-10 01:40:19
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answer #2
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O Pré-Modernismo é um movimento literário, mas que não constitui verdadeiramente um estilo, e sim uma transição entre as tendências modernas européias e o Modernismo, a se desenrolar no Brasil com a Semana de Arte Moderna, em 1922. Portou atores com estilos levemente diferenciados, uns com raízes nos movimentos anteriores, outros rumando para mudanças drásticas. Euclides da Cunha e Monteiro Lobato foram autores que se preocuparam em mostrar o Brasil que a população não conhecia em suas obras. Augusto dos Anjos, ainda um pouco preso às vanguardas européias, injeta um cientificismo e um pessimismo pouco aplicáveis à mentalidade desse movimento; mas, como se trata apenas de um movimento de transição, este também se encaixa.
Características
Apesar de o Pré-Modernismo não constituir uma "escola literária", apresentando individualidades muito fortes, com estilos — às vezes antagônicos — como é o caso, por exemplo, de Euclides da Cunha e de Lima Barreto, podemos perceber alguns pontos comuns às principais obras pré-modernistas: Apesar de alguns conservadorismos, o caráter inovador de algumas obras, que representa uma ruptura com o passado, com o academismo; a linguagem de Augusto dos Anjos, ponteada de palavras "não-poéticas", como cuspe, vômito, escarro, vermes, era uma afronta a. poesia parnasiana ainda em vigor. Lima Barreto ironiza tanto os escritores "importantes" que utilizavam uma linguagem pomposa quanto os leitores que se deixavam impressionar: "Quanto mais incompreensível é ela (a linguagem), mais admirado é o escritor que a escreve, por todos que não lhe entenderam o escrito" (Os bruzundangas).
A denúncia da realidade brasileira, negando o Brasil literário herdado do [Romantismo] e do [Parnasianismo]; o Brasil não-oficial do sertão nordestino, dos caboclos interioranos, dos subúrbios, é o grande tema do Pré-Modernismo. regionalismo, montando-se um vasto painel brasileiro: o Norte e o Nordeste com [Euclides da Cunha]; o [vale do Paraíba] e o interior paulista com [Monteiro Lobato]; o Espírito Santo com [Graça Aranha]; o subúrbio carioca com [Lima Barreto]. Os tipos humanos marginalizados: o sertanejo nordestino, o caipira, os funcionários públicos, os mulatos. Uma ligação com fatos políticos, econômicos o sociais contemporâneos, diminuindo a distância entre a realidade e a ficção. São exemplos: [Triste Fim de Policarpo Quaresma], de Lima Barreto (retrata o governo de [Floriano Peixoto] e a [Revolta da Armada]), [Os Sertões], de Euclides da Cunha (um relato da Guerra de Canudos), [Cidades mortas], de Monteiro Lobato (mostra a passagem do café pelo vale do Paraíba paulista), e [Canaã], de Graça Aranha (um documento sobre a imigração alemã no [Espírito Santo]). Como se observa, essa "descoberta do Brasil" é a principal herança desses autores para o movimento modernista, iniciado em [1922].
O Pré-Modernismo é uma fase de transição e, por isso, registra :
Um traço conservador
A permanência de características realistas/naturalistas, na prosa, e a permanência de um poesia de caráter ainda parnasiano ou simbolista.
Um traço renovador
Esse traço renovador — como ocorreu na música — revela-se no interesse com que os novos escritores analisaram a realidade brasileira de sua época: a literatura incorpora as tensões sociais do período. O regionalismo — nascido do Romantismo — persiste nesse momento literário, mas com características diversas daquelas que o animaram durante o Romantismo. Agora o escritor não deseja mais idealizar uma realidade, mas denunciar os desequilíbrios dessa realidade. Esse tom de denúncia é a inovação nessa tentativa de "pintar" um retrato do Brasil. Além disso, dois dos mais importantes escritores da época — Lima Barreto e Monteiro Lobato — deixaram claro sua intenção de escrever numa linguagem mais simples, que se aproximasse do coloquial.
Na maior parte da obras pré-modernistas é imediata a relação entre o assunto e a realidade contemporânea ao escritor:
Em Triste fim de Policarpo Quaresma, romance mais importante de Lima Barreto, o escritor denunciou a burocracia no processo político brasileiro, o preconceito de cor e de classe e incorporou fatos ocorridos durante o governo do Marechal Floriano. Em Os Sertões, Euclides da Cunha fez a narrativa quase documental da Guerra de Canudos. Em Canaã, Graça Aranha analisa minuciosamente os problemas da fixação dos imigrantes em terras brasileiras. Em [Urupês] e Cidades mortas, Monteiro Lobato destaca a decadência econômica dos vilarejos e da população cabocla do Vale do Paraíba, durante a crise do café. Na poesia, o único poeta importante a romper com o bem-comportado vocabulário parnasiano foi [Augusto dos Anjos].
[editar] Autores
[editar] Euclides da Cunha: Repórter da Guerra
Tornar pública a realidade brasileira, foi uma das principais preocupações dos autores deste movimento. Euclides da Cunha, em Os Sertões, mostra a Guerra de Canudos de uma forma sem igual até hoje.Enviado especial do jornal O Estado de S. Paulo, Euclides viu de perto a realidade da região e os esforços dos moradores do local para se salvar dos ataques. Tem a obra dividida em três partes: A Terra, onde descreve com uma riqueza às vezes até triste de detalhes o sertão baiano, O Homem, onde descreve com o mesmo nível de riqueza o sertanejo, e A Luta, onde a Guerra propriamente dita é retratada. Euclides também fez uso de teses científicas e sociais quando rascunhou Os Sertões, mesmo que algumas já estejam envelhecidas quando comparadas às atuais. Positivista, florianista e determinista, é seu estilo pessoal e inconformismo caracterizam-no como um pré-modernista. Foi o primeiro escritor brasileiro a diagnosticar o subdesenvolvimento do país, diagnosticando os 2 Brasis (litoral e sertão).
Obras principais
* Os Sertões (1902)
* Constrastes e Confrontos (1906)
* Peru Versus Bolívia (1907)
* Castro Alves e seu Tempo (1908)
* À Margem da História (1909)
* Canudos: Diáro de uma Expedição (1939)
[editar] Augusto dos Anjos: O Pessimista
Augusto dos Anjos foi um dos autores que mais estavam distanciados da proposta do Pré-Modernismo. Percebe-se profundas influências parnasianas e simbolistas - além de pessimistas - em seus poemas, que foram publicados, mas somente depois de sua morte que foram vendidos com sucesso. Em seu auge parnasiano, publicou a coleção de poemas Eu. Sua obra é cientificista e profundamente pessimista, onde a morte é sempre vista como algo de que não se pode escapar jamais. Trabalhou, assim como parnasianos e simbolistas, com sonetos e verso decassílabo. Sua visão de mundo e a interrogação do mistério da existência e do estar-no-mundo marcam esta nova vertente poética. Há uma aflição pessoal demonstrada com intensidade dramática, além do pessimismo. Constância da morte, desintegração e os vermes. Percebe-se, também, grande ausência do lirismo presente na maioria das poesias da época. Sua poesia chocou a todos principalmente aos poetas parnasianos, mas hoje é um dos poetas brasileiros que mais foi reeditado.
Obra Principal
* Poesias -Eu (1912)
[editar] Monteiro Lobato: A Realidade Brasileira...
Utilizando uma linguagem simples, expressa as tensões sociais, políticas e econômicas daquela época. Lutou através da imprensa e pessoalmente, pelo saneamento, pela exploração do petróleo e o ferro, pela educação e saúde do país. Aproxima-se das idéias do Partido Comunista Brasileiro. Controvertido, ativo e participante, Lobato defende a modernização do Brasil nos moldes capitalistas. Faz uma crítica fecunda ao Brasil rural e pouco desenvolvido, como no Jeca Tatu (estereótipo do caboclo abandonado pelas autoridades governamentais) do livro Urupês. Curioso é que, na quarta edição de Urupês, o autor, no prefácio, pede desculpas ao homem do interior, enfatizando suas doenças e dificuldades.
* Essas questões o tornam um Pré-Modernista, pois transferiu para suas obras os problemas da realidade brasileira.
Obras principais
Contos
* Urupês (1919)
* Idéias de Jeca Tatu (1918)
* Cidades Mortas (1919)
* Negrinha (1920)
* Mundo da Lua (1923)
* Macaco que se Fez Homem (1923)
* Choque das Raças ou O Presidente Negro (1926)
Jornalismo
* A Onda Verde (1921)
* Problema Vital (1946)
Epistolografia e crítica
* Mr. Slang e o Brasil (1929)
* Ferro (1931)
* América (1932)
* Na Antevéspera (1932)
* O Escândalo do Petróleo (1936)
* A Barca de Gleyre (1944)
Literatura Infantil
* Reinações de Narizinho
* Viagem ao Céu
* O Saci
* Caçadas de Pedrinho
* Hans Staden
* Histórias do Mundo para Crianças
* Memórias de Emília
* Peter Pan
* Emília no País da Gramática
* Aritmética de Emília
* Geografia de Dona Benta
* Serões de Dona Benta
* História das Invenções
* D. Quixote para as Crianças
* O Poço do Visconde
* Histórias de Tia Nastácia
* O Pica-pau Amarelo
* A Reforma da Natureza
* O Minotauro
* Fábulas
* Os Doze Trabalhos de Hércules
* O Marquês de Rabicó
[editar] Lima Barreto: O "marginal"
De origem humilde, filho de pai português e mãe escrava, Afilhado do Visconde do Ouro Preto, conseguiu estudar e ingressar aos 15 anos na Escola Politécnica.Lima Barreto foi um grande crítico social. Era negro, vítima de preconceitos, utilizava-se de suas obras para denunciar a desigualdade social da época, rompendo com o nacionalismo até então constante em todos os autores pré-modernistas. Sua obra mais famosa foi o livro Triste Fim de Policarpo Quaresma, onde o personagem do título é um fanático nacionalista e que termina por descobrir o quão obscura é a realidade do Brasil. A obra é dividida em três momentos: no primeiro, Policarpo Quaresma, funcionário público, passa os dias estudando sobre o seu amado país, o Brasil. Envia um requerimento sugerindo que a língua oficial do Brasil tornasse-se o tupi guarani, língua nativa da região. Teve o pedido negado e fora internado num manicômio. No segundo momento, Policarpo, com a ilusão de que todas as terras de seu amado Brasil fossem férteis, aventura-se em comprar uma fazenda e plantar. Ele o faz numa fazenda chamada Sossego. A realidade mais uma vez lhe dá um tapa na cara, a terra não é tão fértil como ele pensava e ainda não conseguiu lidar com as represálias dos políticos da região. No terceiro e último momento, Policarpo retorna ao Rio de Janeiro. Obras principais: Romance
* Recordações do Escrivão Isaías Caminha (tematiza preconceito racial e crítica ao jornalismo carioca - 1909)
* Triste Fim de Policarpo Quaresma (inicialmente publicado em folhetins - 1915)
* Numa e Ninfa (1915)
* Vida e Morte de M. J. Gonzaga e Sá (1919)
* Clara dos Anjos (1948)
Conto
* História e Sonhos (1956)
* Sátira Política e Literária:
* Os Bruzundangas (1923)
* Coisas do Reino do Jambon (1956)
Humorismo
* Aventuras do Dr. Bogoloff (1912)
Artigos e Crônicas
* Feiras e Mafuás (1956)
* Bagatelas (1956)
Crônicas sobre Folclore Urbano
* Matginália (1956)
* Vida Urbana (1956)
Memórias
* Diário Íntimo (1956)
* Cemitério dos Vivos (1956)
2007-03-09 06:17:07
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answer #3
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answered by Gabriel Amorim 1
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Autores??????????
Você está precisando estudar muito.
ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah!
...
2007-03-09 06:13:39
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answer #4
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answered by Anonymous
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